Episoder

  • Em 1970, cerca de 89 guerrilheiros foram perseguidos na Amazônia pelo exército brasileiro em um processo que levou 4 anos e envolveu mais de 10 mil soldados.

    Mais da metade das vítimas da Ditadura no Brasil estiveram envolvidos nesse episódio: a Guerrilha do Araguaia.

    Entretanto, a maioria das vítimas foram camponeses e agricultores vitimados pelas torturas dos militares, sob a simples suspeita de ajudar os guerrilheiros.

    Suas propriedades foram confiscadas e destruídas, para tornarem-se bases de operações do exército.

    Nesse ano de 2024, completa-se 50 anos desde que a Guerrilha do Araguaia acabou, mas as suas cicatrizes são visíveis:

    hoje, muitos moradores das cidades de São Geraldo, São Domingos, Marabá no Pará e Xambioá no Tocantins têm receio em falar sobre a Guerrilha.

    Esse medo tem fundamento: em 2001, foi confirmado que o exército, junto com a ABIN, agência brasileira de inteligência, estava espionando a população clandestinamente, intimidando muitos a darem testemunhos falsos para pesquisadores quando lhes perguntavam sobre a guerrilha.

    Até hoje, diversos familiares não receberam nenhuma pista do governo do que aconteceu com seus filhos, filhas, maridos e esposas assassinados pelo exército, muito menos indenizações de suas propriedades destruídas.

    ________________________________________

    Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no

    Orelo: ⁠https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard⁠

    Patreon: ⁠⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠⁠

    Apoiase:⁠⁠ ⁠https://apoia.se/geopizza⁠⁠⁠

    ______________________________________________

    Confira nossa loja👇⁠⁠⁠

    ⁠⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠⁠

    ______________________________________________

    Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ https://geopizza.com.br/comunistas-e-militares-no-araguaia-115/

  • Conhece o "Vietnã brasileiro?" 🇻🇳Durante a década de 1970, o sul do Pará e o norte de Goiás virou uma zona de guerra entre guerrilheiros do PCdoB e o Exército.

    Aqui, o exército brasileiro organizou a sua maior movimentação de tropas desde a 2º Guerra Mundial.

    Mais de 10 mil homens do exército, incluindo da Marinha, Força Aérea e Polícias Militares foram enviados para combater 89 guerrilheiros da Guerrilha do Araguaia, criada pelo PCdoB.

    Por isso, o Araguaia foi chamado de "O Vietnã Brasileiro" por alguns.

    Inspirada nas revoluções de Cuba, China e Vietnã, integrantes do PCdoB chegaram a conclusão que a "revolução brasileira" deveria começar pelo campo, mais especificamente no Araguaia.

    Com sua mata fechada, rios abundantes e numerosas serras, a região do Araguaia serviria como abrigos geográficos dos tanques, helicópteros e aviões do exército.

    De lá, a ideia era que o movimento se espalhasse para outras regiões do país, convocando a população camponesa brasileira a integrar a guerrilha e derrubar a ditadura militar.

    Assim, nasceu a Guerrilha do Araguaia. Durante quase 8 anos, homens e mulheres das mais variadas idades e classes sociais, caçaram, treinaram e sobreviveram em meio à Amazônia, gestando no Araguaia um movimento auto suficiente que tinha como objetivo deflagrar uma guerra popular prolongada.

    Campeões de boxe, garimpeiros, professoras, enfermeiras e até dirigentes que trocavam cartas com Mao Tsé-Tung participavam da guerrilha.

    Mas antes que os comunistas estivessem prontos para exportar a revolução para os camponeses, os militares já tinham sido alertados da existência do grupo.

    Tal como aconteceu com Canudos, a guerrilha resistiu até o fim, repelindo diversas excursões e campanhas do exército ao longo de alguns anos.

    _________________________________________

    Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no

    Orelo: ⁠https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard⁠

    Patreon: ⁠⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠⁠

    Apoiase:⁠⁠ ⁠https://apoia.se/geopizza⁠⁠⁠

    ______________________________________________

    Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠⁠⁠

    ⁠⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠⁠

    ______________________________________________

    Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ ⁠https://geopizza.com.br/⁠⁠

  • Manglende episoder?

    Klik her for at forny feed.

  • O pirata mais bem-sucedido da história não foi um homem: foi uma mulher chinesa.

    Ao contrário da maioria dos piratas que saqueavam navios durante 1 ou 2 anos e geralmente morriam em batalha, Zheng Yi Sao esteve na ativa por 9 anos.

    Dona de uma frota pessoal de mais de 1400 piratas e 24 navios, ela construiu uma fortuna baseado em saques, contrabandos e extorsão.

    A pirata ainda comandou uma Confederação de Piratas composta por 5 diferentes frotas que navegava pelo Mar do Sul da China.

    Com 400 navios e 70 mil homens ao seu dispor, Zheng Yi Sao planejou, coordenou e realizou saques à navios chineses, britânicos e portugueses nos primeiros anos do século 19.

    Através de uma rede de inteligência e monitoramento, Zheng Yi Sao conseguiu até mesmo monopolizar o comércio marítimo de sal na China.

    Considerada como uma ameaça nacional, a Marinha Chinesa teve que aliar-se a Marinha Britânica e Portuguesa para tentar captura-la.

    Em todo caso, os resultados não foram satisfatórios: aos montes, almirantes britânicos e portugueses tornaram-se reféns nos porões da pirata.

    Escondendo seus navios em baias e cavernas, os piratas tornavam inútil qualquer ajuda estrangeira que desconhecia da geografia local.

    Além da pirataria, Zheng Yi Sao ainda diversificou sua carreira e construiu diversas casas de jogos em Guangzhou e Macau.

    Parecia que ninguém conseguia impedi-la. Será?

    _________________________________________

    Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no

    Orelo: https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard

    Patreon: ⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠

    Apoiase:⁠⁠ https://apoia.se/geopizza⁠⁠

    ______________________________________________

    Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠⁠⁠

    ⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠

    ______________________________________________

    Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ https://geopizza.com.br/⁠

  • Pequim, China, 1420

    A Cidade Proibida de Pequim foi construída por mais de 1 milhão de trabalhadores ao longo de 14 anos.

    Seguindo uma série de princípios estéticos, todo detalhe arquitetônico e artístico dos palácios reafirmavam que o imperador era o filho do céu na terra.

    Esse complexo, conhecida como Cidade Púrpura, foi mais tarde chamada pelos chineses de “Cidade Proíbida” por um motivo muito claro: os seus 980 palácios eram todos restritos aos chineses comuns.

    Tudo que o imperador da China Zhu Di fez ao longo de seu reinado de 24 anos foi em uma escala monumental, que buscava transmitir grandeza e glória.

    A Cidade Proibida de Pequim era apenas um desses exemplos: junto dela, o imperador ordenou a construção de navios com 100 m de extensão, para compor a maior marinha do mundo.

    A Frota do Tesouro, comandada pelo eunuco Zheng He, viajou até lugares tão distantes como o atual Iêmen e o Quênia. Graças às riquezas desse comércio marítimo que foi possível construir a Cidade Proibida de Pequim.

    Parecia que a China tinha uma prosperidade sem limites diante de si. Mas só parecia mesmo. Pois a magnitude das obras do imperador era equivalente ao tamanho do seu ego e dos erros que ele cometeria.

    O período de maior expansão externa da China foi seguida pelo período de seu maior isolamento.

    Ironicamente, a China retirou-se dos mares justamente quando os europeus tentaram encontrar uma rota marítima para a Índia.

    ______________________________________________

    Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no

    Orelo: https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard

    Patreon: ⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠

    Apoiase:⁠⁠ https://apoia.se/geopizza⁠⁠

    ______________________________________________

    Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠⁠⁠

    ⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠

    ______________________________________________

    Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ https://geopizza.com.br/⁠

  • Nanjing, China, 1403.

    A Frota do Tesouro da China foi a maior Frota Marítima já reunida da história 🇨🇳

    Com 317 navios e 27 mil pessoas, uma marinha maior que a chinesa só seria reunida 500 anos depois, durante a 1º Guerra Mundial.

    Com embarcações com mais de 130 metros de comprimento, o mundo só veria barcos maiores no século 19, com a invenção dos barcos à vapor.

    Comandada pelo eunuco Zheng He, milhares de navios chineses navegaram em conjunto até a Tailândia, Vietnã, Malásia, Indonésia, Sri Lanka, Índia, Somália e Quênia.

    Essas viagens, com finalidades diplomáticas e econômicas, estenderam o poder político e a influência da China em todo o Oceano Índico, impactando até mesmo a Austrália.

    Entre os anos de 1405 a 1433, graças aos seus investimento na tecnologia naval, a China tornou-se a maior potência ultramarina no mundo.

  • Bagdá, Iraque, 1993

    O filho de Saddam Hussein tornou-se a pessoa mais odiada do Iraque, mais que seu próprio pai.

    Por que?

    Sádico, mimado, violento e explosivo, Uday Hussein tinha acesso a uma riqueza interminável, tornando-o possível de fazer qualquer coisa, em qualquer lugar.

    Uday Hussein já tinha executado pessoas em festas em Bagdá, abusado sexualmente de meninas menores de 18 anos, torturado atletas olímpicos por perderem partidas e muito mais.

    Qualquer brincadeira ou desrespeito com Uday poderia significar meses de tortura ou morte.

    Com dezenas de palácios, milhares de carros de luxo, roupas de marca, animais exóticos contrabandeados e armas folheadas a ouro, Uday Hussein exibia sua riqueza tal como sua violência.

    Sem amigos e constantemente movido à álcool e cocaína, Uday Hussein tinha até mesmo um dublê com sua aparência e altura, para confundir mercenários que tentassem assassina-lo.

    ______________________________________________

    Para escutar nossos episódios extras, apoie nossa campanha no

    Apoiase:⁠⁠ https://apoia.se/geopizza⁠⁠

    Patreon: ⁠⁠https://patreon.com/geopizza⁠⁠

    Orelo: https://orelo.cc/podcast/65051c0ba40f4efe7a9b9cf8/dashboard

    ______________________________________________

    Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠⁠⁠

    ⁠https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠⁠

    ______________________________________________

    Fontes e dicas culturais no nosso site⁠⁠ https://geopizza.com.br/⁠

  • Iraque, 2003.

    Governado por Saddam Hussein durante 24 anos, o Iraque foi considerado parte de um “eixo do mal” de acordo com o ex-Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

    Chamado de o “louco do Oriente Médio” Saddam era acusado de financiar organizações terroristas, invadir países como o Irã e Kuwait, utilizar armas químicas em civis e de perpetuar sua família em posições de poder.

    Saddam tinha, de fato, feito tudo aquilo que lhes acusavam. De tudo isso, ele só não só não era um louco. Saddam não era impulsivo, agia com critério e era bajulado por vários líderes internacionais.

    Com um complexo messiânico de poder ilimitado, agressão desenfreada, uma perspectiva paranóica e aspirante à monarca, Hussein se considerava destinado a liderar todos os povos árabes a viver sob uma mesma nação, em uma ideologia conhecida como pan-arabismo.

    Considerando-se um descendente do rei babilônico Nabucodonosor, do profeta Maomé e do sultão Saladino, Saddam queria ser lembrado como um grande conquistador do mundo árabe.

    Constantemente rodeado de conselheiros, guarda-costas e dublês, todos tinham medo de contradizê-lo.

    Junto com seus dois filhos, Udey e Qusay, a família Hussein controlava quase todos os assuntos nacionais do Iraque: política, esporte e a cultura.

    Em 1991, Saddam Hussein teve em suas mãos o 6º exército mais poderoso do mundo, financiado pelo seu maior parceiro comercial, os Estados Unidos.

    ______________________________________________

    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Apoiase:⁠ https://apoia.se/geopizza⁠

    ou Patreon: ⁠https://patreon.com/geopizza⁠ (se você mora fora do Brasil)

    ______________________________________________

    Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠

    https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠

    ______________________________________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site⁠ https://geopizza.com.br/⁠

  • No Brasil do século 19, os africanos que conseguiam comprar sua liberdade tinham a opção de "retornar" à África.

    Para as autoridades brasileiras, os ex-escravizados libertos, sejam africanos ou não, eram um empecilho à modernização do país que visava estimular a migração européia e branca.

    Assim, sucessivas leis discriminatórias foram postas em prática, que não reconheciam de nenhuma forma ex-escravizados libertos como cidadãos brasileiros, nem mesmo aqueles libertos que tinham nascido no Brasil.

    Tudo isso tinha uma premissa clara: expulsar os libertos do Brasil. Para onde eles iriam? Nos olhos das autoridades, de onde eles tinham vindo: da África

    Um liberto que topava fazer essa viagem, levava um sonho de viver seus últimos dias na terra em que nascera, na terra em que seus ancestrais foram enterrados.

    Assim, de 1835 - 1866, uma média de 400 libertos por ano estavam indo para a África. Ao longo do tempo, a comunidade desses retornados expandiu ao ponto que chegou a 7 - 8 mil pessoas no final do século 19.

    Entretanto, ao chegar ao continente africano, muitos deles lidaram com desafios que jamais imaginariam. Seus principais povos de origem e aldeias, tinham sido exterminados ou tinham migrado. Eles foram forçados a morar em locais da costa da África que nunca tinham morado anteriormente.

    No Benin, esses retornados brasileiros foram apelidados de Agudás. No Togo, são chamados de amarôs. Em Gana, são chamados de Tabom.

    Nos povoados que formaram na costa da África, os libertos construíam suas casas semelhante aos sobrados do Brasil, comiam pratos como feijoada e até dançaram festas como bumba-meu-boi

    Até 1920 o português era a principal lingua falada entre eles e até a década de 1970, alguns descendentes lembravam de provérbios, canções e expressões em português.

    ______________________________________________

    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Apoiase:⁠ https://apoia.se/geopizza⁠

    ou Patreon: ⁠https://patreon.com/geopizza⁠ (se você mora fora do Brasil)

    Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠

    https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠

    ______________________________________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site⁠ https://geopizza.com.br/⁠

  • Em 1882, o Egito tornou-se um protetorado britânico, embora já estivesse sofrendo uma profunda influência europeia há quase um século.

    Desde 1801, o governante egípcio Muhammad Ali havia aplicado moldes europeus nas instituições, escolas, exército e nas cidades egípcias.

    Graças a isso, os britânicos garantiram posições de poder no país, liderando cargos científicos e burocráticos.

    Acumulando riqueza, eles compravam grandes plantações e construíram suas mansões longo do Nilo.

    Tamanha foi sua influência, que um dos projetos comerciais mais ambiciosos do mundo - o Canal de Suez - foi proposto e executado no Egito em 1869 através de firmas europeias.

    Curiosamente, o Egito não tinha direito algum de usufruir dos lucros do canal: eles pertenciam apenas aos britânicos e franceses.

    Em uma tentativa de se adequar aos moldes europeus e transformar Cairo em uma "Paris no Nilo" o Egito afundou-se em dívidas que obrigaram-lhe a ceder sua autonomia a Grã-Bretanha.

    Com a oficialização da ocupação britânica em 1882, um regime praticamente colonial foi instaurado, segregando a capital em bairros para europeus e bairros para egípcios.

    Em uma passagem do livro "Os Condenados da Terra” o autor Frantz Fanon escreve sobre Cairo, que:

    “ O mundo colonial é um mundo cortado em dois.

    Embora opostos, a cidade colonial depende de seu oposto oriental. A cidade do colono é uma cidade fortemente construída de pedra e aço. É uma cidade bem iluminada; as ruas são de asfalto e as latas de lixo engolem os restos, invisíveis, desconhecidos e mal pensados. As ruas são limpas, planas e sem buracos. A cidade do colono é uma cidade bem alimentada; sua barriga está sempre cheia de coisas boas. A cidade do colono é uma cidade de brancos, de estrangeiros, de europeus.

    Já a vila dos colonizados, a vila nativa, a aldeia, a medina, é um lugar de má fama, povoado por homens de má reputação. Eles nascem lá, pouco importa onde e como se alimentam; eles morrem lá, não importa onde, nem como. É um mundo sem espaço; onde as cabanas são construídas umas em cima das outras. A cidade nativa é uma cidade faminta, faminta de pão, de carne, de sapatos, de carvão e de luz. A cidade nativa é uma aldeia agachada, uma cidade de joelhos, uma cidade chafurdando na lama. É uma cidade de estômagos vazios e de pés descalços. A vila nativa é uma cidade de negros e árabes.“

    No início do século 20, diversas guerrilhas rurais e urbanas surgiram por todo o Egito, clamando por independência.

    ______________________________________________

    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Apoiase:⁠ https://apoia.se/geopizza⁠

    ou Patreon: ⁠https://patreon.com/geopizza⁠ (se você mora fora do Brasil)

    Confira nossa loja, a Geostore 👇⁠

    https://shopee.com.br/shop/482090101/⁠

    ______________________________________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site⁠ https://geopizza.com.br/⁠

  • Em 1922, arqueólogos britânicos encontraram a primeira tumba intacta de um faraó no mundo: a tumba do Rei Tutancamon.

    Rapidamente o “Rei Tut” tornou-se um fenômeno midiático na Europa e nos Estados Unidos.

    Músicas, livros e filmes foram produzidos em sua homenagem: era uma verdadeira Egitomania.

    Na sociedade britânica, os homens passaram a vesitr casacos com botões com a forma de cabeça de Tutancamon, enquanto as mulheres usavam broches no cabelo com forma de escaravelhos.

    Os pertences encontrados na tumba do faraó, como cadeiras, jóias e estátuas, revolucionaram a arquitetura e a moda europeia.

    Edifícios britânicos foram construídos com colunas egípcias em suas fachadas, com seus interiores com móveis inspirados nos pertences Tutancamon.

    O fascínio com o Egito chegou a tal ponto que um escocês, chamado de James Alexander, iniciou uma campanha de arrecadamento público para construir um navio e transportar um obelisco de mais de 200 toneladas do Egito até Londres.

    Sua mobilização foi um sucesso, sendo o motivo pelo qual existe um obelisco egípcio no meio de Londres.

    O fascínio dos britânicos com o Egito também revelava uma profunda preocupação da sociedade vitoriana: o Egito, uma das civilizações mais poderosas do mundo, agora era uma nação de ruínas.

    Os ingleses, queriam evitar que o Império Britânico colapsasse de forma semelhante.

    ______________________________________________
    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Apoiase: https://apoia.se/geopizza

    Picpay: ⁠https://picpay.me/geopizza

    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza


    Confira nossa loja do Geopizza, a Geostore 👇
    https://shopee.com.br/shop/482090101/
    ______________________________________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/

  • Em 1798, o general francês Napoleão Bonaparte, com 29 anos, escreveu:

    “Minha glória já desapareceu. Devo procurá-la no Oriente. Esta pequena Europa não é o suficiente."

    Para Napoleão, o Egito era uma terra faraônica e bíblica, de imperadores como Alexandre o Grande e Cleópatra.

    Era o espaço de uma civilização "perdida" que havia construído os monumentos mais impressionantes da Antiguidade.

    Embora o Egito fosse tudo isso, a realidade mostraria para Napoleão que seus conhecimentos sobre o país estavam desatualizados e envoltos em romance.

    Em pouco tempo, a conquista militar do Egito por Napoleão se mostrou um fracasso completo.

    Durante a campanha, os franceses assassinaram milhares habitantes egípcios, assim como turcos e sírios. Os próprios soldados de Napoleão sucumbiram em números ainda maiores pela peste.

    A derrota militar de Napoleão no Oriente Médio foi explícita para todos, mas o mesmo não pôde ser dito sobre a sua "conquista científica".

    Além do seu exército, Napoleão trouxe 167 cientistas para estudar o Egito.

    A cada novo templo e tumba que era escavado pela expedição científica de Napoleão, o público europeu ficava cada vez mais eufórico pelas últimas revelações no país.

    Aos poucos, uma verdadeira euforia começou a apossar-se das mentes e dos corações dos europeus em relação ao Egito.

    Todos queriam saber quem foi Ramsés II, Nefertiti ou que segredos estavam escondidos no templo de Luxor.

    Enciclopédias, romances e guias ilustrados sobre o Egito começaram a ser comercializados nas principais metrópoles franceses, britânicas e austríacas.

    Aproveitando-se daquele fenômeno, Napoleão ordenou a confecção de diversos manuais descritivos do país, aumentando ainda mais o interesse popular pelo país.

    Graças a essa euforia, Napoleão não foi visto como um general inexperiente e fracassado, mas sim como um conquistador "científico" que trouxe "luz" ao decrépito país.

    Para os europeus, o Egito se tornou um fenômeno cultural.

    Entretanto, para os egípcios, a Europa tornou-se o sinônimo de colonização e brutalidade.

    Enquanto os europeus idealizavam o Egito em Londres ou Paris, na vida real, os soldados franceses em Cairo desprezavam o islã, entravam com suas botas sujas nas mesquitas e eram truculentos com os vendedores nos bazares.

    Era um paradoxo: enquanto os europeus desprezavam o Egito e a civilização árabe, eram fascinados por aquele Egito romantizado.

    ______________________________________________
    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Apoiase: https://apoia.se/geopizza

    Picpay: ⁠https://picpay.me/geopizza

    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza


    Confira nossa loja do Geopizza, a Geostore 👇
    https://shopee.com.br/shop/482090101/
    ______________________________________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/

  • Cairo, a capital do Egito, foi no século 14 uma das maiores cidades do mundo 🇪🇬

    Seus bazares, mesquitas e escolas religiosas eram ocupados por mais de meio milhão de habitantes.

    Localizado em uma importantíssima rota comercial de especiarias entre a África e a Ásia, Cairo se firmava não só como uma potência comercial, mas também como uma potência universitária.

    As suas mais de 30 escolas religiosas fundadas no século 14, ensinavam ciências exatas, humanas e religiosas aos locais e à estrangeiros 🕌

    Até mesmo reis de impérios distantes faziam longas peregrinações para ver com os seus olhos o suposto esplendor que aquela cidade tinha.

    Como exemplo, o Rei do Império de Mali, Mansa Musa, visitou Cairo duas vezes e como forma de agradecimento pela recepção que teve, distribuiu moedas de ouro a todos os seus habitantes.

    Entretanto, tal como Roma, Cairo não foi construída em um único dia.

    Ela foi edificada através de séculos, pelas mãos de persas, judeus, romanos, cristãos, árabes, omíadas, fatímidas, abássidas e muitos homens e mulheres livres e escravizados.

    Essa é uma história na qual o personagem principal, será a cidade de Cairo.

    Tal como um ser vivo, nesse episódio passaremos pelo seu desenvolvimento ao longo do tempo: contando a origem e desenvoltura da cidade, transitando pela ascensão e queda de muitos califados e impérios.

    Além disso, esboçaremos a Época de Ouro Islâmica, tal como as Cruzadas do ponto de vista do líder egípcio, Saladino ⚔️

    ____________________


    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:
    Apoia.se: https://apoia.se/geopizza

    Picpay: ⁠https://picpay.me/geopizza

    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza


    Confira nossa loja do Geopizza, a Geostore 👇
    https://shopee.com.br/shop/482090101/
    ____________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/

  • Nesse século 21 os Estados Unidos já iniciaram duas guerras fora do seu país: uma no Iraque e outra no Afeganistão.

    Os flagelos desses conflitos retornaram até os EUA, curiosamente, através dos próprios soldados que deveriam proteger o país.

    Radicalizados, os veteranos de guerra acabaram tornando-se os principais responsáveis por fundar uma série de grupos supremacistas e neonazistas. Utilizando seu conhecimento bélico, eles foram responsáveis diversos atentados à bomba e tiroteios contra aqueles que consideravam "inimigos da América"

    Inspirando-se diretamente na antiga Klu Klux Klan, os grupos de ódio nos EUA proliferaram nos últimos anos, adotando uma tática e ideologia militar em seu cerne.

    Como exemplo, o fundador do grupo neonazista "Atomwaffen", Brandon Russell, é veterano da guerra do Iraque, enquanto o fundador do grupo neonazista "A Base", Rinaldo Nazzaro, trabalhou no serviço de inteligência dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

    Quando a Invasão do Capitólio em Washigton DC ocorreu nos Estados Unidos, em janeiro de 2021, dos 897 indiciados, 118 tinham antecedentes militares.

    Outros grupos de ódio como os Proud boys, A Base, Three Percenters e integrantes do Movimento boogaloo, são apenas alguns dos vários exemplos de grupos extremistas ativos hoje no país hoje.
    ____________________


    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:
    Picpay: https://picpay.me/geopizza
    Apoia.se: https://apoia.se/geopizza
    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza


    Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza 👇
    https://shopee.com.br/shop/482090101/
    ____________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/

  • Hoje, existem cerca de 1221 grupos paramilitares supremacistas nos Estados Unidos; movimentos de ódio fundados principalmente por veteranos de guerra.

    Devido a estresse pós-traumático e dificuldade para se reinserir na sociedade, diversos homens brancos ao retornar para casa mesclam suas visões militaristas e políticas.

    Isso os leva a fundarem grupos paramilitares de direita, um costume recorrente nos EUA há mais de séculos. Por exemplo, em 1865, após a Guerra Civil Americana, o general confederado Nathan Bedford Forrest, voltou para sua casa no Tennessee e fundou a Klu Klux Klan.

    Isso também aconteceu após a Segunda Guerra Mundial, quando o piloto George Rockwell voltou para os EUA e fundou o partido Nazista Americano.

    Da mesma forma, após retornar da Guerra do Vietnã na década de 1970, Louis Beam reformulou a Klu Klux Klan, criando o conceito de células independentes e membros que atuassem como "Lobos Solitários".

    Antes do 11 de setembro de 2001 o maior atentado terrorista dos EUA foi feito dessa forma em 1995: um veterano da Guerra da Golfo, Timothy McVeigh, detonou sozinho uma bomba em Oklahoma City, matando 168 pessoas.

    No século 21, as guerras no Iraque e Afeganistão igualmente radicalizaram uma geração de veteranos, responsáveis por fundar uma série de grupos supremacistas e neonazistas.

    Como exemplo, o fundador do grupo neonazista "Atomwaffen", Brandon Russell, é veterano da guerra do Iraque, enquanto o fundador do grupo neonazista "A Base", Rinaldo Nazzaro, trabalhou no serviço de inteligência dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

    Embora fundado por ex-militares, a maioria dos integrantes dos grupos são jovens solitários sem treinamento militar, que descobriram a existência das organizações em redes sociais, sites de notícias ou por influencers de extrema-direita.

    Entretanto, a prioridade dos grupos de ódio são sempre recrutar membros com instruções bélicas: O aplicativo do grupo neonazista "A Base" tinha um questionário para saber se o recruta tinha conhecimento com explosivos, engenharia reversa e combate militar.

    Através de assassinatos e atentados à bomba, os principais alvos das organizações são mesquitas, igrejas afro-americanas, assim como espaços de congregação de imigrantes e integrantes de esquerda, como boates, parques ou manifestações.

    ____________________

    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Picpay: https://picpay.me/geopizza

    Apoia.se: https://apoia.se/geopizza

    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza

    Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza 👇

    https://shopee.com.br/shop/482090101/

    ____________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/

  • O número de milícias neonazistas nos EUA explodiu a partir de 1950.

    Todos utilizavam a Primeira Emenda do país - que garante o direito à liberdade de expressão - e a Segunda Emenda - que garante o direito à porte de armas - como respaldo para existirem.

    Mas por que esse crescimento abrupto ocorreu?

    Em parte, devido à Klu Klux Klan. Depois de introduzir uma série de valores racistas e antissemitas no país, a Klan entrou em declínio após a 2º Guerra Mundial, mas seus princípios influenciaram uma geração de novos líderes supremacistas.

    Um deles, foi um político americano chamado George Lincoln Rockwell, que em 1959 formou o Partido Nazista Americano.

    Agora, influenciados pelo Partido Nazista Americano e por outros grupos associados a Klu Klux Klan, as milícias supremacistas cristãs proliferaram, com o acesso à metralhadoras semiautomáticas, explosivos e minas terrestres.

    Através de atentados com carros-bomba e missões suicidas, os grupos tinham a intenção de assassinar "traidores da pátria" e fazer uma "limpa" na sociedade.

    Os grupos também tinham seus próprios jornais, canais de rádio e livros, que serviram de base ideológica para mobilizar outros possíveis membros.

    Uma das milícias mais influentes da época foi o "A Aliança, A Espada e o Braço do Senhor". Considerados "exóticos" pela mídia, seus membros eram entrevistados na televisão e apareciam em reportagens por todo país.

    Toda essa visibilidade acabou dando mais alcance ao grupo, levando a outros homens brancos racistas a aliarem-se à organização.

    As ideias de tais organizações foram impressas em diversos livros, que tornaram-se um "guia" para diversos outros líderes de guerrilhas de extrema-direita na década de 1960 e 1970.

    Um dos mais influentes foi o livro "Diários de Turner" dizia que afro-americanos, gays, judeus e comunistas estavam infiltrados no governo dos EUA preparavam-se para iniciar um "governo mundial"

    Por isso - de acordo com o livro - era de suma importância que homens brancos deviam unir-se em grupos armados, para impedir que os EUA fossem dominados por "raças-impuras".

    Entre as décadas de 1960-1990, o livro "os Diários de Turner" foram citados como inspiração em pelo menos 40 ataques terroristas, homicídios e crimes de ódio.

    Em 1997, o governo dos EUA identificou cerca de 380 diferentes milícias com acesso à armas de guerra e outros 478 grupos patriotas que eram uma possível ameaça nacional.

    ____________________

    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Picpay: https://picpay.me/geopizza
    Apoia.se: https://apoia.se/geopizza
    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza

    Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza 👇
    https://shopee.com.br/shop/482090101/
    ____________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/

  • Em 1925, a Klu Klux Klan tinha mais de 6 milhões membros, infiltrados em todos os setores da sociedade dos Estados Unidos.

    No estado da Indiana mais de 30% da população era filiada à Klan; no Oregon, 40%.

    Contra a imigração, o álcool e a integração racial, todos que desvirtuassem dos seus princípios estavam condenados a linchamentos e execuções.

    No sul, a organização influenciou outros movimentos suprematistas, responsáveis por destruir as residências, lojas e bairros de afro-americanos.

    Apenas em 1919, mais de 60 desses ataques ocorreram, o que levou à milhões de afro-americanos deixarem o sul para morar no norte e oeste do país.

    Um imigrante chamado Henry Adams, que deixou a cidade de Shreveport, Louisiana, falou que:

    “Todos os estados do Sul caíram nas mãos dos mesmos homens que nos escravizaram. "

    Empregando profissionais de relações públicas, um jornal próprio e até uma banda musical, a Klan tornou-se multifacetada:

    Havia uma sessão da organização destinada à meninos adolescentes, a "Junior Ku Klux Klan", enquanto as meninas ingressavam na "Tri-K-Klub" e crianças e bebês, na “Ku Klux Kiddies”

    Havia também um clube específico para mulheres: a Women of the Ku Klux Klan foi criada em 1923, conquistando 250 mil membros em poucos meses.

    Esses clubes eram mobilizados para organizar desfiles, palestras, comícios e boicotes a empresas locais pertencentes a afro-americanos, católicos e judeus.

    Espalhando-se em uma velocidade recorde, a KKK chegou até o Canadá, onde fazia oposição a imigração afro-americana e a grupos católicos.

    A Klan estava até mesmo nas telas de cinema: um filme que vangloriava os Cavaleiros da Klan, chamado "O Nascimento de uma Nação" fez tanto sucesso no país que foi exibido dentro da Casa Branca e para o Presidente Woodrow Wilson, que disse:

    “É tudo terrivelmente verdadeiro.“

    Tamanho foi a força da Klan que em 8 de agosto de 1925 mais de 50 mil membros marcharam na frente da Casa Branca, em Washington.

    Entretanto, a Klan encontrava resistência de diversos grupos, como a Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor, a NAACP, que denunciava os abusos do grupo, realizando lobby contra os governadores e prefeitos inseridos pela KKK.

    ____________________

    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Picpay: https://picpay.me/geopizza

    Apoia.se: https://apoia.se/geopizza

    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza


    Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza 👇
    https://shopee.com.br/shop/482090101/

    ____________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/



  • A Klu Klux Klan foi um verdadeiro império que conquistou o coração e mentes de milhões de cidadãos brancos dos Estados Unidos.

    Embora não tivesse capital, nem imperador, o império da Klan era invisível, pois estava em todo lugar.

    Com milhões de integrantes, milhares de financiadores e centenas de pessoas capazes de protegê-la, a Klan foi responsável por vigiar e punir qualquer um que desvirtuasse de seus princípios.

    Tendo como seus princípios a defesa da raça anglo-saxã, do protestantismo e da segregação racial, a Klu Klux Klan atuou como uma verdadeira autoridade em espaços rurais e urbanos nos EUA por mais de um século.

    Em muitas localidades, sua importância superava o de xerifes, prefeitos e governadores.

    Estava nas mãos da Klan e de seus “cavaleiros” o poder de tirar a vida de qualquer um que quisesse.

    A organização lançou as raízes na política e na sociedade de todos os Estados Unidos, cujos valores reverberam até hoje.

    Fundada em 1865, logo após o fim da guerra civil, a KKK teve, no seu auge, por volta dos anos 1920, mais de 6 milhões de associados oficiais, isso sem contar suas células paralelas e grupos aliados.

    A organização teve, entre seus associados, governadores, delegados, militares, legisladores e empresários, que muitas vezes eram amparados pela lei.







    ____________________

    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Picpay: https://picpay.me/geopizza

    Apoia.se: https://apoia.se/geopizza

    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza


    Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza 👇
    https://shopee.com.br/shop/482090101/

    ____________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/



  • Os Estados Unidos é o país que concentra mais megacorporações no mundo: de 2000, cerca de 590 estão lá.


    Na posição número 100º, está a Coca-Cola: uma marca que é muitas vezes considerada como a segunda bandeira do país.

    Fundada em 1892 como uma bebida tônica para dar mais energia, rapidamente ganhou os paladares de pessoas influentes em todo mundo: o autor estadunidense Ernest Hemingway era conhecido por bebe-la regularmente, tal como o inventor Thomas Edison, que possuía uma grande quantidade de refrigerantes no seu laboratório.

    Entretanto, a bebida também ganhava críticos: o líder indiano Mahatma Gandhi incentivava seus seguidores a boicotar a bebida por causa de seu papel na exploração do trabalho infantil e das práticas comerciais desonestas.

    Em 1904, o chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Dr. Harvey Washington Wiley, falou sobre isso que:

    "A Coca-Cola é uma das fraudes mais flagrantes na história da alimentação e das bebidas. É um veneno insidioso e lento, que inevitavelmente irá minar a saúde do usuário. Eu me recuso a permitir que meus filhos usem isso".

    Apenas 12 anos depois da Coca ser fundada, outro tônico surgiu, a Pepsi, inicialmente apenas para combater a indigestão.

    Mais tarde, ela firmou-se como a principal concorrente da Coca, representando os valores de consumidores mais ousados e jovens, diferentes dos valores tradicionais da coca.

    Ambas as marcas espalharam por todos os continentes do mundo e foram parar até mesmo nas mãos de soldados nos campos da 2º guerra mundial.

    Quase 100 anos depois da fundação da Coca e da Pepsi, as duas empresas possuíam as mesmas fórmulas químicas que tinham desde o século 20.

    Entretanto, no ano de 1985, tudo isso iria mudar, em uma ação que alguns historiadores consideram como o “erro de marketing do século”.

    Durante 79 dias, a Coca-Cola foi alvo de intensos protestos, em um episódio que envolveu tráfico internacional de bebidas, psicologia de massas, Guerra Fria e até mesmo Fidel Castro e Michael Jackson.



    ____________________

    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Picpay: https://picpay.me/geopizza

    Apoia.se: https://apoia.se/geopizza

    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza


    Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza 👇
    https://shopee.com.br/shop/482090101/

    ____________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/



  • Em 1897, uma verdadeira guerra civil ocorreu no Brasil: mais de 11 mil soldados do Exército Brasileiro foram mandados para massacrar os 25 mil camponeses de Canudos.

    Os militares receberam ordens claras de massacrar todos os habitantes do povoado e reduzir a cidade à cinzas.

    Porém, Canudos não se rendeu.

    Embora seja muitas vezes definido erroneamente como uma rebelião religiosa, Canudos foi muito mais do que isso: foi um conflito intimamente ligado à posse e a concentração de terras no sertão.

    A cidade de Canudos, um local de abrigo para aqueles que estavam desamparados ou perseguidos por desavenças políticas, colocou em xeque o poder de muitos latifundiários e militares, que não podiam mais explorar os camponeses do sertão com tanta facilidade.

    Assim, militares e policiais de todo o Brasil foram convocados para destruir a cidade de Antônio Conselheiro, sem nenhum embasamento legal para a expedição.

    Entretanto, Canudos parecia inderrotável.

    Utilizando táticas de guerrilha, os sertanejos derrotaram 4 expedições do exército brasileiro, levando a baixas vergonhosas para diversos majores, coronéis, generais e oficiais.

    Após uma guerra exaustiva, os mais de 25 mil sertanejos foram massacrados sem nenhuma discriminação:mulheres, velhos e crianças foram executados pelos soldados.

    O fecho do livro “Os Sertões” escrito por Euclides da Cunha, é cirúrgico sobre esse aspecto:

    “Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até o esgotamento completo."

    Mas mesmo com o fim de Canudos, o movimento sertanejo continuou.

    As raízes lançadas por Antônio Conselheiro espalharam-se pelo sertão do nordeste.



    ____________________

    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Picpay: https://picpay.me/geopizza

    Apoia.se: https://apoia.se/geopizza

    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza


    Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza 👇
    https://shopee.com.br/shop/482090101/

    ____________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/



  • O que você sabe sobre Canudos e Antônio Conselheiro?

    Normalmente, Canudos é abordado como uma rebelião desenfreada, um movimento quase religioso, que beirava a seita, conduzido por uma figura que muitos consideravam como um “messias” chamado de Antônio Conselheiro.

    Entretanto, Canudos não foi nada disso.

    Canudos foi uma sublevação de trabalhadores da terra: uma cidade fundada e administrada, principalmente por Antônio Vicente Mendes Maciel — que viria a ser chamado de Antônio Conselheiro.

    Para muitos camponeses do sertão, Canudos era o único lugar que acolhia os flagelados, que encontraram nele uma forma de se rebelar contra o domínio das elites latifundiárias locais.

    Mas muito antes de Canudos, o Conselheiro já era conhecido por todo o Sertão.

    Vestindo sua característica túnica de algodão, com barbas e cabelos compridos, ele peregrinou ao longo de 20 anos, percorrendo todos os estados do atual nordeste do Brasil.

    Durante suas peregrinações, além de acolher os necessitados, o Conselheiro construiu diversas obras públicas: ergueu e reformou casas, igrejas e pontes.

    Abolicionista, ia de fazenda em fazenda, amaldiçoando os latifundiários escravistas e acolhendo todos os ex-escravizados que podia.

    Entretanto, as elites desprezavam Antônio Conselheiro, principalmente por desafiar os latifundiários e a igreja da época.

    Em pouco tempo, as autoridades tentariam dar fim no seu desejo missionário de construir uma cidade igualitária na Bahia.

    ____________________

    Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no:

    Picpay: https://picpay.me/geopizza

    Apoia.se: https://apoia.se/geopizza

    ou Patreon: https://patreon.com/geopizza


    Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza 👇
    https://shopee.com.br/shop/482090101/

    ____________________

    Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/