エピソード
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De todas as guerras da antiguidade, poucas são tão conhecidas quanto as Guerras Púnicas. Travadas durante mais de cem anos entre duas grandes potências do Mediterrâneo, os três conflitos terminaram por consolidar o poder de Roma e resultaram no extermínio de Cartago, sua maior rival. No episódio de hoje convidamos Vinicius Fedel do podcast Colunas de Hércules e Luiz Felipe Zimmerman para conversar sobre cada uma das três guerras entre Roma e Cartago, os incidentes resultantes desses conflitos, suas consequências e sobre como a historiografia do século XIX ajudou a perpetuar mitos em torno desse assunto.
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Nascido em Tréveris, na Alemanha, em 5 de maio de 1818, Karl Marx é ainda hoje um dos filósofos mais influentes, reverenciados e odiados mundo afora. Suas formulações em torno da natureza do capitalismo influenciam milhões ainda hoje, e seus escritos sobre uma possibilidade de futuro socialista influenciaram revoluções pelo mundo todo, ainda que muitas delas sejam alvo de debates eternos sobre a natureza de seus regimes posteriores e sobre o quanto teriam desviado dos pressupostos socialistas originais ou não. No entanto, Karl Marx é mais que apenas seus escritos: Marx foi um sujeito com uma vida, anseios, problemas, conquistas e fracassos. No episódio de hoje convidamos o Prof. Demian Melo para conversar sobre a trajetória de vida de Marx e seu legado.
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Tendo sido um dos berços da humanidade como a conhecemos, o território da Etiópia viu uma série de reinos, línguas, culturas e religiões, e possui uma história muito rica. O que viria a ser o Império da Etiópia foi um dos mais longevos impérios da história, tendo sido dissolvido apenas na segunda metade do século XX, e a única região a ter escapado da partilha da África pelas potências europeias entre o século XIX e começo do século XX. E diante de tantos assuntos e histórias a serem contadas, convidamos o Prof. Otávio Luiz para nos contar as origens, os momentos mais marcantes e os detalhes dessa civilização.
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Quando se fala em Segunda Guerra Mundial, um dos teatros que acaba sendo menos lembrados no senso comum e na cultura popular é o do Norte da África, e seu desenrolar também no leste, na região do chamado "chifre da África". No entanto, o teatro em questão foi responsável por acabar com a aventura imperial italiana, dividir as forças do Eixo, resolver os imbróglios causados pelas mudanças de hegemonia na região durante a guerra - como a possível perda do canal de Suez por parte do Império Britânico - e abrir caminho para a invasão do sul da Europa. Convidamos Júlio César Guedes do canal Sala de Guerra para explicar as complexidades do front africano na Segunda Guerra Mundial.
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Em 4 de abril de 1949 foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma organização surgida no contexto de Guerra Fria com o objetivo de criar uma junção de países dispostos a agir conjuntamente caso qualquer um deles viesse a ser atacado por algum inimigo. Com o passar das décadas a organização continuou crescendo, e mesmo com o fim da União Soviética e do Pacto de Varsóvia, seus principais antagonistas, a organização não só não foi extinta como continuou se expandindo. Convidamos o Prof. Tanguy Baghdadi para conversar sobre a história da OTAN, seus meandros e sobre como suas tentativas de avanço atuais contribuíram para que o conflito na Ucrânia viesse a ocorrer, com participação de Vitor Soares, do Podcast História em Meia Hora.
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Após a promulgação do AI-5 a repressão durante a ditadura civil-militar no Brasil - que já existia - recrudesceu. Vemos a partir desse momento o aumento da perseguição aos dissidentes, ao mesmo tempo em que as facetas mais radicais da dissidência passam a atuar de maneira mais virulenta como resposta à repressão e ao cerceamento de liberdades civis, culminando no auge da luta armada. Paralelamente a isso, temos desde uma copa do mundo ao dito "milagre" econômico, trazendo ainda mais complexidade ao debate sobre os anos de chumbo. No episódio de hoje convidamos Ricardo Duwe e Mariana Joffily para discutir sobre os anos da ditadura entre 1968 a 1974, com a eliminação da Guerrilha do Araguaia.
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Quando se fala no período medieval de algum país contemporâneo, há uma tendência de se imaginar que o recorte geográfico é parecido com o do presente. Nada mais longe da realidade no caso russo - que dependendo do contexto nem pode ser chamado de russo. O que alguns autores se referem como "Rússia medieval" é, na verdade, um longo território que abarca pedaços de diversos Estados modernos como Rússia, Ucrânia, Polônia, Hungria, entre outros, e foi formado por diversos povos, culturas e interesses, em uma rica história pouco conhecida para o público brasileiro. Convidamos o Prof. Lucas Simone para contar a história dessa dita "Rússia medieval", sobre como ela se encerra e quais as apropriações que são feitas no presente em torno desse passado, especialmente entre Rússia e Ucrânia.
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Em 26 de abril de 1986, a usina de Chernobyl na Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorússia, passou por um acidente que culminou na maior catástrofe com radiação da história desde o lançamento das bombas atômicas no Japão em 1945. Até hoje as consequências do acidente são estudadas e discutidas, e vão desde os efeitos da radiação nas pessoas expostas a ela, a dissolução da União Soviética, alterações bruscas no meio ambiente da chamada "zona de exclusão" e a economia dos três principais países envolvidos - Rússia, Ucrânia e Bielorrússia. No episódio de hoje contamos com Rodrigo Ianhez do Guia Rússia e Laura de Freitas do canal Nunca Vi 1 Cientista para falar sobre o assunto, além de contar com as participações especiais de Caio Gomes (canal O Físico Turista), Pirula (Canal do Pirula) e Filipe Figueiredo (Xadrez Verbal e Nerdologia) para falar sobre, respectivamente, as causas do acidente, o impacto no meio ambiente e a atual situação de Chernobyl durante a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
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"Desnazificar a Ucrânia"? Desde que Vladimir Putin ordenou a invasão do país vizinho a retórica de desnazificação tem sido usada como uma justificativa moral para o ato. Para qualquer analista sério do que ocorre, isso é uma falácia, mas ao mesmo tempo em que a justificativa é esdrúxula, há de fato grupos de extrema-direita e neonazistas na Ucrânia, cujo crescimento nos últimos anos vem preocupando os estudiosos do assunto. Mais ainda, os grupos em questão possuem capilaridade e conexão com grupos extremistas de outros países, incluindo o Brasil. Longe de promover uma "desnazificação", a invasão russa está piorando ainda mais a situação, permitindo aos grupos extremistas se colocarem como heróis da resistência e criando um cenário onde eles estão cada vez mais armados e com crescimento de voluntários. No episódio de hoje convidamos Letícia Oliveira e Frank de Paula para explicar como ocorreu a ascensão da extrema-direita na Ucrânia, sua relação com o Euromaidan, sua conexão com as extremas-direitas de outros países (como Rússia e Brasil) e que relações - ou não - eles têm com o atual governo ucraniano, além do seu papel no atual conflito que assola o país e as perspectivas alarmantes para o futuro.
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Quando a guerra acabou na Itália, logo a Força Expedicionária Brasileira foi desmobilizada e trazida de volta ao Brasil. No Brasil, os ex-combatentes esperavam receber não apenas reconhecimento, mas oportunidades de trabalho, capacitação, pensões, condecorações e um ambiente de respeito ao que fizeram - levando em conta que a vasta maioria foi forçada a ir pra guerra. No entanto, a despeito de algum louvor em recepções iniciais, os anos que viriam a seguir trariam aos febianos abandono, dificuldades financeiras e legais, disputas políticas e todo tipo de privação. Convidamos o Prof. Francisco Ferraz para conversar tanto sobre a ida dos soldados à guerra quanto sobre todas as atribulações relacionadas a volta deles ao Brasil.
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A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco no pensamento modernista no Brasil, tanto do ponto de vista artístico quanto literário. No entanto, levou tempo para que o evento ganhasse o status de relevância que tem hoje, e no presente, por conta de seu centenário, ainda se questiona esse próprio status. Convidamos a Prof. Sara Tatiane, do canal Plein Air para conversar sobre esse assunto, o desenrolar do evento, suas contradições, o papel das mulheres e seu legado artístico.
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Durante o início da década de 1930 ocorreu na União Soviética - especialmente na Ucrânia - uma grave crise de fome cujo número de vítimas ainda está longe de poder ser calculado com precisão. O evento viria a ser conhecido como Holodomor, ou "morte pela fome". No entanto, com o passar dos anos e disputas políticas nacionais e internacionais, o evento acabou ganhando um status próximo ao de mito fundador dentro da Ucrânia, e muitos debates no campo da história ocorreram para tentar precisar as causas e responsabilidades pelo que houve, com muitas controvérsias pautadas mais por retórica política do que por pesquisa voltada a um entendimento mais apropriado do ocorrido. Convidamos Rodrigo Ianhez para conversar não apenas sobre a fome em si, mas sobre a quantas anda a discussão sobre ela na academia.
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Na História existem muitos tipos de fontes que são utilizadas para além dos documentos de arquivo, em papel. E uma das fontes com as quais historiadores trabalham é a memória. Contudo, esta fonte tem uma série de particularidades que fazem com que ela seja complexa de ser trabalhada, além de receber críticas quanto a sua qualidade ou mesmo sua validade como fonte histórica por parte de alguns pesquisadores mais céticos diante dos seus desafios. Além do mais, a memória muitas vezes se confunde com história, e essa confusão atrapalha o debate público sobre o passado. Convidamos a Prof. Marta Rovai para falar sobre como trabalhar com memória como fonte e como fazer bom uso da História Oral como metodologia de trabalho.
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Em 24 de janeiro de 1835, em Salvador, um levante causado por escravizados muçulmanos abalou Salvador. Durante uma noite, um grupo de escravizados enfrentou as autoridades locais após anos de abusos e desrespeitos por conta de sua condição de escravizados e por conta de sua religião. Embora fracassada, a rebelião marcou a história da escravidão no Brasil e mandou uma mensagem aos senhores de escravos: se foi possível uma rebelião acontecer, outras seriam possíveis, e por todo Brasil o medo de novas rebeliões se espalhou. Convidamos o Prof. Danilo Luiz Marques para conversar sobre o assunto e explicar quais foram os impactos imediatos e duradouros da Revolta dos Malês.
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Na década de 1930 os Estados Unidos entenderam que precisavam empreender esforços direcionados ao continente americano com o intuito de afastar os países do continente de influências estrangeiras que pudessem afastá-los da esfera de podem almejada pelos Estados Unidos sobre a região. Para tal se iniciou a Política de Boa Vizinhança, que tinha como objetivo aproximar os países das américas aos Estados Unidos de um ponto de vista político, econômico e cultural, vendendo o American Way of Life a estes países enquanto buscava fazer com que o público estadunidense visse os países ao sul de maneira mais simpática. E a aproximação com o Brasil foi talvez a empreitada mais importante nessa política, algo que aconteceu não sem percalços e decepções. No episódio de hoje convidamos o Prof. Alexander Busko Valim para explicar como os Estados Unidos tentaram persuadir a população e o governo do Brasil a admirar e querer se aproximar da potência ao norte, com consequências que perduram até hoje.
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Em plena Guerra Fria, um evento que parecia pouco provável ocorreu e tomou o mundo de assalto: a pequena ilha de Cuba passou por uma revolução que derrubou o ditador Fulgencio Batista. Em pouco tempo o novo governo precisou se aliar com a União Soviética e logo se tornou o único país a adotar uma perspectiva política socialista no continente americano de maneira estável, o que lhe rendeu anos de embargos, tentativas de derrubada e de assassinato do líder do país, Fidel Castro. No episódio de hoje convidamos a Prof. Joana Salém para entender os precedentes históricos da revolução, sua sobrevivência, as dificuldades enfrentadas pelo regime e os debates contemporâneos em torno da própria essência do regime cubano.
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O golpe que transformou o Brasil em uma ditadura de cerca de duas décadas ocorreu em 1964, mas o caminho que levou a ele foi sendo pavimentado ao longo dos anos. E embora o Ato Institucional n° 5 tenha marcado o começo do recrudescimento da perseguição aos opositores do regime, os anos entre 1964 e 1968 viram o crescimento da violência contra os opositores e insatisfeitos com o regime. Convidamos o professor Carlos Fico para falar sobre o caminho que levou ao golpe, seus artífices e a trajetória até o AI-5.
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Sendo uma das figuras mais conhecidas do período Imperial no Brasil, Luís Alves de Lima e Silva foi agente ativo em diversos momentos determinantes para a consolidação da monarquia brasileira, desde os conflitos pós-independência até a Guerra do Paraguai. Tendo sido o único brasileiro da história a receber o título de duque, Luís recebeu o apelido de "pacificador" sufocando rebeliões, e tornou-se senador pelo Partido Conservador, onde pode presenciar os anos iniciais do gradual declínio do prestígio da monarquia brasileira entre os militares e políticos que, ao contrário de sua geração, não viam a monarquia como fundamental para a unidade do Estado. No episódio de hoje convidamos a Prof. Adriana Barreto para contar detalhes sobre sua vida, sua atuação política e militar, bem como explicar sua transformação de homem em monumento, já no período republicano.
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Durante séculos a Irlanda foi palco de uma série de conflitos, e na era da ascensão dos nacionalismos o país viu o crescimento de movimentos rumo a uma independência do colonialismo britânico em seu território. Quando isso aconteceu, no entanto, o país foi dividido, e essa divisão gerou conflitos internos até hoje mal resolvidos, com alguns milhares de mortos como resultado. E embora essa história seja pouco conhecida no Brasil, ela foi tema de diversos filmes, músicas e outros produtos da indústria cultural, e justamente para contribuir com o debate em torno desse tema, ainda muito discreto em nosso país, convidamos o Prof. Erick Carvalho para nos contar a história desses conflitos, de 1798 até os Acordos da sexta-feira santa de 1998. E afinal, o Brexit pode culminar na reunificação da Irlanda?
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Em 15 de novembro de 1889, o Império do Brasil deixou de existir e, a partir dali o Brasil seria uma república. No entanto, o golpe que derrubou a monarquia não foi algo que ocorreu bruscamente do dia para a noite. Quando se estuda o Brasil do século XIX, fica perceptível que a queda da monarquia foi sendo construída vagarosamente conforme uma série de situações, crises e conflitos foram se acumulando. Neste episódio convidamos o Prof. Rodrigo Goyena para explicar como gradativamente a monarquia chegou ao fim, bem como contar como ocorreu o golpe que a derrubou e proclamou a república.
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