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  • A disputa da Venezuela pela Guiana Essequiba é uma barganha do presidente Nicolás Maduro mais pela concessão petrolífera da região do que pela conquista territorial – e as petroleiras norte-americanas têm interesse no controle venezuelano. É isso o que explicou ao podcast o sociólogo Felippe Ramos, especialista em Relações Internacionais e pesquisador da New School for Social Research de Nova York. Em conversa com Américo Martins e Camila Olivo, o professor também destacou que Maduro quer desviar as atenções da redemocratização do país com um tema que unifique a nação. “Eu acho que esse conflito deve ser tratado como um grande jogo de xadrez, [em que] há atores americanos interessados em que a Venezuela tenha o controle sobre essa região porque já é um país petroleiro, com o qual os Estados Unidos já fazem negócios e têm muito interesse”, explica Felippe Ramos. “Não diria que esse é o caso do Pentágono, do Departamento de Estado ou da Casa Branca, mas estamos falando aqui dos atores petroleiros das grandes empresas americanas.” Além disso, o pesquisador aponta outros grandes atores internacionais, presentes na Venezuela, que poderiam ter influência no conflito, como Reino Unido, França, China, Irã e Rússia. “Basicamente o potencial de pólvora que tem essa discussão é imenso.” Ouça também: Américo Martins faz um balanço das discussões e acordos da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28; os resultados da Cúpula do Mercosul realizada no Rio de Janeiro; e as atualizações da semana na guerra entre Israel e Hamas. Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Henrique (Paco)

  • Em seu primeiro discurso na abertura da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “o planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas, do auxílio financeiro aos países pobres que não chegam, de discursos eloquentes e vazios”. O analista sênior Américo Martins, que está acompanhando o evento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, afirma que a percepção da comunidade internacional em relação ao papel do Brasil no combate às mudanças climáticas “mudou completamente”, principalmente por conta “dos resultados que o governo conseguiu em relação à diminuição do desmatamento na Amazônia”. De acordo com Américo, a COP28 está focada principalmente em dois temas: a diminuição do uso de combustíveis fósseis e o consequente investimento em uma transição energética limpa; e a falta de ajuda dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento para mitigar os danos das mudanças climáticas. Ouça também: Camila Olivo conversa com a professora de Relações Internacionais da ESPM Denilde Holzhacker sobre a retomada da guerra entre Israel e Hamas após sete dias de trégua; e o professor na Universidade Católica de Brasília (UCB) Gustavo Menon explica a disputa entre Venezuela e Guiana sobre um território rico em petróleo e os impactos da entrada da Bolívia no Mercosul. Apresentação: Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales e Bel Campos
    Edição: Raphael Paco

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  • A notícia do acordo para a troca de reféns israelentes por prisioneiros palestinos trouxe esperaça para Mary Shohat, irmão de Michel Nisembaum. Ele é único brasileiro entre os sequestrados pelo Hamas. "Eu tenho muita esperança, é a última que morre. Se eu não tenho esperança, não vou ajudar a mim mesma e nem à minha mãe," contou ao podcast. Em entrevista à Camila Olivo, Mary Shohat relatou que depois do ataque do Hamas a Israel, no dia 7 de outubro, quando deixou de receber notícias do irmão, ela quase não dorme, "fico a noite esperando os passos dos soldados chegando para dizer que encontraram meu irmão morto." O episódio também conversa com o jornalista luso-israelense, colaborador do Instituto Brasil-Israel, Henrique Cymerman. Amigo pessoal do Papa Francisco, o correspondente internacional intermediou o encontro entre familiares de reféns e o Pontífice, ocorrido no Vaticano na quarta-feira (22). O professor de defesa e Segurança Internacional Sandro Texeira Moita avalia a importância do acordo Israel-Hamas e o papel do Catar na mediação das negociações. A eleição do ultraliberal Javier Milei como presidente da Argentina é comentada pelo analista de Economia da CNN Fernando Nakagawa. Ele explica as possibilidades de que sejam colocadas em prática promessas como a dolarização da ecomomia e a extinção do Banco Central argentino. Nakagawa não acredita no andamento das propostas. "É possivel observar um claro movimento de moderação de Milei. Passada a eleição, ele entendeu que campanha é uma coisa e governo é outra," disse ao podcast. Apresentação: Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Paco

  • Em entrevista exclusiva ao podcast, a brasileira que fez parte da primeira composição de juízes do Tribunal Pena Internacional (TPI), Sylvia Steiner, afirma ver crimes de guerra sendo cometidos tanto por Israel quanto pelo Hamas. Steiner participou da corte entre os anos de 2003 e 2012. O TPI, sediado em Haia, na Holanda, julga indivíduos quando as autoridades nacionais não podem ou não querem instaurar um processo. Estados e organizações, por sua vez, são julgado pela Corte Internacional de Justiça. Em conversa com Camila Olivo, a ex-juíza avalia que “todo Estado tem direito à legítima defesa, mas com certos limites. Ela [autodefesa] não pode implicar em excessos que acabam atingindo pessoas que não estavam envolvidas na agressão”. Steiner diz ao podcast que a ordem de deslocamento da população palestina do norte para o sul da Faixa de Gaza, determinada pelas Forças de Defesa Israelenses, além de ser crime de guerra, é também um crime contra a humanidade. Ouça também: o apresentador da CNN Portugal, Alisson Negrini, explica os erros do Ministério Público português na investigação que levou à renúncia do primeiro-ministro António Costa; a correspondente da CNN em Nova York Mariana Janjácomo conta detalhes do encontro dos presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping; e a expectativa para as eleições na Argentina, que acontecem no domingo (19). Apresentação: Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Rodrigo Pzicioneri

  • A prisão de dois suspeitos de envolvimento com o Hezbollah no Brasil lembra que o terrorismo não é uma questão territorial local, e sim, global. Américo Martins ressalta que há muito tempo se fala na atuação do grupo libanês no Brasil, principalmente na tríplice fronteira com Paraguai e Argentina, “com operações aparentemente em maior parte ligadas ao financiamento deste grupo”. “Esse é um fator preocupante porque essa guerra está polarizando muito as opiniões em geral de um lado ou de outro”, afirma Américo. “Além de aumentar ataques lamentáveis antissemitas e islamofóbicos, o conflito está criando ainda mais a possibilidade de ataques. Existe um perigo real.” Na conversa com Camila Olivo, Américo também destaca as evoluções da guerra em Israel e o drama humanitário vivido por israelenses e palestinos. Ouça também: o professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan avalia os protestos na Espanha contra a anistia de separatistas catalães; a dissolução do Parlamento de Portugal após a renúncia do primeiro-ministro português, António Costa. Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Paco

  • O analista sênior de internacional Américo Martins faz um balanço da cobertura do primeiro mês do conflito no Oriente Médio. Américo viajou por Israel e conta que a região mais tensa onde esteve é ao norte, na fronteira com o Líbano, onde atua o Hezbollah. Em entrevista ao podcast, o cientista político, professor de Relações Internacionais e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha, Mauricio Santoro, avaliou que Israel tem perdido a batalha pela opinião pública global. "A partir do momento em que Israel resolveu responder aos ataques do Hamas com uma nova ocupação da Faixa de Gaza, a reação foi muito mais forte. Elas foram muito mais vistas como uma crítica à Israel do que condenação para o Hamas". O professor Maurício Santoro ainda afirmou que seria verossímil que a guerra em Israel se espalhasse pelo Oriente Médio e que a questão religiosa vai impactar na resolução do conflito."Se já era difícil antes algum tipo de negociação pacífica, agora ficou mais complexo, com as diferenças religiosas, tanto do lado palestino como do lado israelense". Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales, Bel Campos e Alessandra Ferreira
    Edição: Raphael Paco

  • Neste episódio, o correspondente internacional Américo Martins relata os últimos acontecimentos da guerra entre Israel e Hamas diretamente de Ramallah, na Cisjordânia. De Nova York, a repórter Mariana Janjácomo faz uma retrospectiva da semana no Conselho de Segurança da ONU, que continua no esforço diplomático de encontrar uma resolução para o conflito. Em entrevista ao podcast, o embaixador e ex-Chefe da Delegação do Brasil para Assuntos de Desarmamento e Direitos Humanos em Genebra, Marcos Azambuja, avalia que “o problema não reside nas Nações Unidas, e sim no poder mundial, que é dividido entre potências que não se entendem”. “As Nações Unidas têm um poder consultivo intacto e foram sempre muito prejudicadas pelas divisões de interesses entre as grandes potências”, analisa o também conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais. “O que a ONU não tem é poder para resolver a controvérsia dos interesses dos seus grandes sócios fundadores – quando a Rússia, a China, a Inglaterra, a França e os Estados Unidos não estão de acordo, um deles tem poder para paralisar o sistema.” Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales e Isabel Campos
    Edição: Raphael Paco

  • Neste episódio, Américo Martins conversa com Camila Olivo diretamente de Tel Aviv, em Israel, sobre os desdobramentos do conflito entre o país e o grupo radical islâmico Hamas. Na quarta-feira (18), os Estados Unidos vetaram a resolução costurada pelo Brasil para o conflito no Conselho de Segurança da ONU, enquanto doze países votaram a favor do texto. Rússia e Reino Unido se abstiveram. Américo avalia que a resolução do Brasil era perfeitamente equilibrada e que levava em consideração a ajuda humanitária como principal ponto, o que deveria ser “a prioridade absoluta” de todos. “O veto mostra a grande hipocrisia que é a política internacional dos grandes países que tem direito de veto na Assembleia da ONU”, analisa. “As grandes potências estão, por conta dos seus próprios interesses egoístas, negligenciando o poder e o dever que eles têm de tentar garantir a segurança de israelenses, de palestinos e do mundo em geral.” A professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Danielle Ayres, que também participa deste episódio, destaca que a participação brasileira na elaboração da resolução foi “brilhante do ponto de vista do papel do Brasil na presidência rotativa do Conselho de Segurança”. A estudiosa reafirma o que Américo disse ao destacar que “o veto reflete muito mais interesses políticos de embate entre os Estados Unidos e seus adversários no sistema internacional do que necessariamente a resolução não atender aos interesses da sociedade”. Ouça também: o ataque que atingiu o Hospital Baptista Al-Ahli, em Gaza; o cálculo político para uma incursão terrestre em Gaza pelo exército isralense; os acordos para a abertura de um corredor humanitário entre a Faixa de Gaza e o Egito. Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Paco

  • A ascensão do radicalismo é um dos fatores que ajudam a entender o atual conflito entre Israel e Hamas. Neste episódio especial, Américo Martins e Camila Olivo explicam as raízes da guerra já considerada sem precedentes na região do Oriente Médio ocupada por israelenses e palestinos. “Esse é um conflito que se retroalimenta no radicalismo. A extrema-direita só subiu ao poder em Israel por conta do Hamas e o Hamas se fortalece a partir das políticas de extrema-direita de [Benjamin] Netanyahu,” analisa a professora de Relações Internacionais Karina Calandrin, convidada do episódio. Calandrin não prevê uma solução pacífica, diz que “só podemos vislumbrar um quadro de caos cada vez maior e os civis, a população tanto israelense quanto palestina, são os maiores afetados nesse conflito”. Ao analisar o atual cenário político israelense, Karina Calandrin, que é assessora do Instituto Brasil-Israel, afirma acreditar em uma queda de popularidade do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A possibilidade de uma falha no sistema de inteligência de israelense, que não previu um ataque do Hamas, é um golpe em uma das principais bandeiras do político. Para a especialista, nem todos os eleitores de Bibi são contrários à causa palestina, mas grande parte votou acreditando que ele manteria o país seguro. “Tem as pessoas que são mais extremistas, que são mais a favor da extrema direita, mas a gente não pode dizer que toda pessoa que vota em Netanyahu quer o fim dos palestinos, ou o fim das pessoas em Gaza. É mais uma questão de entender que o Netanyahu podia mantê-lo seguro, então é essa ideia que agora foi desconstruída com essa última intervenção”, diz Calandrin. Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Cláudio Cuca

  • Neste episódio, Américo Martins e Camila Olivo comentam os impactos internacionais da destituição de Kevin McCarthy, do partido Republicano, como presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Oito republicanos da ala mais radical votaram junto com democratas para derrubar McCarthy. De acordo com o analista sênior internacional Américo Martins, “os radicais do Partido Republicano não querem negociar, mas tentar ganhos políticos e radicalizar qualquer tipo de discussão”. Há três principais impactos globais a partir desse cenário, segundo Américo. O primeiro é na guerra na Ucrânia, já que o acordo para aprovar o orçamento dos EUA deixou de fora cerca de US$ 6 bilhões em recursos para Kiev. O segundo é o “exemplo” da radicalização para o restante do mundo, “reforçando esse tipo de atitude em outros países”, e enfraquecendo a democracia. “A democracia não é perfeita, mas não precisa ser radicalizada,” completa Américo. O terceiro impacto é a paralisação do governo e a falta de acordo em um país de grande influência global como os Estados Unidos, gerando “uma repercussão seríssima do ponto de vista econômico no mundo”. Ouça também: Governo Biden vai ampliar muro na fronteira com México para barrar imigrantes; guerra na Ucrânia entra em fase crucial e desfavorável a Kiev; Brasil recusa liderar uma operação da ONU no Haiti; Venezuela emite um mandado de prisão contra o opositor Juan Guaidó; e a ativista da luta por direitos da mulher no Irã, Narges Mohammadi, ganha o Prêmio Nobel da Paz. Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Henrique

  • Neste episódio, Américo Martins e Camila Olivo falam sobre o fim da autoproclamada República de Nagorno-Karabakh, cujo controle passa por gerações de guerras intermitentes e frágeis momentos de cessar-fogo entre Armênia e Azerbaijão. O presidente Samvel Shahramanyan anunciou na quinta-feira (28) que o governo autônomo será dissolvido a partir de 2024, após o Azerbaijão lançar uma ofensiva bem-sucedida para retomar a região no Cáucaso. Para o geógrafo e professor de Geopolítica do Laboratório de Pesquisa em Relações Internacionais das Faculdades de Campinas (Facamp), James Onnig, o Azerbaijão venceu o conflito e agora vai iniciar um “processo de limpeza étnica” para acabar com a presença armênia na região. “Retomar Nagorno-Karabakh representa um papel simbólico do poderio do atual governo azerbaijano”, afirma o professor. Entre outros fatores, “aquela região pode ser utilizada para a passagem de gasodutos e oleodutos vindos do Mar Cáspio, que é um dos pontos mais importantes de exploração de hidrocarbonetos do planeta”, de acordo com James Onnig. Ouça também: Justiça de Nova York determina que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, cometeu fraude; o novo acordo contra a imigração nas fronteiras entre EUA e México; o ultimato do presidente do Paraguai, Santiago Peña, à União Europeia; e Rússia tenta voltar ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Henrique

  • Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, onde teve reuniões bilaterais com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. A atuação de Lula nas discussões restaurou a posição de liderança brasileira, na avaliação do cientista político Hussein Kalout, pesquisador de Harvard e ex-secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. O professor avalia ainda que a ambição brasileira de conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas é legítima e contribuiria para a credibilidade internacional do país, mas pouco alteraria os poderes de veto do grupo. Ouça também: Polônia anuncia que vai interromper o fornecimento de armas à Ucrânia; pesquisa publicada pelo jornal britânico The Guardian revela que um terço dos europeus vota em partidos extremistas. Apresentação: Américo Martins e Ricardo Gouveia
    Produção: Bel Campos e Rodrigo Tammaro
    Edição: Raphael Henrique

  • Nesta semana, o presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, cedeu a pressões dos colegas republicanos e abriu um inquérito de impeachment contra Joe Biden. No entanto, ainda sem provas que indiquem um eventual crime financeiro do presidente americano, a chance de o democrata ser afastado do cargo é "zero", na avaliação do professor e analista de Relações Internacionais Carlos Gustavo Poggio. O professor ainda apontou que a inflação nos Estados Unidos representa uma fragilidade muito maior para a campanha pela reeleição de Biden. Ouça também: chega ao fim busca pelo brasileiro condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos; ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, diz que Brasil pode reavaliar adesão ao Tribunal Penal Internacional; tempestades provocam tragédia humanitária na Líbia, país dividido por governos paralelos. Apresentação: Américo Martins e Ricardo Gouveia
    Produção: Bel Campos e Rodrigo Tammaro
    Edição: Raphael Henrique

  • Os 19 países e a União Europeia estão divididos em vários pontos e devem se manifestar de acordo com interesses próprios na Cúpula do G20, de acordo com o analista sênior de Internacional da CNN Américo Martins. O evento acontece na Índia nos dias 9 e 10 de setembro. Falando diretamente de Nova Delhi, Américo conversa com Camila Olivo sobre como o governo indiano está usando o evento para tentar se projetar como grande potência global. Na Cúpula, a Índia transmite de forma simbólica a presidência do G20 para o Brasil - válida oficialmente a partir de dezembro. Américo Martins explica sobre os desafios brasileiros, que estarão pela primeira vez na liderança do grupo que reúne as maiores economias globais. Ouça também: Mercosul apresenta documento com respostas às demandas da União Europeia para conclusão de acordo de livre comércio; Ucrânia avança, mas muito pouco, na contraofensiva, enquanto russos negociam armas com norte-coreanos; e México descriminaliza o aborto em todo o país. Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Henrique

  • Neste episódio, Américo Martins e Camila Olivo falam sobre a principal arma usada na guerra na Ucrânia pelos dois lados em conflito: os drones. A Rússia viu, na última quarta-feira (30), um dos maiores ataques desse tipo em seu território desde o início da guerra. Para o coronel da reserva e mestre em ciências militares, Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, “o uso de drones no conflito está ganhando uma nova dimensão”. De acordo com Paulo Roberto Filho, esse tipo de arma é “muito vantajoso para os dois lados” por ser mais barato do que foguetes e mísseis, mas “especialmente para a Ucrânia”, que consegue adaptar dispositivos que inicialmente não tinham essa finalidade. Como enviado especial da CNN à Ucrânia, Américo Martins acompanhou um batalhão do exército ucraniano destacado para pilotar os drones. O correspondente afirmou que ficou “muito surpreso com a criatividade deles”, porque chegou a ver drones civis até de madeira sendo usados como arma. “Eles não têm os armamentos suficientes nem todos os recursos que gostariam, então apelam para a criatividade, aparentemente com algum sucesso”, destaca Américo Martins. Ouça também: as expectativas para a Cúpula de Líderes do G20, na Índia; os impactos do furacão Idália nos Estados Unidos; a publicação de um novo mapa da China; o golpe militar no Gabão e a proibição do uso de abaya nas escolas públicas da França. Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales e Rodrigo Tammaro
    Edição: Raphael Henrique

  • Neste episódio, Américo Martins e Camila Olivo analisam a entrada oficial da Arábia Saudita, da Argentina, do Egito, dos Emirados Árabes, da Etiópia e do Irã como membros plenos dos Brics, bloco de grandes países em desenvolvimento inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O bloco aprovou a entrada dos novos membros durante a 15ª Cúpula dos Líderes dos Brics, realizada em Joanesburgo, na África do Sul, de 22 a 24 de agosto. Américo Martins, que esteve presente no evento, conta sobre os bastidores da escolha dos novos membros. Para ele, a China pretende usar os Brics como contraponto ao G7. De acordo com o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador de Harvard, Vitélio Brustolin, “a China ganha com essa expansão e tem o grupo para ela nesse momento”. O professor explicou que o Itamaraty ficou dividido sobre o aumento do número de membros, porque seria a “entrega do poder do Brasil, que é dissolvido dentro de um grupo claramente dirigido pela China” em um momento em que o Brasil “precisa de uma estratégia de longo prazo como nação”. Ouça também: a visita do presidente Lula à Angola e à São Tomé e Príncipe; a queda do avião em que estaria o chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pagou fiança para deixar o presídio após se entregar às autoridades. Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Henrique

  • Neste episódio, Américo Martins e Camila Olivo falam sobre movimentações políticas importantes em três países da América do Sul: Equador, Argentina e Paraguai. No Equador, o brutal assassinato de Fernando Villavicencio, candidato abertamente crítico da corrupção, chocou o país antes das eleições presidenciais e legislativas, a serem realizadas no domingo (20). “Existe um temor de que muita gente não vote, por conta do pânico instalado nas sociedade equatoriana” em meio a uma “escalada absurda da violência em um país tomado por narcotraficantes”, disse Américo Martins. Na Argentina, o ultradireitista Javier Milei, mesmo tendo ficado em 1º lugar nas eleições primárias, aponta fraude no sistema eleitoral. “Esse tipo de político extremista, especialmente da direita e excessivamente libertário, fala mais do que consegue entregar e fomenta muito teorias da conspiração”, apontou o analista sênior. Por fim, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, tomou posse na terça-feira (15) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A repórter Marina Demori, que esteve na capital Assunção, descreveu o encontro dos dois líderes como um importante aceno do petista à boa convivência com um conservador de direita. Ouça também: o telefonema entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente Lula; atualizações da guerra na Ucrânia; a Arábia Saudita e o #sportswashing e o marco de dois anos do Talibã no poder no Afeganistão. Apresentação: Américo Martins e Camila Olivo
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Henrique

  • Neste episódio, Roberto Nonato e Américo Martins falam sobre a Declaração de Belém, o principal documento da Cúpula da Amazônia, realizada na capital do Pará. O texto não incluiu metas únicas para zerar o desmatamento ilegal nos países amazônicos nem informações sobre a exploração de petróleo na região, como destacou o repórter Pedro Teixeira, que cobriu o evento. De acordo com o analista sênior Américo Martins, a cúpula deveria ter acordado “metas mais duras” para poder cobrar dos países desenvolvidos ajuda financeira e tecnológica para a Amazônia. Ainda na América do Sul, o mundo foi pego de surpresa com o assassinato do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, baleado na saída de um comício na quinta-feira (10). Américo destacou que o país passa por um momento de polarização política muito forte, mas também por “um problema gravíssimo de segurança pública, por conta do narcotráfico e do crime organizado”. O analista recordou que o parlamentar de 59 anos disse à CNN em maio que o Equador havia se tornado um “narcoestado”, e que ele se propunha a liderar e lutar contra o que ele chamou de “máfia política”. Ouça também: as movimentações da guerra na Ucrânia e a atualização do golpe militar no Níger. Apresentação: Roberto Nonato e Américo Martins
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Henrique

  • Neste episódio, Roberto Nonato expõe o cenário atual da guerra entre Rússia e Ucrânia ao lado de Américo Martins, enviado especial para a Ucrânia, e de Mathias Brotero, repórter que acompanhou o mês inicial do conflito diretamente do Leste Europeu. Américo Martins passou por Kiev, capital da Ucrânia, e depois ficou baseado em Kharkiv, segunda maior cidade do país, a 40km da Rússia. De lá, visitou Izium, totalmente destruída pela guerra; esteve em trincheiras em Kupiansk, local inicialmente tomado por Moscou e depois recuperado pela Ucrânia; e um posto avançado a 700m da fronteira com a Rússia, onde vivenciou o dia a dia dos soldados que se arriscam na linha de frente. Já Mathias Brotero estava em Kiev no dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou o que ele chamava de “operação militar especial” no território ucraniano, em 24 de fevereiro de 2022. O repórter também passou alguns dias na Polônia, acompanhando a crise migratória gerada pela fuga de milhões de refugiados. Apresentação: Roberto Nonato e Américo Martins
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Henrique

  • A identidade de Israel está sendo "esfacelada" na opinião da professora do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Monique Sochaczewski. Em entrevista a Roberto Nonato, a historiadora analisa a onda de manifestações após a aprovação de uma lei que limita os poderes da Suprema Corte israelense. Monique diz que a conjuntura atual “não tem precedente”. “É um momento marcante porque Benjamin Netanyahu conhece a política interna israelense e está rifando aspectos tidos como bons do país em função de um projeto político bem questionável”, destaca a integrante do Summer Institute for Israel Studies da Brandeis University. Participa ainda deste episódio a cientista política e professora de Relações Internacionais da ESPM, Denilde Holzhacker, comentando os resultados do encontro entre a presidente do banco dos Brics, Dilma Rousseff, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin; as movimentações da semana na guerra na Ucrânia e as eleições gerais na Espanha. Ouça também: o golpe de Estado no Níger, após a destituição e prisão do presidente Mohamed Bazoum. Apresentação: Roberto Nonato
    Produção: Bruna Sales
    Edição: Raphael Henrique