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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), respondeu nesta segunda-feira (7) à pressão que bolsonaristas fazem sobre ele para pautar o projeto de lei que anistia condenados pelo 8 de Janeiro. Motta citou o risco de crise institucional com ataques entre Poderes e disse que a Casa não pode “ficar numa pauta só”.Em Brasília, líderes partidários disseram nos bastidores que continuam a não ver clima para fazer o texto avançar. O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro deve calibrar a atuação e tentar uma força-tarefa para recolher pelo menos 69 assinaturas a favor da urgência do projeto a partir desta terça (8), com foco em nomes da União Brasil, do Republicanos e do PSD.Ainda que o ato bolsonarista tenha reunido 55 mil pessoas em São Paulo no domingo (6), a maioria da população se diz contrária à anistia para golpistas. Levantamentos da Quaest e do Datafolha indicaram 56% de rejeição ao texto. O Café da Manhã desta terça-feira (8) discute como Hugo Motta tem respondido à pressão bolsonarista pelo projeto de anistia a golpistas. O repórter da Folha em Brasília Raphael Di Cunto fala da reação no Congresso ao ato do ex-presidente em São Paulo, analisa as estratégias em jogo nos bastidores e situa o atual momento da atuação do presidente da Câmara, ainda em começo de mandato. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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O anúncio da oferta de compra do banco Master pelo BRB, feito no último dia 28, pegou o sistema bancário de surpresa —e gerou desconfianças. A transação, estimada em R$ 2 bilhões, faria parte de uma estratégia de expansão da instituição controlada pelo governo do DF, mas agentes veem risco de uma operação política, para socorrer o banco privado.O Master teve um crescimento considerado acelerado nos últimos anos, com uma estratégia vista como agressiva. Ofereceu CDBs a taxas maiores que a média do mercado e apostou em precatórios, dívidas do governo determinadas pela Justiça. O negócio vai ser agora analisado pelo Banco Central. O Ministério Público do DF abriu um inquérito civil para investigar o caso, e a Procuradoria de Contas também instaurou um procedimento, O imbróglio pode ainda envolver o BTG Pactual, citado como possível comprador de ativos do Master; o banco por ora nega ter feito qualquer proposta. O Café da Manhã desta segunda-feira (7) explica por que a oferta de compra do banco Master pelo BRB tem gerado tanto burburinho. A repórter e colunista da Folha Adriana Fernandes apresenta os personagens dessa história, conta o que se sabe até aqui sobre a transação e discute os desdobramentos dela no mercado e no mundo político. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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Esta quinta-feira (3) foi marcada por reações ao que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou de “Dia da Libertação” —o tarifaço de pelo menos 10% imposto a produtos importados de praticamente todos os países, além de taxas adicionais a um grupo que inclui China, União Europeia e Japão.O mercado financeiro afundou, com as bolsas americanas tendo o pior dia desde o pico de 2020 da crise da Covid. A Organização Mundial do Comércio estimou que o comércio global pode ter uma contração de pelo menos 1%. A Casa Branca veio a público tentar explicar a fórmula que definiu as tarifas, após analistas apontarem inconsistências entre o que foi apresentado por Trump e o que é cobrado na prática.Na diplomacia, muitos países criticaram os Estados Unidos. O premiê da Austrália afirmou que “esse não é o ato de um amigo", o do Japão se disse desapontado, um porta-voz da China prometeu contramedidas e a presidente da Comissão Europeia falou em “consequências terríveis”. O presidente Lula (PT) disse que tomará “todas as medidas cabíveis” para defender as empresas e os trabalhadores brasileiros.O Café da Manhã desta sexta-feira (4) apresenta as primeiras reações, analisa os primeiros impactos e discute as principais dúvidas que ainda cercam o tarifaço anunciado por Donald Trump. O entrevistado é o consultor em comércio internacional Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do governo brasileiro. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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O MEC (Ministério da Educação) anunciou nesta quarta-feira (2) que vai divulgar os dados do Censo Escolar no próximo dia 9, com mais de dois meses de atraso em relação ao cronograma original. O levantamento é fundamental para o acompanhamento de políticas, inclusive de programas que o governo Lula (PT) apresenta como vitrine, como o Pé-de-Meia.A falta de dados, que dificulta a ação de órgãos de controle e preocupa educadores, tem se repetido na pasta comandada por Camilo Santana. A Folha mostrou que o MEC decidiu engavetar a divulgação dos resultados de alfabetização da principal avaliação da educação básica, o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).O Inep, responsável pelas avaliações, afirmou que desde o ano passado trabalha para qualificar a análise dos dados ante a discrepância com os resultados de outro instrumento criado para medir a qualidade da alfabetização. O Pé-de-Meia também se viu envolto em suspeitas de irregularidades reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo. A sequência de casos pressiona o governo, que vive queda de popularidade.O Café da Manhã desta quinta-feira (3) discute os problemas no Ministério da Educação e as potenciais consequências educacionais e políticas deles. O repórter da Folha em Brasília Paulo Saldaña explica as falhas na publicação de dados, trata dos possíveis impactos disso em políticas públicas e analisa se o MEC vive uma crise. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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A Casa Branca programou para as 17h (de Brasília) desta quarta-feira (2) o anúncio que deve detalhar um tarifaço prometido pelo presidente Donald Trump. O republicano tem chamado a data de “dia da libertação”, mas ainda não há detalhes sobre o alcance da medida —usada pelo americano como ameaça diplomática em outras ocasiões.Nesta terça (1º), a porta-voz da Casa Branca disse apenas que as tarifas devem entrar em vigor imediatamente. Os cenários citados como possíveis pela imprensa americana são de um imposto universal, para todos os países, ou de alíquotas próprias para cada país. O clima no mercado financeiro nos últimos dias tem sido de apreensão.O governo Lula (PT) teme uma tarifa linear sobre todos os produtos vendidos aos EUA, hipótese que a Folha mostrou ser a mais citada nos bastidores da Casa Branca. Com dificuldade em encontrar canais de negociação, o Planalto estuda opções para retaliar e, nesta terça, costurou um acordo no Senado para avançar o chamado PL da Reciprocidade.O Café da Manhã desta quarta-feira (2) explica como o tarifaço de Donald Trump pode impactar o Brasil —e como o país pode responder a ele. O repórter da Folha em Brasília Ricardo Della Coletta conta o que se discute nos bastidores do governo e analisa as repercussões da guerra comercial americana na economia e na vida das pessoas. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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Daqui a exatamente um ano, seis meses antes das eleições de 2026, os governadores que quiserem se candidatar à Presidência já precisarão estar fora do cargo. Falta tempo, mas os movimentos por essa corrida já começaram –nos bastidores e em público.No último sábado (29), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), anunciou a pré-candidatura ao Planalto, antecipando o evento oficial de lançamento, na próxima sexta-feira (4). Nome da direita, Caiado tem se distanciado de Jair Bolsonaro (PL) e afirma que sua candidatura independe de definições do ex-presidente.O representante do bolsonarismo nas urnas está em aberto, e outros governadores têm feito articulações para se viabilizar. Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, marcou um encontro com Bolsonaro e tem se apresentado como um defensor da anistia aos golpistas que participaram dos ataques de 8 de janeiro. O tema também aproxima o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Bolsonaro.Em entrevista à Folha, Bolsonaro disse considerar Tarcísio um bom político, mas não excepcional, "assim como tem outros pelo Brasil". O ex-presidente afirmou ainda que manterá a candidatura até o último momento, mesmo estando inelegível por decisão da Justiça Eleitoral.O Café da Manhã desta terça-feira (1º) fala da corrida de governadores da direita e da extrema direita pelo Palácio do Planalto. O jornalista da Folha Bruno Boghossian trata das articulações nos bastidores por um sucessor do bolsonarismo, discute que cara tem essa disputa hoje e analisa quanto esse cenário depende de um aval do ex-presidente. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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Os dados do emprego no Brasil podem esconder pistas para os motivos de a popularidade do governo Lula (PT) não refletir indicadores econômicos considerados positivos. O desemprego hoje está em patamar próximo ao mais baixo da série histórica, com recorde de criação de vagas, enquanto a avaliação do presidente é a pior dos três mandatos.Um estudo do economista Nelson Marconi, da FGV/Eaesp, aponta que, por trás do dinamismo do mercado de trabalho —formal e informal—, há precarização e polarização das vagas. Os postos hoje pagam menos que a média da economia e são gerados nas extremidades com piores e melhores remunerações.Ou seja, na comparação com 2012, quando o desemprego também era relativamente baixo, houve piora na qualidade das vagas e nos salários em 2024. Junto com fatores como a inflação dos alimentos, o quadro pode ajudar a explicar o mal-estar dos brasileiros com a economia e o descasamento entre indicadores e o apoio ao governo.O Café da Manhã desta segunda-feira (31) ouve o repórter da Folha Fernando Canzian, que escreveu sobre o estudo. Ele discute como a qualidade (mais do que a quantidade) do emprego pode estar impactando a popularidade do governo, analisa o que mudou no mercado de trabalho e trata dos efeitos desse fenômeno na desigualdade. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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“Adolescência” se consolidou como um fenômeno. No contexto audiovisual, de acordo com dados da Netflix, ela é a minissérie mais assistida na plataforma nas duas primeiras semanas de exibição, com 66,3 milhões de visualizações. No contexto social, tem pautado conversas nas redes, nas escolas, em grupos de pais e mães —e de jovens.A série de ficção que pautou a realidade também foi pautada por ela: a história do garoto de 13 anos acusado de matar a facadas uma colega de escola, foi inspirada em ataques no Reino Unido. Em “Adolescência” —resumidamente para evitar spoilers—, a suspeita é que o crime tenha relação com hostilidades nas redes sociais e com grupos misóginos online.A violência que é tema central da produção britânica desencadeia outros debates, como o uso das redes sociais, a convivência escolar, o bullying, a misoginia e a comunicação entre pais e filhos.O Café da Manhã desta sexta-feira (28) discute essas questões com Vanessa Cavalieri, juíza da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro. Ela é autora de um protocolo de prevenção da violência em escolas e faz palestras sobre o tema com pais e adolescentes. No episódio, conta como “Adolescência” se cruza com o que ela vê diariamente no trabalho, trata da importância de supervisionar os filhos na internet e discute a responsabilidade de pais, mães, educadores, escolas, plataformas digitais —e dos jovens. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou nesta quarta-feira (26), por unanimidade, a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) e tornou réus Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de integrarem o núcleo central da trama golpista de 2022.O relator, Alexandre de Moraes, disse que a denúncia deixa claro que Bolsonaro coordenou integrantes do governo federal para criar ilicitamente uma narrativa de desinformação e que o ex-presidente sabia dos planos de golpe. O voto do ministro, pelo recebimento da denúncia, foi seguido pelos colegas de Turma: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.Com a decisão, Bolsonaro e os aliados, incluindo militares de alta patente, responderão por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado. As penas máximas podem passar de 40 anos de prisão.Antes da decisão, Bolsonaro disse a apoiadores que a Justiça quer tirá-lo da disputa eleitoral em 2026 e chamou a ação de "teatro processual". Depois, em um pronunciamento de quase 50 minutos, retomou uma ofensiva habitual e atacou Alexandre de Moraes e o sistema eleitoral —além de negar participação na tentativa de golpe. O Café da Manhã desta quinta-feira (27) explica o que acontece agora, depois de Bolsonaro virar réu. O advogado Pierpaolo Bottini, professor de Direito Penal da USP, discute os principais pontos da acusação e da defesa e trata dos próximos passos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) negou nesta terça-feira (25) o pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados pela trama golpista para anular a colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid. A sessão teve a presença inesperada do ex-presidente, que acompanhou o julgamento de frente para os ministros da corte.O julgamento será retomado quarta-feira (26), com o voto dos magistrados sobre a materialidade da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra os oito acusados. Bolsonaro pode comparecer novamente —o que é parte de uma estratégia para demonstrar força em um momento considerado de fragilidade para o bolsonarismo.Nos últimos dias, uma série de eventos teve peso negativo para o campo bolsonarista, como a formação de maioria no STF para condenar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o público menor do que esperado na manifestação pela anistia a golpistas, no Rio de Janeiro. O Café Manhã desta quarta-feira (26) discute como o bolsonarismo se vê sob pressão e a pressão que Jair Bolsonaro tenta exercer como resposta. Fábio Zanini, editor da coluna Painel, da Folha, analisa os recados que o julgamento da denúncia da trama golpista no STF e outros eventos negativos para aliados do ex-presidente mandam para a direita. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar nesta terça-feira (25) a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas, que, segundo a acusação, seriam o núcleo principal de uma trama golpista. A análise é para decidir se eles viram réus.A denúncia da PGR foi fatiada em cinco processos, de acordo com os núcleos de ação no plano de golpe, segundo a investigação da Polícia Federal. A expectativa é que este primeiro julgamento termine na quarta-feira (26).As defesas têm focado questões processuais, em uma tentativa de anular provas e a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. No mérito, advogados argumentam que não tiveram acesso à íntegra das provas e que, por isso, não podem “adentrar a questão”.O Café da Manhã desta terça explica como será o julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro e outras sete pessoas réus. O repórter da Folha em Brasília Cézar Feitoza conta quais são as expectativas em torno da sessão no STF e trata dos significados dessa etapa no processo relativo à trama golpista. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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Os casos de roubos e furtos de celulares no Brasil se aproximaram de 1 milhão em 2023, segundo os dados mais recentes disponíveis, reunidos no Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São números que mostram como, sobretudo nas cidades, esses aparelhos muitas vezes tornam as pessoas alvos da violência. Os telefones móveis roubados ou furtados fazem parte de uma cadeia maior, que envolve outros crimes, como as fraudes bancárias e o mercado de receptação. Episódios recentes em São Paulo tiveram desfechos trágicos, com criminosos matando vítimas para roubar o celular delas —caso do ciclista Vitor Medrado, que levou um tiro na nuca em fevereiro. O Café Manhã desta segunda-feira (24) discute o lugar dos celulares no contexto da violência urbana e como esses crimes se disseminaram no país, contribuindo para a sensação de insegurança. O podcast ouve a socióloga Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que analisa os números desses tipos de crimes e discute como combatê-los. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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O Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (Cedra) divulgou nesta sexta-feira (21) uma pesquisa sobre políticas públicas e o enfrentamento das desigualdades no país. O estudo se baseia em números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, entre os anos de 2012 e 2023.Nos recortes sobre mercado de trabalho, a análise mostra que pessoas negras ganham menos do que as brancas —inclusive na mesma função. Também aponta profissões em que uma cor de pele é maioria: enquanto mais de 60% dos carpinteiros e trabalhadores de serviços domésticos são negros, a maioria dos juízes, médicos e engenheiros é branca.A desigualdade se reflete em outros indicadores demográficos: a maioria dos lares onde a renda é de até um salário mínimo por morador tem pessoas negras como chefes de família. Pesquisas anteriores também indicam o custo dessas divisões para essa população. O Café da Manhã desta sexta discute a desigualdade racial no mercado de trabalho —e como ela se comportou na última década. Hélio Santos, presidente do conselho deliberativo do Cedra e da Oxfam Brasil, explica o que os dados da pesquisa dizem sobre o cotidiano dos brasileiros e analisa o impacto das politicas públicas no enfrentamento à discriminação racial no país. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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Horas depois de Vladimir Putin e Volodimir Zelenski concordarem com um cessar-fogo parcial de 30 dias na Guerra da Ucrânia, com uma pausa nos ataques à infraestrutura, os dois países trocaram ataques nesta quarta-feira (19).Para concordar com o que chamou de “paz duradoura”, a Rússia exige, entre outros pontos, a anexação de territórios dominados; o desarmamento da Ucrânia; e a interrupção da ajuda militar e de inteligência que potências ocidentais dão a Kiev. Na semana passada, depois de conversar com Donald Trump, Volodimir Zelenski concordou com um cessar-fogo de 30 dias para discutir uma possível paz. A tensão no front, com novos ataques, inflamou a retórica dos dois lados, mesmo com negociações em curso. Zelenski disse que os ataques provam que a Rússia se mantém na ofensiva; o Kremlin afirmou que a Ucrânia não está comprometida com uma possível trégua. As conversas continuarão no fim de semana, em um encontro na Arábia Saudita que deve reunir americanos e russos; Kiev disse estar pronta para se reunir também.O Café da Manhã desta quinta (20) ouve a repórter da Folha Patrícia Campos Mello, que está desde sábado na Ucrânia, para acompanhar os efeitos das negociações. No episódio, ela relata qual é a real expectativa para uma trégua, explica o que está em jogo para Putin e para Zelenski e analisa como a postura de Donald Trump tem impactado o front. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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Depois de anunciar o projeto em novembro, o governo Lula (PT) apresentou nesta terça-feira (18) a proposta de reforma no Imposto de Renda. O texto amplia a faixa de isenção para contribuintes com renda até R$ 5.000 e cria uma faixa de descontos para quem ganha até R$ 7.000. A medida deve beneficiar 10 milhões de contribuintes.Como contrapartida pela renúncia de receitas, o governo propôs um imposto mínimo, com alíquota de até 10%, para rendas superiores a R$ 600 mil no ano —o que afetaria 141 mil pessoas. As mudanças precisam ser aprovadas pelo Congresso, e só entrariam em vigor a partir de 2026. Se o primeiro anúncio do projeto gerou atribulações no mercado e fez o dólar disparar, nesta terça a moeda americana caiu e a Bolsa subiu.O presidente e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacaram que a reforma mira a justiça social e tributária e que ela é neutra do ponto de vista fiscal. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o texto vai ser tratado com prioridade, mas que deve passar por mudanças na Casa.O Café da Manhã desta quarta-feira (19) explica o que pode mudar no Imposto de Renda com a proposta de Lula e o que o governo quer com a medida. A repórter da Folha em Brasília Idiana Tomazelli conta quem deve sentir o impacto da reforma e discute as mensagens políticas em torno do tema. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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Devem chegar nesta terça-feira (18) os astronautas americanos Barry Wilmore e Sunita Williams, que estão há nove meses na Estação Espacial Internacional, depois que a missão de que participavam, prevista para durar oito dias, teve problemas, em junho do ano passado.A cápsula da Boeing que levou os astronautas sofreu vazamentos e falhas nos propulsores. Diante dos riscos, a Nasa, agência espacial americana, decidiu que a nave voltaria vazia —e que os dois teriam que ficar por lá. No domingo (16), uma cápsula da SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, chegou à estação para buscá-los.A missão para trazê-los para casa ganhou contornos políticos nas últimas semanas, com o presidente Donald Trump e o bilionário e conselheiro da Casa Branca Elon Musk acusando o ex-presidente, Joe Biden, de abandonar os astronautas no espaço. A troca de tripulação foi antecipada em duas semanas por causa da pressão de Trump e Musk sobre a Nasa.O Café da Manhã desta terça fala da missão para trazer os dois astronautas americanos e da politização em torno dela. O jornalista de ciência Salvador Nogueira, colunista da Folha e autor do blog Mensageiro Sideral, explica o que o caso mostra sobre o cenário da corrida espacial e discute o que ele pode significar para a ciência desse campo. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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Isenção de impostos, bolsas e benefícios em dinheiro a cada filho e incentivos à inseminação artificial estão entre as medidas adotadas por diferentes governos para estimular o aumento das taxas de natalidade. Países têm sofrido com uma mudança demográfica que já traz consequências e demanda revisões em políticas públicas: um envelhecimento maior da população combinado a um número cada vez menor de filhos.Nações como Coreia do Sul, Japão, os países nórdicos, Hungria, França e até a China estão entre aqueles que já olham com preocupação para os significados na redução de nascimentos. De um lado, por preocupações econômicas, de outro, por preocupações culturais.Mais recentemente, a preocupação demográfica tem se encontrado com plataformas ideológicas que abraçam o natalismo como bandeira. Figuras como o premiê da Hungria, Viktor Orbán, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk estão entre os que defendem o crescimento da procriação. O movimento abraça conceitos conservadores de família e tem sido comparado ao movimento eugenista, por fazer proposições racistas.O Café da Manhã desta segunda-feira (17) fala do movimento pró-natalista e de como ele une a transformação demográfica a bandeiras ideológicas. As repórteres da Folha Angela Boldrini e Bárbara Blum, autoras de uma série de reportagens sobre o tema, contam o que baseia o discurso de quem defende o aumento da população, tratam dos incentivos para o aumento da natalidade e discutem as transformações culturais por trás disso. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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Os últimos dias viram uma nova frente se abrir no embate político brasileiro, envolvendo uma figura religiosa de fé católica. O frei Gilson da Silva Pupo Azevedo se tornou centro de uma disputa entre bolsonaristas e figuras da esquerda depois de atrair mais de 1 milhão de pessoas em uma live, transmitida de madrugada, para o período da Quaresma.O religioso conta quase 7 milhões de inscritos no YouTube e 8 milhões de seguidores no Instagram. Também viu menções a ele dispararem em grupos de WhatsApp e Telegram depois de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicar mensagens de apoio a ele nas redes sociais. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também fez acenos ao frade.A contenda foi disparada por frases de frei Gilson na live que foram consideradas retrógradas —comentários críticos a elas também o associaram ao bolsonarismo. Políticos ao centro e à esquerda, como os deputados Tabata Amaral (PSB-SP) e André Janones (Avante-MG), depois fizeram alertas sobre a postura de apoiadores desse campo.O Café da Manhã desta sexta-feira (14) conta quem é frei Gilson e que peso tem o eleitorado católico no embate político hoje. O professor de antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rodrigo Toniol trata da força política de influenciadores religiosos e analisa como direita e esquerda têm disputado a atenção de católicos no Brasil. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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As tarifas que o presidente americano Donald Trump decidiu impor sobre aço e alumínio importado entraram em vigor nesta quarta-feira (12), em mais um capítulo da guerra comercial e retórica que o republicano vem travando contra parceiros comerciais dos Estados Unidos.As medidas têm provocado reações em todo o mundo. A União Europeia, por exemplo, vai reativar a partir de abril uma série de tarifas sobre produtos americanos, e o Canadá anunciou, a partir desta quinta-feira (13), a adoção de tarifas retaliatórias.O Brasil, segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, também se posicionou. O governo Lula disse que vai tentar o diálogo, mas estuda acionar a Organização Mundial do Comércio contra os americanos. Nesta semana, o mercado financeiro americano registrou quedas fortes diante de um medo de recessão, e empresários tiveram uma reunião com Trump para falar sobre a economia do país.O Café da Manhã desta quinta-feira trata da política econômica dos Estados Unidos e dos efeitos da instabilidade que o vaivém de anúncios de Trump tem provocado. O economista Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington, fala do que está por trás da guerra tarifária, discute o significado dessa mudança de rota na economia americana e analisa os temores de inflação e recessão. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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A ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha toma posse nesta quarta-feira (12) na presidência do Superior Tribunal Militar (STM) como a primeira mulher eleita para comandar a corte em 217 anos. Em entrevista à Folha, ela disse que pretende fazer uma “gestão mais progressista” à frente da corte.O STM é visto hoje como uma corte homogênea, e muitas vezes tem a atuação acusada de corporativismo. Em um caso recente, o tribunal reduziu em até 28 anos as penas dos oito militares do Exército envolvidos no assassinato do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo, em abril de 2019. Os militares dispararam 257 tiros contra os dois.Juristas e grupos da sociedade civil têm acusado o tribunal de parcialidade em casos assim e defendido a redução do alcance da Justiça Militar —um tema que está em discussão em diferentes ações no Supremo Tribunal Federal.O Café da Manhã desta quarta discute o perfil do Superior Tribunal Militar e o que ele representa hoje. O cientista político Andrés del Río Roldán, professor da Universidade Federal Fluminense e pesquisador do tema, fala de como a corte tem se posicionado na história recente, trata do que pode mudar com a nova presidente e uma nova indicada por Lula e analisa o papel da Justiça Militar em casos que estão em curso. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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