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As paredes de fachada dos edifícios antigos têm um papel preponderante na sua estabilidade estrutural e na sua protecção contra os agentes climáticos. Estas funções exigem um bom estado de conservação da parede, para o qual os revestimentos têm particular contributo, garantindo, ainda, um adequado aspecto visual.
Abordam-se as técnicas tradicionais de reboco à base de cal e tintas minerais. Identificam-se os principais agentes e formas de degradação e discutem-se as principais estratégias de reabilitação. Discutem-se e exemplificam-se os efeitos negativos de argamassas de cimento e tintas acrílicas, frequentemente incompatíveis com suportes antigos. Abordam-se os problemas de humidade ascensional e da acção dos sais solúveis.
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As cidades não se esgotam no conjunto dos seus edifícios. O espaço público (com funções viárias ou não) que forma o interstício da cidade é da maior importância para o projecto urbano e para a qualidade de vida e a atractividade.
O desenho destes espaços nos centros urbanos antigos tem características, exigências e condicionantes própria, onde é preciso conciliar a morfologia do espaço, a sua integração e interacção com o edificado, as questões técnicas relativas à segurança, à circulação, à manutenção, à drenagem das águas pluviais, à integração de redes básicas e outras infra.-estruturas. Esta é a temática deste episódio.
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As coberturas dos edifícios constituem a sua maior protecção contra a acção da chuva, desempenhando, ainda muitas outras funções relevantes, tal como na sua contribuição para o comportamento térmico e para a protecção em caso de incêndio.
Nos edifícios antigos, as coberturas têm particularidades de concepção, materiais e funcionamento que importa conhecer, para melhor as preservar, mas também para poder realizar intervenções de reabilitação mais eficazes.
Abordam-se os conceitos gerais do funcionamento estrutural, os revestimentos de telha, os sistemas de drenagem, as geometrias mais favoráveis e discute-se a adequação de novas técnicas e materiais na sua remodelação profunda.
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O imperativo de reabilitação dos centros urbanos antigos não é isento de tensões, desde logo pelas diversas escalas do problema, mas também pela diversidade de actores e de objectivos.
O confronto entre diferentes interpretações dos valores culturais e patrimoniais e a sua repercussão nas estratégias, modelos e técnicas de intervenção conduzem, frequentemente, a tensões que condicionam fortemente o sucesso e a coerência das intervenções.
Todavia, sendo consensual a necessidade de intervenção, é necessário transformar estas tensões em desafios e aceitar discutir de forma aberta e consequente as principais questões que se colocam nos níveis técnico, sócio-económico, cultural e, até, ético.