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Como criar conexão com os filhos, lidar da melhor maneira possível com as diferentes fases da infância quando estão todos sobrecarregados? Como manter a calma diante dos desafios da criação? “É preciso saber reparar as coisas, sem se afundar na culpa”, diz a Gama a psicanalista e especialista em psicopedagogia, Thais Basile.
Basile acredita que é possível criar filhos fora da ideia de uma educação “tradicional”, muitas vezes baseada em gritos, ameaças, críticas e medo. É sobre esse tema que ela escreve em “Atravessando o deserto emocional: Os impactos de fazer parte de uma família” (Paidós, 2024), em que mostra como o que somos é causa e efeito dos cuidados que recebemos.
Na conversa com o Podcast da Semana, da Gama, ela discute como fazer escolhas que melhorem o tempo que estamos com os filhos, trata da importância de lembrar da nossa infância e nomear o que vivemos — “É bom que a gente investigue também quais as transferências e projeções que a gente tá fazendo com essa criança”, diz — e, entre outros temas, trata da criação de vínculos na formação das crianças.
Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
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Tentar ficar focado o tempo todo pode ser contraproducente. Isso porque a atenção total é algo que nos exige muito fisicamente. O melhor é saber alternar períodos de foco e de descanso. A opinião é da psicóloga clínica do esporte Aline Wolff, que é coordenadora de preparação mental do Comitê Olímpico Brasileiro, o COB, e responsável pelo atendimento da ginasta medalhista Rebeca Andrade. Wolff é a entrevistada da edição sobre foco e atenção do Podcast da Semana
“A nossa capacidade de atenção é limitada. As pessoas acham que a gente consegue ficar atento por horas e horas. Isso não é verdade. Gasta energia física. Quando a gente precisa fazer uma tarefa que nos exige muita atenção, a gente fica exausto depois. O cansaço é real. Parece que alguma coisa passou por cima da gente”, afirma Wolff.
Ao comentar a declaração de Andrade sobre pensar em receitas minutos antes de se apresentar nas Olimpíadas de Paris, Wolff afirma que ela estava “economizando foco" e que desse jeito ficava com o “foco muito mais limpo na hora que realmente importa”, diz.
Wolff disse que o fato da ginasta brasileira não ter colocado a atenção de seu treinamento e apresentação na norte-americana Simone Biles foi fundamental para seu sucesso e que isso vem do seu autoconhecimento. “Ela está focada no que ela pode controlar. Ela está focada nela mesma. Ela sabe o que ela pode”, afirma.
Autora de “Pensamento Campeão: Melhorando o desempenho esportivo por meio da preparação mental” (Editora Cognitiva, 2015), Wolff fala sobre a importância do descanso para ter foco e atenção de qualidade. “Se há uma demanda e não há um terreno fértil, que é um corpo descansado, uma mente mais fresca, com boas noites de sono, esse foco não vai fluir. E aí o que gera isso? Frustração. A pessoa começa a se sentir incompetente."
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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Será que você respira bem enquanto dorme? Ronca? Tem apneia? Essas e outras questões atrapalham um sono de qualidade, aquele que nos restaura para o dia seguinte. "É preciso ter uma quantidade adequada de sono profundo. Se você tem uma respiração inadequada, ruidosa, nariz entupido, isso atrapalha, faz com que a respiração não seja normal", diz a convidada do Podcast da Semana, a otorrinolaringologista Sandra Doria Xavier.
Sendo uma função vital, ao não respirarmos adequadamente o corpo entende que algo está errado, o que interfere no sono de quem dorme -- e no do companheiro ou companheira ao lado, caso haja ronco. Daí a importância de procurar um especialista. "Ronco tem cura e o médico otorrinolaringologista poderá avaliar as vias aéreas e entender se existe alguma obstrução", diz Xavier a Gama.
A especialista é certificada em medicina do sono pela Associação Médica Brasileira, com doutorado em otorrinolaringologia. É professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e pesquisadora do Instituto do Sono.
Na nossa conversa com Gama, alerta que o ronco não é normal em nenhuma idade, explica como uma respiração inadequada atrapalha a qualidade do sono e a nossa saúde e propõe caminhos e razões para convencer os roncadores a procurarem ajuda médica. "O ronco superficializa o sono", diz.
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É possível identificar o que apenas você consegue fazer profissionalmente, algo que seja seu diferencial? Para a consultora, empresária e comunicadora Vivi Duarte, entrevistada deste episódio, saber quem você é ajuda a fazer as escolhas certas, a mudar de trabalho e de área quando sentir que é a hora. "Quando a gente consegue agarrar os nossos pontos fortes, consegue encerrar ciclos sem sofrimento", diz a Gama.
Viviane Duarte é fundadora e CEO da Plano Feminino - consultoria que há 14 anos trabalha com diferentes marcas na construção de narrativas e projetos que promovam equidade de gênero e a diversidade. Ela é presidente do Instituto Plano de Menina, projeto social com foco em capacitar e conectar meninas a oportunidades de trabalho e bolsas de estudo. É autora do livro "Quem é você na fila do pão?" (Planeta, 2021), um manual para quem quer tirar os planos do papel.
Na conversa com Gama, Duarte traz técnicas e caminhos para quem quer avançar na carreira, fazer diferente, criar novos projetos e fortalecer sua marca pessoal. "Quando você é líder da sua própria vida e sabe quem você é no mundo, não é uma cadeira, um crachá, não são esses títulos que vão te segurar nesses lugares, mas o teu propósito", diz ao Podcast da Semana, da Gama.
Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
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“Achar que dá para viver sem culpa é uma fantasia. A culpa é um sinal fundamental de que existem regras e a gente não vive sem regras.” A afirmação é do filósofo, escritor e psicoterapeuta Emanuel Aragão, convidado do Podcast da Semana da edição sobre culpa. Segundo ele, esse sentimento é "estruturante". "Dizer que você vai viver sem culpa é a mesma coisa que dizer que você vai viver sem lei."
Autor do livro “Dez Princípios Antes do Fim: Enunciado para uma vida possível” (Maquinaria Editorial, 2024), em que parte da experiência do luto para falar de sentimentos comuns a todos nós. "A culpa é um processo muito importante no luto porque mostra que você está tentando se defender daquilo que é inexorável, que é o fim."Aragão, que mantém um canal no YouTube em que debate a neuropsicanálise, interseção da neurociência com a psicanálise a que dedica seus estudos e trabalho, já havia se dedicado ao tema da culpa em vídeos também. No Podcast da Semana, ele fala sobre a culpa pode aparecer nas relações amorosas e que é algo que experimentamos desde a infância.
“Qualquer coisa que ameaça o seu sistema de vínculo vai surgir para você como um sinal de culpa. A culpa também é, como eu digo sempre, uma ferramenta de pesquisa. Então, não é algo que a gente tenha que se livrar ou a que se submeter, mas indica algum desejo”, afirma na entrevista que você ouve no player abaixo.
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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Sonia Guimarães é uma pioneira. É a primeira mulher negra doutora em física do Brasil e a primeira também a lecionar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), antes mesmo que fosse permitido que alunas mulheres estudassem na instituição. Apesar de dar aulas há décadas, ela não perde o entusiasmo quando fala sobre a prática: “É o ensino que me dá forças”, disse ao Podcast da Semana especial do Dia dos Professores.
Guimarães diz que sua “missão de vida” é levar mais alunos para as ciências. Ela também não se intimida com inovações tecnológicas e vem atualizando sua forma de ensinar. A inteligência artificial, por exemplo, fez com que ela passasse a pedir que em vez de textos os alunos entregassem vídeos ou fizessem experimentos.
“Agora eu quero opiniões, as minhas respostas têm que ser uma coisa da pessoa, não aquela coisa que já está nas enciclopédias, que já está no chat GPT”, afirma a professora doutora em física pela Universidade de Manchester, no Reino Unido.
Expansiva e apaixonada, a docente conta casos de pessoas mais jovens que dizem que ela abriu caminho para elas. Mas conta também que paga um preço alto por ser a primeira e como sente o racismo. “Esse pioneirismo foi a pior coisa que me aconteceu. Eles não me querem… Até hoje, eu tenho colega de trabalho que entra correndo na sala pra não me dizer bom dia. Tem a ver com que eu não deveria estar aqui. Eu não sou o tipo, né? Eu não sou homem, branco, eu não deveria estar dando aula nesse instituto”, afirma.Na entrevista, Guimarães fala sobre sua trajetória, sobre a paixão pelas ciências e sobre o que faz de alguém um bom professor.
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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A mineira Carla Madeira é a escritora mais vendida no Brasil. Ainda assim, ela conta que não sente a pressão do pódio ao escrever, nem tem o leitor na cabeça quando põe no papel uma nova história. Seu quarto livro, ainda sem nome, está em processo de escrita desde que Madeira viveu uma combinação de muitos lutos: da mãe, do psicanalista, de uma amiga-irmã. Ao visitá-la em fase terminal de um câncer no pâncreas, disse ter sentido um ímpeto de começar uma nova história.
“É muito nítido esse lugar da literatura para lidar com o real”, ela afirma ao Podcast da Semana sobre literatura, da qual é a convidada. “A ficção vaza. Imaginar é sempre revelar um pouco de si mesmo, não tem jeito. Vai uma dose enorme de inconsciente.”
Madeira é autora de "Tudo É Rio" (Record, 2021), seu primeiro romance e um best-seller. Ele conta uma história de amor que se desfaz num ato brutal de violência e dá espaço para um triângulo amoroso com muito sexo. Depois dele, a escritora e publicitária lançou outros dois títulos, “Véspera” (2021) e "A Natureza da Mordida" (Record, 2022), todos publicados pela editora Record. Agora, ela se prepara para encerrar a Festa Literária Internacional de Paraty de 2024, em uma mesa sobre a invenção e a linguagem do romance, ao lado de Mariana Salomão Carrara e de Silvana Tavano.
Ao Podcast da Semana, Madeira afirma que é uma escritora muito focada em acontecimentos e não gosta de usar seus personagens para assumir suas inquietações. “Não dá para entrar numa lógica dos personagens começarem a ocupar um lugar de recado porque você pode entrar num caminho meio moralista, ou meio “sabidão”, na vibe quase que do conselho, da moral”, afirma.
Na conversa, Madeira fala sobre seu processo criativo, sobre a importância do ritmo no texto, de suas ideias para o futuro do romance e dá ainda três dicas dos livros de que mais gostou em 2024.
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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Estamos atentos aos sinais que nossos filhos ou alunos nos trazem? Para que a saúde mental dos mais jovens esteja em dia, é importante que pais, cuidadores e a comunidade escolar como um todo observe não apenas o que a criança diz, mas os diferentes sinais que ela nos traz. "A atenção vai mostrar que tem algo diferente", diz a psicanalista Elisama Santos ao Podcast da Semana, da Gama. "Do contrário, na pressa que a gente tem vivido, eles viram mais um item na lista de obrigações."
Comunicadora com mais de 350 mil seguidores no Instagram, Elisama Santos é psicanalista, escritora e autora de best sellers como "Educação não Violenta" (2019), "Por que Gritamos" (2020) e "Vamos Conversar" (2023), publicados pela editora Paz e Terra. Ela é também apresentadora do programa SAC das Emoções, no canal GNT e do podcast Vai Passar, do Spotify. Pós-graduada em saúde mental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, é especialista em comunicação não-violenta e educação não-violenta.
Na conversa com Gama, Santos fala das mudanças pelas quais as escolas vem passando e qual o seu papel na formação de futuros cidadãos. Traz ainda caminhos para ampliarmos o diálogo e a escuta das novas gerações.
Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
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“A tragédia climática vai acontecer com todo mundo; não tem o que nos salve disso.” A frase, que pode soar pessimista e catastrófica, é de alguém que viu a própria casa inundada, a escritora gaúcha Julia Dantas. Durante as enchentes de maio de 2024, Dantas teve o apartamento tomado pela água, apesar de seus esforços para contê-lo. “Tenho agora uma maior preocupação no sentido da urgência. Tudo o que já se previa que ia acontecer, está acontecendo muito antes do que se imaginava. O que se pensava para 2050, 2080, está acontecendo agora em 2024”, disse em entrevista ao Podcast da Semana sobre as cidades e a mudança climática.
Autora de ficção com três livros publicados, entre eles o mais recente “A Mulher de Dois Esqueletos” (Dublinense, 2024), Dantas escreveu três relatos sobre o que viveu nas enchentes. A experiência também será debatida na Festa Literária Internacional de Paraty, em outubro, na mesa Não Existe Mais Lá, junto ao palestino Abu Atef Saif.
Ao Podcast da Semana, ela revela que segue descobrindo o que perdeu no alagamento. Conta também como a experiência mudou o seu jeito de escrever, de olhar pra literatura, e até a relação com a cidade. “Para nós não acabou, a enchente ainda perdura até hoje, tanto no que a gente está esperando reconstruir, quanto no que a cidade ainda tem por fazer. E, evidentemente, ainda há o medo do que vai acontecer neste mês de setembro, em novembro, que são épocas de chuva. Tenho vontade de continuar escrevendo também por isso, para marcar que essa história não ficou restrita a maio; ela continua.” -
Uma casa organizada é um espaço em que as coisas estão dispostas em lugares que fazem sentido, agrupadas em categorias que nos ajudam a achar mais fácil e a manter tudo no lugar. Pra isso existe técnica, algo que a entrevistada deste episódio, a profissional da organização Cora Fernandes, conhece bem. "O processo de organização consiste em trazer sentido à vida", diz em entrevista ao Podcast da Semana. E é por isso que, pra ela, um quartinho da bagunça deve ser repensado, porque ali não há qualquer categorização.
Cora é autora do livro "Lições de uma Personal Organizer" (Latitude, 2021), colunista da revista Casa Vogue Brasil e coapresentadora do "Menos é Demais", da Discovery, que acaba de ganhar uma nova temporada. Na conversa com Gama, ela fala da necessidade de personalizar cada espaço da casa para quem o ocupa, da organização como um processo contínuo, traz dicas para encontrar o seu jeito de organizar a casa e ressalta a necessidade de identificar quando estamos com coisas demais. "É muito importante você ter apenas o que cabe no seu espaço", diz.
Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
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Estamos vivendo uma transformação no jeito de encarar as relações sexuais, de acordo com o antropólogo Michel Alcoforado. E essa é uma questão geracional: são os jovens que dão uma importância diferente ao sexo. “Os mais jovens estão dizendo que sexo é igual tomar banho e escovar dente. Você faz se tiver com vontade”, afirma ao Podcast da Semana sobre sexo e relacionamento. O antropólogo acredita que o resultado dessa mudança de perspectiva é que as pessoas vão ficar mais à vontade para afirmar que têm pouco desejo sexual.
Alcoforado, que acaba de lançar o livro “De Tédio Ninguém Morre: Pistas para entender os nossos tempos” (Ed. Telha) e é comentarista da rádio CBN, tem se dedicado ao tema na atual temporada de seu podcast, o “É Tudo Culpa da Cultura”. Lá, ele entrevista outros antropólogos sobre diversos aspectos do sexo, desde sex shops em comunidades evangélicas até as festas de orgia em saunas gays.
Ao Podcast da Semana, Alcoforado fala sobre as transformações que vivemos desde o aparecimento dos apps de namoro. Ele aposta que até 2030, 3% da população vai se declarar assexuada. Acredita também que o sexo ficou mais difícil porque “vamos para a cama com muitas bandeiras”. “É muita satisfação que temos que dar conta: do teu prazer, do meu prazer. Eu tenho que dar conta do prazer dos homens e das feministas. Eu tenho que dar conta da igualdade de gênero. Eu tenho que dar conta de tanta pauta para além da minha vontade de gozar, que transforma uma relação sexual em algo infinitamente penoso”, afirma.
O antropólogo comenta ainda fenômenos como o detox de homem e essa mania que o brasileiro tem que dizer que transa demais.
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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A pressão e a velocidade do mercado de trabalho de hoje fazem o ambiente perfeito para problemas de saúde mental como o burnout e a depressão. E, mais, para que não sejam notados. “Às vezes a depressão é invisível. Ela fica num estado interno em que a pessoa que tem o problema o recusa”, afirma a psicóloga Bianca Solléro, que trabalha com foco no mercado de trabalho e é a entrevistada do Podcast da Semana sobre depressão no trabalho.
Solléro, que faz mentorias e também atende na clínica e em empresas, explica as diferenças entre depressão e síndrome do burnout. “Os sinais mais óbvios da depressão é o desinteresse, a procrastinação excessiva, a não entrega. Às vezes, quando uma pessoa que está encrencando muito com questões simples, ela pode estar escondendo uma depressão. Já a pessoa com estresse e em burnout tem uma aceleração dos pensamentos. É uma pessoa que não dá conta de parar de pensar nas coisas e que está fazendo”, afirma.
Ao Podcast da Semana, Solléro fala sobre o impacto devastador dos problemas de saúde mental para a produtividade e o que é preciso saber e fazer para cuidar melhor da saúde mental. "Precisamos parar de achar que uma pessoa depressiva está com mimimi, é um problema coletivo. Uma pessoa em equilíbrio emocional é muito mais produtiva e criativa", afirma. "A depressão pode denunciar um sintoma que é da empresa"
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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A maneira com que crianças e adolescentes jogam videogame mudou demais na última década. Mas uma coisa não mudou: a disputa entre pais e filhos para controlar o tempo em que se passa jogando.
Hoje, existem jogos mais educativos, disputas online em que é possível jogar com pessoas diferentes, gente do mundo todo. E, até por isso, mais do que nunca é importante que pais e cuidadores estejam por perto, jogando junto, participando, entendendo esse universo onde os filhos também habitam.
A convidada desde episódio, a psicóloga Andréa Jotta, traz as mudanças pelas quais passaram os videogames e a maneira como crianças e adolescentes se relacionam com eles hoje e desde a pandemia. "Com o isolamento, os comportamentos ficaram mais online e se perdeu o controle do uso de games e da tecnologia", diz.
Jotta, que é especialista em ciberpsicologia e pesquisadora da Pontifícia Universidade de São Paulo (Puc), traz diferentes caminhos para auxiliar – e convencer – os mais jovens a dosarem o uso da tecnologia. Discute também algumas habilidades sociais que são essenciais para a formação emocional e psíquica das crianças e adolescentes. “Se a interação humana não é atrativa para a criança, quanto mais velha ela for, mais difícil vai ser lidar com isso", diz a Gama.
Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
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O que significa ser pai? O que é preciso fazer pra ser um bom pai? Nesta edição do Podcast da Semana, o tema é parentalidade e a conversa é com Thiago Queiroz, pai de quatro filhos, criador do blog Paizinho, Vírgula! e que lança "O Poder do Afeto" (Fontanar, 2024), livro em que propõe uma jornada de 21 dias com exercícios práticos para alcançar uma relação mais equilibrada e prazerosa entre pais e filhos.
Na entrevista, ele conta que em suas redes sociais são as mulheres que comentam e perguntam mais. "Sempre foi muito difícil trazer o homem para essa conversa. Isso é um sintoma da própria sociedade em que a gente vive", afirma. Ele cita a licença-paternidade como o início do problema. "Não dá para falar sobre como a paternidade é importante se o Estado coloca que esse período. Qual é, então, a mensagem que a sociedade recebe sobre paternidade se você tem um filho e tem cinco dias corridos?"
Outra dificuldade citada por Queiroz é a falta de preparo para o cuidado desde cedo, enquanto as meninas são estimuladas desde cedo a brincar de bonecas, os meninos não são ensinados a cuidar. "Divisão de tarefa passa por entender que você tem que cuidar do todo, não é só 50%", afirma.
No Podcast da Semana, Thiago Queiroz fala também sobre como cuidar de filhos destampa memórias esquecidas da nossa infância e de como traumas esquecidos podem voltar à tona. Ele aponta caminhos para uma paternidade mais feliz, justa e amorosa.
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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"Por que as categorias são separadas em feminino e masculino, de acordo com o órgão genital?" O questionamento acima é de Lucas Kumahara, medalhista brasileiro do tênis de mesa com três Olimpíadas no currículo. Kumahara, que competia na modalidade feminina, agora atua na masculina e vai a Paris como comentarista da TV Globo. É ele o entrevistado do Podcast da Semana da edição especial sobre os jogos.
Na entrevista, Kumahara fala sobre um dos pontos mais polêmicos do esporte hoje, a situação dos atletas trans nas modalidades feminino ou masculino. Segundo ele, a situação é complexa e está longe de estar clara ou resolvida, e um dos motivos é que os corpos trans são muito pouco estudados. “Cada esporte tem a sua autonomia para decidir as regras e, no tênis de mesa por exemplo, só começou a ser discutido quando apareceu a minha história”, afirma.
A Gama, o atleta conta que pensou em declinar do convite para comentar os jogos porque o tênis de mesa oferece pouco tempo para que os comentários sejam feitos. Mas mudou de ideia e disse que pretende levar o lado humano dos atletas para os telespectadores, que não sabem muito sobre o que passam para conseguir treinar e exercer a carreira. “Atleta não é só rendimento, não é máquina”, afirma. “As pessoas não fazem ideia das dificuldades que o atleta passa.”
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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Como envelhecer de maneira ativa, de modo que se continue colaborando e sendo ouvido? Será que você quer envelhecer como seus avós ou de outro jeito?
Envelhecer é uma jornada, e a maneira como a gente lida com o passar dos anos, e com as pessoas mais velhas, influenciam demais na nossa própria história. "O pior que pode acontecer na velhice é você ficar num canto, escondido, calado. Às vezes cercado de pessoas e totalmente só", diz o médico gerontólogo Alexandre Kalache, convidado este episódio. "Uma solidão que dói porque é a solidão social, de não lhe darem espaço e voz."
Aos 78 anos, Kalache trabalha com o tema de gerontologia desde 1975, com formação nas universidades de Londres e Oxford. Nos anos 1990, foi recrutado pela OMS para dirigir o departamento de envelhecimento e saúde e, desde 2008, atua como consultor para políticas públicas para a longevidade. É presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil e um colaborador frequente do jornal Folha de S. Paulo e na rádio CBN.
Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
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Já pensou viver num mundo sem chocolate? Parece difícil de acreditar, mas o preço do cacau no mercado internacional e o aquecimento global têm deixado esse cenário apocalíptico mais próximo e preocupante. É sobre isso que e Tuta Aquino produtor de cacau e de chocolate e o entrevistado desta edição, fala no episódio sobre comida e aquecimento global. "Essa crise se iniciou no cacau e em algum momento vai chegar no chocolate sim", afirma ao Podcast da Semana.
Na África, países como Gana e Costa do Marfim, que juntos respondem por 80% do cacau commodity, estão com problemas para se adaptar às mudanças climáticas. E, junto a isso, fundos de investimento descobriram o cacau como instrumento para especular nas principais bolsas do mundo. O resultado é o preço do cacau três vezes maior e o chocolate ameaçado. Vice-presidente da Associação Bean to Bar Brasil e sócio da Baianí Chocolates, Tuta Aquino fala sobre essa crise e sobre como o Brasil se coloca nesse cenário.
Na Bahia, as chuvas já são mais escassas há dois anos e o impacto é muito grande nas plantas, que passam a produzir menos. "São plantas resilientes, mas que são muito sensíveis à falta d'água. Elas se lançam em modo preservação e ficam sem energia para novas flores e frutos", conta. Para mitigar a situação, eles têm usado novos sistemas de irrigação, especialmente nas áreas novas de plantio. "Estamos vendo com muita preocupação as variações climáticas, os impactos podem ser bem devastadores."
Ainda assim, ele explica um pouco sobre como o Brasil tem potencial para produzir mais, afinal o cacau é um fruto amazônico, mas como realmente o aquecimento já atrapalha a produção por aqui.
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Crianças e adolescentes estão ansiosos, deprimidos, com dificuldade para dormir e com a saúde mental comprometida em um nível sem precedentes. Esses problemas estão relacionados ao uso excessivo de telas, à falta de tempo dos pais e cuidadores, à ausência de atividades ao ar livre e também a alimentação industrializada, de acordo com o pediatra carioca Daniel Becker, entrevistado deste episódio do Podcast da Semana. "As crianças ficam em casa e não brincam porque elas todas tem um celular na mão", diz a Gama.
Daniel Becker se considera um ativista pela infância. Com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, seus vídeos tratam da importância de brincar, de uma alimentação saudável, de como proteger as crianças que estão online e outros temas relacionados à saúde integral infantil. Becker é pediatra, sanitarista, médico do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro e colunista do jornal O Globo.
Na conversa com Gama, ele trata do uso de celulares nas escolas, aponta os problemas da rotina das crianças hoje em dia, dos vícios a que elas estão sucetíveis e como pais e cuidadores podem proporcionar uma infância mais saudável aos pequenos. "O recreio é o último reduto do brincar na nossa sociedade, deveria ser ampliado. Se tem celular, vira um funeral, cada criança no seu aparelho."
Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
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