Episodes
-
A Bíblia está cheia de referências à intervenção de Deus na vida de indivíduos e impérios, mas será que reconhecemos Sua intervenção quando ela nos afeta diretamente em nossos dias? Em 25 de abril de 1974, o regime fascista fundado por Salazar em 1926 que durou 48 anos em Portugal foi derrubado em uma questão de horas. Sem um único tiro disparado, este golpe entrou para a história como "a Revolução dos Cravos". Dois anos mais tarde, em 1976, chegámos à Madeira, e aponto aqui algumas das coisas a que assistimos à medida que nos adaptávamos a um novo país. Descobrimos que os madeirenses também ainda estavam a adaptar-se àquele que era, afinal, um novo país para eles
Texto disponível em formato blog com fotos -
The Bible is full of references to God’s intervention in the lives of individuals and empires, but do we recognize His intervention when it directly affects us in our day? On April 25, 1974, the 48-year-old fascist regime founded by António Salazar in 1926 in Portugal was overthrown in a matter of hours. Not one shot was fired, and this coup went down in history as “the Carnation Revolution”. Two years later, in 1976, we arrived in Madeira, and here are some of the things we witnessed as we adapted to a new country. We discovered that the Madeirans, too, were still adapting to, what was, after all, a new country for them.
Text version - blog post with photos -
Missing episodes?
-
Fazia 9 anos desde que eu sabia que Deus tinha me chamado para ser missionário no Brasil. Eu ainda estava no ensino secundário. Agora, com a idade "madura" de 25 anos, eu era casado e tinha dois filhos pequenos. Tínhamos acabado de passar 15 longos, difíceis meses na estrada, ficando com pessoas que nunca tínhamos conhecido, em lugares onde nunca tínhamos estado, a preparação perfeita para nossa nova vida no Brasil. Tínhamos chegado ao ponto crucial em que mais ingredientes seriam introduzidos na receita das nossas vidas: uma nova língua e cultura, novas vistas, sons, cheiros e sensações, e não éramos nós os responsáveis pela cozinha. Como iria ficar tudo isso? Como dizem os ingleses, a prova do pudim fica no comer.
Quando desembarcamos em Nova York, na tarde de 23 de março de 1972, tínhamos saído de Chicago cerca de duas horas antes. Na aproximação do aeroporto, Raquel (4) olhou pela janela para a cidade em baixo e proferiu o eufemismo do dia. Pensando que tínhamos regressado a Chicago, ela disse: "Só subimos para dar uma volta." Não, Raquel. Mal sabia ela que esta nossa viagem era somente o início de uma mudança de vida, uma viagem que não terminaria com os seguintes voos de 9 horas para o Rio de Janeiro e de uma hora ainda para São Paulo, onde….. -
It had been 9 years since I first knew God had called me to do mission work in Brazil, and I was still in high school. Now, at the “mature” age of 25, I was married and had two small children. We had just spent 15 long, challenging months on the road, staying with people we had never met, in places we had never been, the perfect preparation for our new life in Brazil. We had come to the crucial point where more ingredients were about to be stirred into the recipe of our lives: a new language and culture, strange sights, sounds, smells and sensations, and we were not in charge of the kitchen. How would it all turn out? The proof of the pudding would be in the eating.
When we landed at NYC in the afternoon of March 23, 1972, we had only been gone a couple of hours from Chicago. Rachel (4) looked out the window at the city beneath us as we approached the airport and made the understatement of the day. Thinking it was Chicago, she said, “We just went up for a ride.” No, Rachel. Little did she know that our life-changing ride had only just begun, and it wouldn’t end with the 9-hour flight to Rio de Janeiro and the hour-long connecting flight to São Paulo, where.… -
You can read this episode on my blog page here.
In December 1971, we felt we were finally about to begin experiencing the joy of fulfilling God’s call to the mission field. Then within three months, right on the verge of our leaving for Brazil, there was a possibility that it could all come crashing down in the blink of an eye. We were less than a month away from our scheduled departure, when it appeared the rug was about to be pulled out from under us . -
Pode ler este episódio no meu blog aqui.
Em dezembro de 1971, sentimos que finalmente estávamos prestes a começar a experimentar a alegria de cumprir a chamada de Deus para o campo missionário. Então, dentro de três meses, bem na iminência de partirmos para o Brasil, havia a possibilidade de que tudo pudesse desmoronar em um abrir e fechar de olhos. Estávamos a menos de um mês da nossa partida programada, quando parecia que o tapete estava prestes a ser tirado de baixo dos nossos pés. -
Leia o texto deste episódio no meu blog aqui.
Quando pensamos em elefantes, a primeira imagem talvez seja de um jardim zoológico. Ou de um circo, embora os tempos tenham mudado, e os elefantes vão perdendo o seu papel no espetáculo. Em various partes do mundo onde o equipamento mecanizado ainda não chegou, são animais de trabalho. E recuando ainda mais no tempo, antes de armas de fogo e canhões terem substituído lanças, flechas, e espadas, elefantes faziam parte do equipamento de guerra. Aníbal atravessou os Alpes com seus elefantes, quando atacou Roma.Há outros elefantes que são invisíveis, mas nem por isso são menos reais ou formidáveis. E, ao contrário dos elefantes que estamos acostumados a ver, estes podem ir em qualquer lugar, a qualquer hora, mesmo sendo do tamanho de um elefante.
-
Read the text of this episode on my blog here.
We usually think of elephants as zoo animals, and until recently as circus performers. Times have changed even for elephants. In certain parts of the world where mechanized equipment has not arrived, they are work animals. Further back in time, before guns and cannons replaced spears, arrows, and swords, they were military equipment. Hannibal brought his elephants over the Alps when he attacked Rome.There are other elephants that are invisible, but that doesn’t make them any less real or formidable. And unlike the elephants we’re used to seeing, they can go anywhere, anytime, even as big as they are.
-
Leia o texto deste episódio no meu blog aqui.
O apóstolo Paulo é indiscutivelmente o missionário mais conhecido da história. Afinal, ele escreveu cerca de metade do Novo Testamento. Suas palavras à igreja de Filipos no capítulo 4 sobre sua situação financeira revelam que seu apoio variou muito desde não ter nada a ter abundância. Em Corinto (Atos 18), ele passou um tempo fazendo tendas para se sustentar. O nosso apoio também variou muito. Apesar de nunca termos feito tendas, ao longo dos anos envolvemo-nos em diversas profissões que Paulo nem sequer conhecia. -
Read the text of this episode in my blog here.
The apostle Paul is arguably the most well-known missionary in history. After all, he wrote about half of the New Testament. His words to the Philippian church in chapter 4 regarding his financial situation reveal that his support varied greatly from having nothing to enjoying abundance. In Corinth (Acts 18), he spent time making tents to support himself. Our support varied widely, too. Although we never made tents, over the years we engaged in a variety of professions Paul never even heard of. -
Leia o texto deste episódio no meu blog aqui.
Em 1968, os Beatles lançaram a canção, “Yellow Submarine” (Submarino Amarelo), e a única linha da letra que lembro é a frase, “Todos nós vivemos num submarino amarelo”. Penso que até hoje ninguém sabe ao certo o que eles queriam dizer com isso. Em 1971, tivemos a nossa versão, “Todos nós vivemos num Kombi amarelo.” Como família, estávamos muito chegados…fisicamente, pelo menos, e pela graça de Deus, ainda estávamos juntos no final do nosso ano de Lar Doce Lar na Estrada. -
Read the text of this episode in my blog here.
In 1968, the Beatles came out with the song, “Yellow Submarine”, and the only part of the lyrics I remember is the phrase, “We all live in a yellow submarine”, whatever they meant by that. In 1971, we had our own version, “We all live in a yellow VW bus.” We were a close family…physically, for sure, and by the grace of God we were still together at the end of our year of Home Sweet Home on the Road. -
Leia o texto deste episodio no meu blog aqui.
Quando alguém vai ao teatro para ver uma peça, recebe um programa que inclui a lista dos personagens e uma breve descrição do seu papel na história. Sinto a necessidade de introduzir os personagens principais neste ano da nossa história, pelo menos. A história que estou prestes a contar estende-se por 45 anos, e a lista de personagens em si encheria um livro. A propósito, Guerra e Paz de Tolstoi detém o recorde do maior número de personagens identificados por nome em um romance... 600! Para escritores de ficção, o número recomendado de personagens principais é de 3 a 5, no máximo. Mas em não-ficção, é evidente que o autor não tem a opção de simplesmente inventar personagens para promover um enredo. Os escritores de não-ficção têm de trabalhar com os personagens que encontram na narrativa, e a elaboração da história não ficcional funciona de forma contrária à exigida na elaboração de uma obra ficcional. Na ficção, o trabalho do escritor é determinar o número máximo de personagens a serem inventados e seu papel no enredo; A tarefa do autor de não-ficção é podar a lista de personagens encontrados ao longo da narrativa e reduzir ao mínimo o número daqueles que são essenciais para mover a história adiante. Este episódio prepara o terreno para a nossa história e para 1971, em particular. -
Read the text of this episode in my blog here.
When one goes to a theater to see a play, they are given a program that includes the list of characters and a brief description of their role in the story. I feel the need to introduce the main characters in this year of our story, at least. The story I’m about to tell spans 45 years, and the list of characters alone would fill a book. By the way, Tolstoy’s War and Peace holds the record for the most named characters in a book…600! For fiction writers, the recommended number of main characters is from 3 to 5, max. But in non-fiction, of course, the author doesn’t have the option of simply inventing characters for the sake of promoting a story line. Writers of non-fiction have to work with the characters they encounter in the narrative, and the crafting of the non-fictional story works contrary to that required in laying out a fictional work. In fiction, the writer’s work is to determine the maximum number of characters to be invented and their role in the storyline; the task of the non-fiction author is to prune the list of characters encountered along the way and reduce to a minimum the number of those who are essential to moving the story forward. This episode sets the stage for our story and for 1971, in particular. -
Depois de anos de preparação, chegou o momento. O tiro da partida foi dado. Mas a corrida não foi de 100m ou 400 metros de estafetas; foi uma maratona de 45 anos, que incluía barreiras- Mal demos a partida quando apareceu uma.
-
Recently one of our daughters-in-law mentioned her niece and husband are preparing to go on the foreign mission field and asked, “Would we be willing or able give them any advice?” This podcast tells the story of over 40 years on the mission field, but in our narration we haven’t even got there yet.
The bigger the mountain, the more preparation that’s needed. But there is one quality that’s essential and that fits all situations and all challenges, the large and the small, the long-range project or the challenge of the moment. You may be fighting a personal battle, a family problem, a financial disaster, or a health condition. The word for that quality is “Hineni”. It’s a simple concept, but for mortals like us, it’s not that easy.
Transcript* -
Recentemente, uma das nossas noras mencionou que uma sobrinha dela e o marido se preparam para ir para o campo missionário no estrangeiro e perguntou se estaríamos dispostos ou capazes de lhes dar algum conselho? Este podcast conta a história de mais de 40 anos de vida no campo missionário, mas ainda nem chegámos lá nestes episódios.
Quanto maior for a montanha, mais preparação é necessária. Mas há uma qualidade que é essencial e adequada a todas as situações e todos os desafios, os grandes e os pequenos, projetos de longo alcance ou os desafios do momento. Você precisa dela se está a travar uma batalha pessoal, um problema familiar, um desastre financeiro ou um problema de saúde. A palavra que descreve esta qualidade é "Hineni". É um conceito simples, mas para seres mortais como nós, não é assim tão fácil.
Transcrição* -
Simply put, history is a narrative of the passing of generations. We are most acquainted with this in our family setting and the tombstones in a cemetery are the most visible reminder of that passing. But this phenomenon also occurs in business, professional and political contexts. The fact we tell about one of these occasions means we are reflecting on the significance that the past generation had or has or will have on the next generation. And when I recognize that I represent a generation that will pass, and I face the reality that someday I could be the end of a generation, it's impossible not to reflect on what was, what is, and what will be the significance of my part in this piece of history.
Transcript* -
Dito de uma maneira mais simples, a história é a narrativa da passagem de gerações. Obviamente, esta passagem nos toca mais diretamente no seio das relações familiares e está mais visível nas pedras que marcam sepulturas nos cemitérios. Mas esta passagem também acontece no âmbito comercial, profissional, e político. Contar a história desta passagem é uma forma de meditar sobre o impacto que a geração que passou tem ou teve na geração seguinte. E quando eu reconheço que represento uma geração que há de passar, e apercebo-me da realidade de que eu um dia posso marcar a passagem de uma geração, é impossível não parar e meditar o que foi, o que é, ou o que será o significado da minha parte neste pedaço de história.
Transcrição* - Show more