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  • Saindo do hospital com sua mãe, o Thiago acabou batendo contra outro carro na estrada. No acidente, sua mãe faleceu e ele acabou ficando preso nas ferragens e bastante machucado. Desde então, ele teve que se reconstruir basicamente do zero.

    A história começa em 2018: na época, ele estava recém-separado e se mudou para Portugal para experimentar novos ares, mas não demorou muito ele voltou ao Brasil porque descobriu que os pais, já idosos, estavam com alguns problemas de saúde.

    Voltar a morar com os pais aos 36 anos fez com que ele enxergasse os dois para além do papel de mãe e pai, e isso transformou sua perspectiva.

    Na virada de 2022 para 2023, tanto a mãe, quanto o pai do Thiago, pegaram covid. Os dois ficaram internados e a mãe se recuperou antes do pai.

    Na saída do hospital, rolou o acidente que levou a mãe do @thiagovicente.me e o deixou por muito tempo internado.

    Uma semana depois do acidente, Thiago recebe alta e outra péssima notícia: seu pai, que continuava internado, também faleceu. Digerir as duas perdas tão repentinas foi extremamente difícil.

    O processo foi longo, mas com a ajuda de amigos e outros familiares, ele foi se reconstruindo aos poucos. Ele ainda está se recuperando do acidente e nesse caminho todo, encontrou uma nova paixão: escrever livros para colorir.

    Hoje o Thiago acredita que renasceu após isso tudo e que colorir seja o seu propósito de vida.

    Apesar de todos esses pesares, ele pensa que "quando alguém se vai, aquela pessoa observa o mundo pelos nossos olhos." Por isso, ele resolveu encarar a vida com muita cor, tudo para manter os seus familiares vivos dentro dele.

  • Mãe e filha grávidas ao mesmo tempo! Essa é a história da Nice e da Milena que deixaram o laço de amizade e amor entre as duas ainda mais forte com a chegada do Noah e do Loui.

    Vamos voltar lá pro começo pra contextualizar tudo: a Nice engravidou da Milena aos 19 anos de idade. Mais tarde, ela também teve outra filha chamada Isabelle.

    A Milena e a Nice são muito ligadas uma na outra. As coincidências nas vidas delas já começam pela data de nascimento das duas: a Nice faz aniversário no dia 11 de abril, e a Milena, no dia 12.

    Elas não vivem uma sem a outra. A família é muito unida, mas a conexão entre a Milena e a Nice sempre foi inexplicável.

    A Milena não planejou a gestação. Na época, ela estava prestes a terminar a faculdade e planejando seu casamento, mas acabou engravidando aos 23 anos.

    Logo que descobriu a gravidez, Milena ligou para a mãe para contar a novidade. De primeira, a Nice ficou surpresa e deu uma lição de moral na filha. Preocupação de mãe, né? ​

    Mas mal sabia a Nice que, enquanto ela se preocupava com a gestação da Milena, ela também estava grávida! 😂

    Nice descobriu a gravidez 5 dias depois da filha. Ela, que estava com sintomas de climatério, estava fazendo acompanhamento médico, decidiu fazer um teste de farmácia só por fazer… e descobriu a gravidez.

    A surpresa foi enorme! Elas passaram a fazer todo o acompanhamento médico juntas e viveram intensamente todos os momentos das suas gestações.

    Como nem tudo são flores, elas ouviram algumas pessoas dizendo que elas "estavam fazendo aquilo para chamar a atenção."

    Apesar dos comentários desagradáveis, as duas seguiram juntas e decidiram tentar ter os seus filhos no mesmo dia. Os médicos não sabiam se seria possível, pois as duas gestações eram de alto risco, mas elas decidiram tentar.

    No final, deu tudo certo! Os bebês nasceram com poucas horas de diferença um do outro e as duas assistiram ao parto uma da outra. De lá pra cá, o vínculo entre elas aumentou ainda mais e o amor se multiplicou nessa família!

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    Edição: Bergamota FilmesRoteiro: Luigi MadormoVoz da vinheta: Renato Ber, apoiadora na Orelo.

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  • A Adrieli cresceu sem saber quem era o seu pai. Aos 33 anos, ela decidiu questionar a mãe sobre a identidade dele e finalmente teve a resposta que esperava. Porém, quando foi atrás dele, nenhuma das suas investidas foram bem recebidas por ele ou pela família dele.

    Lá atrás, a mãe da Adrieli engravidou de forma não-planejada e assim que descobriu, contou ao parceiro. Na época, ele não demonstrou muita reação, o que deu a entender que ele não queria essa filha e a mãe decidiu seguir com a gravidez sozinha.

    Depois disso, a mãe escondeu a gestação da própria família e guardou a identidade do pai a sete chaves: ela nunca contou para ninguém quem era o pai da criança.

    Embora tenha vivido uma vida feliz, a curiosidade sobre quem era o seu pai sempre a perseguiu. Ela nunca confrontava a mãe sobre o assunto por medo, mas chegou a perguntar sobre a identidade do pai para outras pessoas e ninguém sabia a resposta.

    Conforme foi amadurecendo, a Adrieli deixou o assunto de lado. Ela casou-se, teve filhos, e os próprios filhos começaram a questionar sobre quem era o avô.

    Por isso, aos seus 33 anos, a Adrieli finalmente decidiu confrontar a mãe para saber quem é o seu pai. Para a sua surpresa, a mãe começou a revelar alguns detalhes sobre ele e ela decidiu aproveitar a abertura para perguntar tudo o que sempre quis saber.

    Passaram-se alguns meses até a Adrieli conseguir superar o choque e decidir o que faria com todas aquelas informações. Então, ela resolveu procurá-lo no dia do aniversário dele.

    Ao ligar para ele, a esposa atual atendeu e poucos instantes depois, desligou o telefone na cara da Adrieli após ela não ter dito o assunto que gostaria de tratar.

    Adrieli retornou a ligação e disse que iria até a residência do casal para conversar com ele. Lá, ela foi mal recebida por uma de suas irmãs e a família exigiu um exame de DNA.

    A resposta veio 10 dias depois: o resultado era positivo. Mas mesmo assim, o pai mal conversou com ela e a Adrieli esperou que ele a procurasse por dois anos.

    Depois desses dois anos, a Adrieli o procurou novamente para incluir o nome dele em seus documentos. Ela pagou por todo o processo, porém ainda assim, nada mudou. Ele não respondeu às tentativas de aproximação da filha e ela carrega somente o nome dele.

    Apesar de ser uma história frustrante, a Adrieli não carrega nenhum peso vindo dela. Conviver com a dúvida teria sido muito mais doloroso e como ela mesma diz: "a vida real não é uma novela."

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  • A Patrícia foi casada com um homem por 21 anos, mas tudo mudou após ela ter tido um sonho que envolvia uma amiga. A partir desse momento, ela entendeu que a sua sexualidade poderia ser mais ampla do que ela pensava.

    Ela é nordestina, saiu de sua cidade natal aos 7 anos de idade com a família e nunca tinha tido contato com alguém que não fosse heterossexual. Por isso, ela nunca teve referências de afeto que estivessem fora da caixinha da heterossexualidade.

    Aos 15, ela deu o seu primeiro beijo em uma menina. Porém, o beijo aconteceu em uma brincadeira entre adolescentes e logo depois, ela conheceu o seu ex-marido.

    Com isso, ela já engatou um relacionamento com ele, casou-se e teve filhos mais tarde. Ser mãe era um dos seus desejos, mas aos poucos, os problemas no casamento começaram a aparecer.

    Assim como muitas outras mulheres, ela passou por várias traições dentro do casamento. Devido a falta de independência financeira e a pressão das pessoas à sua volta, ela teve que permanecer em uma relação que não a satisfazia.

    Se pararmos para analisar toda a trajetória da Patrícia, perceberemos que tudo aconteceu muito rápido: afinal, ela mal teve tempo de explorar a própria sexualidade, logo conheceu o seu ex-marido e se casou.

    Porém, os indícios de que ela poderia gostar de mulheres sempre estiveram ali. Tudo mudou quando, em uma noite, ela sonhou que estava mantendo relações sexuais com uma amiga.

    Ao acordar, ela se assustou ao se lembrar do que havia sonhado. A partir disso, ela entrou em uma crise existencial consigo mesma.

    Depois de passar um mês reflexiva, a Patrícia começou a compreender que talvez a sexualidade dela não estivesse voltada para homens, como ela sempre havia acreditado.

    A aceitação foi difícil. Ela enfrentou milhares de questionamentos internos, mas dividir tudo o que estava acontecendo com os seus filhos facilitou um pouco o caminho.

    A jornada para se assumir como uma mulher lésbica foi um tanto longa, mas hoje ela finalmente pode dizer que se aceitou. Aos 43 anos, ela se sente mais feliz do que nunca consigo mesma e com a própria sexualidade.

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    Edição: Bergamota Filmes

    Roteiro: Taís Cruz

    Voz da vinheta: Cris Crosta, apoiadora na Orelo.

  • A Ingrid e a sua esposa decidiram ser mães. Mas elas não tinham condições financeiras para bancar uma inseminação artificial e decidiram fazer uma inseminação caseira para realizar esse sonho.

    Em 2013, a Ingrid conhece e a Cecília, se apaixona, e a partir daí tudo acontece muito rápido: firmaram um compromisso, começaram a morar juntas… e essa brincadeira já dura 10 anos.

    A vontade de ser mãe veio da Ingrid e ficou mais forte em 2015. Mas como um casal de lésbicas realizaria esse sonho?

    Foi aí que surgiu a ideia de fazer uma inseminação caseira. Este procedimento é feito sem a ajuda de médicos e consiste na coleta do sêmen do doador, que é colocado em um recipiente, e logo após, inserido no útero.

    A prática não é legalizada no Brasil, mas também não é ilegal. Vale ressaltar que a história da Ingrid relata apenas uma realidade que ocorre no país inteiro.

    Com o tempo, alguns amigos souberam que o casal estava tentando e se ofereceram como doadores. A Ingrid até engravidou nas tentativas, mas acabou perdendo o bebê.

    Ela se culpava muito pela situação, mas não queria desistir de tentar.

    Só que a busca por um doador também é complicada. Sem o processo clínico adequado, a inseminação caseira pode acarretar em problemas de saúde para a mulher e também para o bebê.

    Quando finalmente encontrou um doador, a Ingrid fez exames de IST's e, vendo que tava tudo certo, prosseguiram com o processo. A Ingrid ficava no banheiro esperando a coleta e o doador entregava o recipiente para a esposa dela.

    Mais uma tentativa foi feita e a Ingrid engravidou. Ela e o doador entraram num consenso de que ele não teria nenhuma responsabilidade com a criança.

    Mas vale lembrar, mais uma vez, que não há nenhum respaldo legal nesses acordos. Falamos disso mais profundamente no episódio completo.

    Essa tentativa deu certo e a Ingrid teve o Yan. Foram 4 longos anos neste processo e apesar dela ter recorrido a um método incomum, seu filho é um menino saudável e eles formam uma família muito feliz.

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    Edição: Bergamota Filmes

    Roteiro: Luigi Madormo

    Voz da vinheta: Giannandrea Darques, apoiadora na Orelo.

  • A Tais sempre sonhou em ser mãe, mas descobriu, depois de muito sofrimento, que não poderia ter filhos biológicos. O caminho da adoção se fez a partir daí e ela decidiu não sofrer com adoção como sofreu tentando gestar.

    Tais passou muitos anos indo a médicos que diziam que ela poderia engravidar com alguns tratamentos, mas esses mesmos profissionais a culpavam, dizendo que ela não conseguia por ser gorda e por estar ansiosa.

    Aos 35 anos ela tem, finalmente, o diagnóstico de que ela não poderia mesmo engravidar. É claro que a notícia a abalou a princípio, mas ela logo sacudiu a poeira.

    O desejo de formar uma família permaneceu vivo e ela e o marido entenderam que queriam ter filhos, não importava se eram biológicos ou não.

    Eles decidiram entrar na fila de adoção praticamente no mês seguinte e nisso, uma outra chave virou na cabeça deles: o casal compreendeu que a espera não precisa ser dolorosa e frustrante. Ao contrário, ela pode ser feliz e ser vivida da melhor forma possível.

    A espera na adoção também é uma gestação. As famílias se preparam para a chegada da criança, arrumam a casa e fazem tudo o que qualquer outra família faria.

    Não saber quando essa espera termina é a principal diferença em relação a uma gestação biológica. Mas nesse caso, a Tais e o marido até contam com o apoio de uma doula de adoção para que eles possam receber essa criança da melhor forma possível.

    Ainda que a Tais e o marido tenham escolhido ter um olhar positivo sobre essa espera, não é fácil lidar com a ansiedade ou com o preconceito que existe de algumas pessoas. Mesmo assim, todo esse processo tem sido fundamental para o amadurecimento do casal.

    Embora as crianças ainda não estejam presencialmente na vida na Tais, ela sente o amor de mãe pulsando mais a cada dia que passa. E é esse amor que movimenta e que é maior do que qualquer preconceito ou negligência médica que ela tenha lidado ao longo da vida.

    >> Episódio 'Adoção não é caridade': https://open.spotify.com/episode/6zMQ0jpNPaHLFi2nTWXos6?si=7ca8aaf4d9594ae1

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    Edição: Manu Quinalha

    Roteiro: Taís Cruz

    Voz da vinheta: Renata Rodrigues, apoiadora na Orelo.

  • O Lucas perdeu o pai quando tinha somente 3 anos de idade. Geralmente, os adultos acreditam que as crianças muito pequenas não entendem a morte, mas neste episódio, o Lucas reflete como a perda foi sentida instantaneamente e como a ausência o afetou ao longo dos anos.

    Os pais do Lucas são de Caicó, uma cidade no interior do Rio Grande do Norte. Ao terem a intenção de construírem uma vida juntos, os dois se mudaram para a capital em busca de novas oportunidades.

    Eles trabalhavam como comerciantes na capital, vendendo pastéis e alguns outros produtos regionais do interior. O pai do Lucas sempre fazia viagens ao interior para buscar suplementos e, em uma dessas viagens, ele sofreu um acidente fatal de trânsito.

    O carro em que ele estava colidiu com outro veículo e o pai faleceu quando estava no hospital. A morte do pai do Lucas foi repentina e extremamente sentida por todos os seus familiares.

    Com o passar dos anos, o Lucas passou a ter alguns comportamentos que eram considerados "estranhos" por algumas pessoas. Por exemplo, ele procurava estar sempre próximo da mãe e chorava com muita intensidade quando ela não estava por perto.

    A angústia que ele sentia era muito forte e o acompanhava em qualquer lugar. Ou seja, apesar dele não ter conseguido colocar em palavras todo o desespero que sentia, ele externou todo esse sentimento muitas e muitas vezes.

    Para o Lucas criança, a perda do pai também trouxe a possibilidade de perder a mãe em qualquer momento.

    Embora tenha lidado com muita angústia, ao crescer, o Lucas encontrou na escrita uma maneira de colocar a sua dor para fora. Ele escreve poemas, crônicas e livros infantis.

    No ano passado, a mãe do Lucas também faleceu. Com a partida dela, ele foi obrigado a confrontar todos os medos que sentiu ao longo da vida.

    Ainda assim, o Lucas acredita que teve a chance de lidar com o luto de uma forma diferente. Como ele mesmo disse reflete em suas poesias, a dor da ausência nunca passa, mas o amor que sentimos por aqueles que partiram os mantém vivos em nossas memórias e dentro do nosso peito.

    >> Livro O dia em que o passarinho não cantou: https://amzn.to/3SAwJMz

    >> EP. Falando de morte com as crianças https://open.spotify.com/episode/0PC5cNYzgCHdGrisIZJqze?si=bf3f898f0f864aaf

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    Edição: Manu Quinalha

    Roteiro: Taís Cruz

    Voz da vinheta: Raquel Lopes, apoiadora na Orelo.

  • Durante a infância, a Muryhelen foi vítima de diversos abusos sexuais cometidos pelo seu ex-padrasto. Ela, que era somente uma criança, o tratava como pai e só percebeu que algo estava errado conforme foi crescendo.

    A infância da Muryhelen foi marcada por algumas dificuldades. A mãe dela era uma mulher jovem, tinha cinco filhos e a família toda chegou a passar algumas necessidades.

    Mas apesar disso, até os seus 6 anos, a Muryhelen teve uma infância normal. Quando ela tinha em torno de 8 anos de idade, a mãe conheceu o seu ex-padrasto.

    A relação entre eles também era considerada normal e o homem era bastante carinhoso com todos os filhos. As coisas começaram a mudar quando a mãe teve que ficar internada por alguns dias após ter enfrentado uma pré-eclâmpsia no parto do primeiro filho dos dois.

    A mãe acreditava que o padrasto tomaria conta dos seus outros filhos. Contudo, o padrasto agiu de má fé e aproveitou a ausência da mãe para tirar vantagem da Muryhelen.

    Os abusos começaram de forma sutil, mas foram se tornando cada vez mais explícitos com o passar dos anos.

    De certa forma, a Muryhelen externou o incômodo que sentia. Ela foi uma criança que tinha ataques constantes de raiva e que cresceu acreditando que não merecia ser amada.

    Quando se tornou adulta, ela se casou e entrou em um relacionamento abusivo. Por conta de tudo isso, a Muryhelen também enfrentou a depressão e a ansiedade logo depois do nascimento do primeiro filho.

    A gota que transbordou o copo foi quando ela foi agredida enquanto estava grávida do segundo filho. Nisso, ela decidiu terminar esse relacionamento e viveu uma fase bastante complicada.

    Ela estava desempregada, sem moradia e lidando com o abuso de substâncias. Nisso, ela começou a aceitar qualquer tipo de trabalho para fugir da fome.

    A vulnerabilidade social a levou a aceitar um trabalho pontual como animadora de eventos. Porém, a Muryhelen nos conta que as 4h que ela passou trabalhando nessa festa foram as mais felizes que ela viveu em muito tempo.

    O afeto e a felicidade das crianças a trouxe de volta pra si mesma. A partir dali, ela decidiu construir a sua carreira na área e mais tarde, ela criou a @ZM, a sua própria empresa de eventos.

    Hoje, aos 31 anos, a Muryhelen pode dizer que encontrou novos caminhos para ser feliz. Embora as marcas do trauma ainda existam, ela diz que encontrou a cura da sua criança interior ao se tornar animadora de eventos.

    UNICEF - Panorama da violência letal e sexual contra crianças e adolescentes no Brasil: https://www.unicef.org/brazil/media/16421/file/panorama-violencia-letal-sexual-contra-criancas-adolescentes-no-brasil.pdf

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    Edição: Manu Quinalha

    Roteiro: Taís Cruz

    Voz da vinheta: Neuma Coelho, apoiadora na Orelo.

  • O Léo é um homem trans que passou por uma gestação recentemente. Ele é casado com um outro homem, o Alexandre, e juntos, planejaram essa gravidez para que eles pudessem formar uma família.

    Aos 19 anos, o Léo passou pela transição de gênero. Isso significa que ele nasceu com um corpo que é lido como feminino pela sociedade, mas que apesar disso, ele sempre soube que era um homem.

    Ele se sentia mal com o corpo que tinha e para que a sociedade pudesse o ver assim como ele já se identificava, o Léo optou por fazer a transição de gênero. Para isso, ele passou por um acompanhamento médico que proporcionou mudanças em seu corpo.

    Com o tratamento, a voz dele engrossou, ele passou a ter pêlos pelo corpo, retirou as suas mamas, mas o seu sistema reprodutor permaneceu o mesmo. Dessa forma, ele tinha a possibilidade de engravidar mesmo sendo um homem. E foi isso que aconteceu.

    Os anos se passaram e, mais tarde, ele conheceu o Alexandre. Os dois se apaixonaram e logo engataram um relacionamento.

    O Léo conta que já tinha tido vontade de engravidar, mas que essa expectativa tinha diminuído depois de ter ficado solteiro novamente. O desejo de engravidar voltou à tona quando o Alexandre surgiu e, com o tempo, se tornou um plano do casal.

    Embora a gravidez tenha sido planejada, ela calhou de acontecer em um momento de fragilidade da vida do Léo. Nisso, o Alexandre procurou ficar ainda mais presente pro Léo para que eles pudessem criar essa criança.

    A notícia da gravidez trouxe vários receios para o casal, principalmente para o Léo. Ele não sabia como as pessoas iriam reagir com o fato de um homem estar grávido.

    Para o alívio deles, a equipe hospitalar não foi transfóbica e os tratou muito bem durante todo o processo. A filha deles, Yumi, nasceu rodeada de apoio e amor.

    O Léo questiona o porquê de tantas pessoas ainda terem preconceito. Ele diz que a gestação transmasculina é um acontecimento humano, ou seja, se há o desejo de ser pai e há a chance do corpo gerar uma criança, por que essa vontade deveria ser reprimida?

    Vale lembrar que também contamos outra história parecida há algumas semanas: nela, falamos do Thales, que é um homem trans e que engravidou do seu parceiro, o Lukas.

    Assim como eles, o Léo e o Alexandre confrontam o preconceito que existe na sociedade e estão felizes juntos da Yumi.

    Assista a história do Thales e do Lucas lá no nosso canal: https://www.youtube.com/watch?v=Zu_Yx24CKoQ

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    Edição: Manu Quinalha

    Roteiro: Taís Cruz

    Voz da vinheta: Patrícia Ferreira, apoiadora na Orelo.

  • A Simone cresceu em um lar evangélico, mas ao contrário do que prega a religião, não era um ambiente de respeito, harmonia e paz. Ao longo da vida, ela vivenciou alguns ciclos de violência e abusos, até conseguir pedir ajuda. Hoje, ela ajuda outras mulheres a identificarem e saírem de ciclos de violência doméstica.

    Antes de viver na pele a violência doméstica dentro de um casamento, a Simone passou por situações abusivas em casa com a sua própria mãe.

    Ela foi fruto de uma gravidez indesejada e isso fez com que a relação entre as duas fosse bastante difícil. Em paralelo, a mãe da Simone também havia passado por diversos traumas e nunca obteve a assistência necessária para tratá-los.

    Apesar de também ser uma mulher religiosa, a Simone se tornava cada vez mais questionadora conforme o tempo passava e a família a via como uma pessoa rebelde. Para escapar da violência vivida dentro da própria casa, ela decidiu buscar um casamento.

    Simone se casou aos 27 anos e quando achou que finalmente teria um lar tranquilo e amoroso, ela se viu novamente em um ciclo de violência doméstica.

    Logo após o primeiro ano de casamento, o ex-marido passou a consumir álcool em excesso, a traí-la e a agredí-la fisicamente e psicologicamente. Além de tudo isso, ele também agredia os filhos do casal.

    Foram anos de agressões até ela conseguir dar um basta. Depois de inúmeras tentativas de colocar um ponto final na relação, ela conseguiu sair de casa com a filha caçula e foi dormir no chão da casa da mãe dela.

    Os capítulos seguintes foram ainda mais difíceis: ela estava desempregada, passando por uma depressão e enfrentou muito preconceito dentro da igreja por ter se divorciado do marido.

    Já existem algumas pesquisas sobre a relação entre as igrejas evangélicas e a violência doméstica, mas a interpretação bíblica de submissão da mulher dificulta que mais denúncias sejam feitas.

    Vale lembrar que tivemos um caso recente de violência doméstica contra uma figura pública: Ana Hickmann denunciou o seu ex-marido após ter sido agredida e relatou ter sofrido vários abusos durante o seu casamento.

    Sair de um relacionamento abusivo é extremamente difícil, especialmente quando não há rede de apoio. No caso da Simone, ela se uniu a outras mulheres de uma comunidade de pescadores, enquanto ainda estava dentro do relacionamento, para se reerguer.

    Hoje, a Simone é pastora e possui um projeto chamado @projetolibertaparamulheres, que ajuda outras mulheres a saírem de relacionamentos abusivos.

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    Edição: Manu Quinalha

    Roteiro: Taís Cruz

    Voz da vinheta: Nayara Solano, apoiadora na Orelo.

  • A irmã da Andressa nunca pôde ter filhos. Já a Andressa, por outro lado, era mãe e por diversas coincidências do destino, acabou permitindo que a sua filha fosse criada pela irmã.

    A irmã da Andressa sempre sonhou em ser mãe e enquanto isso não acontecia, ela se fazia bastante presente na gravidez da Andressa.

    Dessa forma, a irmã foi a maior parte da rede de apoio da Andressa, sempre auxiliando e cuidando da sobrinha, a Rafaela.

    A chegada da Rafaela também conectou toda a família de modo geral, especialmente porque ela tinha um pai ausente. Então, a família se uniu para criá-la.

    Apesar de muitas pessoas não acharem natural, para elas, as coisas sempre fluíram para que a Rafaela tivesse duas mães.

    A Rafa se acostumou com essa rede de apoio, era comum ter a tia, que acabou se tornando madrinha também, sempre presente. Ela ia todo fim de semana e passava as férias na casa da irmã da Andressa.

    Um dia, a Andressa passou em um concurso público e seu trabalho era longe da escola da filha. Pensando no bem-estar da Rafaela, ela passou a deixá-la na casa da irmã durante a semana.

    A Rafaela tinha 10 anos e encarou aquela mudança com tranquilidade. Ela amava ficar na casa da tia aos fins de semana e nas férias. Morar lá não seria problema algum.

    Pensar na qualidade de vida da filha e permitir que ela passasse a morar com a tia foi um divisor de águas e, consequentemente, a Rafaela passou a ter duas mães.

    A história da Andressa nos faz questionar alguns pontos, afinal, para elas, o processo aconteceu naturalmente. Ainda assim, elas foram muito julgadas. “Que mãe não cria sua filha?”

    Por isso, fica aqui o nosso questionamento: por que a nossa sociedade normaliza pais ausentes e estranha uma maternidade compartilhada?

    A Andressa se casou novamente, teve uma outra filha e mesmo assim, nunca perdeu a conexão com a Rafaela, que hoje tem 22 anos e ainda mora com a tia.

    Pelo contrário, ainda que elas não morem juntas, as duas participam ativamente uma da vida da outra.

    O laço de amor entre a Andressa, a Rafaela, a tia é eterno. Além do amor, há uma generosidade muito grande de todos os lados para compartilharem a vida da Rafaela.

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    Edição: Manu Quinalha

    Roteiro: Taís Cruz

    Voz da vinheta: Renato Ber, apoiador na Orelo.

  • Depois de 15 anos de casados, o ex-marido da Carla comunicou que estava terminando o relacionamento e saindo de casa através de uma carta. Ela só soube disso dias depois, quando retornou de uma viagem que estava fazendo. Ali, Carla se viu sozinha dentro de um casamento, sem ter a oportunidade de ao menos tentar entender o que aconteceu.

    O ex-marido era 16 anos mais velho e despertou o interesse dela após perceberem que tinham interesses em comum. Além disso, eles namoraram por 9 anos.

    Durante o namoro, eles moravam em casas separadas e mesmo sem a convivência extrema, a Carla percebia que o ex-companheiro era bastante ciumento. De qualquer maneira, ela conseguiu contornar esse comportamento por um bom tempo.

    No décimo ano de relacionamento, eles fizeram uma viagem e, na volta, decidiram se casar e morar juntos. Eles fizeram um acordo de separação de bens e isso a deixou, de certa forma, dependente financeiramente dele.

    Mesmo assim, ela sempre seguiu os próprios interesses e estudava sobre envelhecimento ativo na época. Com esse conhecimento, ela decidiu falar sobre o assunto junto de sua mãe, Sylvia, nas redes sociais.

    A Carla já apareceu por aqui, contando sobre como é envelhecer junto da Sylvia. As duas lutam contra o etarismo e comandam o perfil @minhaidadenaomedefine.

    Conforme o projeto crescia, Carla percebeu que o ciúmes do ex-parceiro crescia. Enquanto ela vibrava com a maturidade, o ex-parceiro se sentia cada vez mais inseguro.

    Carla se incomodava, mas acabava cedendo por não querer acabar com a relação. Ela decidiu esfriar a cabeça em uma viagem e ao retornar para casa, se deparou com uma carta em cima do sofá.

    Na carta, ele dizia que estava indo embora e que o casamento dos dois, que já durava 14 anos, havia chegado ao fim. Nisso, a Carla achou que a vida também havia acabado.

    Ela demorou um bom tempo para assimilar tudo o que havia acontecido. Para isso, ela teve que abraçar o luto do fim do relacionamento e reaprender a cuidar de si mesma.

    Carla encontrou força no autoconhecimento, em redes de apoio, e é claro, no projeto. Apesar da experiência dura, ela acredita que há muita vida a ser vivida.

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    Edição: Felipe Dantas

    Roteiro: Taís Cruz

    Voz da vinheta: Cris Crosta, apoiadora na Orelo.

  • O Marco viveu uma experiência complexa durante a sua adolescência. Aos 15 anos, ele estava a caminho de um bordel para perder a sua virgindade e no meio da rota, ele encontrou uma garota chorando. A partir dali, ele interrompeu todos os seus planos para ajudá-la.

    Essa história aconteceu em Bauru, cidade do interior de São Paulo, no ano de 1976. Ele não se recorda mais do nome verdadeiro da garota, sendo assim, vamos chamá-la de Tamires.

    A Tamires era de Corumbá, uma cidade que faz divisa com a Bolívia, e foi atraída para Bauru sob a proposta de trabalhar com crianças. Porém, quando chegou lá, foi mandada diretamente para o bordel.

    Tudo mudou quando Marco ouviu o choro da Tamires. Quando ele a encontrou e perguntou o que havia acontecido, descobriu que ela estava vivendo sob regime de escravidão sexual neste lugar e que só queria encontrar com a sua mãe e a sua irmã.

    Marco sabia que se ele seguisse determinado caminho, ele conseguiria voltar para a cidade. Nisso, ele pegou na mão da Tamires e os dois atravessaram um milharal para seguirem o caminho deles.

    A Tamires quase desmaiou de medo no meio do trajeto e dizia que "o Genaro iria atrás deles." Mais tarde, Marco descobriu que Genaro era um capanga que trabalhava a mando do bordel.

    Marco levou Tamires para a casa dele, ofereceu uma refeição para ela e a abrigou durante a noite. Ele estava decidido a comprar uma passagem de volta para a Tamires.

    Enquanto ela se ajeitava, ele correu para falar com a avó dele e pediu um adiantamento da mesada que recebia na época. A avó topou antecipar a mesada e na manhã seguinte, eles seguiram para a rodoviária para comprar uma passagem de retorno para a Tamires.

    Logo cedo, os dois foram para a rodoviária e ele conseguiu fazer com que a Tamires embarcasse no trem de volta para Corumbá. Ele não soube se ela conseguiu voltar para a casa.

    Nós nunca vamos saber o que de fato aconteceu com a Tamires. Mas, essa história que nos dá uma lição de humanidade, será em breve contada no filme "Manga Curta", dirigido por Manu Quinalha, afilhada dele, e quem nos apresentou essa história e está produzindo esse filme.

    A história do Marco também foi publicada na nossa coluna da Revista Claudia https://claudia.abril.com.br/coluna/deixa-te-falar-historias-de-terapia/o-que-te-faz-ajudar-alguem/

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    Edição: Felipe Dantas

    Roteiro: Luigi Madormo

    Voz da vinheta: Gabriella Fonseca, apoiadora na Orelo.

  • No dia 28 de dezembro de 2018, um acidente de carro mudaria a vida da Adriana que, de uma vez só, perdeu o marido e a filha de 10 meses. Apenas a Adriana e uma prima sobreviveram. A partir disso, a Adriana enfrentou um processo muito longo e dolorido para entender e ressignificar o luto.

    Na época do acidente, a Adriana e o marido, André, tinham respectivamente 35 e 38 anos. Por isso, a morte era vista como algo distante e improvável.

    O acidente aconteceu durante um passeio em família e foi tão grave a ponto da Adriana não ter lembranças do que aconteceu.

    Ela foi levada para a UTI de um hospital e acordou bastante debilitada no dia seguinte. Ainda no hospital, ela passou a ter suporte psicológico.

    O processo de aceitação das perdas foi bastante lento e doloroso. O apoio médico, a família e os amigos foram fundamentais para que ela pudesse aprender a olhar para a morte.

    Ela decidiu abraçar a dor e ao ter esse acolhimento consigo mesma, Adriana entendeu que sempre seria difícil, mas que o tempo faria com que o amor fosse mais forte do que qualquer outra coisa.

    Dois anos depois, o pai da Adriana visitou o cemitério e comentou sobre como era triste se deparar com diversos túmulos abandonados.

    Com essa conversa, a Adriana e os pais decidiram ressignificar os vasos de barro que eram descartados no cemitério. Nisso, surgiu o projeto @projetoflorevida.

    A ideia é a de lavar, pintar, e devolvê-los com flores de EVA feitas a mão. Além de enfeitarem, os vasos levam mensagens de amor, acolhimento e representam uma forma de ressignificação da dor.

    Adriana sempre sonhou em ser um motivo de orgulho para a filha. Hoje, ao olhar para a própria caminhada, ela acredita que a sua filha, Dara, teria muito orgulho da mãe.

    Nós já contamos a história da Renata, que também lidou com o luto. Assim como ela, a Adriana acredita que seja fundamental não morrermos em vida. Assista aqui: https://youtu.be/edj2fbHH4mY

    Ela diz que aqueles que partiram permanecem vivos enquanto nos lembramos deles. E essa é a principal mensagem do Flor da Vida: apesar das partidas, o amor fica.

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    Edição: Felipe Dantas

    Roteiro: Taís Cruz

    Voz da vinheta: Giannandréa Darques, apoiadora na Orelo.

  • O Henrique é um homem negro, PcD, e lidou com a ausência do próprio pai durante toda a vida. O pai dele faleceu quando ele tinha apenas 5 anos e, apesar dele ter crescido em uma família repleta de amor, a orfandade trouxe diversas questões. Hoje, ele luta para ser o pai que não teve para a sua filha, Mariana.

    Henrique é o filho caçula da família e na época do falecimento do pai, o irmão e a irmã tinham respectivamente 13 e 12 anos. Por isso, tanto o irmão mais velho, quanto o marido da tia se tornaram as referências paternas dele.

    Devido a isso, o Henrique diz ter amadurecido muito cedo. Ele começou a fazer bicos aos 12 anos e aos 14, arrumou o primeiro emprego registrado.

    Ele possui uma deficiência física congênita, isto é, mobilidade reduzida especialmente na sua mão direita. Os médicos suspeitam que tenha sido uma queda que a mãe dele sofreu durante a gravidez que ocasiou essa condição.

    Assim como muitas outras pessoas, ele lidou com muito preconceito. Além do capacitismo, Henrique enfrentou muito racismo, mas só se deu conta do peso de tudo isso na vida adulta.

    Mesmo assim, Henrique tem orgulho de ser um homem negro, PcD e periférico. Foi esse orgulho que o motivou a ir atrás de seus objetivos.

    Entre muitos sonhos, um deles era o de ser pai. Ele teve alguns relacionamentos ao longo da caminhada, mas foi em 2016 que ele conheceu a mãe da filha dele.

    Essa relação trouxe a Mariana ao mundo. Apesar de não estarem mais juntos, o casal se esforça para dar a melhor criação para a filha e ele espera dar muito orgulho para ela.

    O episódio de hoje é uma parceria editorial do ter.a.pia com o time de Diversidade e Inclusão do Hospital M’Boi Mirim. Vamos contar 4 histórias de funcionários do Hospital que integram grupos minorizados.

    Hoje, ele trabalha na parte financeira do hospital e se sente muito realizado em sua profissão. Além do Henrique, o M’Boi Mirim acolhe todas as pessoas, sejam elas pacientes ou colaboradores.

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    Edição: Felipe Dantas

    Roteiro: Luigi Madormo

    Voz da vinheta: Danuzia Marques, apoiadora na Orelo.

  • Aos 8 meses de gravidez, Júnior conheceu Michelle numa festa e se encantou por ela. Ela, que não estava com cabeça pra homem, começou a ver nas conversas que tinha com ele que algo estava nascendo - e não era seu filho (ainda), mas o amor.

    Tudo começa na festa de formatura de uma amiga da Michelle. Ela estava lá curtindo com o barrigão de 8 meses, quando Júnior comenta pra amiga que a Michelle "era uma grávida linda".

    Michelle nem deu bola porque ela não estava muito bem por conta do seu último relacionamento, fora que no final da gravidez não tinha nem cabeça pra pensar em nada.

    Ela até brincava com as amigas que ficaria 2 anos sem beijar na boca por conta da maternidade solo. Mas o Júnior antecipou bastante esse beijo.

    Antes disso acontecer, os dois ficaram conversando pela internet. Isso porque ele morava no Recife, ela em Petrolina. São 700 Km e uma gravidez de distância, mas para o amor nada é impossível.

    20 dias conversando foram o suficiente pra Michelle ficar balançada, mas ainda não totalmente entregue.

    Mas tudo já estava escrito: os dois gostavam de Carnaval - e até passaram vários no mesmo ano e lugar - ainda que não tivessem se encontrado. Os dois também eram apaixonados pelo cantor Saulo.

    Só que a Michelle ficava pensando: quem se interessa por uma grávida?

    O Júnior se interessava. Tanto que foi para Petrolina 20 dias antes dela ter o bebê para vê-la novamente. Assim que se encontram, o beijo acontece.

    Depois do beijo, tudo é história. Uma história que completou 10 anos em 2023. Pedro Luca nasceu, Júnior ia visitar Michelle todo mês e pouco tempo depois se mudou para Petrolina pra ficar perto dela e do bebê.

    Os dois começaram a namorar sério - num show do Saulo - depois noivaram e casaram em pouco tempo. Júnior e Pedro Luca têm uma relação de pai e filho, Michelle segue apaixonada e Júnior também.

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    Edição: Felipe Dantas

    Roteiro: Taís Cruz

    Voz da vinheta: André Luiz, apoiador na Orelo.

  • A Gisele estava decidida em não ser mãe e ela sempre teve vários motivos fortes que embasaram a sua decisão. Porém, aos 27 anos, algo mudou dentro de si mesma e ela decidiu se tornar mãe.

    Ela começou a formar a sua opinião ainda na infância, por ter crescido com pais separados, e seguiu firmemente com as suas convicções por bons anos.

    Logo que conheceu o seu atual parceiro, o Jefferson, ela percebeu que eles tinham uma incompatibilidade: ao contrário dela, ele sonhava em ser pai.

    Mesmo assim, os dois escolheram estar um com o outro. Ele respeitou a decisão dela e o casal se relacionou por longos anos ciente de que as vontades deles eram diferentes.

    Ao longo do relacionamento, tanto a Gisele quanto o Jefferson enfrentaram inúmeros questionamentos de pessoas à sua volta. Entre eles, um dos mais comuns era o de saber quem iria cuidar dela na velhice.

    Ela conta que sempre achou esse questionamento injusto, pois filho nenhum deveria carregar qualquer tipo de responsabilidade, antes mesmo de vir ao mundo.

    Conforme o passar dos anos, Gisele começou a cogitar a possibilidade de sentir algum tipo de insatisfação pessoal com a escolha de não ser mãe. Foi essa a razão que a motivou a mudar de opinião.

    Logo que decidiu ser mãe, ela notou que as pessoas invalidaram a escolha anterior dela. Esse ponto trouxe muito incômodo, pois a decisão de ter filhos não representa indecisão ao que ela costumava querer para si mesma. Foi apenas uma mudança de planos.

    Ainda assim, é importante dizer que a história da Gisele não invalida de forma alguma a decisão de outras mulheres. Todo e qualquer motivo para não ser mãe é válido.

    Embora seja mãe atualmente, a Gisele ainda acredita que não é justo colocar as próprias expectativas de felicidade na maternidade. Ela acha que a felicidade é um estado de espírito, e não um sentimento que pode ser depositado em alguém.

    Hoje, ela se considera feliz com a sua escolha, mas não romantiza todas as responsabilidades que existem junto do papel de ser mãe. A Gi defende o direito de escolha das mulheres e destaca que a decisão dela condiz somente à ela.

    Referências do episódio:

    A bizarra história da laqueadura no Brasil https://www.youtube.com/watch?v=YKwFdSZNr7c&t=75shttps://azmina.com.br/reportagens/a-historia-da-laqueadura-no-brasil/

    Gravidez não planejada no Brasil está acima da média mundial, aponta pesquisahttps://www.estadao.com.br/emais/ser-mae/gravidez-nao-planejada-no-brasil-esta-acima-da-media-mundial-aponta-pesquisa/Carolina Dieckmann: “Não entendia mulheres que não queriam filhos”https://www.metropoles.com/celebridades/carolina-dieckmann-nao-entendia-mulheres-que-nao-queriam-filhos

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    Edição: Felipe Dantas

    Roteiro: Luigi Madormo

    Voz da vinheta: Neuma Coelho, apoiadora na Orelo.

  • A Aline teve duas irmãs: a Mércia e a Márcia, e as duas morreram afogadas em um acidente quando foram à praia pela primeira vez. Tudo isso aconteceu antes da Aline nascer e, por conta disso, ela carregou uma enorme culpa ao longo da vida.

    Antes de tudo acontecer, a mãe das meninas morava no Rio Grande do Norte e decidiu se mudar com o marido para São Paulo em busca de melhores condições de vida.

    Ela teve as duas primeiras filhas e após 15 anos morando em São Paulo, optou por voltar para o Rio Grande do Norte. Na época da mudança, Mércia e Márcia tinham respectivamente 14 e 11 anos.

    Assim que chegaram, as irmãs pediram para irem à praia. A mãe não pôde ir, mas permitiu que as filhas fossem acompanhadas de outros familiares.

    A praia era formada de muitas pedras e por falta de informação, as irmãs acabaram parando em uma área que impossibilitou a volta delas. Ao perceber o afogamento, o namorado da tia tentou salvá-las e também acabou falecendo no resgate.

    Além da dor do luto, a mãe das meninas foi consumida pela culpa, ainda mais com o marido a culpando também. Enquanto tudo isso aconteceu, ele estava em São Paulo.

    Claro que tudo havia sido um acidente e não há culpados nessa história. Mas o pai da Aline não percebia que ele também não pôde ir à praia quando a tragédia aconteceu.

    As meninas partiram em novembro de 1993. Em fevereiro, a mãe descobriu que estava grávida novamente. Poucos meses depois, nasceu a Aline.

    Por muitos anos, ela sentiu que sua vida servia para ocupar o vazio que as irmãs haviam deixado e isso fez com que ela carregasse uma enorme culpa. Além disso, ela diz ter tido uma infância mais restrita.

    Aline só soube dos detalhes do acidente na vida adulta. Embora ela soubesse que as irmãs tinham falecido em um afogamento, ninguém na família tocava no assunto. Por conta disso, hoje, ela entende a superproteção da mãe.

    A Aline só conseguiu ressignificar a culpa a partir do momento em que também se tornou mãe. Ela teve duas filhas e deu o nome de Mércia para a sua primeira filha, para homenagear a irmã que ela nunca conheceu.

    Conheça o trabalho da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático pela página deles no Instagram https://www.instagram.com/sobrasa/

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    Roteiro: Luigi Madormo

    Voz da vinheta: Patrícia Rodrigues e Manu, apoiadoras na Orelo.

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    Roteiro: Luigi Madormo

    Voz da vinheta: Renata Reis, apoiadora na Orelo.

  • A Rose percorreu um longo para ter mais dignidade e qualidade de vida. Ela é filha de nordestinos, preta, periférica e começou a trabalhar ainda aos 12 anos para ajudar em casa.

    Mesmo com diversos obstáculos, ela se tornou enfermeira e hoje coordena a área de Enfermagem da ala pediátrica no Hospital do M’Boi Mirim, em São Paulo.

    A Rose nasceu em São Paulo e, durante a infância, se mudou para Pernambuco com os pais e os irmãos. Ela é a quinta irmã, de nove filhos.

    Ela voltou para São Paulo aos 10, e aos 12, começou a trabalhar na feira para ajudar a complementar a renda familiar e levar algumas frutas gratuitamente para casa. Foram 2 anos nessa rotina, até que ela pôde assinar a carteira de trabalho aos 14 anos.

    Ela entrou em uma empresa de confecções, mas 6 meses depois de ter arrumado esse emprego, a mãe dela faleceu. Com a ausência da mãe, ela se sentiu ainda mais responsável por ajudar o pai viúvo a sustentar o restante da família.

    Aos 20, ela casou, teve a sua primeira filha, e em razão disso, decidiu voltar aos estudos. Na época, o marido (que agora é ex) não gostou do retorno aos estudos, no entanto ela seguiu independente da opinião dele.

    O casamento acabou logo quando ela estava no último ano de faculdade. Nisso, ela teve que equilibrar o tempo, o trabalho e o fato de ter se tornado mãe solo de duas filhas.

    Foram muitas adversidades até ela arrumar o primeiro emprego como enfermeira. Alguns anos depois, em 2008, ela entrou na instituição em que trabalha até hoje, se tornou líder da área e se sente muito realizada.

    Apesar da história da Rose ser muito bacana, é importante dizermos que também é uma exceção. De acordo com a Band News, mulheres negras representam apenas 3% das lideranças no Brasil.

    A luta por mais políticas públicas continua e a Rose se considera uma vencedora.

    O episódio de hoje é uma parceria editorial do ter.a.pia com o time de Diversidade e Inclusão do Hospital M’Boi Mirim. Vamos contar 4 histórias de funcionários do Hospital que integram grupos minorizados.

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