Episodi
-
Nesta sexta-feira, 7 de junho de 2024, além de lembrarmos dos dois anos do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips, comemoramos o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa.
A Amazônia Latitude ouviu o premiado jornalista Rubens Valente, que atua há 35 na região amazônica e conhece bem os desafios de se fazer jornalismo na maior floresta do mundo.
Rubens Valente era amigo de Bruno Pereira e está lançando uma nova série documental sobre o histórico de violência no Vale do Javari.
Se gostou deste episódio, avalie-nos no seu tocador de podcast, siga nosso perfil e a Amazônia Latitude nas redes sociais. Contribua com doações via Pix: [email protected] e confira mais conteúdos no nosso site.
Ouça agora e mergulhe nos assuntos profundos da maior floresta tropical do mundo.
Locução e edição sonora: Filipe Andretta.
Identidade visual: Fabricio Vinhas.
Produção e direção geral: Marcos Colón. -
Neste episódio, vamos falar sobre as enchentes devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul, resultando em 157 mortes e mais de 580 mil desalojados. Discutimos como esses eventos estão conectados ao aquecimento global e ao desmatamento na Amazônia, que afetam diretamente o clima e a frequência de desastres naturais no Brasil.
Para entender melhor essa conexão e explorar soluções, conversamos com o doutor Carlos Nobre, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas e membro do IPCC. Ele explica a necessidade urgente de adaptação e ações para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Se gostou deste episódio, avalie-nos no seu tocador de podcast, siga nosso perfil e a Amazônia Latitude nas redes sociais. Contribua com doações via Pix: [email protected] e confira mais conteúdos no nosso site.
Ouça agora e mergulhe nos assuntos profundos da maior floresta tropical do mundo.
Roteiro e locução: Amanda Péchy.
Edição sonora: Júlio César Geraldo.
Revisão: Isabella Galante.
Identidade visual: Fabricio Vinhas.
Produção e direção geral: Marcos Colón. -
Episodi mancanti?
-
Fazia quase dez anos que um presidente francês não visitava o Brasil quando Emmanuel Macron pousou em Belém do Pará na semana retrasada.
A viagem, que durou três dias e foi recheada até o último segundo de compromissos, deu muito o que falar. E não foi só por causa do bom amor brasileiro, que espalhou pelas redes sociais vários memes comparando as fotos que ele tirou com o presidente Lula com um "ensaio de casamento". Mas porque Macron assinou embaixo de um projeto que prometeu levantar € 1 bilhão para investir na bioeconomia da Amazônia, o que equivale a quase R$ 5,5 bilhões.
A ideia é juntar todo esse dinheiro em quatro anos, com a participação de bancos públicos e instituições privadas. Aí os fundos seriam usados para trocar o modelo econômico da região amazônica, que hoje é bastante dependente da exploração intensiva de recursos naturais e está diretamente ligado ao desmatamento, por uma alternativa que preserve o meio ambiente, combata as mudanças climáticas e ainda gere lucro.
A bioeconomia, essa suposta solução para todos os nossos problemas ambientais, tem várias contradições, especialmente sobre como o conceito teórico funcionaria na prática. Além disso, já deu para perder a conta dos novos projetos que chegaram na região amazônica, prometeram mundos e fundos, mas entregaram pouco.Para ajudar a gente a entender o que é bioeconomia, dessas palavras do momento que a gente escuta ao lado de "transição verde", "modelo de baixo carbono", e o que significa esse novo projeto com a França, a gente conversou com Marcela Vecchione Gonçalves. Ela é doutora em Relações Internacionais e pesquisa no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, da Universidade Federal do Pará, como a Amazônia se encaixa no complexo xadrez global das ações climáticas.
Produção e direção do podcast: Marcos Colón
Roteiro e locução: Amanda Péchy
Edição sonora: Filipe Andretta
Revisão: Isabella Galante
Arte e montagem do site: Fabrício Vinhas -
Em setembro de 1987, um homem fez história. A cena aconteceu na tribuna da Assembleia Nacional Constituinte, onde discursavam algumas das pessoas mais poderosas do Brasil. Quem ocupava aquele espaço costumava defender projetos, ideais ou interesses pessoais, com o objetivo de influenciar na redação da Constituição Federal – que seria promulgada no ano seguinte.
Mas, naquele dia 4 de setembro de 1987, as câmeras registraram um rosto diferente do que costumavam registrar, e os microfones captaram uma voz que não soava como a dos homens brancos que dominavam a tribuna da Assembleia. Naquele dia, Ailton Krenak ocupou um lugar simbólico. Ele mostrou que os diversos povos indígenas brasileiros estavam lá, e que eles exigiam estar também na nova Constituição.
Conforme ia discursando, Ailton Krenak pintava sem pressa o próprio rosto com uma tinta escura e espessa. Ele tinha 33 anos. Ao final do discurso, a face e as mãos pretas contrastavam com o terno branco e a camisa branca que ele usava. E o seu discurso contrastava, claro, com o pensamento branco que predominava nos debates da Constituinte.
Nesta sexta-feira, 5 de abril de 2024, Ailton Krenak volta a subir uma tribuna e a ocupar um lugar simbólico. Neste dia, com 70 anos, Ailton Krenak toma posse na Academia Brasileira de Letras e se torna, oficialmente, o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na instituição que existe há mais de 120 anos.
Para homenagear o ambientalista, poeta e filósofo que agora é o imortal da cadeira número 5 da ABL, a Amazônia Latitude ouviu acadêmicos, escritores, amigos e parceiros de luta. O depoimento de cada uma dessas pessoas ajuda a entender a grandeza de Ailton Krenak e por que sua obra foi reconhecida pela Academia Brasileira de Letras.
Produção e direção: Marcos Colón
Roteiro, locução e edição sonora: Filipe Andretta
Revisão: Isabella Galante -
Por que brasileiros conhecem tão pouco sobre os indígenas norte-americanos? Quais semelhanças as lutas dos povos de lá têm com os desafios enfrentados pelos indígenas daqui? Esses são alguns dos questionamentos que levaram Thaddeus Blanchette a escrever a coluna “Caubóis & Índios” para a Amazônia Latitude.
Blanchette nasceu nos Estados Unidos, mas mora no Brasil há 30 anos. Ele tem graduação em Português, Sociologia e Estudos Latinoamericanos pela Universidade de Wisconsin-Madison. É mestre e doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde é professor de Antropologia. Trabalha como tradutor para diversos institutos, incluindo o National Museum of The American Indian e o Museu Nacional brasileiro.
Nesta entrevista, Blanchette discorre sobre políticas indígenas nos EUA, no Canadá e no Brasil. Ele também fala sobre a presença indígena na indústria cultural, entre outros assuntos que serão tema de suas colunas.
Produção: Amazônia Latitude
Entrevista, roteiro e edição sonora: Filipe Andretta
Revisão: Isabella Galante
Direção: Marcos Colón -
As crianças do arquipélago do Marajó estão, mais uma vez, no meio de uma disputa política. O plano de fundo desse embate tem denúncias de exploração sexual infantil. Porém, a discussão ganhou proporções midiáticas nos noticiários e nas redes sociais não necessariamente pela gravidade das acusações, mas pela polarização do debate.
O assunto voltou com força por causa da música “Evangelho de Fariseus”, apresentada pela cantora Aymeê Rocha no programa “Dom Reality”. A repercussão entre políticos e influencers fez “Marajó” entrar nos assuntos mais comentados do TikTok e do X (o antigo Twitter).
Para esclarecer o que realmente acontece com as crianças do Marajó, entrevistamos Jacqueline da Silva Guimarães. Ela é assistente social, doutora em educação e desde 2016 é professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) no campus de Breves, que fica no Marajó.
Essa história também passa pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra de Jair Bolsonaro, que há anos vem propagando denúncias infundadas sobre casos no Marajó.
Produção: Amazônia Latitude
Pesquisa, roteiro, locução e edição: Filipe Andretta
Direção: Marcos Colón -
Cidades antigas, milenares, encobertas pela mata, estão sendo encontradas na Amazônia. Isso não é teoria da conspiração. É um fato.
Novas tecnologias aceleraram o mapeamento de sítios arqueológicos. Elas auxiliaram na descoberta recente de estruturas urbanas pré-coloniais na Amazônia equatoriana e boliviana.
O problema é que essas revelações alimentaram a teoria da conspiração sobre ‘Ratanabá’, uma fantasiosa civilização perdida há centenas de milhões de anos que seria a explicação para os conflitos.
No primeiro episódio de Olho d’Água, o arqueólogo Eduardo Neves, referência no assunto, esclarece o que é ciência e o que é mito nesta história.