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  • Não podemos perder de vista os nossos compromissos. Fomos convidados a firmá-los e voluntariamente nós o firmamos. Quando assinamos um contrato de trabalho, assinamos um compromisso com a empresa ou organização em que trabalharemos. Quando trocamos alianças no casamento, nós nos comprometemos diante de Deus e dos homens a continuar ao lado do nosso cônjuge tanto quando as coisas estiverem bem quanto também quando não estiverem. Na verdade, precisamos nos lembrar dos compromissos quando as coisas não vão bem. Quando nos apresentamos para sermos voluntários numa organização ou numa igreja, de nós se espera que façamos o que dissemos que iríamos fazer. Se firmamos um compromisso, precisamos ser fiéis a ele. Nossos compromissos nos definem. Os sacerdotes tinham uma identidade: eram ministros de um Deus santo e deviam ser santos no seu coração e no seu ofício, para que pudessem fazer dignamente o seu trabalho. Sem pessoas compromissadas uma sociedade não progride. Uma vida que respeita os compromissos que assumiu prospera. Nenhum de nós fará mais se puder fazer menos. Muitos de nós fazemos menos dizendo que fazemos mais. O sistema sacrificial levítico estabelecia que o tamanho da culpa tinha a ver com o tamanho do pecado, medido pelas suas consequências. O sistema era pesado. Sempre achamos que o que Deus nos pede é pesado… Se é pesado e inegociável, como fazer de conta que o cumprimos? Aí surgem os artifícios humanos para se fazer de conta que se fez o que não se fez. Que tal oferecer um animal defeituoso ou ferido? Não era um animal? Custava mais barato, mas era um animal. Por isso, a lei dizia que o animal deveria ser perfeito. Com isso, os animais sofridos por serem defeituosos ou feridos eram preservados. Até deles Deus cuida. Devemos fazer o mesmo. Devemos amar os que têm alguma deficiência. Devemos respeitar as leis que procuram protegê-los. Não devemos permitir que sejam objetos de riso ou preconceito. Devemos buscar condições para que possam viver de maneira digna. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • Nunca estamos preparados para a nossa própria morte. Essa é uma razão porque tão poucas pessoas têm um seguro de vida ou um plano funeral. Somos filhos de Deus e nosso destino é também a morte. A vida eterna a inclui. Jesus, antes de ser glorificado, vivenciou-a, embora tivesse pedido que ficasse livre dela. Não devemos desejá-la, mas isso não faz nenhuma diferença. Ela virá, a menos que Jesus volte antes dela. Devemos viver prontos para morrer. Devemos viver de maneira que, diante de nosso caixão, as pessoas não precisem se esforçar para encontrar qualidades em nós. Devemos viver de modo que as pessoas venham a chorar em nosso sepultamento. Devemos fazer amigos hoje. Na morte não os fazemos mais. Uma das mais saborosas promessas da Bíblia é que não precisamos ficar apavorados com a morte. Quando temos certeza sobre o que nos acontecerá depois da morte, não precisamos nos horrorizar diante da perspectiva certa do nosso passamento. Jesus nos oferece vida eterna desde agora. Ele veio exatamente para nos dar essa garantia. Por isso, ele foi primeiro e prepara uma casa para cada um que, nesta vida, o confessou como Salvador e Senhor de sua vida (João 14.1-3). Podemos ter essa certeza agora. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

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  • A libertinagem não é o pecado mais sério. Em relação ao orgulho, a libertinagem ocupa uma posição bastante inferior, além do fato de ser um pecado da carne, e não do espírito - mesmo assim, é desnecessário dizer, os pecados da carne podem corromper o espírito. Mas, certamente, é o pecado mais picante e mais popular. Até mesmo Tomás de Aquino comentou que a libertinagem é "praticamente o maior dos prazeres e cativa a mente mais que qualquer outro pecado". Não é de surpreender que os publicitários modernos aproveitem, abertamente, a libertinagem, e, por vezes, até mesmo de maneira bastante explícita, coisa impensável na geração passada. Portanto, é importante mostrar, sem restrição nem hipocrisia, exatamente por que a libertinagem é um pecado capital. A libertinagem é muitas vezes dissecada em termos de seus componentes, como a promiscuidade, a pornografia, o adultério, o incesto, a sedução, a prostituição, o estupro; e ela é ainda descrita como um vício contrário à natureza. Mas, em seu âmago, a libertinagem é a idolatria do sexo, uma expressão imoral e irrefreável do impulso sexual. Ela acontece até mesmo nas relações sexuais lícitas, quando o objeto do desejo não é o parceiro sexual, mas o prazer ou os serviços que o parceiro pode proporcionar.
    No entendimento bíblico, o sexo é, naturalmente, bom, assim como o alimento. Mas, em certas ocasiões, no passado do cristão, a excelência do sexo foi severamente subestimada, principalmente por causa do dualismo herdado dos gregos que consideravam a mente como boa e o corpo como mau. Desse ponto de vista deturpado, adoramos com nossa mente e pecamos com nosso corpo. (Ou, como colocado pelo comediante Jonathan Winters: "Deus está em minha mente, mas o Diabo está nas minhas calças".) No entanto, do ponto de vista bíblico, o desafio é completamente o oposto: Adoramos a Deus com nosso corpo, como também com nossa mente e nosso coração e pecamos, acima de tudo, com nossa mente, não com nosso corpo. No Sermão do Monte, Jesus enfatiza essa destruição interna da libertinagem. Ele direcionou suas palavras àqueles que se achavam sexualmente justos por não violarem, de maneira estrita, o mandamento, mas que, no entanto, seguiam uma mulher com os olhos. Em contraste, Jesus enfatiza que o mero fato de um indivíduo não cometer adultério com certa mulher não significa que a relação com ela, quanto à sexualidade, é como deveria ser ou que ele é, verdadeiramente, sexualmente puro. Isso não é meramente um assunto da ação do corpo, mas dos pensamentos, do coração e da mente. A libertinagem alega que o amor sem sexo é impossível e que o sexo sem amor satisfaz. Mas ambas as alegações são falsas. Paradoxalmente, o devasso é mais frustrado que realizado. Ou, como o Talmud apresenta o assunto de maneira bem direta: "Há um pequeno órgão que, quando constantemente alimentado, continua faminto, mas, quando se lhe nega o alimento, fica saciado".
    Expressado de maneira mais positiva, da perspectiva bíblica, a relação sexual não é apenas reprodutiva, mas também expressiva. É a expressão última da intimidade de um desvelar completo e incondicional, no qual dois seres humanos são capazes de se engajar. Assim, a relação sexual é um ato que, fora do casamento, é enganoso e danoso. O casamento é o único ambiente totalmente voltado ao doar-se a si mesmo. Por essa razão, a libertinagem é uma atividade sexual na qual o propósito último da expressão do amor é violado pelo prazer sexual imediato. Saciar desejos psicológicos ou corpóreos toma o lugar do poder da corte em dar e receber amor. As palavras e os atos superficiais podem declarar o amor, mas mascaram o amor próprio pelo qual são realmente movidos. Fórum Trinitariano - Os Sete Pecados Capitais

  • Os antigos israelitas receberam um conjunto de regras que deviam seguir quando fossem cultuar a Deus. Não poderiam, por exemplo, ir ao deserto e voltar dizendo que fizeram um sacrifício. O sacrifício deveria ser público e supervisionado. Desse cuidado derivamos um princípio valioso que vale para a nossa vida, para a nossa casa, para as nossas empresas: se as coisas estão desordenadas, precisamos pôr ordem na casa. Precisamos pôr ordem nas nossas emoções, para que não nos sacudam e nos levem a tomar decisões das quais podemos nos arrepender mais tarde. Precisamos pôr ordem nos nossos relacionamentos, para que todos se sintam seguros. Os filhos, por exemplo, precisam saber o que é certo e o que é errado. O que é certo hoje não pode ser errado amanhã. Precisamos pôr ordem no nosso trabalho. As regras precisam ser claras, para que a empresa ou organização cresça e as pessoas que nela atuam se sintam seguras de que estão contribuindo para o mesmo objetivo. Não pode cada um puxar para o seu lado. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • O Dia do Perdão ou da Expiação é, de fato, o mais sagrado do ano judaico. Vindo logo após a celebração do ano-novo e um pouco antes do Sucot (Festa dos Tabernáculos), que comemora a saída do Egito, esse evento tanto olha para trás quanto para a frente. Ele apaga a lousa, de modo que possibilite seguir no novo ano com confiança, porque as coisas passadas foram acertadas com Deus. Em Levítico, o foco da ocasião é purificar o santuário, pois a presença ou a ausência de Deus ali significa vida ou morte para a comunidade. Se Deus estiver lá, podem ir ao encontro com Deus, oferecer a sua adoração, levar as suas orações e suas ações de graças, bem como viver em comunhão. Se Deus deixasse o santuário, o centro da vida deles acabaria.
    Os israelitas sabem, bem como Deus, que é praticamente impossível permitir que a impureza se acumule entre um e outro, sem chegar a um ponto em que Deus diga: “Não posso mais ficar aqui.” A ação dos filhos de Arão, reportada em Levítico 10, foi uma grande ameaça à vontade de Deus permanecer entre o povo; daí este capítulo ser o ponto de partida. No ano, essa é a única ocasião em que o sacerdote adentra o santuário interior (o lugar santíssimo) a fim de assegurar que a presença de impurezas no santuário não afete o relacionamento. Essa impureza é um material que entra em conflito com o que Yahweh é ― elementos que evocam morte e desordem. Não há meios de assegurar que todas essas coisas sejam devidamente tratadas ao longo do ano. Quem sabe quantas pessoas ignoraram as regras ou, por acidente, as transgrediram sem ninguém saber? Assim, Deus estabelece essa observância anual que constitui uma limpeza completa do santuário para garantir a presença de Deus.
    A distinção da observância reside no que ocorre aos dois bodes. Em certo nível, as ações com os dois bodes fornecem duas maneiras de lidar com o mesmo problema: uma de suas funções seria reafirmar ao povo que Deus realmente lidou com ele (duas vezes!). Oferecer um bode a Deus seria o modo regular e familiar de prover purificação ao santuário, mas, quando Deus necessita lidar com algo tão grande assim, a ação com o segundo bode certifica a limpeza duplamente. As duas ações lidem com os dois aspectos do problema. Sacrificar um dos bodes lida com a necessidade de purificar o santuário; a ação com o segundo bode lida com a rebelião de Israel e seus efeitos sobre o relacionamento mais amplo com Deus.
    Somente nesse capítulo é que o livro de Levítico aborda as “rebeliões” de Israel; é um termo forte para descrever os seus delitos. Assim, a observância envolvendo o segundo animal significa o arrependimento de Israel, o abandono de sua inconstância e o desejo de se livrar disso, bem como significa a provisão de Deus para a sua remoção a fim de que não permaneça obstruindo o caminho entre Deus e Israel. Se você colocar um objeto como um saco de trigo sobre um animal, ele carrega a carga. Quando o sacerdote coloca as mãos sobre a cabeça do bode, ele está identificando o animal como pertencente ao povo que ele representa e que, de alguma forma, também os representa. Deus permite que essa seja a maneira de as rebeliões do povo serem invisivelmente transferidas para o bode que as transportará para longe. O princípio normal é que, se você agir mal, “carrega consigo a sua transgressão”. Você assume a responsabilidade pelo ato e, assim, é responsável por pagar o preço por ele. No entanto, agora, o bode “carregará todos os seus atos de desobediência (versículo 22).
    Nos escritos judaicos posteriores, Azazel refere-se ao lugar para o qual o bode era enviado, ou pode ser um termo para designar o animal como o “bode expiatório”. Seja qual for o seu significado, ele representa uma garantia de que os atos rebeldes de Israel são levados a um lugar no qual não podem causar nenhum mal. GOLDINGAY, John - O Pentateuco para todos

  • As mulheres vivem mais porque se cuidam mais. As mulheres prestam atenção ao seu corpo e, quando observam algum sinal preocupante, procuram o médico. Os homens vivem menos porque se cuidam menos. Eles dificilmente vão ao médico. Sobretudo quando o problema tem a ver com a sua sexualidade, muitos homens ainda sentem vergonha de procurar um especialista. Muitos morrem por isso. Deus, então, deu regras claras já no contexto da antiguidade. O sentido é que devem se preocupar com a sua saúde, recebida como dom de Deus, para ser cuidada. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • É um imperativo da santidade esperada de nós o cuidado com o nosso corpo. É irresponsável descuidarmos de nossa saúde e depois pedirmos a Deus que nos cure. A Bíblia está cheia de orientações sobre a saúde individual e a saúde pública. Num tempo sem saneamento básico, em que a tecnologia não alcançara os recursos de hoje, o básico foi estabelecido pela lei divina. O que veio depois parte deste princípio: o que o nosso corpo expulsa deve ficar longe (enterrado) de nós. O princípio deve ser ampliado: devemos evitar o que pode trazer prejuízos à nossa saúde. Assim, devemos cuidar de nossa alimentação, que deve ser saudável, equilibrada, limpa e em quantidade necessária. Não devemos ingerir alimentos açucarados, salgados e gordurosos além dos limites estabelecidos. Se nos foi fixada alguma restrição, devemos segui-la à risca. Na medida do possível e sob orientação profissional, devemos praticar exercícios. Somos responsáveis pelo nosso corpo. Ele é parte da nossa felicidade. Cuidar dele é uma exigência da santidade. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • A Bíblia é completa. Nela, Deus instrui sobre todas as áreas da vida. O cuidado da mulher no período menstrual tem a ver com justiça e saúde. A mulher, como em muitos lugares hoje, era vítima de agressões, como se fossem seres inferiores e objetos sexuais dos homens. Deus deixa claro que elas são iguais nos seus direitos. Seus desejos devem ser respeitados tanto quanto os dos homens. Em casa, os homens devem sempre avaliar se estão cuidando bem da esposa e também das suas filhas. Eles devem fazer isso por amor e também por dever. Mais ainda: a saúde da mulher deve ser preservada. Deus está ensinando, por exemplo, que uma hemorragia pode levar à morte. Por isso, a mulher devia ser preservada, até mesmo do contato sexual. As proibições, portanto, visavam a promover a mulher, mantendo-lhe a saúde, não diminuindo-a. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • Para vivermos os altos padrões de santidade que Deus requer de nós, precisamos ser cheios do Espirito Santo. Ser cheio do Espírito Santo é viver uma vida controlada pelo Espírito Santo. Quem é vazio do Espírito Santo se deixa controlar pelos seus desejos, mas quem é cheio do Espírito Santo se deixa controlar pelo Espírito Santo. Em quem é vazio do Espírito Santo o temperamento é rei; ele manda e comanda. O Espírito Santo fica acuado, triste, negado. Na vida cheia do Espírito Santo, o Espírito Santo controla o temperamento, seja o da raiva, com toda a sua agressividade, seja o da tristeza, com toda a sua amargura. Essas marcas ainda estão presentes, mas amanhã estarão menos que hoje, num processo em que o Espírito Santo transborda cada vez mais. Sobre quem é vazio do Espírito Santo o vício domina, irresistível. Quem tem o Espírito Santo recebe poder para enfrentar os vícios, seja o sexo, a pornografia, a glutonaria, a preguiça ou qualquer outro. Quanto mais cheios do Espírito Santo, menos os vícios têm poder sobre nossa vida. Ser cheio do Espírito Santo é ser guiado pelo Espírito Santo, é ser movido pelo Espírito Santo, é ser permeado pelo Espírito Santo, é ser controlado pelo Espírito Santo. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • Não podemos oferecer a Deus um culto que Deus não aceita. Os filhos de Arão morreram porque tentaram fazer as coisas do jeito errado. Que culto foi esse? Em que erraram? Por que esse culto não foi aceito? O texto bíblico não responde diretamente. Com certeza, eles ofereceram um culto fora dos padrões estabelecidos por Deus. No entanto, o mais provável é que a atitude deles tenha sido inadequada. O pecado de Nadabe e Abiú foi a vaidade. Na nossa trajetória profissional, corremos um sério risco. Em geral, valoriza-se o que não devia ser valorizado, levando as pessoas a se apresentarem como não são, a propagarem realizações que não fizeram. Foi o caso de Nadabe e Abiú, filhos de Arão. Depois que viram Moisés e Arão oferecendo aquele sacrifício, que agradou a Deus e ao povo (Levítico 9.23-24), quiseram mostrar que também eram capazes. O fogo que acenderam foi o fogo do espetáculo, foi o fogo do culto a si mesmo, foi o fogo da vaidade. Pagaram caro. Pagamos caro quando tentamos construir uma carreira com base na mentira. Podemos agradar por algum tempo aos homens, mas não agradamos tempo nenhum a Deus. Nosso caminho deve ser outro, confiantes na presença abençoadora de Deus ao nosso lado. AZEVEDO; Israel belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • Como uma espécie de selo do seu amor, Deus decidiu aparecer no meio do povo. Ele pede, então, que o povo se purifique mediante o oferecimento de sacrifícios. Ao fazer suas ofertas, o povo estava demonstrando que desejava ter esse encontro com Deus. Eles seguiram as instruções e, ao final, Deus lhes apareceu, brilhando em sua glória. “Ao verem isso, os israelitas deram gritos de alegria” (Levítico 9.23-24). Diante da presença de Deus, temos mesmo de dar gritos de alegria. Essa é a maior alegria que um ser humano pode vivenciar. Essa é ainda uma promessa para os dias de hoje. Os requisitos do livro de Levítico permanecem: precisamos desejar essa presença e precisamos nos preparar. Como nos preparamos? Primeiro precisamos saber que Deus tem prazer em estar conosco. Depois precisamos ter a mesma alegria dessa presença. Com essa consciência, precisamos ler sempre a Bíblia para sabermos quem Deus é e como ele age. A Bíblia nos diz que devemos nos afastar de tudo o que nos afasta de Deus. Devemos pedir a Deus que nos livre do pecado, que nos separa dele (Isaías 59.2). Então, estaremos prontos para fruir a alegria da presença de Deus onde quer que estejamos. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • No início de sua revelação ao povo de Israel, Deus separou alguns homens para serem sacerdotes. Esses filhos de Arão eram responsáveis por oferecer sacrifícios a Deus em busca do perdão dos pecados do povo. Eram eles e só eles, então, ministros de Deus. Com o passar do tempo, no entanto, a dinâmica do relacionamento entre Deus e seu povo foi criando outros ministros de Deus, para suprir as várias necessidades religiosas do povo. O termo “sacerdote” ficou exclusivo para um tipo de ministério, que se tornou amplo para incluir os músicos, os porteiros, os metalúrgicos, os reis e os profetas, entre outros indivíduos que se colocavam nas mãos de Deus como servos para ajudar o povo a crescer. O salmista chega a chamar de servos a todos que fazem a vontade do Senhor (Salmo 103.21). O profeta Isaías espera por um tempo em que o povo de Deus (isto é, todos aqueles que levam Deus a sério) sejam chamados de sacerdotes e ministros do Senhor (Isaías 61.6). Esse tempo chegou com a vinda do Messias prometido. O Novo Testamento radicaliza ao colocar o sacerdócio sob a dinâmica da nova aliança. Todos nós, seguidores de Jesus Cristo, somos habilitados a ser ministros de uma nova aliança (2Coríntios 3.6). Nas palavras do apóstolo Pedro, todos somos sacerdotes porque podemos comparecer diante de Deus para pedir perdão pelos nossos próprios pecados, certos que o sacrifício do Sumo Sacerdote Jesus Cristo é suficiente para nos reconciliar com o Pai. Por isso, podemos agora oferecer apenas sacrifícios espirituais, não mais físicos, como nos ensina o apóstolo Pedro: “também, como pedras vivas, deixem que Deus os use na construção de um templo espiritual onde vocês servirão como sacerdotes dedicados a Deus. E isso para que, por meio de Jesus Cristo, ofereçam sacrifícios que Deus aceite” (1Pedro 2.5). Afinal, somos “a raça escolhida, os sacerdotes do Rei, a nação completamente dedicada a Deus, o povo que pertence a ele”. Fomos “escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que nos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz” (1Pedro 2.9). Todos queremos receber as bênçãos de Deus, mas a mais sublime bênção que ele nos dá é sermos bênçãos para os outros. Ter e usar a oportunidade de servir é uma bênção ao alcance de cada um de nós. Essa é uma providência da sabedoria divina para os seus filhos. Temos sido purificados pelo sangue salvador de Jesus? Temos nos apresentado a Deus? Temos dedicado a nossa vida a Deus? Temos colocado nossa vida no seu altar? Temos sido ungidos por ele para anunciar a sua obra de redenção? Temos transpirado a sua Palavra do nosso corpo? Temos tomado como providência dele para conosco todas as oportunidades que temos para servir? AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • No antigo sistema sacrificial, todas as ofertas deveriam ser feitas de acordo com instruções específicas. Essas orientações não eram arbitrárias, mas tinham uma razão de ser. Vejamos o caso específico das ofertas de gratidão. Elas deveriam ser consumidas (comidas) no mesmo dia. Pode ser que houvesse uma razão de ordem higiênica (podiam estragar, num tempo em que não haviam os recursos para conservação de que dispomos hoje, como uma geladeira). No entanto, uma outra razão pode ser lembrada também. O prazo de validade de uma oferta de gratidão era de um dia. Conhecedor da nossa natureza, Deus nos instrui a que agradeçamos todos os dias. A oferta de gratidão deve ser diária. Se todos os dias temos um motivo de gratidão, por que iríamos agradecer só de vez em quando? AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • Temos aqui uma lista de pecados que exigem reparação por meio de sacrifícios oferecidos a Deus. Quando lemos cada um deles, notamos que têm a ver com honestidade na área patrimonial. Quando tomamos algo que pertence a outra pessoa, ofendemos a ela, mas nessa passagem aprendemos que também ofendemos a Deus. Seríamos mais cuidadosos se entendêssemos que pecar contra o próximo é pecar contra Deus. Separar as coisas em “materiais” e “espirituais” é uma tentativa de evitar que recaia sobre um peso muito grande. Na verdade, quando ofendemos o próximo, Deus fica ofendido. Por conveniência, dividimos os pecados em horizontais (que cometemos contra nossos próximos) e verticais (que cometemos contra Deus). No entanto, aprendemos que ao enganar nosso próximo, pecamos contra Deus. A lista é muito útil: é pecado contra Deus não pagar um empréstimo, tomar alguma coisa, reter algo que encontrou na rua ou jurar falsamente. Um escritor do Novo Testamento disse o mesmo e de modo muito forte: “Ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê” (1João 4.20). AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • As regras dos sacrifícios necessários para o perdão não nos podem distrair do principal: o perdão começa com a confissão dos nossos pecados. O Novo Testamento é bem claro quando declara: “Se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade” (1João 1.9). O Antigo Testamento prescreve uma série de cuidados, mas não abre mão também da confissão. Para Deus, o que importa é o coração. Por isso, não importa o tamanho do sacrifício, porque ele vê o tamanho do arrependimento. Para Deus o que importa não é o que somos, mas o que queremos ser. Querendo ser melhores, permitimos que ele nos molde. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • Deus encarrega Moisés de falar o que precisava ser dito ao povo. Muitas pessoas gostam de liderar. Todas que lideram devem saber que as suas responsabilidades são maiores do que a dos liderados (conforme lemos também em Levítico 4.22). O chefe numa empresa, o professor numa escola, o pastor numa igreja, todos devem saber que as pessoas não querem ser decepcionadas por eles. As pessoas querem uma voz para ouvir, um exemplo para seguir e um espelho para se olharem. Queiram ou não, os líderes são imitados. O apóstolo Paulo sabia disso (Filipenses 3.17). Se você ocupa uma posição de liderança, receba-a como uma missão dada por Deus. Peça a ele para ajudá-lo a fazer bem o seu trabalho. Deseje ser um agente para mudar as coisas para melhor. A mensagem mais importante do livro de Levítico é que Deus nos perdoa. Nele, são definidas as condições em que o perdão é oferecido. Se nos detivermos apenas nessas condições, perderemos o essencial: Deus é um Deus perdoador. Ele não é rancoroso, raivoso, mas gracioso e generoso. Quando Jesus viveu entre nós, ele tornou viva a promessa do perdão. Ele modificou as regras, tornando-as todas interiores, e não mais exteriores. Na regra de Jesus, aprendemos que o perdão divino é unilateral. Deus toma a iniciativa e nos concede antecipadamente o perdão. Para receber esse perdão, precisamos apenas de um coração desejoso de o receber. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • A paz deve ser um desejo profundo. A paz deve ser um compromisso de vida. Quando Deus pede animais sem defeito, não está descriminando esses animais. Antes, os está valorizando. Quando quem quer a paz oferece um animal sem defeito está mostrando a pureza do seu desejo e do seu compromisso. No nosso dia a dia, se queremos a paz, devemos buscá-la com disposição completa. No antigo sistema sacrificial, oferecer um animal com defeito como oferta era uma maneira de mostrar que não era feita de todo coração, mas apenas para cumprir uma formalidade. Apenas desejar a paz, mas sem se envolver com ela com todas as suas consequências, não muda as coisas. Paz exige sacrifício, isto é, renúncia e empenho de nossa parte, para que aconteça. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • Como devemos viver? Nossa vida deve ser como um cheiro agradável a Deus. Jesus era um cheiro agradável ao Pai porque se apresentou diante dele como uma oferta. A oferta foi feita em forma de sacrifício; no seu caso, sacrifício de sua própria vida. Quem oferece perde? Não. Ganha (conforme lemos em Filipenses 2.5-11). Achamos que, oferecendo, perdemos. Ganhamos quando nossa vida é vivida para que as pessoas vejam a grandeza de Deus. Os sacrifícios antigos, prescritos na Bíblia, são anúncios prévios da maneira como devemos viver. Nossos sacrifícios hoje têm a ver com atitudes perante Deus. Se nós o vemos como o centro da nossa vida, se nós o amamos como o maior dos nossos amores, se vivemos de uma maneira que torne melhor a vida das pessoas, estamos sendo, de fato, aroma agradável ao Senhor Deus. É assim que vale a pena viver. A proibição de fermento e mel nas ofertas de cereais nos instrui sobre dois cuidados com a nossa vida. Todos buscamos o sucesso. Todos imaginamos alguma estratégia (algum “fermento” especial) que faça multiplicar o que temos. Não há nada de errado com o sucesso. No entanto, o sucesso não pode ser rápido demais. Precisamos aprender a construí-lo passo a passo. É como emagrecer: não adianta emagrecer rapidamente, por meio de uma dieta “miraculosa” recentemente lançada. Temos de mudar nossos hábitos. Então, o emagrecimento será um esforço bem empreendido. Por sua vez, o mel pode ser visto como o esforço de dar sabor ao que não tem, dando ao outro uma impressão diferente da realidade. Nossa vida deve ser pura, sem crescimento desordenado e sem disfarces que nos façam parecer o que não somos. Nossa vida é oferta para Deus. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia

  • Uma das interrogações mais importantes da vida é a seguinte: "Como pode um povo que não é santo aproximar-se de um Deus santo?"
    Logo no princípio do livro vemos Deus tomar providências para que o seu povo se aproximasse dele com o fim de adorá-lo. Este livro mostra ao povo remido de Israel que o caminho para Deus é através do sacrifício e que ele deve caminhar com Deus numa vida de santidade.
    Não é estranho que haja no íntimo de cada coração uma consciência de culpa e que as pessoas sintam a necessidade de fazer alguma coisa com o fim de obter o perdão ou alcançar o favor daquele a quem ofenderam? O pagão traz sacrifícios ao altar dos seus deuses, porque compreende que nada pode fazer com o seu pecado. E preciso que se faça expiação pelo pecado. Na índia, as mães costumavam atirar os filhinhos ao rio Ganges a fim de aplacar seus deuses. O governo britânico pôs fim a essa prática.
    O pagão não pode ver além do seu próprio sacrifício. Quando olhamos para os sacrifícios em Levítico, vemos que são apenas figuras. Eles apontam para o Sacrifício Perfeito pelo pecado, que seria realizado no Calvário.
    Todos os sacrifícios neste livro apontam para o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1:29).
    O pecado pode ser perdoado mas tem de receber seu castigo. O salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). O pecado impede-nos de nos aproximarmos de Deus. Deus é por demais puro para contemplar o mal. Não pode haver comunhão entre Deus e o pecado, enquanto o pecado não for removido, e o único meio de removê-lo é o sacrifício. Sem derramamento de sangue não há remissão (Hebreus 9:22).
    Há cinco ofertas descritas em Levítico. Deus quer que compreen­ damos a terrível realidade do pecado, por isso ele espera um sacrifício todos os dias.

    "Ponha sua vida em ordem", dizem as ofertas.
    "Mantenha sua vida em ordem", dizem as festas e o ritual do Santuário.
    É assim, diz Levítico, que a Adoração ajuda a sincronizar nossa vida, nosso tempo, com o tempo de Deus. É isso que nos permite se aproximar de um Deus Santo

    Levítico é o livro de figuras de Deus para os filhos de Israel, com o fim de ajudá-los em seu treinamento religioso. Todas as figuras apontam para a obra de Jesus Cristo.
    O título "Levítico" sugere o tema do livro — os levitas, os sacerdotes e as suas funções no tabernáculo. É chamado também o Livro das Leis.
    Lembramos como Deus havia dado a Moisés, no livro do Êxodo, as instruções precisas para a construção do tabernáculo e acerca da instituição do sacerdócio, a fim de que oficiassem nesse lugar santo.
    Ao abrir este livro, encontramos os filhos de Israel ainda no Monte Sinai. Deus continua dando suas instruções para o culto no tabernáculo.
    Em Gênesis vemos o homem perdido.
    Em Êxodo, o homem remido.
    Em Levítico, o homem prestando culto.
    Este livro é oportuno porque insiste em que devemos manter o corpo santo, do mesmo modo que a alma. Ensina que os remidos devem ser santos porque o Redentor é santo. Ele não só dá a chave para a nossa vida espiritual e um viver santo, mas nos surpreende com lições importantes de higiene e saneamento para o cuidado do corpo. Os judeus são uma prova maravilhosa do resultado disso em sua vida longa e vigorosa.
    Este é um livro divino. O versículo inicial dá-nos a chave do livro todo: “Chamou o Senhor a Moisés e da tenda da congregação lhe disse”.
    Levítico é Deus falando-nos por meio do tabernáculo e do seu significado.
    É um livro pessoal. O segundo versículo o indica. “Quando algum de vós trouxer oferta ao Senhor”. Observe que Deus espera que cada pessoa traga a sua própria oferta. O modo é muitas vezes tão importante como a oferta. Você tem uma oferta para o Senhor? Nesse caso, este livro terá um apelo para você. MEARS, Henrietta - Estudo Panorâmico da Bíblia

  • Em certo sentido, o Êxodo é o livro da glória de Deus. O texto começa mostrando o poder de Deus e termina nesse mesmo tom. Os versículos finais do livro são sinteticamente eloquentes a esse respeito. A nuvem sobre o Tabernáculo é uma das mais poderosas imagens bíblicas a indicar a natureza majestosa de Deus. Os hebreus tinham a perspectiva correta. O poder deles derivava do poder de Deus, não de sua insistência. A caminhada deles dependia do poder de Deus, não da competência gerencial do seu líder. Deus era uma presença viva, não um retrato esmaecido na parede do coração deles. Podemos ter ainda a presença de Deus na nossa jornada? A resposta é sim, mas de modo diferente. Não precisamos lamentar que não haja uma coluna de nuvem ou de fogo sobre nós. Para nos orientar no caminho a seguir, temos a Bíblia Sagrada. Nela encontramos todas as orientações para os nossos passos. Para nos corrigir e aconselhar, temos o Espírito Santo, que habita no nosso coração. Certamente, alguns dos liderados de Moisés nem sempre prestavam atenção ao fogo ou à nuvem, como nem sempre damos atenção à Palavra e ao Espírito de Deus, mas os recursos continuam à nossa disposição. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia