Episódios

  • O historiador Boris Fausto pode até antever – e querer – um país bem menos desigual e “odiento” em 2031, quando completará 100 anos de idade. Mas neste momento, aos 89, afirma haver risco real de o Brasil recair em uma ditadura em razão da personalidade autoritária que preside o país e da falta de líderes que, com ressonância na população, encarnem a defesa da democracia. Fausto não tem dúvidas sobre o perfil de extrema-direita do presidente Jair Bolsonaro. Mas ainda espera que as contínuas reações de vários setores, entre os quais o cultural, impeça essa “descida do país aos infernos”.

    Em entrevista a Amarelas em Vídeo, o estudioso que detalhou a história do Brasil desde a colônia aos tempos modernos e que escreveu clássicos como A Revolução de 1930, explica a vitória eleitoral de Bolsonaro e avalia que nenhum outro presidente, “nem de longe”, se assemelha a ele. Registra a parcela de responsabilidade do PT nessa ascensão da extrema-direita, mas também é duro com relação ao destino político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem não vislumbra outra vez no Palácio do Planalto, e de seu partido.

    “O PT sem Lula é capenga de uma das pernas”, afirma, para em seguida enfatizar que o tucanato sem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso “é mais ainda”. “O PSDB, como foi criado, não existe mais.”

    Boris Fausto comenta as novas lideranças claramente engajadas na campanha presidencial de 2022 como alternativas a Bolsonaro. Também fala de sua guinada literária ou jornalística nos últimos anos, com obras como O Crime da Galeria de Cristal, que marcou seu encontro com Albertina, um personagem real polêmico entre os paulistanos no início do século XX.

  • Beatriz Haddad Maia, 23 anos, é a melhor atleta do tênis feminino brasileiro. Em junho de 2019, sua carreira foi interrompida por um exame de doping, que acusou a presença de duas substâncias anabolizantes proibidas em seu organismo.

    “Fui do céu ao inferno em menos de 10 dias”, conta Bia em entrevista ao programa Páginas Amarelas, sobre o momento em que recebeu a notícia sobre o teste. Ela havia acabado de vencer a ex-número 1 do mundo Garbiñe Muguruza em sua estreia na temporada 2019 do torneio de Wimbledon, em Londres.

    Desde que o resultado de seus exames foi liberado, a tenista pausou sua carreira. Em fevereiro deste ano, Bia Haddad recebeu o veredito da Federação Internacional de Tênis (ITF) que, apesar de aceitar o fato de as substâncias proibidas encontradas nas amostras da atleta terem surgido de forma não intencional, a condenou a 10 meses de suspensão. Como a contagem do prazo é retroativa, a tenista ficará livre para atuar profissionalmente nas quadras a partir de 22 de maio de 2020.

    Na entrevista, Bia Haddad conta como foram os meses em que ficou parada, esperando o julgamento da ITF, como se prepara para voltar às quadras e quais são suas expectativas para o futuro de sua carreira. “Nos seis primeiros meses foi difícil ir aos clubes e ver as pessoas me olharem diferente, ver as pessoas que você gosta duvidarem de você”, relata. “Estou usando esse tempo para aprender, fazer coisas novas e voltar mais forte”.

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  • Desde janeiro, o Sars-CoV-2, nova cepa de coronavírus identificada na China, causa preocupação devido ao aumento constante do número de pessoas diagnosticadas com a doença respiratória Covid-19. A chegada do vírus ao Brasil na semana passada causou pânico e corrida aos hospitais, unidades de saúde e farmácias em busca de álcool gel e máscara de proteção. “Toda vez que a gente tem um surto novo, as pessoas têm medo. Mas a gente não detectou, até esse momento, não há circulação interna do vírus. Então não há necessidade de toda essa preocupação. É possível que mude? Eu acho que é possível. Mas nesse momento eu não vejo uma justificativa para isso”,  afirma o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury, em entrevista ao programa Páginas Amarelas.

    Granato está satisfeito com a resposta do Ministério da Saúde como resposta ao coronavírus, mas ressalta que é preciso lembrar outros problemas de saúde pública enfrentados no país, como dengue e sarampo. “A gente fica com um pouco de preocupação. Será um que um país que tem esse tipo de situação de saúde vai conseguir implementar tudo aquilo que está sendo proposto? Se nós fizermos isso direitinho, acho que a gente vai ter uma epidemia ou surto controlado”, diz o especialista.

    Ele enfatiza ainda a importância de cada pessoa fazer sua parte para prevenir a disseminação da doença ao colocar em prática a etiqueta respiratória e a higienização constante das mãos. Enaltece a velocidade inédita no desenvolvimento de um tratamento e de uma vacina contra a doença respiratória e desmente as principais fake news disseminadas nas redes sobre curas milagrosas e recomendações preventivas contraditórias contra o novo coronavírus.

  • Para empreender num país como o Brasil, precisa ser um pouco de tudo. Ousado, inteligente, versátil. Mas não é preciso ser rico, garante José Carlos Semenzato, um ex-vendedor de coxinhas que criou fortuna com cursos de informática e redes de franquias. Desde o ano passado, ele integra o grupo de investidores do reality show Shark Tank Brasil. Segundo Semenzato, ele está lá justamente para mostrar que é possível ser bem-sucedido a partir de esforço, foco no trabalho e ética.

    Com a fama, o empresário diz que muita coisa mudou sem sua vida. Suas empresas, como Espaçolaser, OdontoCompany, Oakberry e L'Entrecóte de Paris já eram reconhecidas pelo grande público — afinal, faturou mais de 1,3 bilhão de reais em 2019. Mas seu rosto não era até ir para a frente das câmeras. Pessoas passaram a reconhecê-lo, a abordá-lo e a pedir autógrafos. Apesar disso, diz que não tem medo de andar nas ruas por ser um bilionário reconhecível. “Não tenho paranoia. Temos que levar uma vida normal”, comenta.

    Ele está otimista com o Brasil. Apesar das caneladas verbais do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, diz perceber um clima de esperança entre os empresários. “Vi os planos de 90, de 2010 e agora de 2020. Estou ansioso”, diz.

    Semenzato visitou os estúdios de VEJA no fim de janeiro. Ouça na íntegra sua entrevista ao editor Machado da Costa.

  • Wanessa Camargo, 37 anos, completa duas décadas de carreira em 2020. E que trajetória: durante esse período ela foi do pop para o eletrônico, do hip hop para o sertanejo, e agora está de volta ao pop. Para a cantora, essa constante mudança faz parte da sua personalidade. E quem sabe o próximo álbum poderá se de rock pesado (brincadeira).

    Nascida em Goiânia, mas há tempos radicada em São Paulo, a cantora é filha de Zezé di Camargo, um dos maiores nomes da música sertaneja em todos os tempos. Wanessa fala das dificuldades de sair à sombra do pai. A recente separação de Zezé com Zilu, mãe da artista, também entra em pauta. Wanessa comenta como superou o fato de que os pais não está mais juntos e que nos últimos tempos se aproximou de Graciela Lacerda, atual mulher do pai.

    No campo pessoal, Wanessa fala de sua batalha contra a depressão, que motivou a escrever a canção Desiste Não, seu último single. Mulher Gato, pop dançante no qual ela aparecia em poses sexy, também foi assunto da entrevista. Segundo a cantora, é uma maneira da mulher com mais de 30 anos e mãe expressar sua sensualidade. “Temos de ter criatividade”, diz.


  • Com a aprovação da reforma da Previdência, que apertou as regras para o trabalhador se aposentar, o brasileiro precisa começar a planejar a sua vida financeira para quando resolver deixar o mercado de trabalho. “Não dependa do INSS. O governo não vai pagar a sua conta. Ou você começa a fazer a sua reserva agora e faz o seu dinheiro trabalhar para você, ou, depois, não vai adiantar chorar”, afirmou a especialista em finanças pessoais Nathalia Arcuri, em entrevista a Alessandra Kianek, editora de VEJA, no programa Páginas Amarelas.

    A youtuber, que tem mais de 4,5 milhões de inscritos em seu canal na internet, defendeu a necessidade da reforma, mas alertou: “Se já está difícil para quem é aposentado hoje, vai ficar muito pior para quem for se aposentar amanhã.” Segundo ela, para planejar uma velhice mais confortável financeiramente, o melhor que todo mundo faz é entender e aprender sobre investimentos. “Para quem quer se aposentar daqui a 10 anos, a corrida tem de ser muito maior. O esforço de trabalho para fazer mais dinheiro é muito maior. Já para quem tem tempo, o esforço é muito menor, porque tem a ação de juros sobre juros.” Por esse motivo, Nathalia defende o planejamento o quanto antes, ainda na juventude.

    Ela mesma começou cedo a cuidar do próprio dinheiro para realizar um sonho. Aos 8 anos, descobriu que não ganhava mesada e que os pais não faziam uma poupança para ela, e aí resolveu começar a guardar o dinheiro do lanche, para poder comprar um carro quando fizesse 18 anos. “Objetivos claros me ajudaram a dizer não para tudo aquilo que era menos importante.”

    Com a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira no mais baixo nível da história, as pessoas precisam buscar alternativa para fazer o seu dinheiro render mais, já que aplicações mais conservadoras em renda fixa irão perder da inflação neste ano. “A pior coisa que alguém pode fazer hoje em dia é deixar o dinheiro na poupança. Quem deixar as economias na poupança em 2020 vai perder dinheiro”, afirmou Nathalia. Isso vai acontecer porque a inflação será maior do que o ganho da caderneta. A saída, segundo ela, é ir para a renda variável. “Com os juros nos níveis atuais, não tem jeito, as pessoas terão de entender mais sobre fundos imobiliários, fundos de ações, fundos multimercados e ações de empresas. E mesmo quem tem pouco dinheiro pode ganhar sim. Não estamos falando só de quem é rico.”

    Para quem quer começar a aplicar o seu dinheiro, a youtuber recomenda buscar aprendizado sobre finanças e investimentos. “É necessário pegar um tempo na sua vida, ao menos 5 minutos do seu dia, para estudar. Chegou o momento em que não dá mais para a pessoa ficar passiva na sua vida financeira, como se ela não tivesse nada a ver com isso.”

    Aplicar em renda variável pode render mais ganhos, mas oferece mais risco e requer sangue frio em momentos de turbulência, como este de agora da epidemia de coronavírus. “Quanto mais despreparado esse investidor estiver mais essas oscilações vão desestabilizá-lo. A bolsa é um investimento de longo prazo. Eu tenho ações que nesta semana tiveram oscilação para baixo, mas estou olhando para o médio e longo prazos. Então, eu não vou tirar o dinheiro agora, porque sei que vai se recuperar.” Quem colocar dinheiro em bolsa de valores tem de saber que uma gripe na China pode derrubar seus investimentos aqui no Brasil.

  • Ex-embaixador em Washington e Londres, Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), diz não ver flexibilização na Política Externa conduzida pelo chanceler Ernesto Araújo. Mas observa a agenda internacional se impor nas decisões do governo, sobretudo no capítulo do Meio Ambiente.  “A influência das políticas ambientais sobre as negociações comerciais é um fato hoje”, afirmou em entrevista no programa Páginas Amarelas em Vídeo, para lembrar que a questão está presente no acordo Mercosul-União Europeia e nas regulações da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), na qual o Brasil pleiteia seu ingresso. “Ou por pragmatismo ou por realismo político, (o governo) vai ter de se ajeitar”, completou. Para o veterano diplomata, a aproximação do Brasil com os Estados Unidos não avançou mais do que no passado, apesar da azeitada aproximação entre os presidentes Jair Bolsonaro e o americano Donald Trump. Em sua visão, não é possível falar em alinhamento automático entre Brasília e Washington.

    No plano externo, Barbosa não vê chances de impeachment de Trump e considera que, nas urnas de novembro, a única alternativa da oposição democrata está na candidatura do empresário e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg. Sobre o Brexit, que começa a valer no plano jurídico na sexta-feira 31, avisa que a saída do Reino Unido da União europeia só se dará, na prática, ao final das negociações comerciais entre os dois lados do Canal da Mancha. Cético sobre o término dessas conversas até o final deste ano, como está previsto, o ex-embaixador em Londres antevê o equilíbrio da economia britânica como principal desafio do premiê Boris Johnson. Alerta, porém, para a necessidade de o Mercosul já se preparar para conversas sobre comércio com o Reino Unido.

  • 2020 está sendo considerado o “ano Beethoven”. Embora o aniversário de 250 anos do compositor alemão seja comemorado somente no dia 17 de dezembro, as principais orquestras do Brasil e do mundo colocaram as criações do gênio de Bonn no roteiro desse ano. Uma delas é a Orquestra Sinfônica Municipal (São Paulo), que irá interpretar as sinfonias, os concertos, um oratório e a única ópera escrita por Beethoven. Roberto Minczuk, regente titular do conjunto erudito, explica ao Amarelas em Vídeo por que a música do alemão é importante até nos dias de hoje.

    Ele ressalta os avanços do compositor em relação ao que era feito naquele período, seu diálogo com os tempos atuais (o que indica até uma associação curiosa com o rock pesado), as inovações que trouxe para o universo erudito e as dificuldades de se reger suas obras. “Em Bach e Mozart até dá para uma orquestra tocar sozinha. Isso não acontece com Beethoven”, comenta. Minczuk fala ainda da devoção de seu mentor, o maestro alemão Kurt Masur (1927-2015), que aos 84 anos ainda se dava ao luxo de estudar as partituras do compositor. A entrevista se encerra com um guia básico das obras de Beethoven.

  • O movimento de entrada de outsiders na política Brasil ganhou a adesão de um dos nomes mais respeitados da área de saúde do Brasil. Presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein, um dos maiores e mais bem renomados centros privados de saúde do país, Claudio Lottenberg acompanha atentamente os movimentos de bastidores das eleições municipais de São Paulo.

    Depois de um rápido flerte com o Novo, que o sondou sobre a ideia de lançar o nome dele para concorrer à prefeitura da cidade pelo partido, Lottenberg vem conversando sobre isso com outros partidos e não descarta também a possibilidade de ocupar algum cargo público como secretário municipal ou estadual de São Paulo.

    “Quero contribuir com minha experiência para a elaboração de boas políticas públicas”, afirma. “A passagem pela iniciativa privada traz a capacidade de planejamentos a médio e longo prazo, e claro, discernimento para resolver o que é urgente”, completa.

  • O ano de 2019 foi mais positivo do que frustrante. Essa é a opinião de Zeina Latif, mestre e doutora em economia e economista-chefe da XP Investimentos. “Teve um momento no primeiro semestre que as expectativas pioraram bastante, com o risco de um desempenho pífio do PIB, menor até que o de 2017 e de 2018. Mas a aprovação da reforma da Previdência, com um impacto fiscal relevante, associada à redução da taxa de juros e à liberação de crédito, levou a uma dinâmica mais favorável para a economia. Teve também a liberação de recursos do FGTS e as concessões de infraestrutura. Juntando tudo isso, cria-se vetores para chegar a um crescimento maior em 2020. Mesmo que 2019 não tenha sido um ano brilhante, as variáveis econômicas nos levam a crer que o risco de decepções para este ano diminuiu muito”, afirmou Zeina, em entrevista a Alessandra Kianek, editora de VEJA, no programa Páginas Amarelas.

  • “O vinho no Brasil sempre foi considerado um artigo de luxo, e, por isso, uma pesada carga tributária incide sobre a bebida. Os tributos representam mais de 56% do preço do vinho. São os grandes vilões”, afirmou Adriano Miolo, presidente e enólogo da vinícola gaúcha Miolo, que produz 10 milhões de garrafas por ano e acaba de completar três décadas de existência. O executivo vê na reforma tributária, planejada pelo governo federal, uma oportunidade de a bebida ficar mais barata no mercado nacional. “A reforma tributária pode permitir enquadrar o vinho em outro segmento, que não o de uma bebida de luxo. Poderia ser um produto agroalimentar – como é em outros países, onde a taxação é de, no máximo, 20%. Com carga tributária de 56%, é inviável que o produto esteja na mesa do brasileiro no dia a dia”, disse o executivo, em entrevista a Alessandra Kianek, editora de VEJA, no programa Páginas Amarelas.

    O acordo de livre comércio assinado em junho pelo Mercosul e pela União Europeia deve inundar o mercado brasileiro com vinhos franceses, italianos e portugueses. Segundo Adriano, as condições de mercado são desiguais. “Os países do Mercosul vão passar a concorrer com a maior região produtora mundial, que é altamente subsidiada pelos governos. Lá, o Estado controla o plantio e, inclusive, o estoque. Somos a favor que o vinho importado também pague menos imposto, mas é importante que se tome medidas para que a indústria nacional tenha condições de competir.”

    Nos últimos 30 anos, o Brasil teve duas excelentes safras: 2005 e 2018, segundo o executivo. “Em relação às condições climáticas, essas duas safras são muito semelhantes, porém, no nível tecnológico, ao que incorporamos de conhecimento e tecnologia, a do ano passado fará a grande diferença. Para nós, 2018 foi a melhor safra da história da Miolo.” Os vinhos desta safra vão começar a chegar ao mercado nos próximos dias.

    Entre as novas tendências do mundo do vinho, Adriano destaca o avanço do consumo dos vinhos rosés. “Essa moda, que já estava forte na Europa e nos Estados Unidos, chegou agora no Brasil. É o produto atualmente que mais cresce.” Ele chama a atenção também para o espumante sur lie, aquele – feito no método champenoise, como os champanhes franceses – que envelhece na garrafa com as próprias leveduras da fermentação. “A permanência das leveduras passa ao produto aroma e sabor particular desse processo de envelhecimento. Isso vem num momento para sofisticar ainda mais os espumantes nacionais.”

    A geografia brasileira da produção de vinho mudou nos últimos anos. Novas regiões surgiram, e hoje, além do Rio Grande do Sul, tradicional pólo produtor, a bebida é produzida no Paraná, em Santa Catarina, em São Paulo e na Bahia. “Vemos uma nova vitivinicultura brasileira, com investimentos importante e vinhos importantes sendo lançados em todo o país.”

  • O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), um dos integrantes do grupo chamado Muda Senado, criticou a postura do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) – a quem apoiou na disputa pelo comando da Casa -, disse que ele não significou a renovação política que esperava e que há uma aproximação em curso com o grupo de Renan Calheiros (MDB-AL), que foi derrotado por Alcolumbre na eleição. “Renan representa com toda solidez o que nós temos de mais antigo na política brasileira. Essa página tinha que ser virada no Senado e foi. Mas Davi Alcolumbre não faz parte do que a gente chama de política de renovação”, afirmou.

    Para Vieira, no segundo semestre deste ano, Alcolumbre voltou a se aproximar do grupo de Calheiros “adotando condutas mais autoritárias”. “Ele está optando por ser mais uma liderança de um velho momento que o Brasil quer deixar para trás”. Segundo ele, o presidente do Senado repete a postura dos antigos dirigentes da Casa ao, por exemplo, arquivar os pedidos de impeachment contra os ministros do Supremo Tribunal Federal. O parlamentar foi o autor do pedido de instalação da CPI da Lava Toga, que não foi adiante por oposição de Alcolumbre. “No equilíbrio entre os Poderes, você tem que ter formas de controle recíproco. No caso do STF, apenas o Senado tem possibilidades de controle: o processamento de um pedido de impeachment e uma CPI”, afirmou.

    O senador acredita que os ministros do STF estão “banalizando” a figura da Suprema Corte com as decisões contrárias à legislação. “Quem está dinamitando a credibilidade do Judiciário são os ministros. Ministros são servidores públicos, eles têm que prestar explicações para a sociedade. Eles não podem se comportar como se fossem pessoas no Olimpo”, disse.

    Vieira fez ressalvas também à articulação política do governo no Congresso e disse que falta ao presidente Jair Bolsonaro assumir um papel de maior protagonismo nas discussões com o Legislativo. “O governo tem muita dificuldade de fazer isso. Você não pode se portar como se não fizesse parte do processo e é isso, infelizmente, que Bolsonaro faz. Ele quer continuar sendo um outsider, mas ele não pode mais ser um outsider”, disse. Vieira também criticou alguns ministros como Abraham Weintraub (Educação), a quem deu uma “nota abaixo de zero”.  “Nós precisamos de um ministro da Educação, não de um meme ambulante”, afirma.

  • O ministro Ricardo Salles é unanimidade entre ambientalistas e especialistas da área: todos as alas do movimento, aqui e lá de fora, torcem o nariz para sua gestão. Ele já insinuou que ONGs são cúmplices de desastres ambientais e é radical defensor de um governo que fala em criar “mini-Serras Peladas na Amazônia”. Antes de embarcar para a COP25, ele concedeu esta entrevista.

  • Ex-senadora e candidata à presidência da República nas últimas três eleições, Marina Silva afirmou que o presidente da República Jair Bolsonaro adotou como agenda de seu governo fazer ” a apologia da ditadura e de ditadores”. Segundo a fundadora da Rede Sustentabilidade, as alusões que o ministro da Economia Paulo Guedes fez ao AI5 na semana passada é um sinal de que mesmo as pessoas encarregadas de dar credibilidade ao governo se contaminaram por esse discurso. “Quando fala que eventuais manifestações trazem o risco do AI5 voltar, o Posto Ipiranga do governo quer incendiar a democracia”.

    A ex-senadora vê a divisão entre lulismo e bolsonarismo como o “cúmulo do empobrecimento” da polarização que marca a história do país. “Não há uma disputa em torno de projeto ou concepção de governo”, afirma. “Isso vai se espraiando e de repente a gente começa a ver a polarização entre amigos e familiares. As pessoas não conseguem perceber que isso foi engendrado porque beneficia os que têm a lógica do poder pelo poder e acabou nos cindindo. A gente tem que se insurgir contra isso”.

    Em entrevista ao diretor de redação de VEJA Maurício Lima, no programa Páginas Amarelas em Vídeo, a ex-senadora evita, entretanto, se colocar de volta à disputa pela Presidência da República em 2022. “Nesse momento tem que ter um esforço dos que não estão nos extremos, nem do lulismo e do bolsonarismo, para tentar construir algo que faça com que o Brasil recupere a credibilidade do processo político como a única forma de resolver os nossos problemas. E isso não vai ser em torno de projeto de poder, mas em torno de uma visão de país que considere a preservação ambiental, acabar com as iniquidades sociais e o respeito à diversidade cultural e aos direitos humanos.”

    Ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008, no governo Lula, Marina Silva sobe o tom para criticar as políticas adotadas pela gestão de Bolsonaro — especialmente no setor. “É a primeira vez que temos um ministro que é antiambientalista e trabalha diuturnamente para eliminar o que existia”, afirma. “Não tem como opor meio ambiente e desenvolvimento. As duas coisas fazem parte da mesma equação. Setenta por cento do PIB da América do Sul depende das chuvas produzidas pela Amazônia. A Embrapa já desenvolveu tecnologia que faz com que a gente triplique a nossa produção sem precisar derrubar mais uma árvore”, acrescenta.

    Evangélica, Marina também se incomoda com o que chama de “instrumentalização da fé” na política. “É muito triste quando ouço as pessoas dizendo que há a bancada da bala, da Bíblia e do boi. O que é que tem a ver a Bíblia com a bala? No lançamento do partido do presidente tinha uma arte feita de bala. O número é 38, que também evoca uma arma de fogo, e ficam misturando isso com Jesus Cristo. As pessoas dizem ‘conheceis a verdade a verdade vos libertará’ e, de forma leviana, que quem derramou o petróleo foi o Greenpeace e que quem colocou fogo na Amazônia foram as ONGs. Onde está a verdade que liberta em tudo isso?”, questiona.

  • O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição ao governo Bolsonaro no Senado, vê o Brasil caminhando a “passos largos” para repetir a situação que levou a uma série de protestos de rua no Chile. “As reformas ultraliberais que foram colocadas em prática no Chile, e das quais o atual ministro da economia Paulo Guedes participou e é especialista, não foram modificadas ao longo do tempo e levaram ao clima de empobrecimento e radicalização que chegou ao Chile agora”, afirmou, ponderando não desejar que isso aconteça no país. “Mas ninguém segura colapso social.”

    Em entrevista ao programa Páginas Amarelas, o senador também falou da coalizão que pretende construir com os partidos de oposição para as próximas eleições e minimizou o papel que o ex-presidente Lula, agora solto, terá neste processo. “O primeiro desafio é construirmos uma concertação de atuação política juntos. Se entre Lula e Ciro há diferenças, essas diferenças não podem ser pautadas na luta política diária pela democracia, contra os retrocessos que estão em curso”. O senador ainda descartou haver no momento qualquer conversa concreta pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

    As únicas saídas dos cargos que o senador defende são as dos ministros Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente. No caso do presidente do STF, Randolfe vê excesso na abertura de um inquérito para a própria corte investigar ataques aos seus integrantes. Já em relação a Salles, o que está em xeque para o senador é sua gestão à frente da pasta. “Nós tivemos ao longo de 2019 a desconstrução da governança ambiental no Brasil, protagonizada pelo atual governo, construída ao longo de 25 anos e que transformou o país em referência no planeta”, avalia.

    Defensor de primeira hora da Lava Jato, o senador ainda critica a atuação do atual ministro Sergio Moro (Justiça) enquanto era juiz da operação e, a partir dos diálogos revelados entre ele e o procurador Deltan Dallagnol, faz uma autocrítica ao apoio que deu à força-tarefa. “Se eu tivesse as informações que tive, por exemplo, do Intercept, se eu imaginasse que o juiz teria uma posição partidária, com certeza o ímpeto do apoio não seria o mesmo. Mas temos que preservar por princípio o combate à corrupção”.

  • O presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, reconhece que o preço da passagem aérea no Brasil é alto, mas garantiu que dentro de um ano o valor dos bilhetes irá ficar mais barato. O caminho, segundo ele, é investir em tecnologia de aeronaves que gastem menos combustível. Com o consumo menor, o valor de operação cai e isso vai refletir no preço dos bilhetes. A aposta para a queda de preços é uma aeronave da Embraer, que queima 25% a menos de combustível e a Azul já encomendou 50 delas.

    Depois de reconhecer o problema dos tíquetes caros, Rodgerson mudou o tom para reclamar da falta de infraestrutura de turismo no Brasil, e que é “uma vergonha” que as pessoas prefiram “ir à Flórida” a conhecer melhor o próprio país. “Sempre pergunto para empresários quem conhece Foz do Iguaçu. Poucos foram, mas todos conhecem Paris. Precisamos atacar os custos e tornar investimentos mais frequentes para que o brasileiro viaje mais”.

    Rodgerson apontou que o Brasil, inclusive, está começando a se conectar mais agora com voos diretos entre capitais sem que precisem passar pelo que chama de “triângulo”, entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. “Conectar pessoas ajuda o Brasil crescer. Em todo estado que vou os governadores pedem mais voos por que isso traz emprego. Os restaurantes ficam mais cheios, os hotéis ficam mais cheios, as pessoas fecham mais negócio”.

  • Nesta quinta-feira, 7, o Supremo Tribunal Federal retoma o julgamento que pode mudar o entendimento da Corte sobre o momento em que se deve iniciar o cumprimento da pena: se após a segunda instância — como é hoje — ou se após exauridas as possibilidades de recursos. Para encerrar um debate acirrado e que cria insegurança jurídica ao país — uma vez que o STF mudou por quatro vezes esse entendimento nos últimos dez anos —, o deputado Alex Manente (Cidadania-SP) defende a aprovação da PEC 410 de 2018, de sua autoria. Caso seja aprovada, constará na Constituição que após condenado em segunda instância, o réu deverá iniciar o cumprimento da pena. “Apenas 0,3% das condenações são revistas nas instâncias superiores”, afirma Manente.

    O deputado não nega que a prisão do ex-presidente Lula seja o grande chamariz dessa polêmica. Até mesmo manifestações estão sendo convocadas para o próximo sábado, 9, em face ao julgamento do STF. “Dificilmente não será comprovado nas seguintes instâncias o que foi comprovado nas anteriores”, advoga Manente pelo encarceramento do petista. A natureza do crime, corrupção, é ainda um agravante em sua visão.

    Um crime tão grave quanto assassinato. “A corrupção assassina milhares de pessoas.” Agora, Manente corre para conseguir aprovar as mudanças antes do calendário eleitoral. Ele deve sair candidato à prefeitura de São Bernardo do Campo, mas gostaria de ver a PEC aprovada antes disso.

  • O Brasil é apontado como um dos países que mais utilizam defensivos agrícolas em suas lavouras. Roberto Rodrigues, ministro da Agricultura durante o primeiro mandato do governo Lula e atual Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, afirmou que isso acontece porque o Brasil é o único país do mundo que faz duas safras agrícolas por ano e é de clima tropical, com muito mais pragas e doenças que uma nação de clima temperado. “Defensivo agrícola é um remédio. A questão é usar o remédio certo, na dose certa, para a doença certa e na planta certa. Infelizmente, muitos aplicavam errado, porque não tinham os defensivos certos para determinada doença”, disse Rodrigues, em entrevista a Alessandra Kianek, editora de VEJA, no programa Páginas Amarelas.

    Engenheiro agrônomo e professor, Rodrigues explica que, até quatro anos atrás, registrar uma nova molécula no país levava, em média, oito anos e meio, enquanto nos países desenvolvidos são cerca de dois anos. “O governo Temer e o de agora desburocratizaram o processo. As moléculas novas são mais sustentáveis que as antigas, menos agressivas ao ambiente e ao ser humano. Portanto, é importante liberar novas substâncias. Se usarmos o cálculo de utilização por quilo de defensivos por hectare plantado, o Brasil está em 6º lugar no ranking, atrás de Alemanha, Japão e outros.”

    Rodrigues defendeu o acordo fechado em junho pelo Mercosul e a União Europeia. “Ele coloca o Brasil de novo no tabuleiro global de comércio. Hoje, estamos fora disso, ficamos décadas sem fazer acordos. (…) A briga comercial entre os Estados Unidos e a China está produzindo um neoprotecionismo agrícola. E isso vai quebrar as pernas dos países emergentes, como nós. O acordo nos abre oportunidades e acaba mitigando esse risco do neoprotecionismo, que vinha crescendo”, afirmou.

    O professor da FGV critica o desmatamento ilegal e as queimadas propositais. “É caso de polícia. (O governo) tem de punir exemplarmente quem desmatar ilegalmente e quem puser fogo irregularmente. É um tema que tem de ser resolvido pela polícia. É papel do governo evitar, tanto o federal como o estadual e o municipal. E o setor privado tem de ajudar.” Rodrigues afirma que os agricultores brasileiros condenam o desmatamento ilegal. “Quem faz desmatamento? É o madeireiro. É o garimpeiro. É o invasor de terra. Não é o produtor rural.”

    Para o engenheiro agrônomo, é perfeitamente possível compatibilizar a produção agrícola com a sustentabilidade com um único caminho: tecnologia adequada. Ele alerta, porém, que a atual explosão tecnológica pode excluir o pequeno produtor. “Os grandes têm equipes técnicas que conseguem receber as informações e aplicar os produtos, aumentando a produtividade e reduzindo os custos. Já o pequeno não consegue aprender tudo. Para reverter essa situação, as cooperativas brasileiras precisam se ocupar da difusão de tecnologia e da conectividade, reduzindo o custo para todos, pequenos, médios e grandes produtores.”

    Citado no relatório da CPI do BNDES, que acusa ex-ministros de governos petistas por omissão na liberação de empréstimos para operações internacionais de empreiteiras brasileiras, Rodrigues afirma que não teve nenhuma ligação com o caso. “Eu saí do governo em junho de 2006. Em 2007, o presidente baixou um decreto que mudava as regras da Camex (Câmara de Comércio Exterior) – cujo papel é definir dumping, tarifas, cotas de exportação e da qual eu era membro – , permitindo financiamento para as grandes companhias, como JBS, Odebrecht etc. Eu já tinha ido embora do governo quando isso aconteceu. A comissão reparou a injustiça, e o relatório final foi aprovado sem o meu nome.”

  • Ex-ministro da Cultura do governo Temer, diplomata e hoje deputado federal, Marcelo Calero (Cidadania-RJ) faz questão de chamar de censura a proposta do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) de criar “filtros” para aprovação de projetos pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). “Ele copia modelos de países como Venezuela e China. Nós precisamos garantir total liberdade de criação. Os editais de seleção não podem fazer qualquer avaliação do ponto de vista subjetivo e de conteúdo. Seus critérios devem ser técnicos”.

    Em entrevista ao programa Páginas Amarelas ao editor-assistente de VEJA, Leonardo Lellis, o parlamentar também defendeu o fortalecimento da Lei Rouanet, que permite o patrocínio de espetáculos a partir do abatimento do valor no cálculo do Imposto de Renda — e já foi chamada de “desgraça” por Bolsonaro. “O Brasil precisa entender de uma vez por todas que, quando a gente fala de política cultural, tem que parar com essa historinha de que é para dar dinheiro para artista ‘mamar’. Tudo virou uma razão para ideologizar”, afirma.

    Embora tenha assumido o ministério da Cultura no governo Temer já sabendo que estaria na companhia de investigados por corrupção, Calero recorda ter aceitado o cargo com a garantia de que teria autonomia. “Eu vinha de uma gestão muito bem avaliada na secretaria municipal de Cultura do Rio e acreditei que aquele convite representava uma maneira de fazermos aquelas políticas locais mais efetivas em termos nacionais”.

    Durante sua passagem de apenas quase seis meses à frente da pasta, Calero entrou em rota de colisão com Geddel Vieira Lima, então poderoso ministro da secretaria de governo, ao se negar a liberar a construção de um empreendimento de luxo em uma área histórica de Salvador e que Geddel havia comprado um apartamento. Hoje, o parlamentar afirma que o governo Temer ficará marcado pela “corrupção a céu aberto”, embora também não considere o impeachment de Dilma Rousseff um erro. “O que se entende hoje é que havia interesses espúrios por trás do impeachment, o que não significa que ele foi ílegitimo.”

    Cotado para entrar na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro em 2020, Calero prega diálogo em torno de uma candidatura única. Ao lado de Eduardo Paes (DEM), de quem foi secretário municipal, e do governador João Doria (PSDB), o deputado esteve no lançamento da tucana Mariana Ribas ao pleito municipal.

    “Todas as forças que não estão nem à extrema-esquerdam nem à extrema-direita entendem a responsabilidade de construírmos uma candidatura que dê aos cariocas essa resposta de amor à cidade e uma administração eficiente, que não esteja nessa polarização enlouquecida que a política do Brasil vive.”

  • O presidente do partido Novo, João Amoêdo, disse ao programa Páginas Amarelas, de VEJA, que o presidente Jair Bolsonaro “tem falhado muito” ao não ser a liderança que se espera na discussão sobre a retomada econômica, principalmente ao insistir em incluir na agenda temas que perturbam o ambiente político e não são relevantes para a maioria da população.

    “O grande mérito de Bolsonaro foi ter colocado uma equipe econômica com viés liberal, com pensamento de redução do estado, de criar um ambiente mais propício ao empreendedor.  Mas em outras áreas ele tem falhado muito, especialmente ao não definir claramente as prioridades, o que atrapalha a pauta econômica (…), e ao incentivar um clima ainda de campanha, de ‘nós contra eles’”, disse.

    Ele enumera três prioridades para o país voltar a crescer: as reformas administrativa e tributária e as privatizações. “Essa pauta sem uma liderança firme, num processo onde existem outros interesses, acaba avançando devagar. E o resultado é o que a gente vê no cenário econômico: uma retomada muito mais lenta do que seria esperado”, afirmou.

    Amoêdo também cobra mais empenho no combate à corrupção e cita o caso envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente. ”Isso não pode ser colocado para debaixo do tapete”, defendeu.  Para ele, uma eventual desintegração da Lava Jato – inclusive com a anulação de algumas de suas condenações – também irá contribuir para degradar o ambiente econômico e político do país.

    Sobre o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que é filiado ao Novo e tem sido alvo de críticas, Amoêdo disse que não fala com ele desde outubro de 2018 – segundo ele, a legenda não foi consultada sobre a ida para o governo e não tem nenhuma ingerência na pasta. O dirigente também avalia a gestão do primeiro governador do partido, Romeu Zema (MG), e a atuação da primeira bancada da legenda na Câmara. Fala ainda sobre as próximas eleições e o processo seletivo que a sigla usa para escolher seus candidatos.