Episódios
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A tribo da leitura juntou-se no Museu do Oriente. A segunda edição do encontro Book 2.0, iniciativa da APEL, convocou especialistas, nacionais e internacionais, e vários altos dignitários: do Presidente da República ao ministro dos negócios estrangeiros. Mas também baixos dignitários: um ministro das badanas, um ministro das estantes e um ministro das estrelas (daquelas com que se avaliam livros no pouco espaço que ainda lhes é dedicado na imprensa). Leitores de todo o mundo, uni-vos (mas em silêncio para não incomodarem quem está a ler).
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Jogar com uma tripla nem sempre é garantia de que se acerta. Montenegro entrou na nova temporada política a distribuir promessa. Em três sectores: saúde, transportes e pensões. Haverá eleições no horizonte? Por vezes, se toda a gente esticar a corda ao mesmo tempo, ela acaba por partir. O que torna desafiadora esta rentrée é a quantidade de incógnitas com que nos deparamos: as guerras trágicas na Ucrânia e no Médio Oriente, as dramáticas eleições americanas e algumas comédias caseiras, como os folhetins em torno do orçamento para 2025 e das presidenciais de 2026.
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Estão a faltar episódios?
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São já consideradas as eleições mais relevantes dos últimos anos, por isso Germano Almeida, na nova rubrica da SIC Notícias, 'Decisão América', analisa os principais acontecimentos nas campanhas dos democratas e dos republicanos. Esta semana em foco a semana de Kamala Harris e os vários discursos inspiradores e mobilizadores de Michelle e Barack Obama, Bill Clinton e da apresentadora e produtora de televisão Oprah Winfrey, que apareceu de surpresa. "Kamala Harris confirmou que é alguém que está bem preparada, bem formada, rigorosa, mas sem o brilho retórico de Barack Obama ou de Michelle Obama".
O convidado especial desta semana é João Vieira Borges, Major-General do Exército, presidente da Comissão Portuguesa de História Militar e coordenador do Observatório de Segurança e Defesa da SEDES.
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A 15 de setembro de 2023, no dia em que Cavaco Silva lançou o livro “O Primeiro-ministro e a Arte de Governar”, o autor poderia ter sido o único protagonista. E, mesmo que a divisão do palco não seja o forte do homem que, a seguir a António de Oliveira Salazar, mais anos esteve no centro do poder, naquele dia, Cavaco partilhou as honrarias com uma antiga criação sua, José Manuel Durão Barroso.
Há 48 referências a José Manuel Durão Barroso na agenda de Ricardo Salgado. Na maioria delas, o, à época, presidente da Comissão Europeia é apresentado, apenas, pelas iniciais – JMDB.
Quatro dezenas das referências ao nome de Durão Barroso na agenda de Ricardo Salgado correspondem a reuniões ou a notas que o banqueiro ia escrevendo. Em algumas delas, Salgado convocava Barroso para lhe dar conselhos, noutras pré-anunciava pedidos de ajuda muito concretos.
Oiça aqui o terceiro episódio da Agenda de Ricardo Salgado, um podcast sobre 2268 dias de vida do velho banqueiro, originalmente publicado a 21 de maio de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Pedro Coelho sobre Ricardo Salgado e a queda do BES.
A agenda de Ricardo Salgado não pode ser considerada um objeto pessoal. Não é um diário da intimidade do banqueiro, que o presidente executivo do BES ia escrevendo nas quebras da pesada rotina. Não. A agenda profissional de Ricardo Salgado é o retrato hiper-realista de um país que tarda em desligar-se de homens providenciais.
Ao seu jeito, Ricardo Salgado era – na cabeça dos que aspiravam a ter poder e a conservá-lo – um homem providencial – que abria e fechava as portas do poderoso reino da influência aos dispostos a servir, ambicionando – sem esforço gigante – elevarem-se social ou politicamente.
Ricardo Salgado era amigo de alguns dos poderosos da República que desfilam na agenda do banqueiro. Mas a maior parte dos que alcançam estatuto para ocuparem pedaços dos longos e intensos dias do presidente executivo do BES serão relações de circunstância, mesmo que algumas circunstâncias se tenham prolongado muito no tempo.
Oiça aqui o segundo episódio da Agenda de Ricardo Salgado, um podcast sobre 2268 dias de vida do velho banqueiro, emitido originalmente a 14 de maio de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Pedro Coelho sobre Ricardo Salgado e a queda do BES.
Objeto em formato digital, a agenda do banqueiro apenas me chegou e pronto. Não veio embalada em nenhum compromisso, em nenhuma troca, em nenhuma cedência da minha parte.
Mas a agenda não era só a agenda. Ela vinha no topo de um pacote virtual com mais de 3 mil ficheiros, alguns com centenas de páginas. Estavam ali 2268 dias da vida do velho banqueiro Ricardo Salgado, mais e-mails, relatórios, pareceres, rascunhos, apelos, descrições de estados de alma…
Jamais poderia pegar em todo aquele pacote de informação sozinho. Precisava de navegar por tudo aquilo, mas precisava, sobretudo, de filtrar, verificar, criar um fio condutor. Fizemo-lo em dez meses. Eu - Pedro Coelho, o Filipe Teles, o Micael Pereira e o Paulo Barriga.
Oiça aqui o primeiro episódio da Agenda de Ricardo Salgado, um podcast sobre 2268 dias de vida do velho banqueiro, publicado originalmente a 07 de maio de 2024.
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Esta semana, na estante para as férias, há o humor agridoce de um refugiado bósnio chamado Volibor Colic, que se tornou um escritor francês e escreveu O Livro das Despedidas; há o primeiro volume da obra completa do Marquês de Pombal; há o Diário Incontínuo, com algum mexerico literário à mistura, do escritor Mário Cláudio; e há dois poetas para o Verão: o brasileiro Eucanaã Ferraz, com Sob a Luz Feroz do Teu Rosto, e Rita Taborda Duarte, Não Desfazendo.
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As crianças filhas de pais desempregados, nos Açores, vão passar a ser discriminadas no acesso às creches gratuitas. A maioria liderada pelo PSD açoriano aceitou um requerimento do Chega nesse sentido e a decisão está tomada. Bolieiro volta a ignorar as linhas vermelhas de Montenegro. Mas claro que o acontecimento político da semana, a nível global, foi a passagem de testemunho de Joe Biden para Kamala Harris. A corrida eleitoral à Casa Branca, de repente, deixou de ser o confronto entre um vigoroso septuagenário e um diminuído octogenário; passou a ser o duelo entre uma antiga procuradora, habituada a acusar criminosos, e um milionário já condenado em tribunal e com muitos outros processos judiciais às costas. Enquanto isso, por cá, qual telenovela, o folhetim do caso das gémeas arrasta-se na comissão parlamentar onde até já há quem queira ler a correspondência privada do Presidente da República.
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Na estante desta semana está (distopia nº 1) o mais recente vencedor do prémio Man Booker: Canção do Profeta, de Peter Lynch; e (distopia nº 2) um estudo sobre o efeitos dos telemóveis nos adolescentes, em Geração Ansiosa, Jonathan Haidt; há um ensaio de Diogo Pires Aurélio sobre a ideia de um poder absoluto e intemporal, intitulado Soberania Popular; e ainda a memória pessoal, traumática, ainda sem edição portuguesa, do escritor americano Shalom Auslander, criado numa família de judeus ortodoxos; no original chama-se Feh, o que em ídiche significa "que nojo".
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Trump levou um tiro de raspão e o espectro de uma guerra civil em território norte-americano pareceu de repente tornar-se real. Mas o atentado, que podia ter resultado numa tragédia, acabou numa imagem burlesca. Os apoiantes de Trump, adaptando a velha máxima cartesiana à sua maneira, decidiram declarar ‘penso, logo existo‘ – cada um com o seu penso na orelha direita em sinal de comunhão com o candidato já entronizado na corrida à Casa Branca. No nosso mais comezinho estado da nação, enquanto se fazem contas de cabeça quanto à viabilização do próximo orçamento, os líderes partidários encavalitaram acusações mútuas, num triângulo de toques e remoques de que lá para o Outono se conhecerá o desfecho. Com que devemos preocupar-nos mais: com o estado da nação ou com o estado do mundo?
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O governo completou 100 dias no poder, sem saber quantos mais lá estará. No verão prepara-se o outono e os preparativos incluem o fandango de uma troca de galhardetes marialva: “atreve-te!”, diz um; “não penses que tenho medo!”, responde o outro. Enquanto isso, a Procuradora-Geral da República, que não gosta de “espalhafato”, deu a primeira entrevista desde que está no cargo. Não admite erros na actuação do Ministério Público, não tem desculpas a pedir e abriu guerra ao poder político. Em França, “c’est le bordel”, sem perspectivas de uma solução de governo. E Joe Biden, cercado pelos seus próprios correligionários, continua a resistir. Mesmo chamando Putin a Zelensky e Trump a Kamala.
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Esta semana, na estante do programa a que há quem chame Governo Sombra, temos um ensaio sobre o modo como a dissimulação e o engano, que não são um exclusivo humano, têm um papel importante na selecção natural das espécies: chama-se “Os Mentirosos da Natureza e a Natureza dos Mentirosos”; recolhemos uma obra de referência intitulada “Livros de Fotografia em Portugal”; encontramos “Remédio”, um livrinho de teatro de Enda Walsh, autor irlandês que vai estar no Festival de Teatro de Almada, ao mesmo tempo que a companhia que o leva à cena, os Artistas Unidos, perdeu de novo o espaço onde tinha o palco, na Politécnica; e a terminar há um ensaio sobre uma das polémicas associadas às chamadas guerras culturais do nosso tempo: “Racismo Woke”, de John McWorthen.
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Foi mais ou menos assim: não, nunca, nem pensar; está bem, pronto. O Chega não queria nem ouvir falar de um novo governo de Miguel Albuquerque na Madeira, mas a “limpeza” que preconiza, pelos vistos, não se aplica às regiões autónomas. No Parlamento, o anunciado cerco dos polícias não aconteceu. Aqueles que foram com os bolsos cheios de moedas de um cêntimo em resposta ao primeiro-ministro não conseguiram passar no detector de metais. O meme da semana foi a repetição incansável, pelo Dr. Nuno-meu-filho, de uma mesma frase enquanto era destratado pelos deputados: “pelas razões referidas, não respondo”. Para a próxima pode levar um tshirt estampada e poupa no latim. Enquanto isso, lá fora, o nosso destino também vai sendo parcialmente decidido nas eleições e nas campanhas eleitorais dos outros: na Grã-Bretanha, em França e nos Estados Unidos. Ouça aqui a versão podcast do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer, emitido na SIC Notícias no dia 5 de julho.
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Da estante deste Governo saem, esta semana, da Sombra os textos de juventude de “Eduardo antes de ser Lourenço”; “uma história do cinema” de Francisco Valente com o título “Espelho Mágico”; as crónicas de Manuel Vázquez Montalbán sobre a revolução portuguesa escritas quando ainda se podia dizer “Por Enquanto, o Povo Unido Ainda Não Foi Vencido”; e as lições de Miguel Esteves Cardoso sobre “Como Escrever”. Ouça o segmente mais um episódio do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer, emitido na SIC Notícias no dia 5 de julho.
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A Procuradora-Geral da República nunca deu uma entrevista. A ministra da Justiça, sim; esta semana; para dizer que quem suceder a Lucília Gago terá de pôr ordem na casa. Leia-se: no Ministério Público. Sublinhe-se: quem vier a seguir. Conclua-se: desta procuradora já não há nada a esperar. O que é que isto tem a ver com a escolha de António Costa para o cargo de Presidente do Conselho Europeu? Mais do que poderá parecer à primeira vista aos mais desatentos. Enquanto isso, a comissão de inquérito ao caso das gémeas prossegue; falta saber se focada no essencial ou mais inclinada para o reality show acessório. A cena internacional está, entretanto, dominada por duas eleições: uma, em França, que tem a primeira volta este fim de semana; a outra, em que vai ser escolhido o próximo inquilino da Casa Branca, tendo ficado claro, no primeiro frente-a-frente, que a escolha será entre um fanfarrão mentiroso e um idoso com dificuldades de ordem cognitiva. Está a ser um festim para os memes.
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Esta semana, na estante deste Governo, há uma reunião dos ‘Ensaios Sobre a Virtude e a Felicidade’, do escritor setecentista Samuel Johnson, autor, entre outras proezas, do primeiro dicionário da língua inglesa; há uma nova novela gráfica da artista sul-coreana radicada em França Keum Suk Gendry-Kim; há a poesia completa, em edição brasileira, de Adélia Prado, agora distinguida com o prémio Camões; e há Camões, o próprio, numa análise à sua vida e obra por Carlos Maria Bobone.
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Apesar da frase da semana - “invoco o meu direito ao silêncio” -, muito se disse sobre o caso do “pistolão”. Embora ainda pouco tenha sido apurado. A mãe das crianças doentes confessa ter errado numa gravação feita à sua revelia, em que dizia ter protecção política superior. Admite que foi “parva” e que o fez por “vaidade”. O antigo secretário de estado Lacerda Sales respondeu a pouco, refugiando-se no estatuto de arguido. E o filho do Presidente da República, depois de ter feito saber que não compareceria à chamada da comissão de inquérito, deu instruções ao advogado para abrir a porta à possibilidade de vir a responder aos deputados. O nevoeiro em torno do caso adensa-se e o reality show está para continuar. Outro folhetim que tem muito futuro pela frente é o da situação política na Madeira: Miguel Albuquerque-contra-todos, todos-contra-Albuquerque. O que continua pelas ruas da amargura é o segredo de justiça. Aquilo que o ex-primeiro-ministro disse ao telefone, sem relevância criminal, foi gravado, guardado pelo sistema de justiça, e veio a público. Transitou em escutado. Na semana em que António Costa está na corrida por um importante cargo europeu. Ele há coisas do demo
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Na estante desta semana, há a ousadia de biografar Camões levada a cabo pela escritora Isabel Rio Novo, em “Fortuna, Caso, Tempo e Sorte”; o guião de “Citizen Kane”, de Orson Welles, comentado por Lauro António; uma investigação intitulada “Dissidências e resistências homossexuais no século XX português”, com vários autores sob a coordenação de António Fernando Cascais; e a reedição aumentada de um livro do revisor linguístico Manuel Monteiro, que se assume como parte de um combate “Por Amor à Língua e à Literatura”
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No rescaldo da eleições europeias, o Programa foi ao país real analisar os resultados. O pretexto foi o FALA, festival literário de Alcanena. A vila do distrito de Santarém, num fim de semana com livros, juntou-se para uma noite em torno do poucochinho que resultou do acto eleitoral, com pequenas vitórias e uma grande derrota. Mas valeu a pena, porque um elemento do painel do Programa chegou abençoado, vindo directamente do Vaticano.
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Na estante desta semana, há apenas três livros (acompanhados por uma sugestão de visita à exposição do cartoonista António, em Vila Franca de Xira): uma reunião de “Crónicas e Discursos” do historiador António Borges Coelho; um álbum de banda desenhada intitulado “As Guerras de Lucas”, que narra a saga da criação de “A Guerra das Estrelas”; e “A Experiência de Deus”, da mística e resistente Simone Weil.
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