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Foram apenas dez palavras, em inglês: “the attacks by Hamas did not happen in a vacuum.” Em torno desta declaração do secretário-geral das Nações Unidas, desatou-se uma controvérsia que cavou trincheiras, uma vez mais, também em Portugal. Foi também no fosso dessas trincheiras que caiu o responsável pela Web Summit, vítima de um processo que volta a colocar na ordem do dia a chamada cultura de cancelamento. Na frente do activismo climático, os jovens que gostam de pintar ministros de verde perceberam esta semana que não contam com o apoio do Bloco de Esquerda; vale a pena ir ler o que propõem e perceber que não é apenas o clima que os move. Está lançado o mote para uma salada de frutas que mete melancias e abacates.
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Na estante desta semana, a ficção foi posta de lado. As “Outras Crónicas”, de António Lobo Antunes, surgem como uma espécie de despedida do autor à “piscina para crianças” onde exercitava a mão para a arte (para ele) maior do romance. Um ensaio de grande fôlego contribui para se entender melhor como os Estados Unidos se tornaram a potência cultural dominante no período da Guerra Fria: chama-se “O Mundo Livre” e é da autoria de Louis Menand. Um outro ensaio monumental tem agora um primeiro volume em português; trata-se do clássico “Cadernos do Cárcere”, do marxista italiano Antonio Gramsci. Por fim, uma síntese breve sobre o elemento mais discreto (mas decisivo) da tecnologia que usamos diariamente: “Algoritmo”, aquela coisa (palavra que dá para tudo) que sabe mais sobre nós do que nós próprios.
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Quem sabe conjugar o verbo trolar? Esta semana percebeu-se que não é só Marcelo, o traquinas, que os amigos recordam a tocar às campainhas das portas e a fugir. João Galamba, o ministro que o Presidente da República quis ver despedido, e o próprio primeiro-ministro, ao escolhê-lo para encerrar o debate da proposta de orçamento na generalidade, demonstraram que trolam e trolarão com tanto à vontade como trolou em tempos o agora mais alto magistrado da nação. Nesta conversa também se fala da guerra de palavras que a tragédia da guerra está a provocar; da vantagem dos médicos em longas maratonas negociais de horas e horas a fio; e de uma pergunta que vem substituir a clássica “comprava um carro a este homem?”: actualmente o que há a perguntar é: “deixava este homem vender um avião usado?”
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Um esqueleto stripper... e uma história em Portugal da noite das bruxas.
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ep.29
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ep.28
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Carros mal estacionados, objetos essenciais para as férias e idosos a baterem recordes!
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O drama de comprar tampões e um primeiro encontro desastroso!
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Um urso que invadiu uma casa... e um jovem que foi para a rua sem cuecas.
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Foi uma semana belissimamente recheada de vibrantes fanatismos: gente convencida daqui que julga ser a sua razão, de megafone em punho, tentou censurar um livro; outra gente, empanturrada de boas razões, foi atirar bolas de tinta verde contra um ministro, quando ele se preparava para falar num evento patrocinado por empresas do sector energético; e ainda uma terceira categoria de pessoas decidiu, sem o citar, evocar Lenine e a frase em que ele defendia “liberdade de expressão absoluta, excepto para os nossos inimigos”. Enquanto isso, a Madeira foi a votos, Miguel Albuquerque desdisse-se, o PAN tornou-se o azimute da estabilidade regional e António Costa, na noite da hecatombe socialista, nem vê-lo. Esta é a ementa da semana; e parafraseando o velho Marx (calma, não é esse): são estes os nossos temas, mas se não gostarem deles temos outros.
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No meio do entusiasmo pela organização (conjunta) do mundial de futebol de 2030, o ministro da economia não teve acesso ao argumentário oficial e soltou uma das frases da semana: “não é o futebol que nos vai salvar”. A outra declaração dos últimos dias que merece registo é do primeiro-ministro, frustrado por ver que “a realidade” tem sido “muito mais dinâmica do que a capacidade de resposta política”. Será isto humildade ou passa-culpas. Também se falará de mais um momento político-teatral do Chega, do sínodo dos bispos católicos onde pela primeira vez há mulheres com direito de voto e do activismo climático, que se tornou actividade quotidiana.
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Há quem tenha dificuldade em chamar massacre a um massacre. O estado de guerra no Médio Oriente trouxe à tona velhas clivagens e reactivou uma animosidade malsã. Enquanto, no xadrez geopolítico, há agora mais uma guerra a pôr em causa a precária estabilidade mundial, nós por cá entretemo-nos com as minudências da chamada bolha político-mediática. O orçamento da maioria absoluta - entregue desta vez a tempo e horas e em horário diurno - deixou a direita à procura de discurso. O PSD, pela voz de Montenegro, encontrou-o na palavra pipi. Mas como adjectivo, atenção, não enquanto substantivo. Também se fala de elogios envenenados, de sondagens e do ex-ministro ainda a aprender a ser comentador.
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Um genro e um sogro unidos para sempre pelo Kama Sutra.
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A cadeira mais aleatória do mundo, a dona do cérebro e ... os "erasmos"!
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ep.26
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Duas histórias que envolvem banhos insólitos.
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No dia em que o Homem Que Mordeu o Cão faz 26 anos... histórias que envolvem alarmes e chocolates.
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