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  • A recente eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência da Câmara e do Senado marcou a manutenção do centrão no comando do Congresso. Além dos dois, representantes do grupo vão ocupar cargos-chave nas mesas diretoras das Casas.Pouco depois da vitória aliados já discutiam cenários para a reforma ministerial pretendida pelo governo Lula (PT), com um choque no desenho da gestão, e de retomada do controle sobre as emendas parlamentares —tema que se confunde com a consolidação do centrão e com o aumento do poder do Legislativo sobre o Orçamento público. As pautas podem manter as desconfianças que têm gerado atritos entre os Poderes, ainda que tanto Lula quanto Luís Roberto Barroso (Supremo Tribunal Federal) tenham feito acenos a Motta e Alcolumbre. E indicam a possibilidade de divisões no amplo amálgama do centrão, com o PSD de Gilberto Kassab puxando os estremecimentos com vistas a 2026.O Café da Manhã desta quarta-feira (5) fala do momento atual do centrão, já de olho em 2026. A cientista política Daniela Costanzo, pesquisadora no Cebrap e pesquisadora visitante da Sciences Po, em Paris, discute como a estratégia do grupo mexe no jogo político, que mudanças o bloco viveu nos últimos anos e o que dá para esperar do centrão nas próximas eleições. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Acordos anunciados nesta segunda-feira (3) deixaram em evidência parte dos motivos para o tarifaço que Donald Trump prometeu no fim de semana. As taxas extras de até 25% sobre produtos importados canadenses e mexicanos entrariam em vigor nesta terça (4), mas foram suspensas temporariamente.O premiê Justin Trudeau e a presidente Claudia Sheinbaum conversaram com Trump e viabilizaram planos de proteção das fronteiras com os Estados Unidos. O republicano inicialmente falava em corrigir déficits comerciais, mas mostrou que as tarifas eram mais uma ameaça para forçar negociações em áreas como imigração e tráfico de opioides.Sobrou, de toda forma, a China —sobre os produtos chineses, as taxas de 10% em tese passam a valer nesta terça. Restou também o temor de uma possível nova guerra comercial e do início de ameaças tarifárias em série de Trump. Ele sinalizou ter alvos como a União Europeia e o Brics.O Café da Manhã desta terça discute as intenções e as consequências da política tarifária do governo Donald Trump. O consultor em comércio internacional Welber Barral, sócio da BMJ e ex-secretário de Comércio Exterior do governo brasileiro, explica as medidas anunciadas pelos Estados Unidos e analisa como essa postura mexe nos negócios e nas relações entre países —entre eles, o Brasil. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

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  • Uma pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana mostrou que 93% dos brasileiros que vivem de aluguel ou moram em local cedido sonham com a casa própria; 57% dos jovens de 16 a 24 anos têm planos de comprar um imóvel, um índice similar ao registrado na faixa de 25 a 34 anos.Os dados indicam que a casa própria não deixou de ser almejada pelos brasileiros da geração Z (nascidos entre 1997 e 2010). Por outro lado, muitos deles se questionam se conseguirão transformar esse desejo em realidade num cenário econômico potencialmente mais adverso do que o vivenciado por gerações anteriores.Para discutir se vai ser mais difícil para a geração Z ter uma casa própria, o episódio desta segunda-feira (3) do Café da Manhã conversa com Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain Inteligência Estratégica, especializada em mercado imobiliário. Ele explica o que deixa os imóveis menos acessíveis hoje, trata de contextos que facilitaram essa conquista para jovens de outras gerações e discute estratégias viáveis para quem está com ela no radar. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Câmara e Senado voltam do recesso neste sábado (1º), dia pouco usual para uma sessão do Congresso, com chance mínima de surpresas quanto ao que deve acontecer nas eleições para a presidência das Casas. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) são tidos como virtuais eleitos pelo menos desde outubro passado.Os dois até devem ter concorrentes se lançando para marcar posição, mas construíram arcos de aliança que incluem a benção dos antecessores —Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG)— e apoios formais do PT do governo Lula, do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e de siglas do centrão.O bloco pró-Motta soma 488 dos 513 deputados, e o pró-Alcolumbre, 76 dos 81 senadores —sem contar possíveis traições, já que a votação é secreta. A eleição está marcada para as 10h no Senado e para as 16h na Câmara. Há possibilidade de segundo turno, e o nome que receber a maioria simples de votos é eleito para um mandato de dois anos.O Café da Manhã desta sexta-feira (31) discute o que indica a eleição de cartas marcadas para a presidência da Câmara e do Senado neste sábado. O repórter da Folha em Brasília Ranier Bragon conta quem são Hugo Motta e Davi Alcolumbre, trata da força com que eles chegam ao comando das Casas e analisa o que deve dar o tom das gestões deles —inclusive nas relações com o Planalto e o Judiciário. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se prepara para deixar o cargo neste sábado (1º), quando serão realizadas as eleições para o comando das duas Casas do Congresso. O deputado esteve à frente da Câmara por dois mandatos —foi eleito em 2021, no governo de Jair Bolsonaro (PL), e reeleito em 2023, já com Lula (PT) como presidente.Lira mudou de tom, de discurso e de alianças nesse período. Teve o primeiro mandato marcado com uma parceria próxima com Bolsonaro, barrando seguidos pedidos de impeachment; e tomou posse para o segundo mandato, pós-ataques do 8 de Janeiro, falando em defesa da democracia.Alguns elementos, no entanto, não mudaram ao longo dos quatro anos e viraram marcas da gestão Lira. Entre eles, mudanças e dribles no regimento, o estilo centralizador e truculento apontado por adversários e até por alguns aliados, a concentração de poder e o controle sobre o Orçamento, que rendeu disputas com o Executivo e com o Judiciário.O Café da Manhã desta quinta-feira (30) conta quem é Arthur Lira, o que marcou a gestão dele como presidente da Câmara e o que fica para ele e para a Casa Legislativa agora em diante. O podcast ouve a jornalista do UOL Thais Bilenky, autora do podcast Lira: Atalhos do Poder, do UOL Prime. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • As ações de empresas americanas de tecnologia se recuperaram parcialmente nesta terça-feira (28) do tombo registrado na véspera, atribuído aos impactos da notícia sobre os avanços da startup chinesa de inteligência artificial DeepSeek. A empresa anunciou um modelo mais barato do que os atuais e com desempenho muito similar.O app começou a ser desenvolvido em 2023, com mão de obra chinesa e chips americanos —que teriam sido obtidos antes de o governo Joe Biden barrar a exportação de dispositivos. Segundo a empresa, ele teria custado US$ 6 milhões, muito menos do que o especulado para a versão mais recente do ChatGPT, US$ 100 milhões.Junto com questionamentos sobre a confiabilidade dos anúncios, críticos e analistas fazem ressalvas ao app em si —que é vago quando um usuário faz perguntas sobre fragilidades da ditadura chinesa— e ao mercado, ante o risco de bolha no setor. Para os Estados Unidos de Donald Trump, o risco na mesa também é geopolítico.O Café da Manhã desta quarta-feira (29) discute o que a ascensão do DeepSeek representa para o mercado de inteligência artificial. O advogado Ronaldo Lemos, cientista-chefe do Instituto de Tecnologia e Sociedade e colunista da Folha, explica o que o app tem de diferente, trata das reações a ele e analisa os rumos do desenvolvimento da tecnologia a partir de agora. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Os Estados Unidos vão pausar parte das sanções anunciadas contra a Colômbia, depois de os dois países chegarem a um acordo sobre a deportação de imigrantes. No domingo (26), Donald Trump ameaçou impor tarifas sobre mercadorias colombianas depois de o governo de Gustavo Petro se recusar a receber dois voos militares com deportados; segundo a Casa Branca, Petro depois recuou.Na sexta-feira (24), os atritos diplomáticos por causa de deportações foram com o Brasil, depois da chegada do primeiro voo do tipo da gestão Trump. Os brasileiros denunciaram maus-tratos e o uso de algemas durante o voo. O ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) falou em “flagrante desrespeito” aos cidadãos brasileiros. Nesta segunda (27), voltou a pedir dignidade para os migrantes.Desde que assumiu a Presidência, na semana passada, Trump tem decretado medidas que sustentem o plano de deportação em massa prometido na campanha. Em algumas cidades, agentes começaram a fazer busca ativa por pessoas sem documentação regular. O republicano ainda deslocou militares e helicópteros para a área da fronteira com o México.O Café da Manhã desta terça-feira (28) fala das primeiras medidas da política migratória de Donald Trump. O repórter da Folha Victor Lacombe trata das repercussões dos atritos com Brasil e Colômbia e explica como as decisões do presidente americano impactam o cenário da migração no país e afetam o ambiente regional. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Quem repara uma pessoa inocente que foi presa de forma injusta? Esse direito, da indenização do Estado às vítimas do chamado erro judiciário, está na Constituição; mas o padrão visto nos tribunais tem sido outro.Atendidos pelo Innocence Project Brasil que comprovaram a inocência na Justiça estão entre os casos recentes que engrossam a estatística. Um deles, o ex-lutador Silvio Pantera, contou a história de como passou quase seis anos detido de forma injusta, ao Café da Manhã. Ele teve um pedido de indenização negado na primeira instância no ano passado, e um recurso deve ser julgado no começo de fevereiro.O caso dele é simbólico de pontos como problemas no reconhecimento fotográfico de suspeitos. As questões têm aos poucos fomentado um debate, por meio de entidades da sociedade civil e no âmbito do Conselho Nacional de Justiça. Em nota, o CNJ disse que prevê criar um laboratório de justiça criminal com foco no erro judicial, que deve tratar também da questão da reparação.No episódio desta segunda-feira (27), o Café debate a busca de inocentes vítimas de erro judiciário por reparação. São ouvidos o ex-lutador Silvio José da Silva Marques e a mulher dele, Danielle Sousa dos Santos; os advogados Flavia Rahal, cofundadora do Innocence Project, e Fabio Ozi, sócio do escritório Mattos Filho; o professor de direito constitucional Wallace Corbo (FGV e Uerj); e a aposentada Maria Suzana de Queiroz. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Imaginar uma rede social mais saudável é um exercício que pesquisadores, especialistas e usuários têm feito cada vez mais, desde que as plataformas passaram a ganhar abrangência e relevância no debate público. O debate ganha força em um momento de mudança nas diretrizes de big techs que têm redes sociais.A mais recente a mudar a rota foi a Meta, dona do Instagram e do Facebook, que no início do mês anunciou o fim do serviço de checagem de fatos e a alteração nas políticas que definem o que pode ser postado. O X, ao ser comprado pelo bilionário Elon Musk, já tinha passado por medidas semelhantes, com redução na equipe e na moderação de publicações.Quem endossa as mudanças fala em mais liberdade de expressão. De outro lado, usuários veem uma deterioração do ambiente virtual, com potencial para mais desinformação e radicalização nas plataformas –essa é também a avaliação de quem estuda o tema. O Café da Manhã desta sexta-feira (24) discute se há caminhos para construir redes sociais com menos impactos negativos. A diretora do InternetLab Mariana Valente, professora de direito da Universidade St Gallen, na Suíça, e autora do livro “Misoginia na Internet”, trata do que esperar com menos moderação, do choque entre diretrizes e leis e do que se imaginava para a internet quando ela foi criada.O podcast também ouve a professora da FGV Comunicação Rio Anna Bentes, que trata do que move usuários a continuar nas redes (mesmo quando elas fazem mal) e discute por onde passa a construção de plataformas melhores. Ela é autora do livro "Quase um Tique: Economia da Atenção, Vigilância e Espetáculo em uma Rede Social''. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • A votação para a presidência da Câmara e do Senado, marcada para o dia 1º de fevereiro, tem o cenário provável da eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Nessa toada, em que os dois quase não precisam fazer campanha, temas centrais do funcionamento do Congresso passam ao largo do debate público.Organizações da sociedade civil têm buscado dar destaque à discussão sobre o regimento da Câmara —regras que definem a tramitação de projetos e a organização de cargos e comissões. Isso depois de Arthur Lira (PP-AL) ter, na presidência, usado a distribuição de relatorias para ampliar o poder sobre os colegas, pautado votações-relâmpago e modificado o regimento de forma a tirar força de ferramentas da oposição e da minoria.Entre as entidades envolvidas nesse esforço está o Pacto pela Democracia, que elaborou uma agenda que sugere dez alterações no regimento da Casa. Entre eles, estabelecer critérios para o regime de urgência de projetos, revisar regras de votação remota, fortalecer as comissões e divulgar com antecedência a pauta do plenário.O Café da Manhã desta quinta-feira (23) discute a transparência na Câmara, os caminhos para facilitar a participação cidadã no processo legislativo e o que pode mudar com a nova presidência. São entrevistados Arthur Mello, coordenador do Pacto pela Democracia, e a cientista política Beatriz Rey, pós-doutoranda da EACH/USP e pesquisadora associada à Fundação Popvox (EUA). Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • As primeiras medidas de Donald Trump como presidente do Estados Unidos reforçaram as mensagens de que a prioridade será olhar para dentro e que o multilateralismo perderá espaço na agenda americana. Na segunda-feira (20), o republicano retirou o país do Acordo de Paris, da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de um pacto fiscal acordado na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).As medidas, ainda que esperadas, geraram reações de autoridades e países, que veem com preocupação a recusa de Trump em se manter em espaços de diálogo e cooperação. Também há receio de que órgãos como a OMS percam capacidade de atuação diante da saída de um grande financiador —os EUA respondem por 18% do orçamento da agência.No primeiro mandato, o republicano já tinha tomado iniciativas nessa direção, inclusive com a saída do Acordo de Paris, tratado de 2015 para frear o aquecimento global. O republicano também marcou a primeira gestão por críticas às Nações Unidas.O Café da Manhã desta quarta-feira (22) discute a força que organismos, entidades e tratados multilaterais podem ter sem os EUA. A professora Marianna Albuquerque, do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do perfil @onuempauta, conta quais podem ser os próximos alvos do republicano e analisa as consequências para órgãos internacionais e americanos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Um país pobre, fraco, infestado de criminosos e alvo de chacota. Foi esse o país que Donald Trump descreveu ao assumir pela segunda vez a Presidência dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20). O republicano fez fortes críticas ao antecessor, Joe Biden, para dizer que “o declínio” americano acabou e que o novo mandato dispara “uma era de ouro”.O Trump fortalecido e radicalizado que se esperava desde a vitória eleitoral se mostrou em vários dos protocolos cumpridos por ele. Por exemplo, nos trechos grandiloquentes e nas bravatas dos discursos —em que classificou a segunda-feira de dia da libertação e falou em um mandato para reverter traições— e nas primeiras medidas anunciadas.Elas incluem o perdão a envolvidos no ataque ao Capitólio, de 6 de Janeiro de 2021; duas emergências nacionais —na fronteira com o México, para conter a imigração irregular, e na área de energia, para estimular a produção petrolífera; a saída do Acordo de Paris, sobre o clima; e a regra de que o governo passe a reconhecer só duas categorias de gênero: feminino e masculino.O Café da Manhã desta terça-feira (21) fala da posse de Trump e das mensagens do agora presidente ao reassumir a Casa Branca. A repórter da Folha Julia Chaib, correspondente em Washington, conta do clima em torno da cerimônia, trata das primeiras medidas do republicano e discute o que se espera para os primeiros dias de governo. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Donald Trump toma posse nesta segunda-feira (20) nos Estados Unidos levando à Casa Branca pela segunda vez o mesmo slogan. A ideia de “fazer a América grande de novo” acompanhou o republicano na campanha de 2024, ainda que o cenário interno e externo sob o qual ele governará seja diferente daquele de quando deixou o poder, em janeiro de 2021.Primeiro condenado criminalmente na Presidência americana, Trump assume depois de uma campanha centrada em temas como economia, imigração e gênero. Ele montou o gabinete considerado o mais radical da história para ajudá-lo a tirar do papel promessas de campanha e as feitas na transição —marcada por bravatas como a ideia de anexar o Canadá ou de tomar a Groenlândia.O agora ex-presidente Joe Biden deixa a Casa Branca e uma trajetória de 50 anos na política com a aprovação baixa e um legado incerto. O democrata, que assumiu quatro anos atrás falando em defesa da democracia, se despediu do cargo na semana passada no mesmo tom, exaltando feitos de seu mandato e alertando para a formação de uma “oligarquia de riqueza, poder e influência” que ameaça o sistema democrático. O Café da Manhã desta segunda-feira (20) fala das expectativas para um novo governo de Donald Trump. O professor de relações internacionais Carlos Gustavo Poggio discute o que a transição indica sobre a futura gestão, trata dos recados esperados para a posse do republicano e analisa o que deve marcar os próximos quatro anos nos Estados Unidos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • O Ministério da Fazenda pediu à PF (Polícia Federal) que investigue a divulgação indevida do CPF do ministro Fernando Haddad em meio à onda de desinformação envolvendo o Pix. O caso se soma a outros golpes e fake news sobre a mudança que a Receita Federal tinha proposto na fiscalização sobre transações bancárias.A medida, anunciada em setembro do ano passado, previa que operadoras de cartão de crédito e bancos digitais notificassem à Receita operações acima de R$ 5.000 por mês para pessoas físicas e de R$ 15 mil para pessoas jurídicas —a norma já existe para bancos tradicionais e cooperativas de crédito.A campanha de desinformação sobre a medida, que citava uma falsa taxação do Pix, incluiu um vídeo falso feito com inteligência artificial em que Haddad aparecia anunciando impostos até sobre pets e um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em que ele distorce informações e levanta suspeitas sobre o tema.Diante do que o presidente Lula (PT) viu como uma sucessão de erros, a decisão do governo foi recuar. A Fazenda também editou uma medida provisória para reafirmar que pagamentos por Pix não podem ser taxados.No Café da Manhã desta sexta-feira (17), Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, trata das mensagens que o governo tentou mandar nesse caso, da campanha de desinformação da oposição e do saldo do recuo para o Palácio do Planalto. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Depois de 467 dias de guerra, o governo de Israel e o grupo terrorista palestino Hamas acertaram nesta quarta-feira (15) os termos de um cessar-fogo previsto para durar seis semanas. O acordo, que deve começar a valer no domingo (19), é visto como passo importante para encerrar o mais duradouro conflito aberto na região.O anúncio foi confirmado pelo presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump, que toma posse em cinco dias. O atual chefe da Casa Branca, Joe Biden, que já tinha apresentado um plano similar de cessar-fogo no ano passado, também marcou posição sobre o tema. Os detalhes do acordo foram anunciados pelo Qatar, um dos mediadores da negociação.O acordo deve ter três etapas. Na primeira, o Hamas libertará 33 dos 98 reféns israelenses que ainda estão com o grupo desde os ataques de 7 de Outubro de 2023, gatilho do conflito. Em troca, Israel soltará cerca de mil dos 12 mil prisioneiros palestinos no país. O texto prevê ainda a retirada gradual de tropas israelenses de Gaza e o reforço da ajuda humanitária à região.O Café da Manhã desta quinta-feira (16) discute o que significa o cessar-fogo agora e analisa quem ganha e quem perde com o acordo. O jornalista Diogo Bercito, mestre em estudos árabes, trata dos símbolos de um anúncio às vésperas da posse de Trump e do futuro que está no horizonte para palestinos, israelenses e para o Oriente Médio. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Lula deu posse nesta terça-feira (14) ao novo ministro da Secretaria de Comunicação do governo, Sidônio Palmeira. O marqueteiro baiano, que comandou a campanha do petista em 2022, chega com status de conselheiro do presidente e com carta branca para mexer na estrutura da pasta —que, sob Paulo Pimenta, vinha sendo alvo de críticas internas.Sidônio é engenheiro de formação e migrou para a área de comunicação política nos anos 1990, se aproximando de petistas da Bahia. Mesmo tendo um perfil visto como conciliador e pragmático, ele pode mexer com a correlação de forças dentro do governo por, em tese, fortalecer a ala ligada ao chefe da Casa Civil, Rui Costa.A chegada dele, além de antecipar outras mudanças especuladas para o primeiro escalão da Esplanada, deve dar nova cara à área digital do governo —onde, aliás, há crises em curso, a exemplo da onda de desinformação a respeito das novas regras de fiscalização do Pix. Na posse, ele reclamou de mentiras contra a gestão e citou um “faroeste digital”.O Café da Manhã desta quarta-feira (15) conta quem é Sidônio Palmeira e discute o que pode mudar a partir da chegada dele ao Planalto, em meio aos desafios na área. A entrevistada do podcast é a repórter da Folha em Brasília Marianna Holanda. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • O aumento da verba destinada às emendas parlamentares, que têm consumido parte cada vez maior do Orçamento, levou deputados e senadores a indicarem até 74% da verba de ministérios do governo Lula (PT) em 2024. Um levantamento feito pela Folha mostrou que a pasta do Esporte é a que tem maior proporção de gastos direcionados pelo Congresso.As emendas têm sido tema de uma queda de braço entre o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso, com capítulos que avançaram sobre o recesso de deputados e senadores. Em dezembro, uma decisão do ministro Flávio Dino chegou a forçar uma pausa nas férias de congressistas, depois do bloqueio de mais de R$ 4 bilhões de emendas de comissão por falta de transparência.As emendas são a forma que deputados e senadores têm de enviar dinheiro do Orçamento público para obras e projetos em suas bases eleitorais. Desde 2020, elas movimentaram R$ 148 bilhões. Na Esplanada, o crescimento das emendas tem significado mais restrições para que ministros definam como o orçamento é usado.O Café da Manhã desta terça-feira (14) discute como as emendas impactam o orçamento dos ministérios e o que isso significa para as políticas públicas. O repórter da Folha em Brasília Mateus Vargas explica quais pastas são mais visadas nesse jogo das emendas, trata do caminho do dinheiro até a ponta (onde ele muda a vida das pessoas) e analisa de que forma a cobrança por transparência pode mexer no uso desses recursos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • A Meta anunciou grandes mudanças na semana passada, que incluíram novas políticas de moderação e diretrizes de publicação nas plataformas da empresa e a indicação de Dana White ao conselho. A forma e o conteúdo dos anúncios selaram a aproximação entre Mark Zuckerberg e Donald Trump e o adesismo empresarial ao presidente eleito dos EUA.O movimento já tinha sido visto no X —Elon Musk foi aliado de Trump desde a campanha e vai integrar o governo—e acenos recentes partiram de Jeff Bezos, da Amazon, e Sam Altman, da OpenAI. Os dois prometeram doações para a posse do republicano, assim como Google e Microsoft. O CEO do TikTok se encontrou com o políticoA aliança com o futuro governo, no caso das big techs, levou a questionamentos: tanto em relação aos interesses de cada lado quanto sobre os impactos que ela pode ter em algumas das principais plataformas de redes sociais do mundo. União Europeia, Austrália, Canadá e Brasil criticaram as medidas da Meta, por exemplo; o presidente Lula mandou recados a Zuckerberg falando em soberania e em evitar que as redes virem uma “barbárie digital”.O Café da Manhã desta segunda-feira (13) fala dos impactos do alinhamento das big techs ao trumpismo. O professor de jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Marcelo Träsel, que pesquisa desinformação, discute o que as empresas e o governo Trump ganham com a aliança, explica como as diretrizes das plataformas devem se adequar a regras de diferentes países e analisa as consequências dessas mudanças na geopolítica e no ambiente das redes sociais. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Depois de uma semana de tensão nas ruas e aumento da repressão do regime venezuelano, o ditador Nicolás Maduro deve tomar posse nesta sexta-feira (10) para seu terceiro mandato à frente do país.Nesta quinta (9), o acionamento do aparato de segurança da ditadura ficou claro com a denúncia da oposição de que a ex-deputada María Corina Machado foi “violentamente interceptada” ao sair de uma manifestação em Caracas. No fim da tarde, ela foi liberada. Segundo aliados, Corina foi obrigada a gravar vídeos durante o que chamaram de sequestro.O tom dos preparativos para a posse levou ao ápice tensões disparadas pela eleição presidencial, realizada em 28 de julho do ano passado. A proclamação da vitória de Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral na disputa contra Edmundo González não foi reconhecida nem pela oposição nem por boa parte da comunidade internacional. González encontrou líderes das Américas nos últimos dias e promete ir a Caracas para tomar posse.O episódio desta sexta do Café da Manhã ouve a repórter Mayara Paixão, correspondente da Folha na América Latina. Ela conta como regime e oposição têm se articulado, fala do aumento da repressão a ativistas e críticos do governo e discute em que contexto Maduro dá início a mais um governo, depois de eleições contestadas. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • O governo Lula fez uma série de atos nesta quarta-feira (8) para marcar os dois anos dos ataques golpistas de 8 de Janeiro. O presidente apresentou obras de arte restauradas, liderou uma cerimônia com discursos de autoridades em defesa da democracia e participou de um abraço simbólico na praça dos Três Poderes.Lula defendeu a punição dos bolsonaristas envolvidos nos ataques. “Hoje é dia de dizer ‘ainda estamos aqui’. Estamos aqui para dizer que estamos vivos, que a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas”, afirmou.Na cerimônia, estavam quase todos os ministros do governo, ministros do Supremo Tribunal Federal, parlamentares, governadores aliados e os chefes das Forças Armadas. Os chefes dos outros Poderes não foram; o governo vinha tentando evitar o esvaziamento político dos atos, para que não ficassem associados só à esquerda. Em cerimônia no STF, o ministro Alexandre de Moraes mandou recados às big techs e defendeu a regulação das redes.O Café da Manhã desta quinta-feira (9) analisa como o governo Lula e os bolsonaristas tratam o 8 de Janeiro dois anos depois dos ataques e os impactos da data para a democracia brasileira. O entrevistado é o cientista social Jonas Medeiros, diretor de pesquisa do Centro para Imaginação Crítica do Cebrap. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices