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Conheça um pouco do desafio de ser um piloto pelas bandas do Centro-Oeste e Norte do Brasil nos idos de 1930, em um cenário que se mescla com a história de João Carmo do Nascimento, o JOÃO FORD.
Pesquisa e Texto: Marcos Newton Leone Porto
Narração: Marcos Abreu
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Imaginemos o contexto dos anos 30 no interior do país. As velhas oligarquias consolidadas controlavam toda a vida política, econômica, social e cultural das cidades interioranas. Em suas regiões de influência estabeleciam o estamento das pessoas e das famílias conforme a função que exerciam, e até os seus comportamentos. Assim era o contexto daquela época na cidade de Rio Verde, no sudoeste goiano, em que vivia a jovem Lígia de Bastos Oliveira, nos idos da década de 1920. Filha de um promotor público, figura considerada de grande relevância para a época nos meios sociais e, por este motivo, tido como exemplo de cidadão bem afinado com os costumes impostos ao lugar pelas oligarquias locais.
FONTE: O Transporte Aéreo nos projetos de Integração Nacional no Centro-Oeste e Norte do Brasil - 1930-1960
Newton Marcos Leone Porto - 2004Acesse o Podcast do Hangar Café também em nosso Canal no Yoytube
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A aeronáutica surgiu como ciência por meio do resultado de estudos desenvolvidos por vários filósofos, pensadores e pesquisadores ao longo dos séculos. Um destes notáveis foi o inglês George Cayley que, com a autoridade que lhe conferiam longos anos de estudos do voo das aves e do comportamento dos planos na atmosfera, declarou, em 1808, que a força humana não bastava para voar.
Trinta anos depois, o Eng. Inglês, William Samuel Henson, foi o primeiro a projetar a utilização de força mecânica para uma máquina voadora. Nascido em 1812, em Nottingham, Inglaterra, Henson começou a se interessar, em 1938, pelos conceitos aeronáuticos desenvolvidos por George Cayley. Em 1840 ele inicia suas experiências e utiliza em seus planos a máquina a vapor, a extraordinária invenção de seu compatriota James Watt que, em princípios do Século XIX, deu início à marcha triunfal da era moderna.
A Carruagem Aérea a vapor de Henson, a qual segundo os atuais conceitos contemporâneos, possuía aspectos de modernidade de um avião, bem a frente de seu tempo, foi projetada para ser um monoplano de asa alta com quarenta metros de envergadura, por dez de largura, revestida de seda densamente costurada. O perfil da asa seria formado por estruturas de madeira que apresentavam um ligeiro abaulamento. Para o estiramento seriam empregados arames de aço. Numa gondola em forma de barca, abaixo da superfície das asas, seriam acomodadas a tripulação e uma máquina a vapor de 20 HP, que acionaria dois conjuntos de hélices de seis pás.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
D’ALTO, Nick. William Henson e John Stringfellow: estrategistas pioneiros em aviação. Vienna (VA): Aviation History Magazine, jan 2004. Encontrado em https://www.historynet.com/william-henson-and-john-stringfellow-pioneer-aviation-strategists.htm, acessado em 03/01/2020.
GRACE’S GUIDE TO BRITISH INDUSTRIAL HISTORY. William Samuel Henson. London (UK): Grace’s Guide to British Industrial History. Encontrado em https://www.gracesguide.co.uk/William_Samuel_Henson, acessado em 03/01/2020.
KARSON, Paul. A Conquista dos Ares. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1963.
PIONEER AVIATION GROUP. Flying Machines, William Samuel Henson. London (UK): Pioneer Aviation Group. Encontrado em http://www.flyingmachines.org/, acessado em 03/01/2020.
STREHL, Rolf. O Céu não tem fronteiras. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1962.
ROYAL AERONAUTICAL SOCIETY. William Samuel Henson. London (UK): National Royal Aerospace. Encontrado em https://aerosocietyheritage.com/biographies/william-samuel-henson, acessado em 03/01/2020.
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A conquista do ar não foi primazia de um único indivíduo, mas sim de uma cooperação universal secular que foi capaz de construir a gigantesca indústria do transporte aéreo dos dias atuais. Neste contexto, o jovem engenheiro francês Alphonse Pénaud, realizou valiosas contribuições para a evolução da ciência aeronáutica. Nascido em 1850, filho de Almirante, em plena época de acentuado desenvolvimento tecnológico, logo se interessou por uma das áreas profissionais que mais fazia uso da tecnologia: a carreira militar. Chegou a ingressar no curso de engenharia da Academia Naval da França, porém, uma grave doença o tornou dependente de muletas, impedindo-o de prosseguir na carreira das armas. Amargurado, renunciou à navegação marítima e voltou sua atenção para outro domínio, o da navegação aérea, dedicando-se ao estudo do voo dos pássaros e do mais pesado que o ar.
Referências:
Alphonse Pénaud. aviation-history.com (2009).
Alphonse Pénaud. flyingmachines.org (2019).
HANNAN, Bill. Biography of Charles Alphonse Pénaud. Muncie (USA): Academy Model Aeronautics, 1990 (modelaircraft.org).
Enciclopedia de Aviación y Astronáutica – Ediciones Garriga, S. A. – 1972
ASAS – Uma história da aviação – Das Pipas à Era Espacial – Tom D. Crouch – Editora Record – 2008
A Conquista dos Ares – Paul Karlson
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“Não basta perguntar se o homem pode voar à maneira dos pássaros. A possibilidade tem a seu favor a minoria das opiniões. As minhas experiências devem servir de prova dos diversos meios que os homens inventaram para voar; destinam-se a provocar observações sobre a resistência do ar, a energia humana e a dos pássaros e a aplicação dessas forças; induzirão a admirar a habilidade dos seres cuja roupagem, figura e voz admiramos tantas vezes.” O homem que escreveu estas palavras, foi Jakob Degen, nascido em Liedertswil, uma Comuna da Suíça no Cantão de Basiléia em 1761. Mudou-se para Viena e aos 31 anos obteve a cidadania austríaca. Um ano depois se tornou mestre relojoeiro, uma das profissões mais conceituadas na Suíça do início do Século XIX. Estudou mecânica, matemática e física experimental na Universidade de Viena.
Ouça o Podcast para descobrir mais desse interessante personagem da história da aviação!
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Em outubro de 1913, Sikorsky construiu o Ilya Muromets ainda maior. Colocou novos motores, sendo dois de 140 cv e dois de 125 cv. A envergadura foi para 37 metros, e a fuselagem 27 m de comprimento. Com carga total, pesava mais de 5.400 kg. O avião podia transportar 16 pessoas, incluindo a tripulação, e pelos padrões espartanos da época, oferecia conforto notável. Tinha uma cabine de passageiros aquecida com luzes elétricas acionadas por um gerador movido pela força do vento, um quarto e o primeiro banheiro a bordo de uma aeronave. Havia ainda um pequeno mirante na frente, permitindo aos passageiros vistas aéreas espetaculares e (para os corajosos) uma plataforma de observação na fuselagem traseira. Escotilhas laterais permitiam checar os motores durante o voo. No inverno de 1913, o protótipo Ilya Muromets foi concluído. As primeiras corridas de teste foram realizadas em 10 de dezembro de 1913. O primeiro voo em 26 de janeiro de 1914.
Acesse o Podcast do Hangar Café e conheça esse incrível relato da história da aviação.
REFERÊNCIAS
MILASHVILI, Oleg. Oleg. http://www.novacon.com.br/muromets.htm
TURICHEVA, Ekaterina. Voz da Rússia. http://armamentoedefesa.blogspot.com/2013/07/forca-aerea-russa-um-seculo-de-tradicao.html
http://daroz1.rssing.com/chan-9633182/all_p22.html
https://br.rbth.com/ciencia/2013/12/26/uma_voo_de_cem_anos_pela_russia_23531
http://ninja-brasil.blogspot.com/2010/04/igor-sikorsky.html
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Desde a mitologia o homem vem buscando alçar os céus. Mas foi na revolução industrial e, em especial quando o inglês Michael Faraday inventou o primeiro motor elétrico, em 1831, que a aplicação da eletricidade para o desenvolvimento do mundo contemporâneo andou a passos largos e em todas as direções.
Aqueles que sonhavam tornar o voo possível ao ser humano começaram então a imaginar como utilizar os avanços tecnológicos em máquinas que pudessem alçar voos, transportando pessoas à distância e de jeito rápido. Muitos se envolveram nesses estudos e até um nome se inventou para este novo campo do conhecimento: aerodinâmica... a dinâmica do que é aéreo. É aqui que entra na história o engenheiro e inventor francês Clément Ader, nascido em Toulouse em 1841. Há quem diga que foi o inventor do primeiro aparelho “mais pesado do que o ar”, que se tenha erguido do chão.
Acesse o Podcast do Hangar Café e conheça mais deste grande nome na história da aviação mundial, Clément Ader.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANGELUCCI, Enzo. Todos os aviões do mundo. São Paulo: Melhoramentos, 1982.
CROUCH, Tom D. ASAS - Uma história da Aviação: Das Pipas à Era Espacial. Rio de Janeiro: Record, 2008.
DARGAUD. Chronique de L’Aviation. France: Nouvelle, 2003.
KARLSON, Paul. A Conquista dos Ares. Porto Alegre: Globo, 1963.
SANTOS, Suâmi Abdalla. Os Filhos de Ícaro: disputas mundiais pela primazia do avião, início do Século XX. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências.
Instituto de Física. Orientador: Prof. Dr. Amílcar Baiardi. Salvador: UFBA, 2011.
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Thereza di Marzo, nasceu na cidade de São Paulo, em 1903. Aos 17 anos, ao avistar um avião sobrevoando o local onde morava, ficou encantada e decidiu que queria ser piloto de avião. Porém, ao contar para a família sua intenção, a reprovação foi geral. Seu pai, um italiano nascido em Napoli, não admitia a ideia, achando que a filha devia pensar em casamento e não em pilotar aviões.
Thereza não se intimidou e decidiu realizar seu sonho. Para custear suas aulas de voo fez uma rifa de uma vitrola e com o valor arrecadado, se dirigiu ao Aeródromo Brasil para se matricular na escola de pilotagem dos irmãos João e Enrico Robba, pagando a quantia de 600 mil réis por 10 horas de instrução de voo. Começou a aprender a pilotar em Março de 1921. Seu instrutor de voo foi o piloto e engenheiro mecânico alemão Fritz Roesler. Fez seu voo solo em 17 de março de 1922.
Acesse o Podcast do Hangar Café e conheça um breve resumo da história pioneira da aviadora Thereza Di Marzo.
Ouça o Podcast para saber a interessante história desta pioneira da aviação brasileira - Ada Leda Rogato.
Fontes referenciais:
BRIZA, Lucita. Ada Rogato – Um Pássaro Solitário. Rio de Janeiro: Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica. INCAER, 2018.
BITTENCOURT, Adalzira. A Mulher Paulista na História. Rio de Janeiro: Ed. Livros de Portugal, 1954.
DUMONT, Cosme degenar. Asas do Brasil: Uma História que Voa pelo Mundo. São Paulo: Ed. De Cultura, 2004.
PINHEIRO, Carlos dos Santos. Aviadoras Pioneiras. Rio de Janeiro: Ed. própria, 2003.
https://journalofwonder.embraer.com/br
https://hinouye.wordpress.com/2013/08/07/thereza-de-marzo-a-pioneira-da-aviacao-brasileira
https://www.panrotas.com.br/aviacao/eventos/2019/09/klm-homenageia-mulheres-da-aviacao
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A 3ª mulher pioneira da aviação brasileira é Ada Leda Rogato. Embora ela tenha se tornado aviadora bem depois de Thereza Di Marzo e de Anésia Pinheiro Machado, ela tem seu lugar garantido na História da Aviação por ter sido, além de aviadora, a primeira mulher paraquedista do Brasil.
Ada Rogato nasceu em 1910, filha de pais naturais de San Marco Argentano, na Calábria. Desde cedo ela teve de ajudar sua mãe nas atividades domésticas e outros afazeres, necessários ao sustento da família. Foi funcionária pública, e com muita dificuldade, juntou dinheiro suficiente para as aulas de instrução de voo. Em 1935, Ada se tornou a primeira sul-americana a obter o brevê “C” de piloto de planador, reconhecido internacionalmente. O mesmo entusiasmo a levou a realizar, em março de 1936, ao fim de apenas 2 horas e 20 minutos de treinamento, seu primeiro voo solo em avião. Cumprido até maio o período de instrução, Ada, a bordo de um Tiger-Moth de 90 HP, se tornou a primeira mulher brevetada em avião pelo Aeroclube de São Paulo.
Ouça o Podcast para saber a interessante história desta pioneira da aviação brasileira - Ada Leda Rogato.
Fontes referenciais:
BRIZA, Lucita. Ada Rogato – Um Pássaro Solitário. Rio de Janeiro: Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica. INCAER, 2018.
BITTENCOURT, Adalzira. A Mulher Paulista na História. Rio de Janeiro: Ed. Livros de Portugal, 1954.
DUMONT, Cosme degenar. Asas do Brasil: Uma História que Voa pelo Mundo. São Paulo: Ed. De Cultura, 2004.
PINHEIRO, Carlos dos Santos. Aviadoras Pioneiras. Rio de Janeiro: Ed. própria, 2003.
https://journalofwonder.embraer.com/br
https://hinouye.wordpress.com/2013/08/07/thereza-de-marzo-a-pioneira-da-aviacao-brasileira
https://www.panrotas.com.br/aviacao/eventos/2019/09/klm-homenageia-mulheres-da-aviacao
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Anésia Pinheiro Machado, nasceu em 1904, em Itapetininga (SP). Enquanto cursava a faculdade de farmácia, Anésia trabalhava no jornal de sua cidade, o Diário de Itapetininga. Foi durante o “Festeiro do Divino” que ela viu pela primeira vez um avião sobrevoar a sua terra natal e, desde então, apaixonou-se pelo voo. Por indicação de um piloto da cidade ela foi para São Paulo e começou voar aos 17 anos de idade, tal qual Thereza, e na mesma escola de pilotagem. Sua Licença de Voo da FAI foi a de nº 77. A diferença de data das licenças de voo de Thereza de Marzo e de Anésia é de apenas um dia e, por isto, ela passou a ser a segunda mulher aviadora no Brasil. REFERÊNCIAS: BITTENCOURT, Adalzira. A Mulher Paulista na História. Rio de Janeiro: Ed. Livros de Portugal, 1954. DUMONT, Cosme degenar. Asas do Brasil: Uma História que Voa pelo Mundo. São Paulo: Ed. De Cultura, 2004. PINHEIRO, Carlos dos Santos. Aviadoras Pioneiras. Rio de Janeiro: Ed. própria, 2003.
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