Episodios
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Já os pais e antes deles os avós contavam lendas sobre “as 3 irmãs”, 3 pedras na beira do caminho em plena Serra de Santa Bárbara, onde homens e mulheres paravam para descansar.
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Tão bem descritos n’O Malhadinhas de Aquilino Ribeiro, os lobos também cruzam as memórias de infância do autor: os uivos ao longe, na serra, pastores e rebanhos alerta.
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¿Faltan episodios?
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Tão típicos, semeados na paisagem, os pombais de planta circular, telhado inclinado, caiados por fora, esperando as revoadas dos pombos ao pôr-do-sol.
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Estão há séculos por todo o lado na Beira mas ninguém os viu construir: os muros de pedra miúda, ou pedra seca, ou pedra solta. Saberes ancestrais, mestres anónimos, alguns de pedras decoradas.
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É considerada a obra-prima do pintor viseense José de Almeida e Silva, aluno de Soares dos Reis: “As Hortaliceiras”, que se pode admirar no Museu Nacional Grão Vasco.
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As origens desta sobremesa tão portuguesa, desde a receita nos livros de cozinha de 1500 até às casas de fidalgos e conventos em setecentos, e a sua “democratização” em oitocentos
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Do milenar ofício da cestaria, ligação sustentável do homem à natureza, hoje são objetos de museu, ficou a memória dos “canastreiros”, hábeis com o vergame de castinçais ou de salgueiro
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O eixo primordial da Cidade, que ligava 2 importantes portas, e que viu passar Grão Vasco, Gaspar Vaz, Aquilino Ribeiro, o mestre Silvério sapateiro e o mestre Batalha pintor
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Antes era “merenda”, hoje dizemos “lanche”, do anglicismo “lunch”, mas era refeição a meio da tarde; a festa da Anunciação, a 25 de março, marcava a 1ª merenda
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Já mencionadas nas Memórias Paroquiais de 1758, hoje fala-se das castanhas martaínhas de Sernacelhe, que se coziam à lareira em panelas de ferro de 3 pés, pelo S. Martinho e não só
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Os cortiços da Quinta do Valbom podiam ser castanheiros esburacados ou 4 tabuões de castanho ou pinho pregados, a cresta (colheita) pelo S. João, e o mel, remédio e alimento, nos potes de barro
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Na aldeia do autor havia 2 “fornos do povo”, com marcas de dedos como siglas de pedreiro, tão usados por todos que raramente arrefeciam
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São 12 os livrinhos editados pelo Pelouro da Cultura, Património e Turismo da Câmara Municipal de Viseu, onde se destacam o Rancho, as enguias, as tabernas, as farturas, os mestres e os doces típicos
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Mais ribeiro que rio, o Pavia nasce a oriente e depois de rodar azenhas e moinhos passa em Vildemoinhos e é palco de lendas e banhos de ninfas e bruxas, proibidos pelo bispo em 1630
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Das memórias do autor, um horto inimista em Santa Cristina, com 14 oliveiras, muitas seculares, único na cidade, plantado pelo Prior da Ordem do Carmo no século XIX, P.e António José Pereira
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Aquilino Ribeiro descreve nas Terras do Demo os dias de Páscoa, incluindo as mesas dos ricos e dos pobres, com pães leves (o pão-de-ló), biscoitos, bola de carne, laranjas do Douro, cabrito e fofos
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Relembra-se uma vista do “Compasso” na Soutosa, descrita por Aquilino Ribeiro nas “Terras do Demo”: o padre, o campainheiro, o homem da cruz, a merenda e a casa e almas benzidas
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Símbolo da grande emigração para o Brasil dos inícios de novecentos, António de Figueiredo escreveu a chamar a mulher em 1914, como se lê nas cartas que se conservam no Arquivo Distrital de Viseu
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Da história trágica de um homem que ia trabalhar ao Domingo às lendas de lobisomens e bruxas, aldeia lembra jogos, romarias, campos e feiras
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Como era vivido o Domingo de Ramos na aldeia do autor, antes da emigração ter roubado os seus habitantes: um Dia de Festa, com os ramos decorados pelos miúdos e rematados pelas mães
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