Episodios
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Quase dois anos depois de registrar o primeiro caso de Covid-19, o Brasil soma mais de 625 mil mortes pela doença. Mas profissionais de saúde avaliam que esse número dramático seria ainda maior não fosse um dos maiores serviços públicos de saúde do mundo: o SUS. Mesmo com dificuldades de financiamento e gestão e sendo alvo de críticas constantes, o Sistema Único de Saúde foi determinante para que milhões de brasileiros e estrangeiros recebessem suporte médico em um dos momentos mais difíceis da história. Não foram poucos os exemplos de heroísmo de profissionais da saúde, que colocaram em risco suas vidas para salvar a de outros. Neste episódio do Entre Vozes, o último da segunda temporada, Luciana Barreto apresenta um balanço dos desafios do SUS no combate à pandemia. O médico Carlos Eduardo Fabiani, que atuou na linha de frente em um hospital na zona norte de São Paulo, e o infectologista Jamal Suleiman, do Hospital Emílio Ribas, ajudam a descrever a importância do modelo de saúde pública brasileiro e as fragilidades que precisam ser enfrentadas para que o sistema seja aperfeiçoado. Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts.
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O cenário ambiental no Brasil se tornou novamente motivo de preocupação mundial nos últimos anos, com os recentes índices negativos registrados pelo país e um aumento da percepção global sobre a importância do enfrentamento às mudanças climáticas. O Pantanal registrou em 2020 os maiores incêndios florestais na região em quase duas décadas. Entre agosto de 2019 e julho de 2020, a Amazônia alcançou a taxa de desmatamento mais alta dos últimos 12 anos. A pior seca em 91 anos no Brasil resultou na crise hídrica que o país enfrentou no ano passado. Todos esses problemas refletem as idas e vindas das políticas ambientais no Brasil ao longo das últimas décadas e apontam os caminhos para o país reverter os prejuízos recentes e buscar uma retomada dos esforços de preservação. Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto apresenta um balanço da trajetória brasileira na área ambiental e do impacto de mudanças na legislação, na fiscalização do desmatamento e na destinação de recursos para o desafio do país de encontrar um caminho viável de desenvolvimento sustentável. Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts.
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¿Faltan episodios?
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A redução dos investimentos em ciência e pesquisa é um obstáculo para a atuação de profissionais altamente qualificados no país. Diante de um quadro de piora dos recursos e das condições para trabalhar no Brasil, pesquisadores de ponta têm saído em busca de oportunidades melhores no exterior. O fenômeno conhecido como "fuga de cérebros" não é exatamente inédito no Brasil ou em países em desenvolvimento, mas se agravou nos últimos anos. Apesar da chamada mobilidade acadêmica, que contribui para pesquisadores terem contato com diferentes linhas de estudo, ser importante para a evolução profissional dos cientistas, a saída do país sem perspectivas de retorno sinaliza uma preocupação para o futuro da ciência brasileira. Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto apresenta a história de Ruth e Victor, um casal que viajou o mundo fazendo ciência e teve o merecido reconhecimento do seu trabalho lá fora. Em seguida, a bióloga Cristina Caldas, diretora do Instituto Serrapilheira, e o físico Glaucius Oliva, coordenador de um centro de pesquisas da Fapesp, descrevem os desafios e os caminhos para que os pesquisadores que saíram do país sejam estimulados a voltar ao Brasil um dia. Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts.
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A falta de diversidade nas empresas brasileiras não é um fato novo, mas é ainda mais preocupante no mercado financeiro e no mundo corporativo, apesar das cobranças cada vez mais frequentes por políticas de inclusão. Nos Estados Unidos, a Nasdaq, que opera um dos principais índices de ações de Nova York, passou a obrigar que empresas listadas na bolsa adotem e divulguem medidas para ampliar a presença de mulheres, pessoas negras e LGBTQIA+ em seus conselhos de administração. Aqui, no Brasil, a B3, que administra a bolsa no país, tem sido cobrada a impor políticas semelhantes às empresas brasileiras. Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto apresenta um balanço dos desafios e dos sinais de mudança na busca por uma maior inclusão no setor corporativo. Com a participação do Frei David, fundador da ONG Educafro, do gestor de investimentos Fabio Alperowitch e da diretora de pessoas, marketing, comunicação e sustentabilidade da B3, Ana Buchaim, o episódio aborda as medidas que podem contribuir para um cenário menos desigual nas empresas do Brasil. Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts.
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O trabalho por demanda não é exatamente uma novidade como modelo de ocupação. Nele, não existe a figura do patrão, e o que define a remuneração do trabalhador é o quanto ele trabalha. Mas a tecnologia incorporou novos elementos a essa dinâmica, e os aplicativos repaginaram o modelo de trabalho flexível. A transformação de empregados em trabalhadores sob demanda tem causado um nó nas leis trabalhistas e, em muitos casos, ficou difícil definir quem é ou não trabalhador, ou quando, de fato, um trabalho autônomo é sinônimo de empreendedorismo e quando é sinal de precarização dos empregos. Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto apresenta um panorama das mudanças no mercado de trabalho. O motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, o Galo, descreve a rotina dos entregadores de aplicativo que trocaram os sonhos de realização profissional pela urgência de pagar as contas no fim do mês. E a socióloga Ludmila Costhek Abílio, pesquisadora da Unicamp, aponta os desafios que os governos precisam encarar para lidar com as transformações nas relações de trabalho. Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts.
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Estatísticas apontam que o primeiro contato dos meninos com a pornografia acontece por volta dos 10 anos de idade. Nessa faixa etária, boa parte deles não teve nenhuma orientação sobre educação sexual. A pornografia, então, acaba sendo uma espécie de escola, que sugere aos meninos noções de machismo e estereótipos sobre o que esperar e fazer ou não no sexo. Parte deles também acaba desenvolvendo uma compulsão por pornografia, com impactos na saúde física e emocional deles mesmos e das pessoas com quem eles se relacionam. Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto conversa com Gregory Azevedo, que descreve o impacto de filmes e vídeos adultos em seus relacionamentos e como conseguiu repensar o papel da pornografia em sua vida. Quem também participa do episódio é Claudio Serva, fundador de uma iniciativa chamada Prazerele. Segundo Serva, o projeto tem "uma missão muito bem definida": criar espaços de conversa e acolhimento para a desconstrução do machismo. Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts
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Os monumentos representam a memória da nossa sociedade. Através deles, conhecemos as histórias que foram deixadas por quem teve o poder de construir uma narrativa e consolidá-la ao longo do tempo. Mas, muitas vezes, esses tributos apresentam apenas uma versão da história, isso porque as pessoas, culturas e lugares possuem diferentes interpretações, a depender do ponto de vista de quem descreve os acontecimentos. Neste episódio, Luciana Barreto revela detalhes de como nasceu "o mito dos Bandeirantes" e como os livros e monumentos históricos buscaram perpetuar a versão de que eles eram heróis desbravadores – algo que, hoje, é motivo de contestação. Para isso, convidamos a historiadora e feminista negra Angélica Ferrarez de Almeida, que há anos realiza pesquisas sobre temas como raça, memória e patrimônio. Ela nos ajuda a entender a importância de também se debater quais monumentos o Brasil deixou de erguer ao longo da história, e como isso contribui para a invisibilização de personagens importantes do país. Além dela, o episódio conta também com a participação de Cássia Caneco, educadora que coordenou um levantamento realizado em São Paulo, que tinha como objetivo verificar quantos monumentos existiam na cidade e a quem eles eram dedicados. Segundo ela, o resultado não surpreende: "Dos 367 monumentos que São Paulo tinha até setembro de 2020, só cinco homenageavam pessoas negras". Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts.
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Mesmo se não tivesse registrado a paisagem em sua tese e mais tarde em um livro, Kauê Lopes dos Santos ainda se lembraria com detalhes da primeira vez que visitou o maior depósito de lixo eletrônico do mundo em Agbogbloshie, Gana. O lixo empilhado em montes de mais de dois metros de altura. Os homens e até meninos queimando componentes eletrônicos às margens do Rio Odawa, expostos a uma fumaça escura e tóxica. "O cenário é devastador", relata, "eu me lembro que a primeira vez que eu fui, voltei para o hotel e meio que perdi a esperança na humanidade". Mergulhando na pesquisa de Kauê, doutor em geografia humana pela Universidade de São Paulo, este episódio do Entre Vozes explora como nasce e onde vai parar o lixo eletrônico produzido em todo o mundo. Por que, mesmo com legislações e tratados internacionais que impedem essa prática, os países desenvolvidos seguem enviando seus celulares, computadores e televisões sem serventia aos países do sul global? A dinâmica de formação dos depósitos de lixo eletrônico desperta preocupações sociais, e não só ambientais, e impõe uma reflexão sobre o papel do consumo desenfreado e dos modelos econômicos nas soluções para o problema. Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts.
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Em 2020, 175 pessoas transexuais foram mortas no Brasil. Isso garantiu aos brasileiros a liderança, pelo 13º ano consecutivo, em um ranking nefasto: o de países onde essa parcela da população é mais assassinada. Os números deveriam assombrar, mas muitas vezes não causam alguma comoção. É por isso que esse episódio do Entre Vozes vai além dos números e fala das histórias por trás das estatísticas da transfobia. Ao longo do episódio, a professora universitária Megg Rayara conta como sua trajetória foi marcada por indicadores comuns para pessoas trans, como a evasão escolar – que ela prefere chamar de exclusão – e a rejeição da família. Megg também fala sobre como escapou de outros desses marcadores, já que retornou à escola e hoje faz parte dos 0,02% das pessoas transexuais que acessam o ensino superior. Acima de tudo, Megg, Alice Felis, Robeyonce Lima e Bruna Benevides, vozes que aparecem neste episódio, estão vivas, contrariando as estatísticas em um país que permite a morte de tantas pessoas trans. Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts.
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Barrado na saída do supermercado, revistado em uma agência bancária, perseguido simplesmente por correr na rua. Essa é a história de muitos homens e mulheres no Brasil que atraem olhares desconfiados cotidianamente, por onde passam. São pessoas vistas como suspeitas não por suas atitudes, mas por serem quem são – ou antes, por terem a cor que têm. "A categoria inocente no Brasil é uma categoria pensada em termos raciais, ela é sempre uma categoria racializada", afirma Dina Alves, advogada e pesquisadora em ciências sociais. O primeiro episódio da segunda temporada do Entre Vozes apresenta histórias de quem teve a vida profundamente afetada por ser apontado como suspeito. Um deles é o influenciador e rapper Jota Jr., que se viu cercado por policiais no meio de uma corrida por aplicativo quando o motorista desconfiou tratar-se de um assalto. Para o músico Luiz Justino, de 24 anos, essa "confusão" muito bem arquitetada acabou em uma prisão injusta, de onde só foi liberado quando a orquestra da qual participava foi até a entrada da penitenciária protestar por sua liberdade. "Ali, realmente viram que eu era músico. Eu era preto, favelado, mas eu era músico. Não era um ladrão, não estava ali para roubar ninguém, a não ser o coração das pessoas." Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts.
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Entre Vozes Temp. 01 - Ep. #12: “Eu até me emociono quando me fazem essa pergunta, porque dói muito ver a pessoa em situação de rua, pra mim dói muito”. Poucas pessoas que não experimentaram a situação de dormir sem um teto sobre a cabeça poderiam dar uma resposta como essa. Wellington Antônio Vanderlei, músico, sabe bem o que é isso, e entre suas idas e vindas da rua desde a adolescência, é certeiro quando responde qual o sentimento relegado a população que vive em situação de rua. “Ah, o sentimento é que você é invisível mesmo, né?”. Invisível aos olhos da sociedade, e muitas vezes também do poder público. “Agora na pandemia eles são visíveis à medida que quando fecha a cidade, menos pessoas circulam pelas ruas, os únicos que circulam nas ruas são eles. Quando incomodam, são visíveis, quando não incomodam a ordem estabelecida, são invisíveis”, opina o padre Júlio Lancellotti, voz de autoridade sobre o assunto. Há décadas, o pároco trabalha junto à população de rua por meio da Pastoral do Povo da Rua, e neste episódio do Entre Vozes, denuncia como a pandemia agravou as dificuldades que já eram imensas para quem não tem uma casa. Além de Júlio Lancellotti e de Wellington Vanderlei, Luciana Barreto também escuta no último episódio dessa temporada André Soler, criador da ONG SP Invisível. Ao longo do episódio, Luciana fala sobre o vazio de dados e de políticas públicas que atinge essa população estimada em mais de 222 mil pessoas.
Com apresentação de Luciana Barreto, este podcast foi produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Pauta e Apresentação: Luciana Barreto
Pesquisa e Roteiro: Taís Ilhéu
Produção: Danilo Santana
Sonoras e Personagens: Taís Ilhéu e Danilo Santana
Operador de gravação: Nathan Klejman
Edição e Sonorização: Murilo Lourenço
Coordenação geral: Paula Weinberg
Coordenação de produto: Veronica Schneider
Coordenação editorial: Diego Toledo
Direção de jornalismo digital: Daniel Tozzi Você também pode ouvir o Entre Vozes no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts -
Entre Vozes Temp. 01 - Ep. #11: "Nós podemos usar qualquer tecnologia, nós podemos assumir qualquer cargo, em qualquer posição e nem por isso vamos deixar de sermos nós. Nós somos cientes dos nossos direitos, por isso manifestamos publicamente que é obrigação do Estado defender os direitos constitucionais dos povos indígenas." Quando a deputada Joênia Wapichana (REDE-RR) fala em direitos constitucionais, não está falando apenas de terras demarcadas, direito à saúde e educação. Também está falando de inclusão digital dos povos indígenas. A Constituição de 1988 estipula que é dever do Estado garantir a esses povos a inclusão a meios culturais usados por todos. Mas esse processo de inclusão digital, como a fala de Joênia evidência, é marcado por estereótipos, racismo e muitos empecilhos. Assim comenta Daiara Tukano, mestre em direitos humanos pela Universidade de Brasília e pesquisadora do direito à memória e verdade dos povos indígenas. Daiara, que também é artista e comunicadora independente, é uma das entrevistadas do novo episódio do Entre Vozes. Ao lado dela e de outras vozes, Luciana Barreto resgata o histórico de inclusão digital dos povos indígenas no Brasil. O processo vem permitindo uma presença digital cada vez maior de pessoas indígenas na internet, que articulam-se em movimentos que vão desde a difusão de elementos culturais de seus povos até a resistência contra retrocessos ambientais. Também participam do episódio Rodrigo Baggio, fundador da ONG Recode.
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Vozes de todos os cantos e de todos os tons, que carregam todo tipo marca, vivência, conquista e conhecimento. A cada episódio, a jornalista Luciana Barreto convida os ouvintes a furarem suas bolhas. Neste espaço, ela escuta histórias e entrevista especialistas para tratar de temas urgentes, mas que muitas vezes acabam negligenciados no debate público. Questões de classe, gênero, raça e tantas outras reunidas no Entre Vozes, um podcast da CNN Brasil.
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Entre Vozes Temp. 01 - Ep. #10: Os números não mentem: há, sim, muita mulher fazendo pesquisa científica no Brasil. De acordo com o CNPq, elas formam a maioria dos bolsistas de Iniciação Científica, Mestrado e Pós-Doutorado. Esses dados não mentem, mas podem enganar. Isso porque eles não revelam os múltiplos obstáculos que as mulheres enfrentam para se inserir na academia, e não revelam também que elas formam a base da pirâmide da ciência no país. A esses obstáculos, a analista do CNPq Betina Stefanello dá o nome de “labirinto de cristal”. Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto se junta a algumas cientistas e convida os ouvintes a conhecerem os meandros deste labirinto de cristal. Elas falam sobre as violências mais explícitas vivenciadas por pesquisadoras, como o machismo e assédio cotidiano, mas também abordam como a lógica da ciência no país, calcada na meritocracia e produtividade, acaba privilegiando indiretamente os homens. Participam da conversa Sonia Guimarães, Professora do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e primeira brasileira negra a se tornar doutora em física, e Natalia Machado Tavares, pesquisadora em Saúde Pública na Fiocruz-BA. O episódio também conta com o relato de Carolina Brito, professora no curso de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e uma das coordenadoras do projeto de extensão Meninas na Ciência, que realiza oficinas e debates em escolas públicas para despertar o interesse de meninas pela carreira científica.
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Entre Vozes Temp. 01 - Ep. #09: “Quando eu vejo essas filas das pessoas pedindo, quando eu vejo uma criança gritando de fome pela manhã, eu logo lembro da minha infância e da vida da Carolina”. A infância de Vera Eunice de Jesus Lima, hoje com 67 anos, e a vida de sua mãe Carolina Maria de Jesus, estão eternizadas nas páginas do livro Quarto de Despejo, um dos retratos mais vivos e dolorosos sobre a fome no Brasil. Para Vera, hoje essa fome é só lembrança e manias das quais ela não consegue se livrar, mas para outros milhares de brasileiros se torna cada dia mais realidade. No novo episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto convida os ouvintes a fazerem um percurso pela história da fome no Brasil, passando pelos versos de Solano Trindade, pelas páginas de Quarto de Despejo e pelo fim e retomada de uma das maiores campanhas contra a fome no país. A economista e professora da Universidade de São Paulo, Tereza Campello, que esteve à frente da pasta de Desenvolvimento Social e Combate à Fome entre 2011 e 2016, ajuda a explicar como funcionavam as políticas públicas que nos ajudaram a sair do Mapa da Fome e como elas foram desmontadas nos últimos anos. Também participa do episódio a advogada Valéria Burity, atual secretária-geral da FIAN Brasil, Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas.
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Entre Vozes Temp. 01 - Ep. #08: Experiência na área, formação acadêmica, boas indicações, e tudo mais que caiba em uma ou duas páginas do currículo. Na teoria, sabemos bem o que torna alguém apto para uma vaga de emprego. Mas será que, na prática, são esses fatores que definem quem sai de uma entrevista empregado? A resposta de algumas pesquisadoras como Linda Parsons, pioneira no estudo dos chamados vieses inconscientes, seria um enfático não. Esses vieses, que nada mais são do que a expressão de preconceitos estruturais da sociedade, são um dos maiores impeditivos quando o assunto é diversidade nas empresas. Não é à toa que embora representem 55,9% da população brasileira, apenas 29,5% das pessoas negras ocupam cargos de liderança no país, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto explica como esses vieses se manifestam na prática e traça um panorama da presença de mulheres, pessoas negras, PCDs e outras minorias sociais em empresas brasileiras. Ao longo do episódio, o ouvinte também vai entender por que a diversidade é tão diferente da inclusão e quais são os desafios na hora de tornar o mercado de trabalho mais inclusivo. Participam do episódio Deives Rezende Filho, fundador da Condurú Consultoria, especializado na inclusão de pessoas negras no mercado de trabalho, e Raphael Vicente, doutorando em Ciências Sociais pela PUC-SP. Contamos também com o relato do designer Renan Klein que nos conta sobre sua experiência como um homem gay no ambiente de trabalho.
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Entre Vozes Temp. 01 - Ep. #07: “Informação, cuidado emocional, um pré-natal mais completo do começo ao final da gestação, desde o parto até a amamentação”. Essa foi a segunda gestação de Luciene Salvador, 29 anos, mãe de dois filhos. É a descrição do que deveria ser a gestação de tantas outras pessoas gestantes no país, mas os números apontam para um outro lado. Isa Salles também nos conta sobre sua experiência ao procurar um acompanhamento além do obstétrico. Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto se debruça não apenas sobre a violência obstétrica recorde no país, mas sobre a rede que vem sendo construída para combatê-la, e que tem como uma das figuras centrais a doula. Ao longo do episódio, é possível escutar os relatos de duas mulheres que vivenciaram algumas experiências muito distintas de gestação e parto, e Luciana entrevista ainda duas especialistas no assunto para explicar em detalhes como opera essa rede de apoio chamada doulagem. Morgana Eneile é doula, educadora, ativista e presidenta da Associação de Doulas do Rio de Janeiro, se junta a ela a doula e placenteira Gabriela Dantas. No episódio, ela fala sobre as discussões sobre parto humanizado no SUS e sobre a relação entre racismo, vulnerabilidades socioeconômicas e violência obstétrica.
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Entre Vozes Temp. 01 - Ep. #06: Pardo, moreno, mulato, castanho, café com leite… essas foram algumas das respostas que os entrevistadores do IBGE ouviram no ano de 1976, quando deixaram que os brasileiros consultados respondessem qual era sua cor. Foram 136 variações para o que hoje o instituto chama simplesmente de pardo em suas pesquisas. Essa viagem pelo histórico do Censo ajuda a dimensionar o quanto é difícil discutir cor e identidade racial em um dos países mais miscigenados do mundo. Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto entra nesse terreno espinhoso e se dispõe a explicar a complexidade e contradições do debate racial no Brasil. Ao lado da socióloga e mestre pela Universidade de São Paulo Thaís Silva, Luciana explica como a questão socioeconômica atravessa o debate sobre colorismo por aqui, e discute o papel das cotas e da autodeclaração. Também participa do episódio o youtuber Spartakus Santiago, que avalia os riscos de segregação entre pessoas pretas e pardas.
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Entre Vozes Temp. 01 - Ep. #05: A performance de uma masculinidade tóxica torna os homens não apenas carrascos, mas também vítimas de si próprios. Não é à toa que quando o assunto é mortalidade, são eles quem encabeçam algumas das estatísticas mais desoladoras, ocupando o pódio de assassinos, assassinados e até de quem mais comete suicídios. Se a masculinidade é performance, quais as barreiras em criar uma melhor e que mantenha a todos saudáveis? É isso que Luciana Barreto tenta responder no novo episódio do Entre Vozes. Ao lado do jornalista e fotógrafo Ismael dos Anjos e do sociólogo Túlio Custódio, Luciana debate as origens e consequências da masculinidade tóxica. Ismael, responsável pelo projeto que deu origem ao documentário O Silêncio dos Homens, também fala sobre a dificuldade de encontrar homens dispostos a debater o assunto. Eles também apontam caminhos para a superação, e falam de projetos que resgatam e reeducam homens e meninos.
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Entre Vozes Temp. 01 - Ep. #04: Quando questionada sobre o ambiente que a internet oferece às mulheres, a criadora de conteúdo Liz é taxativa: “Independente do assunto, do nicho, do formato ou da rede social, a internet é um ambiente hostil para mulheres”. Liz relata em palavras o que a organização Safernet corrobora com os números, já que 67% das vítimas de discurso de ódio na internet são mulheres. Além de gênero, os odiados das redes também têm cor bem definida, já que cerca de 59,7% deles são negros. Outras minorias como pessoas LGBTQ+ e indígenas também figuram nas estatísticas. Afinal de contas, os odiados das redes sociais podem ser os mesmos que já são odiados fora delas? É isso que Luciana Barreto responde neste episódio do Entre Vozes, ao lado da escritora e professora Lola Aronovich, uma das vozes mais potentes no combate à misoginia na internet, e Juliana Cunha, psicóloga e diretora da Safernet. Uma conversa sobre odiados, odiadores e reprodução de opressões no ambiente digital.
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