Episodit
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Arlindo Oliveira, professor do Instituto Superior Técnico, autor de várias obras sobre tecnologia e consultor científico deste podcast, faz um ponto de situação sobre os avanços atuais na Inteligência Artificial e as grandes pistas abertas neste campo de inovação e disrupção. Oiça aqui a conversa com Francisco Pinto Balsemão, originalmente publicada a 12 de abril de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
A inteligência artificial (IA) tem se desenvolvido rapidamente nos últimos anos, com inúmeras oportunidades para a sociedade, mas também grandes desafios e preocupações, especialmente quando se trata da segurança dos países. A IA pode potencialmente melhorar a eficiência das operações de segurança, ajudar na identificação de ameaças e até mesmo antecipar ataques, mas estes sistemas de IA também podem cometer erros fatais, facilitar a existência de ataques cibernéticos avançados e dar lugar a armamento autónomo, sem controlo humano. Quais são as implicações éticas e legais dos avanços da IA na segurança nacional? E como podemos equilibrar a necessidade de segurança e vigilância com a privacidade dos cidadãos? Para responder a estas e outras questões sobre tecnologia, inovação e regulamentação da IA foram convidados do podcast A Próxima Vaga o Almirante Henrique Gouveia e Melo e Pedro Domingos, professor de Ciências da Computação na Universidade de Washington, nos EUA, e autor do livro 'O Algoritmo Mestre'.
Oiça aqui o último episódio de Francisco Pinto Balsemão, originalmente publicado a 28 de março de 2024.
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Puuttuva jakso?
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
A integração da Inteligência Artificial (IA) na banca já está a acontecer e enfrenta uma série de desafios importantes, na área da regulamentação, segurança e transparência. Neste como noutros setores, é essencial estabelecer normas que garantam a ética e a responsabilidade no uso da IA, além de proteger a privacidade dos clientes e dos seus dados financeiros. A adoção generalizada da IA na banca requer a confiança dos clientes e para isso é preciso garantir que a análise de grandes volumes de dados por esta tecnologia seja imparcial e favoreça a igualdade de oportunidades. Algumas das grandes questões neste domínio são: como é que a IA pode melhorar a experiência do cliente no setor bancário? Quais são os riscos associados ao uso da IA na tomada de decisões financeiras importantes e como é que esses riscos podem ser mitigados? Que funções e processos podem ser automatizados e quais são as possíveis consequências para os funcionários bancários?
Para responder a estas e outras perguntas foram convidadas Isabel Guerreiro, Engenheira Informática e de Computadores, responsável pelos pelouros pelouros da Transformação, IT e área comercial do Banco Santander Portugal, e Madalana Talone, administradora executiva da Caixa Geral de Depósitos, com responsabilidade pelas áreas de Transformação, Inteligência Artificial, Tecnologia e Sistemas de Informação, Banca Digital e Operações.
O 10º debate do podcast 'A Próxima Vaga' foi moderado por Francisco Pinto Balsemão, originalmente publicado a 21 de março de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
À medida que a IA se torna mais omnipresente em vários setores, surgem desafios e preocupações que exigem a implementação de leis e regulamentos específicos para estruturar a sua utilização.
A legislação deve abordar questões de responsabilidade legal em casos de danos ou consequências adversas causadas por sistemas de IA, o que envolve a definição de responsabilidades para os fabricantes, programadores e utilizadores de sistemas de IA.
Mas como criar leis para uma matéria em constante mutação e evolução?
A União Europeia tem sido pioneira nesta matéria e os eurodeputados debatem esta terça-feira, 12 de março, e vão aprovar na quarta-feira o acordo que estabelece obrigações para a inteligência artificial (IA) com base no seu potencial risco e nível de impacto.
Para nos falar sobre isto mas também sobre até que ponto a inteligência artificial pode substituir o trabalho humano no setor jurídico e como podemos garantir a transparência e a responsabilidade na tomada de decisões automatizadas, foram convidadosa eurodeputada Maria Manuel Leitão Marques, licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e doutorada em Economia pela Faculdade de Economia da mesma universidade, e Luís Barreto Xavier, professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, onde leciona e investiga nas áreas de Direito Internacional Privado e do Direito Digital (desde 2019, leciona uma disciplina de Direito da Inteligência Artificial (IA) na licenciatura).
Oiça aqui o debate moderado por Francisco Pinto Balsemão. Este é o 9º de 11 episódios dedicados ao impacto da Inteligência Artificial em diversos setores da sociedade, originalmente publicado a 14 de março de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
À medida que a inteligência artificial continua a evoluir, é preciso garantir que seja desenvolvida e implementada de forma responsável, tendo em conta o a responsabilidade e o bem-estar humano. Mas como podemos equilibrar a autonomia dos sistemas de IA com o controlo humano? E como podemos garantir a transparência dos algoritmos para evitar decisões injustas? Para responder a estas e outras perguntas, foram convidados a Professora Catedrática de Ética, Maria do Céu Patrão Neves, Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, perita em ética e avaliadora de projetos pela Comissão Europeia, e ainda Afonso Seixas Nunes, padre jesuíta, professor de Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Saint Louis nos EUA e especialista em Direito Internacional e Direito da Guerra.
Oiça aqui o oitavo episódio do podcast A Próxima Vaga, moderado por Francisco Pinto Balsemão, originalmente publicado a 1 de março de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
Muitos orgãos de comunicação social já estão a usar a inteligência artificial (IA), tanto na transcrição e tradução de entrevistas como na criação de notícias simples e objetivas com o uso de dados estatísticos. A IA tem uma enorme capacidade para analisar grandes volumes de dados e, nesse sentido, pode ajudar a acelerar o processo de produção de notícias, permitindo que os jornalistas acedam a informações relevantes mais rapidamente, realizem análises de dados complexas com mais eficiência e venham até a personalizar a entrega de notícias aos leitores com base nos seus interesses e preferências. Mas nesta era dos algoritmos, são várias as questões éticas que se levantam: como podemos garantir a transparência e a responsabilidade no uso da IA no jornalismo? Como é que a IA pode ajudar na verificação de factos e na detecção de notícias falsas? E até que ponto a IA pode substituir os jornalistas humanos na produção de notícias? Para responder a estas e outras perguntas, foram convidados Isabel Trancoso, professora catedrática do Técnico, especialista em 'processamento da língua natural', e Ricardo Costa, diretor-geral de Informação da Impresa (Expresso e SIC). Oiça aqui o sétimo episódio do podcast A Próxima Vaga, com moderação de Francisco Pinto Balsemão, originalmente publicado a 29 de fevereiro de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
A inteligência artificial (IA) está a invadir o campo da criatividade, da cultura e das artes, com grande impacto neste mercado de trabalho. Encarada por uns como uma ferramenta poderosa que amplia a criatividade humana, outros têm preocupações sobre a perda de singularidade e autenticidade na arte. A IA é capaz de ser criativa? Ou a criatividade é um traço exclusivamente humano? As obras de arte geradas por IA têm o mesmo valor que as criadas por artistas humanos? O uso desta ferramenta vai ampliar a diversidade artística ou pode levar à sua redução?
Para responder a estas e muitas outras perguntas, foram convidados Leonel Moura, artista pioneiro na aplicação da Robótica e da Inteligência Artificial na arte, e Penousal Machado, docente do Departamento de Informática da Universidade de Coimbra e investigador do CISUC (Centro de Informática e sistemas da Universidade de Coimbra e LASI (Laboratório Associado de sistemas Inteligentes), especialista em Computação Evolutiva, Criatividade Computacional, Inteligência Artificial e Visualização da Informação. Episódio originalmente publicado a 22 de fevereiro de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
Com o avanço da IA, muitos trabalhadores temem a substituição dos seus empregos por tecnologia. A colaboração com máquinas muitas vezes requer que os trabalhadores aprendam novas habilidades e competências e isso pode ser desafiador para aqueles que estão acostumados a métodos de trabalho mais tradicionais. Como é que a inteligência artificial pode impactar o mercado de trabalho e as taxas de emprego na indústria? A IA pode ser usada para melhorar as condições de trabalho, aumentar a eficiência, a produtividade e potencialmente criar novos tipos de empregos na indústria? Para responder a estas perguntas, Francisco Pinto Balsemão convidou José Teixeira, empresário e administrador de diversas empresas do DST Group, e Paulo Dimas, Vice-Presidente de Inovação da Unbabel e CEO do Centro para IA Responsável, um consórcio liderado pela Unbabel formado por startups, centros de investigação e líderes de indústria com a missão de criar a próxima geração de produtos de IA baseados nos princípios e tecnologias da IA Responsável. Oiça aqui o quinto episódio do podcast A Próxima Vaga, dedicado ao impacto da IA na Indústria e na Sustentabilidade, originalmente publicado a 15 de fevereiro de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
A inteligência artificial já está a mudar a mobilidade, com o uso de algoritmos que conseguem analisar uma grande quantidade de dados, prever congestionamentos e sugerir rotas alternativas. O caminho para os veículos autónomos está aberto, com a chegada ao mercado de carros cheios de sensores, câmaras e radares, que permitem tomar decisões em tempo real, como a velocidade adequada e a mudança de faixa. No futuro vamos todos deixar de conduzir? Oiça aqui o debate com Joana Baptista, vereadora da câmara de Oeiras, e João Barros, engenheiro e empresário nesta área, moderado por Francisco Pinto Balsemão no quarto episódio do podcast A Próxima Vaga, originalmente publicado a 8 de fevereiro de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
A inteligência artificial (IA) vai ter um impacto significativo no ensino do futuro e uma das principais áreas é a personalização da aprendizagem. Os modelos de linguagem de larga escala podem analisar os dados dos alunos e adaptar o conteúdo e as estratégias de ensino de acordo com as necessidades individuais de cada estudante. A educação será cada vez mais personalizada e adequada ao ritmo e às capacidades de cada um, mas estes avanços trazem também desafios e riscos. Os assistentes virtuais vão tornar os alunos mais preguiçosos? Para Goreti Marreiros, presidente da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial (APIA), e Ana Paiva, professora catedrática de IA, é importante garantir que a implementação desta tecnologia no ensino seja feita de forma ética e responsável. A equidade no acesso e a necessidade de manter uma presença humana nos processos de educação são essenciais para garantir a interação e o desenvolvimento do espírito crítico dos alunos. Oiça aqui o terceiro debate do podcast A Próxima Vaga, moderado por Francisco Pinto Balsemão.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
A Inteligência Artificial começa a ter um impacto significativo na medicina e tudo indica que vai permitir diagnósticos cada vez mais precisos e personalização de tratamentos, graças à análise de grandes volumes de dados médicos a alta velocidade. Mas será que os modelos de linguagem de larga escala só vão ajudar a melhorar a prestação de serviços de saúde? Os médicos correm o risco de virem a ser substituídos completamente pelas máquinas? Mário Figueiredo, Professor Catedrático de Engenharia Electrotécnica e de Computadores no Instituto Superior Técnico, especialista em aprendizagem automática, optimização e processamento de sinais, e Miguel Nobre Menezes, médico cardiologista no Hospital de Santa Maria e doutorando na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa com o Projecto “Inteligência Artificial Aplicada à Coronariografia e Fisiologia Coronária”, respondem a estas e outras perguntas sobre a revolução que a IA está a operar na área da Medicina. A moderação esteve a cargo de Francisco Pinto Balsemão. Oiça aqui o debate na íntegra, originalmente publicado a 25 de janeiro de 2024.
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Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.
A Inteligência Artificial (IA) é uma tecnologia emergente e é difícil prever como irá afetar a ordem mundial a longo prazo, mas com aquilo que se sabe hoje é possível afirmar que a IA tem o potencial de alterar de forma profunda o equilíbrio de poder global e a dinâmica entre as grandes potências mundiais. No futuro, os países que liderarem o desenvolvimento da IA terão uma vantagem significativa na competição geopolítica? E até que ponto é que os modelos de linguagem de larga escala podem ser usados para fins militares ou para promover a desigualdade social? Estas e outras questões são respondidas neste episódio pelos convidados Arlindo Oliveira, professor do Instituto Superior Técnico e autor de várias obras sobre tecnologia e sociedade, e Miguel Poiares Maduro, professor de Direito e ex-ministro. A moderação esteve a cargo de Francisco Pinto Balsemão. Oiça aqui o debate na íntegra, originalmente publicado a 18 de janeiro de 2024.
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Nasceu em Lisboa a 1 de setembro de 1937 e foi no jornalismo e na comunicação que, verdadeiramente, se encontrou a nível profissional: "Ainda hoje me considero jornalista. Tenho carteira profissional, tenho muito orgulho em tê-la, e tem o número 18" diz, aos 85 anos, o fundador do Expresso e da SIC. Estreou-se nestas lides no vespertino Diário Popular, "um jornal que infelizmente já desapareceu", do qual era acionista o seu tio Francisco Pinto Balsemão. Nascido em berço de ouro, mas ciente das responsabilidades sociais que isso lhe dava, o Conselheiro de Estado Francisco José Pereira Pinto Balsemão começou na política como deputado da Ala Liberal nos últimos anos do Estado Novo e, depois do 25 de Abril de 1974, fundador do PSD, deputado na Assembleia Constituinte e na Assembleia da República. Tornou-se primeiro-ministro depois da morte trágica de Francisco Sá Carneiro: "Foi um dos momentos mais tristes, mais trágicos, mais difíceis da minha vida. Tive de o enfrentar, e acho que fiz tudo o que podia para saber enfrentá-lo". Desta fase da vida política portuguesa, orgulha-se da "revisão Constitucional de 1982 e do avanço decisivo que conseguimos nas negociações para a entrada de Portugal na Europa". O único português com assento no Clube de Bildeberg é um verdadeiro homem dos sete instrumentos - incluindo umas incursões pela bateria e pelo piano - tem horror ao desperdício, não esquece o nome de quem traiu a sua confiança, gosta de jogar golfe e de aprender, gostava de ter tempo para ler mais romances e poesia, e sente que ainda tem "muito para fazer e para dar".
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Nasceu em Lisboa a 17 de julho de 1961, filho do poeta e escritor comunista Orlando da Costa e da jornalista Maria Antónia Palla que, desde cedo, se destacou na luta pelos direitos das mulheres. António Luís dos Santos Costa, 'babush' para a família e amigos muito antigos, recorda com saudade a "experiência extraordinária" que viveu no ciclo preparatório no Conservatório Nacional: "A escola era perto de casa e os meus pais queriam que eu tivesse educação musical, mas eu preferia jogar futebol. Não aprendi nenhum instrumento, um desperdício." Adolescente de Abril, andou na rua "a ver a Revolução, o Caso República foi a primeira manifestação do PS" em que participou, pouco depois de ter acompanhado o pai a um comício de apoio ao general Vasco Gonçalves e não ter gostado do "ar quase religioso" com que os comunistas cantavam o Avante. Criado entre o Bairro Alto e São Mamede, andou de autocarro pela primeira vez quando se inscreveu na Faculdade de Direito de Lisboa. Foi aluno do atual Presidente e, Marcelo Rebelo de Sousa, deu-lhe um 17, a melhor nota que teve na licenciatura. Foi monitor na Faculdade, fez o estágio de advocacia no escritório de Jorge Sampaio e Vera Jardim - do qual era sócio o seu tio, Jorge Santos - mas cedo guinou para a política, sua verdadeira motivação, para a qual está talhado com uma vocação instintiva. Foi deputado, eurodeputado, líder parlamentar do PS - função da qual não gostou - mas adora "funções executivas". "Adorei ser presidente da Câmara, adorei ser ministro da Justiça, adorei ser ministro de Estado e da Administração Interna. Gosto muito das funções que atualmente exerço, portanto, tenho tido felicidade", confessa o primeiro-ministro. "Se os calendários eleitorais se cumprirem trabalharei com um terceiro Presidente", afirma. O futuro político será público quando o laico, intuitivo e hábil negociador António Costa achar oportuno anunciá-lo. O atual mandato é para cumprir até ao fim, garante o primeiro-ministro.
Nota: esta entrevista foi gravada a 21 de dezembro de 2022.
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Nasceu em Lisboa a 17 de julho de 1961, filho do poeta e escritor comunista Orlando da Costa e da jornalista Maria Antónia Palla que, desde cedo, se destacou na luta pelos direitos das mulheres. António Luís dos Santos Costa, 'babush' para a família e amigos muito antigos, recorda com saudade a "experiência extraordinária" que viveu no ciclo preparatório no Conservatório Nacional: "A escola era perto de casa e os meus pais queriam que eu tivesse educação musical, mas eu preferia jogar futebol. Não aprendi nenhum instrumento, um desperdício." Adolescente de Abril, andou na rua "a ver a Revolução, o Caso República foi a primeira manifestação do PS" em que participou, pouco depois de ter acompanhado o pai a um comício de apoio ao general Vasco Gonçalves e não ter gostado do "ar quase religioso" com que os comunistas cantavam o Avante. Criado entre o Bairro Alto e São Mamede, andou de autocarro pela primeira vez quando se inscreveu na Faculdade de Direito de Lisboa. Foi aluno do atual Presidente e, Marcelo Rebelo de Sousa, deu-lhe um 17, a melhor nota que teve na licenciatura. Foi monitor na Faculdade, fez o estágio de advocacia no escritório de Jorge Sampaio e Vera Jardim - do qual era sócio o seu tio, Jorge Santos - mas cedo guinou para a política, sua verdadeira motivação, para a qual está talhado com uma vocação instintiva. Foi deputado, eurodeputado, líder parlamentar do PS - função da qual não gostou - mas adora "funções executivas". "Adorei ser presidente da Câmara, adorei ser ministro da Justiça, adorei ser ministro de Estado e da Administração Interna. Gosto muito das funções que atualmente exerço, portanto, tenho tido felicidade", confessa o primeiro-ministro. "Se os calendários eleitorais se cumprirem trabalharei com um terceiro Presidente", afirma. O futuro político será público quando o laico, intuitivo e hábil negociador António Costa achar oportuno anunciá-lo. O atual mandato é para cumprir até ao fim, garante o primeiro-ministro.
Nota: esta entrevista foi gravada a 21 de dezembro de 2022.
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Nasceu em Lisboa a 30 de abril de 1949, aprendeu a ler antes de entrar para a escola, matriculou-se no Instituto Superior Técnico decidido a ser investigador em Física, mas abandonou esse sonho no final da década de 60 do século passado com o trabalho de "ação social em três bairros da Alta de Lisboa - Valeira, Calçada e Bacalhau. Foi um choque profundo constatar níveis de miséria chocantes. Essa experiência criou-me um sentido de obrigação moral, depois de ver que uma parte substancial da população do país vivia em condições horríveis. Senti que poderia ser mais útil a fazer outras coisas. Foi assim que fiz a viragem para a política". Filiou-se no Partido Socialista poucos dias depois do 25 de Abril de 1974, e foi um grande organizador de manifestações nos tempos do PREC: "Aparecíamos às 17h00 junto à estação do Rossio, tapávamos a ligação entre o Rossio e os Restauradores, o pessoal começava a acumular-se para poder ir para o Metro ou para a estação, e nós começávamos a fazer discursos com megafones, a dizer que os comunistas iam fazer isto ou aquilo, e que era preciso irmos todos a Belém". Depois disso foi deputado, secretário-geral do Partido Socialista, primeiro-ministro, presidente da Internacional Socialista, Alto-Comissário para os Refugiados e Secretário-Geral das Nações Unidas, entre outros cargos. Católico, humanista, António Guterres, diz que ser Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados lhe permitiu "estar permanentemente em contacto com o terreno, ir aos pontos onde as pessoas estão em situações terríveis, tomar decisões que se traduzem em vidas salvas, crianças nas escolas, resposta a surtos de fome". "A única parte do meu futuro que me preocupa é acabar este mandato não apenas evitando o pior, mas tentando lançar as bases para que seja possível um multilateralismo mais eficaz do que aquele que temos hoje", abrindo assim o caminho para a paz e o fim da guerra.
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Nasceu no Huambo a 26 de agosto de 1957 e foi uma presença constante em casa dos portugueses nos tempos duros da pandemia, quando (quase) todos temíamos a propagação do coronavírus. A médica Maria da Graça Gregório de Freitas gosta de ser tratada por Graça - "quando muito Dra. Graça" - não tem planos para o futuro e só gosta de "olhar para o passado colhendo o melhor" que lhe aconteceu, mas sem se demorar muito "porque o passado é passado". O curso de Medicina foi a sua terceira escolha, embora nunca tenha tentado concretizar nenhuma das duas primeiras opções em que pensou. Terminado o liceu matriculou-se na Faculdade de Medicina de Luanda, onde frequentou o primeiro ano. O curso dos acontecimentos ditou a vinda da família para Lisboa e foi nesta cidade que concluiu a licenciatura e fez a especialidade em Saúde Pública. Define-se como uma servidora pública, diz que se deu bem com o Almirante Gouveia e Melo na gestão da pandemia, porque ele coordenava a logística e ela (ou os seus serviços) decidiam o que a ciência deve decidir: "Portugal está bastante bem servido nas suas instituições públicas e privadas. Temos capacidade instalada para fazer face a crises como a que aconteceu". Apesar do balanço do passado recente ser positivo, a Dra. Graça deixa um alerta: "A grande prioridade é prepararmo-nos para as grandes mudanças que iremos enfrentar. Temos pela frente um enorme desafio demográfico com a questão do envelhecimento. É preciso perceber como se comportam as pessoas perante mudanças tão rápidas, tentar perceber o que a sociedade quer, até onde está disposta a ir para defender a saúde pública. Devíamos ter tempo para parar e pensar, para aprender lições com esta pandemia de forma a podermos estar mais preparados para a próxima".
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Nasceu na Póvoa de Varzim a 2 de outubro de 1958, quando era criança queria ser padre missionário, frequentou o Seminário dos Combonianos durante três anos, mas um dia teve um sonho com Deus e Deus mandou-o sair do seminário: "Obedeci ao que Deus mandou., no dia seguinte fiz as malas e fui-me embora". O 25 de Abril de 1974 já tinha acontecido quando José Manuel Milhazes Pinto se matriculou no Liceu Eça de Queirós e aderiu à União dos Estudantes Comunistas. A militante do PCP, Helena Medina - mãe do ministro Fernando Medina - abriu-lhe a porta de um novo sonho, quando lhe perguntou se queria ir estudar para um país socialista. O rapaz aceitou sem hesitar e sem saber qual seria o destino. Fez a mala e partiu para Moscovo "no dia 10 de setembro de 1977, com a ideia de que seria possível construir uma sociedade melhor". Não encontrou o paraíso em Moscovo, mas conheceu a mulher com quem casou numa festa na residência de estudantes: "Só por isso valeu a pena ter ido para a União Soviética". Licenciou-se em História, estudou marxismo científico, assistiu ao colapso da União Soviética e, por causa do jornalismo, viveu na Rússia até 2015, ano em que regressou a Portugal. Passou uns maus bocados porque o trabalho escasseava e "tinha de dar de comer à família", mas a sorte bafejou-o no difícil ano de 2022, dez dias antes de começar a guerra da Ucrânia: "Publiquei "A Mais Breve História da Rússia", que deveria ter saído mais cedo, mas atrasou por causa da pandemia. Acabou por sair no momento certo, e fiquei muito surpreendido quando vi o livro no top durante muitas semanas". Ao sucesso do livro sucedeu-se o do programa que faz na SIC com Nuno Rogeiro e, aos 64 anos, o jornalista das barbas espessas e voz tonitruante começou uma nova etapa do seu caminho.
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Nasceu em Díli a 26 de dezembro de 1949, mas era bebé quando o levaram para a remota aldeia de Laclubar onde ninguém comunicava em português. Filho de uma timorense e de um filho de um sargento português que foi deportado para Timor pelo regime de Salazar, em 1936, na sequência da Revolta dos Marinheiros (Lisboa) contra o Estado Novo e a Guerra Civil de Espanha. O atual Presidente de Timor-Leste diz que "Xanana é o pai da pátria" timorense e sem ele "não teríamos um Timor independente". José Manuel Ramos-Horta aprendeu a falar português aos sete anos na Missão Católica de Soibada, fez o Liceu em Díli e quis ser jornalista. A história trocou-lhe as voltas e, aos 25 anos, já era ministro dos Negócios Estrangeiros do autoproclamado governo da Fretilin após uma declaração unilateral de independência de Timor-Leste, em 1975. No início de dezembro desse mesmo ano, a poucos dias da invasão indonésia, deixou Timor para um longo período de exílio, que repartiu entre Portugal, a Austrália e os Estados Unidos. Foi porta-voz da resistência entre 1975 e 1999, Prémio Nobel da Paz, em 1996 - com o bispo Dom Xímenes Belo -, ministro dos Negócios Estrangeiros depois da independência em 2002, primeiro-ministro, Presidente da República entre 2007 e 2012, eleito em 2022 para um novo mandato.
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Nasceu em Díli a 26 de dezembro de 1949, mas era bebé quando o levaram para a remota aldeia de Laclubar onde ninguém comunicava em português. Filho de uma timorense e de um filho de um sargento português que foi deportado para Timor pelo regime de Salazar, em 1936, na sequência da Revolta dos Marinheiros (Lisboa) contra o Estado Novo e a Guerra Civil de Espanha. O atual Presidente de Timor-Leste diz que "Xanana é o pai da pátria" timorense e sem ele "não teríamos um Timor independente". José Manuel Ramos-Horta aprendeu a falar português aos sete anos na Missão Católica de Soibada, fez o Liceu em Díli e quis ser jornalista. A história trocou-lhe as voltas e, aos 25 anos, já era ministro dos Negócios Estrangeiros do autoproclamado governo da Fretilin após uma declaração unilateral de independência de Timor-Leste, em 1975. No início de dezembro desse mesmo ano, a poucos dias da invasão indonésia, deixou Timor para um longo período de exílio, que repartiu entre Portugal, a Austrália e os Estados Unidos. Foi porta-voz da resistência entre 1975 e 1999, Prémio Nobel da Paz, em 1996 - com o bispo Dom Xímenes Belo -, ministro dos Negócios Estrangeiros depois da independência em 2002, primeiro-ministro, Presidente da República entre 2007 e 2012, eleito em 2022 para um novo mandato.
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