Episodit
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Sthairyam ou Nishta, deriva da raís do sânscrito "stha" que quer dizer constância ou preserverança. Sthairyam, traduz-se então por firmeza ou estabilidade, tal como na definição de āsana oferecida por Patanjali nos yoga sutras - “sthira, sukham āsanam” - a postura estável e confortável.
Um esforço firme em relação a qualquer objectivo que eu tenha estabelecido, ou em relação a qualquer dever que as minhas responsabilidades comportem, é sthairyam.
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Limpeza ou pureza tanto interna como externa é Śaucan, um valor que devemos entender pois nem sempre se refere a um significado literal.
Naturalmente que mantermo-nos limpos é um benefício de que ninguém duvida e que me beneficia mas também os outros. Esta limpeza de que aqui falamos implica também uma certa ordem e arrumação física e mental e onde existe ordem e arrumação existirá espaço o que por sua vez propiciará um estado de maior autenticidade e menor confusão.
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Puuttuva jakso?
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Na nossa cultura falar em mestres é muitas vezes recebido com desconforto, às vezes basta substituir esta palavra pela palavra professor. Ācāryaopāsanam o valor de hoje, significa literalmente “meditar sobre o professor”, mas quando é ensinado na Gītā refere-se a um serviço e entrega do aluno em relação ao professor. No fundo ,não é mais do que cultivar um sentido de reverência e humildade pela pessoa que representa o conhecimento, pela pessoa que me trouxe um mundo novo que eu desconhecia.
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O primeiro compromisso de uma vida de yoga é a coerência, entre pensamento-palavra e acção, entre o corpo a fala/o discruso e a mente. O exercício de colocar estes 3 em harmonia, leva-nos ao 5º valor que Krishna ensina a Arjuna - Arjavan, rectidão.
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Kshanti é um valor muitas vezes mal interpretado, significa “acomodação” mas não se trata de comodismo, de aceitar simplesmente para não ter trabalho para enfrentar, ou para fugir do problema, trata-se sim de uma capacidade de aceitação com base na compreensão daquilo que podemos e não podemos controlar.
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Este é provavelmente um dos valores mais conhecidos dentro da tradição do Yoga. É frequentemente traduzido por não violência, mas se quisermos ser mais precisos podemos usar antes a expressão “não causar dano”. E quando nos referimos a dano estamos a referir-nos seja ao nível físico, quanto verbal ou mental.
Parece bastante óbvio, aliás este é certamente um dos valores mais presentes no chamado senso-comum “não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti”.
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Não é de todo o propósito destas reflexões servir de crítica ou julgamento, nem sequer que cumpram uma função de auto-crítica, ou auto-julgamento. Os valores de que aqui falamos são questões profundamente humanas que ocorrem na mente de toda a gente. O propósito aqui é apenas fazer-nos reflectir e olhar para a mente como um instrumento que, quando bem utilizado, é uma porta aberta para o entendimento de quem somos.
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O primeiro valor apresentado por Krishna na Gita é AMANITVAM que podemos traduzir por ausência de vaidade ou orgulho. É o oposto de manitvam - o estado de possuir orgulho, sendo mani aquele que possui qualidades mas que está sempre à espera de ser reconhecido, elogiado, talvez porque ele próprio não seja capaz de reconhecer em si mesmo essas qualidades.
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Estamos de volta com um conjunto de novas meditações guiadas, desta vez com o propósito de reflectirmos juntos sobre alguns valores universais.
No nosso dia a dia quantas vezes nos deparamos com situações em que a linha entre o certo e o errado é tão ténue que se torna difícil decidir, quais são os verdadeiros valores que devem nortear as nossas acções, onde podemos ir buscar as linhas orientadoras para não perdermos o Dharma de vista?