Episodit
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Aos 32 anos, engravidou inesperadamente e soube logo que não queria ser mãe. No Hospital das Caldas da Rainha, disseram-lhe que eram objetores de consciência. Seguiu-se um processo que a faz querer criar a associação Escolha, para apoiar mulheres que optem pela IVG. Patrícia é jornalista e produtora em meios como a revista da Amnistia Internacional e a Al Jazeera, é família de acolhimento de crianças e jovens e vive no campo com 13 animais. Fala hoje abertamente sobre o diagnóstico de alcoolismo que recebeu, transtorno de Borderline e o momento que a levou a tentar o suicídio. Atenção: este episódio contém conteúdo sensível.
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Afinal, como é que as medidas decididas no Parlamento Europeu têm impacto no dia a dia das mulheres dos Estados-membros? O que é que está pensado naquela que será a 1ª diretiva da União Europeia de combate à violência contra as mulheres e à violência doméstica? Porque é que a questão da violação é polémica? Como devemos olhar para a greve de mulheres na Islândia, que parou parte do país no final de outubro? O que nos dizem os números do Gender Equality Index de 2023, sobre a situação da igualdade de género nos diversos setores da sociedade em Portugal e na UE?
Estas e muitas outras foram questões colocadas ao painel constituído por Leonor Caldeira, advogada, com experiência numa ONG de Direito do Ambiente em Bruxelas e galardoada em 2022 com o Prémio Mandela da Associação ProPública — Direito e Cidadania; Milton Nunes, chefe de Gabinete da Presidente do Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas, Policy advisor no Parlamento Europeu há quase 20 anos e antigo assessor da eurodeputada Edite Estrela, onde trabalhou as questões de género na Comissão dos Direitos das mulheres e da igualdade dos géneros e Maria Miguel Simões, finalista na licenciatura de Estudos Europeus, antigo membro do painel do programa Minoria Absoluta na TSF e cronista.
Este episódio do Podcast Gender Calling resulta de uma parceria com a Praça do Luxemburgo, um projeto de debate informais sobre a União Europeia. Também disponível em vídeo no YouTube.
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Puuttuva jakso?
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Empreendedora social há 10 anos, é co-diretora de uma associação de mulheres na Índia, fundadora da Human, trabalhou na ONU e em projetos na Indonésia e no Quénia. Sublinha que voluntariado "não é passar férias" e desmistifica a ideia de organizações perfeitas: "Ainda hoje há pessoas que me perguntam como é que se entra para a ONU. Eu tento logo preparar o terreno, porque é muito burocrático e tem um ritmo lento", explica em conversa. Carolina critica a lógica de usar a culpa como estratégia para atrair apoio e, no âmbito dos conflitos, defende que não se deve retratar as pessoas apenas como vítimas. Diz que a sua missão é "ter o maior impacto possível" e, hoje, aos 30 anos, é a fundadora da "Netflix do ativismo", uma plataforma com workkshops em que se ensina a ser ativista.
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A escassez de água em Portugal, o porquê de apoiar os ativistas do clima que fecharam estradas, a decisão de se despedir de um banco para criar conteúdo sobre sustentabilidade, a influência das redes sociais na hora de comprar mais, a importância da terapia para travar os comentários dos outros, o casamento, o divórcio e a filha. Joana Guerra Tadeu é a "Ambientalista Imperfeita" no digital, criadora de conteúdos, formadora, palestrante e apresentadora do programa "Verdes Anos" da RTP3. Conta tudo sobre o seu percurso e explica as suas opiniões, sempre com dados, ou não tivesse ela sido jornalista.
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É administradora da Rádio Sol Mansi e é a criadora da cooperativa de mulheres "Bontche", que confeciona acessórios e vestuário. Ivone Gomes é uma referência do empreendedorismo na Guiné-Bissau, e é também uma mulher com deficiência. A história começa numa injeção mal dada quando tinha 4 anos, e até hoje vê as dificuldades vividas: "As minhas amigas com deficiência têm de pedir esmola. As famílias não aceitam estas crianças porque as vêem como inúteis", conta. Uma conversa sobre discriminação, mas também sobre o privilégio de ter estudado, sobre a ligação à costura e sobre construir uma empresa de sucesso.
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Nasceu na Guiné-Bissau e é ativista pelos direitos das mulheres. Foi vítima de mutilação genital feminina e partilha a sua história para acabar com a prática. Licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais, Adama Baldé fez um estudo sobre a participação política das mulheres no país, trabalha com organizações de direitos humanos e quer fazer o mestrado para quebrar com o padrão: "Eu não quero ser mais um corpo que vai viver da cobrança de casar e ter filhos", diz. A ativista quer pôr fim às desigualdades que ela própria viveu: "Na nossa familia, a mulher não tem direito à herança. Quando nosso pai faleceu, a herança foi reservada para os nossos irmãos, e nós as meninas não", conta ao Gender Calling.
Uma entrevista realizada na Guiné-Bissau, que nos leva até à realidade do país, tal como o episódio anterior com Haua Embaló sobre a menstruação: "Ainda há a ideia do sangue sujo, que cheira mal, que deve ser escondido"
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É educadora menstrual na Guiné-Bissau e percorre o país a sensibilizar meninas e mulheres, que "ainda são vistas como um encargo para a família". Os pensos descartáveis criam lixo e o saneamento básico não tem condições, o que agrava a situação naquele que é um dos países mais pobres do mundo. Filha de mãe polaca e pai guineense, lembra-se até hoje da palavra "negra" em polaco. Consultora para ONG's e fundadora da marca Nha Lua, Haua Embaló traça-nos um retrato da desigualdade de género no país e dos mitos que condicionam a saúde menstrual das raparigas.
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É assim na crise climática, mas foi assim também na pandemia e em outros momentos de crise. Mulheres que usam o lixo marinho para fazer jóias, outras que protegem as tartarugas. A presidente da Business as Nature explica como faz para convencer as pessoas a aderir à causa, desde "diplomatas e embaixadoras a mulheres de comunidades piscatórias", e conta ainda os vários projetos da associação. Será que ainda vamos a tempo de reverter a catástrofe climática? É justo forçar os países pobres? Como é ser uma mulher à frente desta temática? As respostas estão neste episódio.
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Vergonha de ganhar muito ou de ganhar pouco, dificuldade em negociar salário ou em mudar de emprego porque "depois vou ser mal vista", achar-se que é a deixar de beber o "cafézinho" diário que se vai conseguir poupar dinheiro, desigualdade salarial e de riqueza. São as muitas as crenças e as questões que afetam as mulheres, e que as levam a não desfrutar da ferramenta que o dinheiro é. Inês Correia co-fundou a Finanças no Feminino e é autora dos livros "Dinheiro para elas" e "Negócios para elas". Depois de uma carreira na banca, ajuda agora mulheres a organizar a vida financeira e a investir: "Muitas acham que investir não é para elas", conta.
Com investimentos na bolsa e no imobiliário, Inês Correia deixa-nos todas as dicas para começar já a investir, desconstrói crenças, conta-nos tudo sobre como criou a sua própria empresa e revela que, se quiser, poderá reformar-se aos 40 anos graças às escolhas que fez. Um episódio para ouvir com um bloco de notas ao lado, para apontar várias sugestões preciosas.
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É uma das chefes de cozinha mais conhecidas do país. Casou aos 19 anos, só teve um filho devido à dedicação ao trabalho, ganhou distinções porque quer "sempre fazer melhor", defende que a humildade é determinante para receber feedback, lembra os sonhos que tinha quando foi de Trás-os-montes para Lisboa e os passos corajosos que deu: "Um dia virei-me para o meu marido e disse: 'Já chega de trabalhar para os outros, vamos à procura de um restaurante para nós'. E assim foi". Falamos também do que é ser um bom cliente e descobrimos se, afinal, devemos ou não dar gorjeta nos restaurantes. Aos 66 anos de vida, Justa Nobre está no Gender Calling.
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Joalheira há quase 40 anos, começou numa oficina onde era a única mulher a trabalhar as peças. Já fez jóias para o Papa Bento XVI e Papa Francisco, atriz Jane Fonda e é a autora do troféu dos Globos de Ouro. Registou a marca desde cedo, sabia que não queria massificação, disse "não" a propostas para trabalhar fora. Hoje tem uma loja própria na Avenida da Liberdade, mas ainda pensou em seguir Direito. Uma conversa sobre persistência, foco e o poder das jóias para a confiança das pessoas. Afinal, as jóias estão associadas a momentos importantes das nossas vidas.
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Jornalista e socióloga, Lia estuda economia de género, colabora com a Vogue e fundou redes de apoio para mulheres. Fala sobre a importância do que escolhemos para vestir, a evolução do feminismo na moda, o peso da crítica nas mulheres e o papel da maternidade. Uma entrevista com tempo limitado, gravada durante a Web Summit, em que Lia participou como moderadora convidada -- com várias ideias para guardar.
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Primeiro apresentadora e atriz, agora criativa e criadora de conteúdos. Foi para Londres com 21 anos à procura do sonho, mas evoluiu depois para a escrita e fotografia. É agora no Instagram que expõe a sua criatividade. Catarina Mira fala-nos sobre a forma como a confiança a influenciou, os vários trabalhos que teve e o que aprendeu, ser feliz em caminhos alternativos, o desprendimento do ego, o filho Wolf e o parto intimista que fez em casa, o amor pelo marido Martin e o processo de depressão, a importância da terapia de casal, do instinto e de treinar o cérebro para o lado positivo.
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Gostava de ter feito mais em televisão, assume os altos e baixos e fala até de ideias "roubadas" por outras pessoas. Aos 60 anos, Serenella Andrade recorda o momento de perda de um bebé, que lhe fez olhar para o trabalho de outra forma. Não tem redes sociais, gosta do carinho das pessoas, aconselha as mais jovens a "não desistir" porque "isso é o que muitas pessoas querem" e recorda o preconceito que viveu por ser filha de Luís Andrade, antigo diretor de programas da RTP. A apresentadora elogia ainda o marido e os 3 filhos, que foram o suporte nos momentos mais difíceis.
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Foi uma das jovens que se colou à porta do Ministério da Economia em novembro, quando era exigida a demissão do ministro. Tem 21 anos, estuda Medicina, e é porta-voz da Greve Climática Estudantil. Teresa explica-nos o porquê da luta dos jovens pelo clima, sublinha a relevância de haver jovens mulheres na frente de protestos com exposição mediática e revela detalhes dos bastidores. Fala em "ansiedade climática" e critica quem descredibiliza o trabalho dos jovens: "As pessoas olham para nós como se nós estivéssemos a criar um problema. Não. Nós estamos só a dar visibilidade ao real problema, que é a crise climática".
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O que acontece na floresta da Amazónia pode ser responsabilidade de alguém que vive numa cidade europeia? Claudelice da Silva Santos garante que sim. Finalista do Prémio Sakharov de 2019 ao lado de Marielle Franco, a ativista pelo ambiente tornou-se amplamente conhecida depois do homicídio do irmão e da cunhada, que denunciavam crimes contra o ambiente e a exploração ilegal de madeira. O que se passa no dia a dia nestas matas, que não chega ao conhecimento geral? É possível aprendermos a preocupar-nos? As respostas estão neste episódio.
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Ser mãe solo, trabalhar como freelancer, as ofensas nas redes sociais, a liberdade sexual, a perda da mãe com 6 anos, aprender a dizer "não", batizar ou não a filha, fazer terapia e as aprendizagens dos 40 anos. Beatriz Gosta esgota espetáculos falando sobre realidades sensíveis de forma divertida, mas a mulher além da personagem tem muito mais dimensões. Nesta conversa, Marta Bateira revela-nos o que a trouxe até aqui, e deixa vários conselhos.
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O amor a outra mulher, o amor à escrita, à vida e à filha. Poeta, escritora e encenadora, Cláudia Lucas Chéu fala-nos sobre a desigualdade de género no teatro e na literatura, desmonta o fascínio que os mais novos têm em relação à televisão, explica o que ensina nas aulas de interpretação, reflete sobre a idade e sobre os desafios da maternidade. Relata também dois episódios de homofobia que sofreu em Lisboa e revela o processo de afirmação da relação que tem com Mag, uma surpresa na sua vida.
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Os brancos podem definir o que é racismo? Existe racismo ao contrário? Evitar o confronto é ser conivente com a discriminação? Como é que é ser uma mulher negra com uma voz firme nas redes sociais? E o que dizer dos negros que não se unem à luta? A ativista Nuna desmonta mitos e partilha as suas opiniões, conta o ódio que já recebeu nas redes, deixa alertas para as confusões de conceitos e fala-nos sobre a carreira de atriz e o apoio familiar. Aos 27 anos, promete continuar a defender a causa porque tem "esperança", mas admite que por vezes o cansaço aparece.
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Fundou a Chicas Poderosas, uma organização que quer resolver a desigualdade de género nas redações, em 2013. Começou a trabalhar com mulheres na América Latina, onde perdura o assédio e as ameaças de morte. Mariana Moura Santos é designer, jornalista, empreendedora. Trabalhou no The Guardian, está a estudar em Harvard, viajou por todo o mundo. Diz que não consegue trabalhar numa empresa com um cultura com a qual não se identifique, e foi por isso que se aventurou sozinha. Uma conversa sobre risco, liderança, os 40 anos, a nova vida calma e sustentável no Algarve, a missão das Chicas Poderosas e as dificuldades de financiamento.
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