Episodit

  • De volta à Casa Branca depois de uma vitória incontestável nas urnas, Donald Trump adotou uma lógica nova para montar o time do primeiro escalão de seu governo: independentemente da qualificação técnica, os critérios principais são lealdade total ao presidente e completo alinhamento ideológico. Outro aspecto em comum entre pelo menos seis dos indicados pelo presidente americano é o fato de serem bilionários. O mais conhecido deles é Elon Musk, homem mais rico do mundo, dono da Tesla, SpaceX e a rede social X, que irá assumir o recém-criado departamento de eficiência. A ala ideologicamente mais radical terá representantes nos departamentos de Saúde (com Robert Kennedy Jr., que há anos lidera movimentos antivacinação), de Educação (com Linda McMahon, defensora do homeschooling) e de Defesa (com Pete Hegseth, envolvido em escândalos sexuais). Alguns quadros fortes do partido republicano também ganharam espaço, caso de Marco Rubio, que assume o principal cargo das Relações Exteriores americanas – ele tem histórico anti-China e já criticou diversos governos de esquerda da América Latina. Para analisar nome a nome as indicações de Donald Trump para o gabinete que toma posse nesta segunda-feira (20), Julia Duailibi entrevista Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington, nos Estados Unidos.

  • Em São Paulo, a empresa 99 começou a oferecer, nesta terça-feira (14), o serviço de mototáxis mediados pelo aplicativo da marca. O problema é que a Prefeitura paulistana tem um decreto de 2023 que proíbe a atividade. O caso está na Justiça, mas já no primeiro dia de funcionamento foram contabilizadas mais de 10 mil corridas. Moto por aplicativo para transporte de passageiros é uma modalidade muito comum em cidades menores do país, mas é também realidade em algumas das mais populosas capitais brasileiras – em Salvador e no Rio de Janeiro, o serviço é regulamentado. Em todo o país, informa um estudo de 2022 do IPEA, cerca de 1,5 milhão de pessoas trabalham como motociclistas, sendo mais de 200 mil deles com transporte de passageiros. Quem usa o serviço alega que é mais rápido e barato que outros modais e que chega em regiões onde o transporte público falha. Os críticos, por sua vez, são claros: é, de longe, o meio de locomoção que mais expõe os passageiros a riscos de acidente. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirma que, se os mototáxis forem liberados, pode haver uma “carnificina” na cidade. Neste episódio, Julia Duailibi conversa com o arquiteto e urbanista Diogo Dias Lemos, coordenador executivo da Iniciativa Bloomberg para segurança viária global em São Paulo. Ele analisa os prós e contras do modelo, avalia os casos mais emblemáticos e diz o que pode acontecer no braço de ferro entre Prefeitura e 99.

  • Puuttuva jakso?

    Paina tästä ja päivitä feedi.

  • Nesta quarta-feira (15), depois de 15 meses de conflito, o esperado acordo foi anunciado. Primeiro, informalmente por meio do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que encabeçou a negociação nos últimos dias. Depois, oficialmente na voz do primeiro-ministro do Catar: “Esperamos que essa seja a última página dos dias de guerra”, disse. O estopim da guerra foi o atentado terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023, quando o grupo assassinou 1.200 pessoas dentro do território israelense e capturou 251 reféns. Desde então, cerca de 48 mil pessoas foram mortas, 45 mil delas, palestinas – de acordo com a ONU, 75% eram mulheres e crianças. O acordo contempla um plano de seis meses, dividido em três etapas. A primeira fase terá seis semanas, prevê um cessar-fogo completo e inicia o processo de troca de reféns. Na fase dois, haverá a libertação dos reféns restantes e a retirada total das tropas israelenses de Gaza. A terceira e última fase determina o início de um plano para a reconstrução do território. Para analisar as circunstâncias do acordo – tanto no cenário internacional, quanto na política israelense – Julia Duailibi entrevista Michel Gherman, professor do Núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ e pesquisador do Centro de Estudos do Antissemitismo da Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele explica por que Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, resiste tanto ao cessar-fogo e projeta os próximos passos da tentativa de por fim à guerra.

  • A carreira docente vive uma crise multifatorial no país: salários pouco atraentes, risco de violência na sala de aula, falta de valorização e plano de carreira e problemas de estrutura nas escolas são as principais queixas dos profissionais da área. O resultado disso é que cai, ano após ano, o interesse dos jovens pela licenciatura. Uma projeção divulgada em 2022 indica que o país pode ter um déficit de 235 mil docentes em 2040. Naquele mesmo ano, um estudo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) afirmou que não é exagero dizer que já vivemos esse apagão. Nesta terça-feira (14), o governo federal lançou um novo programa para enfrentar alguns desses gargalos. Com o objetivo de aumentar a atratividade da carreira, o Mais Professores irá pagar bolsas para universitários matriculados em cursos de licenciatura e para docentes em lugares com carência de profissionais da área. Para analisar o quadro geral da docência no Brasil e avaliar, ponto a ponto, o que prevê o programa recém-lançado pelo governo, Julia Duailibi conversa com Olavo Nogueira filho, diretor-executivo do Todos Pela Educação.

  • O PIX, lançado em novembro de 2020, rapidamente virou o meio de pagamento preferido dos brasileiros. São tantas transações financeiras via PIX que uma imensa quantidade delas escapam ao radar da Receita Federal. Mas, desde o primeiro dia do ano, esse cerco apertou um pouco. O órgão já exigia informações de movimentações por cartão de crédito, TED e transferência bancária dos bancos tradicionais. Agora, qualquer instituição bancária ou de pagamento é obrigada a informar transações que sejam superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. De acordo com a Receita, a mudança na norma visa evitar crimes como sonegação fiscal e lavagem de dinheiro e nada muda para quem declara direitinho o Imposto de Renda. Nas redes sociais, no entanto, o que circulou é que o governo quer taxar o PIX – o que é vetado pela Constituição. E então uma onda de fake news confundiu e espalhou medo, especialmente dentro do enorme contingente de trabalhadores informais brasileiros. Neste episódio, Julia Duailibi conversa com Valdo Cruz, comentarista da GloboNews e colunista do g1, para explicar o que, de verdade, muda na nova regra de fiscalização do PIX. Os dois também avaliam o impacto político das mentiras na popularidade do governo Lula e como a crise já bate à porta do novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, que assume o cargo nesta terça-feira (14).

  • Ela permeia o debate político desde a Antiguidade, mas foi no início do século 20 que ganhou o centro da esfera pública. A ocorrência das duas grandes guerras mundiais e o surgimento de Estados totalitários mobilizaram filósofos, cientistas políticos e lideranças populares para entendê-la melhor. Na última década, a liberdade virou protagonista na plataforma de um grupo político. A palavra ganhou eco no discurso de figuras como Jair Bolsonaro, Donald Trump, Javier Milei, Benjamin Netanyahu e até Elon Musk. De outro lado, seus adversários políticos correm atrás para convencer a sociedade: nos EUA, Kamala Harris concorreu à Casa Branca sob o som de “Freedom”; no Brasil, Lula incorporou a palavra em seu discurso no ato que marcou os dois anos da tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro. Para analisar como a liberdade pauta o debate político hoje, Natuza Nery conversa com Alberto Ribeiro Gonçalves de Barros, professor de filosofia política na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências humanas da USP. Autor do livro "Liberdade política", explica como os extremistas deturparam e cooptaram uma ideia liberal e aponta similaridades entre o cenário atual e aquele que precedeu os movimentos totalitários do século passado.

  • Mais um evento climático extremo devasta a paisagem natural e desaloja milhares de pessoas. Há dias, a cidade famosa no mundo inteiro por sediar os mais importantes estúdios de cinema arde em chamas – algumas delas com altura superior a 12 metros. Mais de 150 mil pessoas tiveram que deixar suas casas por causa do fogo e cinco morreram. É comum que essa região da Califórnia enfrente incêndios florestais. O problema é que eles têm ficado cada vez mais frequentes, incontroláveis e avassaladores por causa das mudanças climáticas. De acordo com um estudo publicado na revista Science, desde 2020, as queimadas passaram a se espalhar quase quatro vezes mais depressa do que há 20 anos Neste episódio, Natuza Nery conversa com a cineasta brasileira Luiza de Moraes, que mora no bairro que é o epicentro do incêndio em Los Angeles – ela gravou sua entrevista do alto do telhado de uma casa que não fora atingida pelo fogo. Luiza, que vive desde os 7 anos na cidade, relata que teve que deixar sua própria casa depois que as chamas chegaram à vizinhança e tomaram alguns imóveis. Participa também do episódio a jornalista Ligia Modena, que viu de cima o rastro de destruição do fogo: ela voltou a Los Angeles, onde mora há 5 anos, de avião durante o momento mais crítico do desastre.

  • Desde que foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos, Donald Trump sobe o tom gradativamente nas provocações. A mais recente delas foi na própria rede social do republicano, onde publicou a imagem de mapas que dão a entender que o Canadá fora incorporado ao território dos EUA – isso depois de sugerir que o país vizinho deveria se tornar o “51º estado” americano. Não é a única bravata de Trump nesse sentido. Ele diz que os EUA devem recuperar o controle do Canal do Panamá (ponto estratégico que liga os oceanos Atlântico e Pacífico) e insiste na proposta de comprar a Groelândia junto à Dinamarca (trata-se da maior ilha do mundo, rica em recursos naturais). Para viabilizar tudo isso, o presidente eleito colocou as cartas na mesa durante uma entrevista coletiva na terça-feira (7): ameaça usar força econômica, com sanções e tarifas, e não descarta o uso da força militar. Neste episódio, Natuza Nery entrevista Lucas de Souza Martins, professor de História dos Estados Unidos na Universidade Temple, na Filadélfia. Ele traduz quais são os verdadeiros objetivos de Trump na sua estratégia expansionista e analisa como isso move o tabuleiro da geopolítica global.

  • De supetão, o CEO da Meta apareceu em suas redes sociais com um anúncio de peso histórico: a empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp vai se livrar dos checadores de fatos e vai colocar a moderação nas mãos dos usuários, em um modelo parecido como faz o X, a rede social de Elon Musk. No vídeo, Mark Zuckerberg disse que se trata de "um momento de voltar às nossas origens em torno da liberdade de expressão" e falou em pressionar governos que, segundo ele, perseguem empresas americanas para implementar mais censura – num esforço conjunto com Donald Trump, que assume a presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20. O empresário criticou nominalmente a legislação para redes sociais da União Europeia, que, segundo ele, “institucionaliza a censura”, e os supostos “tribunais secretos” de países latino-americanos, que estariam ordenando “retirar coisas silenciosamente” das plataformas. Para explicar a maior mudança nas políticas de moderação na história das redes sociais, Natuza Nery conversa com Pablo Ortellado, professor de gestão de políticas públicas da USP e colunista do jornal O Globo. Na entrevista, Ortellado também analisa a aproximação de Zuckerberg a Trump e como as novas medidas respingam no Brasil.

  • Pelo menos sete capitais do Brasil iniciam o ano com reajustes nas passagens de ônibus. Entre elas, São Paulo, onde a tarifa estava congelada desde 2020, mas que, agora, saltou de R$ 4,40 para R$ 5. As outras seis capitais são: Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA). É de praxe que o aumento das passagens ocorra logo no início do mandato de prefeitos eleitos e reeleitos. E sempre que isso ocorre, as Prefeituras argumentam que é preciso compensar a redução do número de passageiros pagantes, acompanhar a alta no preço do diesel e investir na melhoria dos transportes. Na outra ponta, a dos usuários que dependem diariamente do transporte público, as novas tarifas geram críticas: elas têm impacto alto no orçamento familiar, e o que se vê é que a qualidade do serviço não acompanha a alta dos preços. Para explicar como funciona o orçamento do sistema de transporte e o custo do serviço para a parcela mais pobre da população, Natuza Nery conversa com Léo Arcoverde, repórter da GloboNews. Depois, ela entrevista também o urbanista Roberto Andrés, professor da UFMG e autor do livro "A razão dos centavos: crise urbana, vida democrática e as revoltas de 2013", que avalia os modelos de gestão da rede de ônibus no Brasil, traz exemplos internacionais de cidades bem-sucedidas e aponta o que se pode aprender com os municípios que aplicam a tarifa zero.

  • Em 6 de janeiro de 2021, o mundo assistia incrédulo a cenas de vandalismo e selvageria. O cenário era o Capitólio, em Washington, sede do poder administrativo dos Estados Unidos. Centenas de trumpistas invadiram o local para impedir que o Congresso certificasse a vitória eleitoral de Joe Biden. O epicentro da maior crise na democracia americana foi o próprio Donald Trump, que nunca aceitou o resultado das urnas e convocou seus apoiadores para o ato. Houve depredação, confronto com policiais e troca de tiros. Cinco pessoas morreram. Exatamente quatro anos depois, nesta segunda-feira (6), o Congresso se reúne para oficializar a vitória do republicano, que toma posse em 20 de janeiro. Trump volta à Casa Branca com ainda mais poder: depois de radicalizar na campanha eleitoral e ameaçar as instituições, ele derrotou a candidata democrata, Kamala Harris, no voto popular e ainda conquistou maioria na Câmara e no Senado. Para apresentar as perspectivas do segundo mandato Trump, que está montando um gabinete com seus aliados mais leais e já conhece a burocracia do Estado americano, Natuza Nery conversa com Guilherme Casarões, cientista político, professor da FGV-SP e pesquisador do Observatório da Extrema Direita. Ele avalia também o atual status da democracia nos Estados Unidos.

  • Em 2015, na França, lideranças de quase 200 países assinaram um tratado histórico por um planeta mais sustentável e com menos fumaça. O Acordo de Paris é o documento que até hoje baliza decisões e parâmetros ambientais para atingir a meta estabelecida há quase uma década: limitar o aquecimento global em até 2°C, mas com esforços para que não ultrapassasse 1,5°C. Em 2024, contudo, ultrapassou. De acordo com o serviço de mudança climática do observatório europeu Copernicus, o ano passado foi o primeiro na história a registrar um planeta 1,5°C mais quente do que na média pré-industrial, de 1850-1900, quando as nações industrializadas começaram a explorar combustíveis fósseis. É sob esse pano de fundo que o republicano Donald Trump volta à Casa Branca, com um discurso ainda mais refratário à pauta ambiental do que em seu mandato anterior – quando chegou a tirar os Estados Unidos do Acordo de Paris. Um cenário desafiador que irá exigir ainda mais do Brasil, especialmente porque é o ano em que o país sediará a COP30, em Belém, no Pará. Para explicar o que significa a superação da marca do 1,5°C no termômetro da Terra e analisar como a conjuntura política e econômica interfere nas pautas ambientais, Natuza Nery entrevista Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP e integrante do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Neste episódio, ele também alerta sobre quais cidades brasileiras podem chegar a quase 50°C e conta o que disse a Lula e aos chefes dos outros Poderes em 2024.

  • Marcadas para 3 de fevereiro, as eleições para o comando da Câmara e do Senado são mera formalidade. Entre os 513 deputados federais, o atual mandatário, Arthur Lira (AL-PP), construiu uma aliança que vai do PT ao PL e soma mais de 480 votos para o seu indicado: o jovem Hugo Motta (Republicanos-PB). No Senado, o nome de Davi Alcolumbre (União-AP) também reúne um arco de apoio entre governo e oposição para substituir seu aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência da Casa – cargo que já ocupou entre 2019 e 2021. Motta e Alcolumbre terão vida fácil para se elegerem, mas enfrentarão o desafio de comandar um Congresso desorientado, depois que o ministro do Supremo Flávio Dino fechou a torneira do orçamento. No fim de dezembro, ele suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão e mandou a Polícia Federal investigar o destino dos recursos. Para 2025, os repasses só poderão ocorrer caso sigam regras de transparência e rastreamento. “Esse modelo de orçamento secreto extremo está acabando”, avalia o cientista político Fernando Abrucio, que é também professor da FGV-SP, comentarista da GloboNews e colunista do jornal Valor Econômico. Neste episódio, Natuza Nery e Fernando Abrucio analisam a passagem de poder na Câmara e no Senado e projetam como será a relação do Congresso com o Executivo e com o Judiciário sob a nova ordem de liberação das emendas.

  • Em dezembro, a tradicional divulgação da palavra do ano pelo Dicionário Oxford definiu “brain rot” como a que mais representa 2024. Trata-se de uma expressão que pode ser traduzida como "podridão cerebral" decorrente do uso excessivo de redes sociais e do consumo de conteúdos considerados pouco desafiadores Oxford justifica a escolha com o boom de procura pelo termo na internet: cresceu 230% entre 2023 e 2024, possivelmente por causa da "preocupação com o impacto trazido por tantos conteúdos de baixa qualidade online". Aqui no Brasil, a palavra eleita como a que melhor define 2024 também tem relação com saúde mental: ansiedade recebeu 22% dos votos de uma pesquisa que ouviu mais de 1.500 brasileiros. Para explicar o que significa "brain rot" e como o uso descontrolado redes sociais pode nos levar à exaustão, Natuza Nery entrevista a psicóloga Anna Lucia Spear King, doutora em saúde mental, professora da pós-graduação do Instituto de Psiquiatria da UFRJ e fundadora do Instituto Delete. Natuza conversa também com Suzana Herculano-Houzel, neurocientista na Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. Ela explica como o cérebro humano lida com a sensação de recompensa ao rolar o feed e dá dicas do que fazer para tornar a relação com a tecnologia mais saudável.

  • Nesta sexta-feira (26), O Assunto reprisa um dos episódios marcantes do ano. Na conversa com Galvão Bueno, Natuza Nery faz uma homenagem ao maior piloto brasileiro de todos os tempos. Publicado originalmente em 1° de maio de 2024, no dia em que a morte de Senna completou 30 anos, a conversa com Galvão relembra a batida do piloto, a mais de 200 km/h na curva Tamburello, no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália. Ícone nacional, o brasileiro ultrapassou as barreiras do esporte e virou referência e inspiração de gerações pelo seu comprometimento com o trabalho, para além de suas inúmeras vitórias. Foi uma sequência de dias marcados por acidentes, como conta Galvão Bueno. No dia anterior da morte de Senna, o austríaco Roland Ratzenberger morreu, o que deveria ter cancelado o GP; dois dias antes, foi Rubens Barrichello quem precisou ser socorrido. O locutor, que virou amigo pessoal de Senna, relembra a manhã do domingo em que o Brasil parou, silenciou e chorou. Era ele quem comanda a transmissão no dia da morte de Senna. Galvão também conta a trajetória de Senna e o legado que ele deixou para o automobilismo mundial.

  • Nesta quinta-feira (26), O Assunto reprisa um dos episódios marcantes de 2024. É uma homenagem a Silvio Santos, apresentador que morreu em 17 de agosto, aos 93 anos. Referência do entretenimento brasileiro, Silvio Santos inspirou comunicadores do país e foi o responsável por reunir famílias para assistir TV nas tardes de incontáveis domingos. Deixou um legado de alegria para os brasileiros. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Serginho Groisman, que trabalhou com o apresentador por oito anos no SBT. Serginho relembra a relação com Silvio Santos, a primeira conversa que tiveram e como o apresentador refutava bajulações. Depois, o convidado é André Barcinski, roteirista da série "O Rei da TV", sobre a vida de Silvio Santos. O jornalista fala da maneira como Silvio tomava decisões, explica como ele conquistou uma conexão única com o público e relembra a trajetória do camelô que virou dono de um império televisivo, com negócios diversificados.

  • Nesta segunda-feira (23), O Assunto reprisa um dos episódios marcantes de 2024. Em conversa com Natuza Nery, Oliver Stuenkel explica como altos oficiais do governo americano agiram ao serem alertados sobre o risco de ruptura democrática no Brasil. Professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador da Universidade Harvard e da organização Carnegie Endowment, Oliver conta como, em agosto de 2021, um alerta soou nos EUA sobre a possibilidade de um golpe por aqui. Na ocasião, o assessor de segurança nacional dos EUA voltava para Washington após uma visita a Brasília que lhe causara preocupação. A atuação dos oficiais dos EUA foi um dos freios que brecaram o que, segundo a PF, foi uma tentativa de golpe de Estado arquitetada por Jair Bolsonaro e aliados. Em novembro deste ano, a PF concluiu o inquérito sobre a trama golpista e indiciar o ex-presidente e mais 36 pessoas.

  • Alta após alta, o dólar escalou nas últimas semanas. Um movimento que acelerou a partir de 27 de novembro, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi à TV aberta para apresentar o pacote fiscal do governo para fazer o Orçamento caber na meta - o texto enviado ao Congresso previa uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos O anúncio do pacote foi eclipsado pela proposta de isenção de salários de até R$ 5 mil no Imposto de Renda - para os agentes do mercado financeiro, sinalizou falta de compromisso com as contas públicas. "Foi o maior erro do governo até aqui”, afirma Thomas Traumann, jornalista de consultor de risco político. Thomas e Daniel Sousa são os convidados de Natuza Nery neste Assunto a 3. Juntos, eles analisam as turbulências enfrentadas pelo governo na economia e na relação com o Congresso. Daniel, que é comentarista da GloboNews, criador do podcast Petit Journal e professor de Economia do Ibmec, explica os fatores que levaram à deterioração do cenário econômico e como as reações dos agentes financeiros refletem a piora das perspectivas futuras. Thomas descreve as responsabilidades do Congresso e do Judiciário nesta crise e avalia como esta tempestade pode refletir na governabilidade e na popularidade do presidente Lula.

  • Liderado pelo Brasil, grupo de pesquisadores de todo o mundo todo partiu em viagem para estudar os impactos das mudanças climáticas e como o aumento da temperatura do planeta afeta as geleiras. Uma expedição internacional ao redor da Antártica está atrás de respostas sobre o futuro do planeta. Desde o fim de novembro, cientistas de diversos países embarcaram em um navio que consegue avançar sobre o gelo. Por dois meses, o grupo vai colher materiais e dados para entender os impactos das mudanças climáticas no oceano Austral, que banha o continente gelado, e como o aumento da temperatura do planeta está afetando as geleiras. Quem lidera essa empreitada é o Brasil. E é direto da Antártica, de dentro do navio quebra-gelo Akademik Tryoshnikov, que Jefferson Cardia Simões, professor de glaciologia e geografia polar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, conversa com Natuza Nery. O coordenador da expedição, que já esteve 28 vezes na Antártica, conta como tem sido a viagem, as impressões após pararem em estações de pesquisa e as mudanças que ele já observou em quase três décadas viajando ao local.

  • O Parlamento da Alemanha aprovou a dissolução do governo do primeiro-ministro Olaf Scholz, após a aliança partidária que o apoiava se desfazer por divergências sobre como revitalizar a economia. Abriu-se caminho, então, para uma nova eleição, que deve acontecer em fevereiro de 2025. Era uma questão de tempo desde que o partido liberal democrata deixou a coalização do governo e Scholz ficou sem maioria parlamentar, no início de novembro. Enquanto isso, na vizinha França, o primeiro-ministro, Michel Barnier, pediu demissão horas depois de uma votação na Assembleia Nacional o afastar do cargo — ele tinha apenas três meses na função. Barnier foi alvo de uma moção de censura — quando deputados podem retirar um primeiro-ministro do cargo. Por trás do mecanismo, algo inédito: uma improvável aliança de esquerda e direita, ambas insatisfeitas. Do outro lado do continente Europeu, é o Canadá, igualmente um país desenvolvido, que dá sinais de crise com seu primeiro-ministro, Justin Trudeau. Parlamentares pediram a sua renúncia, pouco após a vice-premiê e ministra das Finanças, Chrystia Freeland, pedir demissão, mergulhando o Canadá em uma crise política, na qual a situação econômica também pesou. Quem explica como esses cenários se convergem é Thomás Zicman de Barros, pesquisador do Instituto de Estudos Políticos de Paris, Sciences Po. Na conversa com Natuza Nery, ele também fala sobre o peso da economia por trás das quedas e da impopularidade desses líderes e como essas mudanças podem refletir ao redor do mundo.