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Na terceira temporada deste podcast, vamos descobrir a fundação do PSD, os Governos da Aliança Democrática e a Consolidação da Democracia em Portugal. Neste primeiro episódio, Francisco Pinto Balsemão lembra o arranque do PSD: "Há que recordar que a fundação do PSD foi uma proeza só possível numa fase revolucionária como a que Portugal vivia a seguir ao 25 de Abril. Logo a 27 de abril, bem à maneira dele, Sá Carneiro, em entrevista à RTP, anuncia a próxima criação de um partido. Eu telefono-lhe: “É mesmo para andar?”Ele: “Claro!” Eu: “Vamos a isso!”".
Escolher o nome do partido não foi fácil: "Liguei, do meu gabinete do Expresso, onde estavam também Ruben Andresen Leitão e Marcelo Rebelo de Sousa, para Francisco Sá Carneiro, que estava no Porto, começámos a inventar e propor outras designações. A dada altura, Ruben atira com “Partido Popular Democrático – PPD!” Gostei e transmiti para Sá Carneiro. “Também gosto!”, respondeu ele, com a sua habitual rapidez. E ficou PPD até, a 3 de outubro de 1976, no Congresso de Leiria, conseguirmos mudar para o que sempre desejáramos: PSD – Partido Social Democrata", lembra.
Oiça esta e outras histórias passadas entre 1974 e 1979 no primeiro episódio da terceira temporada de 'Memórias'. Na próxima semana vamos ouvir falar dos Onze Meses de Balsemão como Ministro-Adjunto de Sá Carneiro (1980).
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A chegada do 25 de Abril trouxe para o jornal Expresso a libertação de um garrote que se ia apertando. "Foi um dia vibrante, mas bastante confuso", lembra Francisco Pinto Balsemão. "O 25 de Abril foi um golpe de Estado indiscutivelmente bem preparado, bem executado e que, coisa rara para Portugal, conseguiu, até à última hora e no próprio dia, manter um elevado grau de secretismo."
Mas passada a euforia das primeiras semanas, tornou-se visível que havia fações entre os militares e os conceitos de democracia dos principais partidos não coincidam uns com os outros. O poder do PCP, cujo modelo para Portugal era o da União Soviética, afirmou-se com rapidez, nomeadamente através do controlo dos meios de comunicação social, com prioridade para a RTP e a Emissora Nacional, mas também com presença crescente nos principais diários. Ficaram na memória de todos os saneamentos selvagens operados pela Direção do Diário de Notícias e a Rádio Renascença foi palco de uma prolongada luta entre marxistas-leninistas e comunistas.
O verdadeiro PREC, das nacionalizações, das ocupações e dos saneamentos, começa a partir do 11 de Março. A atmosfera fica tensa, mas o Expresso continua a ser o meio de comunicação social de referência, a lutar pela liberdade e pela democracia, de forma serena e indo ao fundo das questões, sem títulos sensacionalistas. Entre vários episódios e peripécias, Francisco Balsemão recorda a bomba que destruiu uma parte do seu carro e a noite que chegou a passar no seu gabinete do Expresso, com uma pistola em cima da secretária, "à espera do assalto anunciado por um grupo de extrema-esquerda, assalto que nunca aconteceu".
Oiça aqui o último episódio da segunda temporada de 'Memórias'. Na próxima semana vamos abrir o capítulo que vai de 1974 a 1983, sobre o PSD, os Governos da Aliança Democrática e a consolidação da Democracia em Portugal.
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Na origem da conceção e do arranque do Expresso estava a vontade de Francisco Pinto Balsemão provar a si próprio, à família e ao mundo que era capaz de lançar e fazer triunfar um projeto inovador na área da Imprensa.
Na altura tinha 34 anos e queria sair de vez das asas protetoras da família, visto que, até aí, só trabalhara no Diário Popular, que era da família. Balsemão acreditava nas virtualidades de um semanário diferente, inspirado no jornalismo anglo-saxónico, que chegasse aos portugueses do Continente e das Ilhas e aos portugueses residentes nas Colónias ou para aí mobilizados, em consequência da guerra. "E que, mais do que isso, viesse a ser considerado, como foi desde o início e é, uma voz respeitada e citada em Portugal e no estrangeiro."
Uma paixão pelo jornalismo, gerada e desenvolvida no Diário Popular, que se mantém, sem quebrar, até aos dias de hoje.
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Neste episódio, Francisco Pinto Balsemão recua até 1972 para lembrar a atividade da Ala Liberal nas eleições presidenciais desse ano. Fala ainda da deterioração das relações com Marcello Caetano, os cortes da censura, a politiquice na Assembleia Nacional e a apresentação do projeto de lei de imprensa. "É indiscutível a importância da Ala Liberal no processo de democratização de Portugal, importância que tem sido, muitas vezes, esquecida ou minimizada", afirma.
No próximo episódio vamos até às origens do Expresso e os critérios de recrutamento para a primeira redação do jornal, num período áureo de vendas de jornais.
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Nesta II parte das 'Memórias', Francisco Pinto Balsemão fala de Jornalismo e de Política num Portugal em mudança, da Ditadura à Democracia. O fundador do Expresso lembra a importância da Ala Liberal, o início do Expresso e o 25 de Abril, nos anos que decorrem entre 1968 e 1979. Neste primeiro episódio da II temporada, o seu foco é a intensa atividade no Parlamento, o primeiro contacto com Mário Soares e as eleições em 1969.
No próximo episódio vamos até às Presidenciais de 1972 e a degradação da relação com Marcello Caetano.
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Neste quinto episódio, o último da primeira temporada, Francisco Pinto Balsemão lembra os sete anos que passou no Diário Popular, onde descobriu os pequenos detalhes e as grandes histórias que compõem o dia-a-dia de uma redação.
A primeira temporada deste podcast sobre os primeiros anos de vida de Francisco Pinto Balsemão, entre 1937 e 1968, termina aqui. Na próxima semana, damos início à segunda temporada, com o mote Jornalismo e Política num Portugal em mudança, da Ditadura à Democracia: A Ala Liberal, o Expresso e o 25 de Abril (1968-1979).
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No quarto capítulo das suas 'Memórias', Francisco Pinto Balsemão lembra os anos que passou na Força Aérea, o gosto pela aviação e o seu deslumbramento com África, que se manteve ao longo de toda a vida. Detalha também a sua ligação a Kaúlza de Arriaga, na altura Subsecretário de Estado da Aeronáutica, em cujo gabinete Balsemão foi convidado para trabalhar como secretário. “Um convite do Subsecretário era, nessa altura, uma ordem, uma guia de marcha sem apelo nem agravo e, em princípio, uma honra. Os meus pais, devidamente consultados, acharam (…) que poderia ser uma via para uma reconversão minha ao salazarismo”, lembra o fundador do Expresso.
Depois do serviço militar de três anos, Balsemão regressa à vida civil e é convidado para ser secretário do então Ministro da Saúde, Pedro Soares Martínez, em 1962. “Foram 8 ou 9 meses muito interessantes para mim”, afirma o autor de ‘Memórias’ neste quarto episódio.
A primeira temporada deste podcast segue de forma integral a edição em livro (publicado pela Porto Editora) e diz respeito aos primeiros anos de vida de Francisco Pinto Balsemão, entre 1937 e 1968, ocupando um total de cinco episódios. Na próxima semana, vamos até ao Diário Popular em 1963, quando Balsemão tinha 25 anos.
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No terceiro capítulo das suas 'Memórias', Francisco Pinto Balsemão lembra os anos que passou na Faculdade de Direito e enumera os principais 'mestres' que encontrou no Ensino Superior. Fala ainda do serviço militar e do 6º ano de Faculdade, altura em que se tornou claro o seu interesse por Política e também por Economia. No início da vida adulta, estabeleceu amizades profundas que viriam a permanecer durante toda a sua vida. Este é o momento em que lembra quatro grandes amigos, já falecidos, com os quais trabalhou, viajou e conviveu de perto durante várias décadas.
A primeira temporada deste podcast segue de forma integral a edição em livro (publicado pela Porto Editora) e diz respeito aos primeiros anos de vida de Francisco Pinto Balsemão, entre 1937 e 1968, ocupando um total de cinco episódios. Na próxima semana, vamos até à Força Aérea e o deslumbramento com África.
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Depois dos primeiros dez anos muito limitado às fronteiras familiares, a ida para uma escola foi uma verdadeira revolução na vida de Francisco Pinto Balsemão. Entregue a si próprio, viu o seu círculo de amigos aumentar rapidamente e sucederam-se uma série de novas (e rápidas) aprendizagens, que o fundador do Expresso e da SIC nomeia e explica neste segundo capítulo das suas 'Memórias'.
A primeira temporada deste podcast segue de forma integral a edição em livro (publicado pela Porto Editora) e diz respeito aos primeiros anos de vida de Francisco Pinto Balsemão, entre 1937 e 1968, ocupando um total de cinco episódios. Na próxima semana, vamos até à Faculdade de Direito.
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No primeiro episódio ficamos a conhecer as raízes familiares de Francisco Pinto Balsemão, na cidade da Guarda, e os primeiros anos de vida na sua casa de infância - "uma gaiola onde se sentia preso" - na Lapa, em Lisboa. Uma família extensa do lado da mãe e o peso de ser o único herdeiro do lado paterno. A importância dos vizinhos de rua (muitos deles amigos para sempre) e as rotinas mais íntimas entre avós, tios, primos e parentes, uma enorme teia de laços sociais, que o fundador do Expresso e da SIC faz questão de nomear neste capítulo inicial das suas 'Memórias'.
A primeira temporada deste podcast segue de forma integral a edição em livro (publicado pela Porto Editora) e diz respeito aos primeiros anos de vida de Francisco Pinto Balsemão, entre 1937 e 1968, ocupando um total de cinco episódios. Na próxima semana, vamos até ao tempo do Liceu Pedro Nunes: a descoberta de um novo mundo, mas cом a exigência permanente de obter boas notas.
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'Memórias' é uma janela aberta para a vida de Francisco Pinto Balsemão e uma visita guiada pelo seu caminho e pela sua obra. Editado pela agência de inovação Instinct a partir da voz de Francisco Pinto Balsemão, contou com sonoplastia de João Luís Amorim, coordenação de Mónica Balsemão e Joana Beleza e direção de João Vieira Pereira.
Baseado na obra homónima publicada pela Porto Editora, teve ainda a participação especial de Clara de Sousa. Todo o livro é reproduzido em quatro temporadas de podcast, num total de 24 episódios. Oiça aqui o trailer e subscreva o podcast.
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