エピソード
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Esta é uma conversa que mais parece uma travessia.
A Suzana Branco sentou-se à nossa frente, calçada de histórias. Trouxe um par de sapatos nos pés e muitos pés calçados e calcados na memória. Com ela voltámos aos chinelos da infância alentejana, lembrámos os extravagantes ténis poéticos, às botas de irreverência e de transgressão, e os sapatos rasos ou de salto alto, enormes, quase barcos, onde navegámos à boleia de Sophia de Mello Breyner, Gonçalo M. Tavares, Fernando Dacosta, Mia Couto, sempre iluminados pelo fogo da boneca Vassilissa.
Suzana é actriz, formadora, encenadora mas sobretudo umaapaixonada pelo Teatro, pela essência desta arte milenar que a atravessa inexplicavelmente, dos pés à cabeça, de Elvas a Vale dos Barris.
Desapertem os atacadores, e juntem-se a nós nesta conversa sem pedras no sapato.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do TeatroO Bando com coordenação de João Neca lançado porocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de RaquelBelchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
Este e outros episódios em www.obando.pt
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>> Este episódio é totalmente falado em inglês <<
Today we receive a german friend in these podcast.
Despite our friendship for more than 25 years, and besides all the times that he visited us in Portugal, Dirk Neldner can't speak Portuguese and that’s why during this episode we’ll speak in English.
Maybe the portuguese language is the only thing that Dirk doesn’t understand about O Bando’s work and about our path. Dirk Neldner is a producer and manager, responsible for a lot of theatre international projects where O Bando isinvolved along with many different groups of many different European countries,but not only. Since 2001, we were with Dirk and his team, working in Australia, Canada and South Africa…
And O Bando is for Dirk also a house and a land to daydream. Here, in our mountain, we hosted and produced international encounters with hundreds and hundreds of artists and young people that will hold the concrete feelings of these valleyin their memories, forever.
For O Bando, Dirk is the synonymous of concrete Utopia, the expression that he steal from Ernst Bloch to name us and to name the audiowalk that he directed and presented during the celebrations of our 50th anniversary.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do TeatroO Bando com coordenação de João Neca lançado porocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de RaquelBelchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena,estreado em 1982.
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O episódio de hoje proporciona algo inédito. A Sara Beloveio ao Bando e não irá cantar. Hoje convidámo-la “apenas” para conversar.
Actriz, cantora e professora de voz, é talvez a presença mais regular nos elencos do Bando dos últimos 25 anos. Do Pino do Verão ao Ensaio sobre a Cegueira, da Saga àQuarentena, do Quixote à trilogia da Divina Comédia, a voz da Sara Belo é omnipresente.
Já haveria razões suficientes para a convidarmos para esteepisódio, mas além de tudo isto, é ainda uma excelente conversadora.
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Começamos o ano de 2025 com uma conversa transatlântica. É longa a história e são longas as histórias das passagens do Teatro O Bando no Brasil. E se assim é muito devemos aos nossos convidados de hoje: do outro lado do microfone temos Amauri Tangará (realizador, encenador e actor) e Tati Mendes (produtora e realizadora) ambos fundados da Cia. De Artes do Brasil, companhia produtora de cinema, teatro e televisão.
Conheceram o Bando há muitos anos, ainda na Estrela 60, sede do Bando nos anos 90 e passaram pela Expo 98 onde apresentaram Cafundó, mítico espectáculo da Cia de Artes do qual vamos falar muito hoje.
O baú abriu-se nessa altura bem como a ponte que continua a ligar Vale dos Barris e a Chapada dos Guimarães lá em Mato Grosso.
Façam-nos companhia nesta viagem ao interior do nossoBrasil. Vamos à entrevista.
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Hoje viemos até à Escola Superior de Teatro e Cinema naAmadora. Estamos à boca de cena. À nossa frente uma mesa, algumas cadeiras. Um ramo, uma peça de figurino e alguém que faz voar as palavras com gestos precisos, desenhados, irrepetíveis.
Luca Aprea é professor nesta escola desde 1998 onde João Brites foi professor durantes vários anos.
Actualmente, Luca dirige o Departamento de Teatro.
Algures perto daqui se conheceram, neste palco dirigiram muitas aulas e exercícios e João Brites convidou Luca para o Bando onde durante largos anos ele foi responsável pela corporalidade, termo que ajudou a desenvolver e a sistematizar.
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A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
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Esta semana conversarmos com Miguel Abreu.
Conhecido produtor e programador de vários projectosculturais marcantes na vida do Bando, percorremos com eles o tricot da sua vida (palavras dele) em que a sua actividade se entrelaça com a do Bando. Falamos da Expo 98 e de Querença, ouvimo-lo distinguir o direito à criação cultural dodireito à fruição, a cultura de inclusão e a que exclui e identificámos alguns dos desafios e exigência do Teatro comunitário.
Percebemos que os caminhos com o Bando começaram com a Natércia Campos e esta conversa foi também umaoportunidade de recordar a nossa Natércia, olhar satélite e observador (palavras do Miguel) nome maior da produção em Portugal que durante tantos anos foi a produção do Bando.
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Entramos numa casa, sentámo-nos num confortável sofá eestamos rodeados de livros de Teatro.
A casa é de Maria João Brilhante que acompanha o Teatro O Bando desde o princípio dos anos 80.
O Bando com todas as transições próprias do percursocontinuou a ser uma companhia de Teatro: Maria João Brilhante foi muitas coisas diferentes neste contacto com o grupo: espectadora, crítica teatral, professora entusiasmada por acompanhar os projectos com os alunos, dinamizadora de projectos de observação teatral e, mais recentemente investigadora responsável pelo projecto de Arquivos de Teatro no qual o Bando está envolvido.
Viemos para perceber melhor, diferenças e semelhanças entre fazer e pensar, entre teoria e prática. Viemos para habitar esse lugar híbrido onde vivem os artistas e as suas criações, a academia e a sua investigação e os críticos e a sua análise da prática teatral.
Entrem connosco nesta sala. Com Maria João Brilhante há sempre lugar para mais alguém se sentar à mesa a falar de Teatro.
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Estamos em Lisboa, numa difícil missão.
Disfarçados com a capa deste podcast viemos tentar convencer o actor Pedro Gil a voltar a fazer a personagem MARIANA, 20 anos depois.
MARIANA foi a primeira personagem de Pedro Gil no Bandoconstruída a partir das cartas de Mariana Alcoforado. Nós não vimos o espectáculo mas tanta gente nos fala dela, que nós queremos que ele volte a entrar na tenda, cenário do monólogo.
Já vão descobrir se fomos bem sucedidos na missão.
Podemos apenas contar que a conversa nos levou por outroscenários: atravessámos juntos a estreita passadeira dos ANJOS (2003), espectáculo que Pedro fez no Bando com texto de Teolinda Gersão, subimos a inclinadíssima rampa do ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA (2004), sentámo-nos na cadeira do Al Berto do espectáculo A NOITE (2009) e terminámos no jogo de Xadrez que foi o PARAÍSO (2022) de Dante Alighieri.
Falar com Pedro Gil é convocar o tempo e a calma que opensamento exige à memória para conversar sobre emoção em cena. O actor sente ou não sente? Ou será apenas um fingidor que chega a fingir o que deveras sente.
Pedro Gil é singular nas alusões e comparações entre a vidae o Teatro. Nunca ninguém tinha comparado a ida ao espaço do Bando com a ida à Eurodisney. Ele foi capaz.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do TeatroO Bando com coordenação de João Neca lançado porocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
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Esta semana conversamos com Rui Pina Coelho.
Doutorado em Estudos Artísticos, visitámo-lo num dos seus locais de trabalho: a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Além de professor, é também escritor e dramaturgo com várias peças publicadas e foi também nessa condição que colaborou com o Bando.
Abriu-nos as portas de uma sala de aulas, sentámo-nos com ele e deixámos voar as palavras, as memórias e as histórias. Falámos de agricultores e de mercadores, do acto solitário da escrita, de carros com 6 rodas, do tempo para imaginar dos artistas, de pequenos almoços a ver nascer o sol e de amizades fundadas em cerveja.
À boleia das amizades de infância, perguntámo-nos: o que fica em quem passa pelo Bando, o que é a experimentação teatral e que gaiola é aquela, suspensa na rua do Carmo algures nos anos 90.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
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Esta semana conversamos com Paula Só.
Actriz de corpo inteiro, confunde-se com a história do Bando e das personagens que foi inventando.
Os espectáculos terminam, já nos esquecemos da dramaturgia e do cenário, mas as personagens da Paula Só sobrevivem ao tempo, rejuvenescem e rejuvenescem-na.
São também dela, com ela e sobre ela, as histórias mais caricatas durante os ensaios, itinerância e espectáculos.
É uma mulher deslocada do mundo, do tempo e às vezes de si própria e é isso que faz dela uma pessoa única. Só podia ser ela.
Bem vindos ao jardim da Paula Só.
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Esta semana conversamos com Anabela Mendes.
Mulher de tantos ofícios na arte teatral, foi nos anos 80 que se cruzou com o Bando como espectadora e crítica teatral. Desde então o namoro não foi interrompido.
Professora incontornável do panorama académico português, olhar sempre atento em tantas e tantas plateias.
Do Bando viu e comentou quase tudo.
Ou nos jornais enquanto jornalista, ou no meio académico enquanto professora ou após as apresentações nas intermináveis e sempre tão saborosas conversas.
Por falar em sabores, Anabela Mendes abriu-nos gentilmente a porta de sua casa em Lisboa e ofereceu-nos uns bolinhos para adoçar a nossa partilha.
Espero que consigam saborear como nós.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do TeatroO Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de RaquelBelchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
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Esta semana conversamos com Teresa Lima.
Sentados na sua sala, rodeados de estantes onde pontuavam livros sobre a voz, escutámo-la.
E que bom é conversar com Teresa Lima sobre voz e emoção. Que bom é aprender com ela sobre os terrenos sonoros que desbravou no campo da Oralidade ao longo de tantos e tantos anos de trabalho no Bando enquanto membro da direcção artística com tantos e tantas actrizes e actores.
Actriz, professora e directora de actores é sobretudo uma mulher da palavra. Vamos ouvi-la.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do TeatroO Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de RaquelBelchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
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Esta semana conversamos com Isabel Atalaia. Mulher com formação em Belas Artes, gestão de empresas e direito, é cooperante e trabalhadora à Bando desde o final dos anos 70. Desenhou cartazes e construiu adereços e cenários…fez produção e contabilidade e actualmente é presidente do conselho fiscal e presta apoio jurídico à actividade do grupo.
Mulher de muitas histórias e memórias, recebeu-nos com um sorriso em sua casa, com os seus cães efusivos a
cumprimentarem-nos à chegada.
Numa pequena sala já estavam, orgulhosamente expostos, materiais gráficos que tinha desenhado para o Bando, alguns deles documentos históricos como é o caso do cartaz original do Afonso Henriques. -
Esta semana conversamos com Raul Atalaia.Actor à Bando desde 1975, já faz parte da mobília, como ele gosta de dizer a sorrir.
Além dos incontáveis espectáculos em que participou como actor, encenou, foi formador e fez parte da direcção da cooperativa durante vários anos e hoje coordena as relações internacionais do grupo.
Conversámos com ele em sua casa, numa tarde bem passada onde acabámos a comer tremoços e a brindar aos 50 anos do Bando com uma cerveja fresca.
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50 anos H(À) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo deMaria Taborda.
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Esta semana conversamos com Clara Bento.
Figurinista e aderecista à Bando desde a chegada a Vale dos Barris em 1999, Clara nasceu no Porto e é formada emBelas Artes. Mulher do desenho e da estética, é cooperante e faz parte da direcção artística do grupo há mais de 25 anos.
É também a fiel depositária de muitas histórias ligadas a objectos de cena e a processos de criação de espectáculos marcantes do Bando.
Conversámos em Vale dos Barris, numa tarde em que a convencemos a deixar a sala 3 - o espaço onde trabalha, entre máquinas de costura e novelos de lã, figurinos pendurados e esquissos para novas criações.
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Esta semana conversamos com Fátima Santos, a Fatinha do Bando.
Mulher indissociável dos grandes espectáculos do grupo, a Fatinha é directora de cena e directora de montagem.Liderou equipas de trabalho em Portugal e pela estrada fora, com desafios e experiências. Falar das histórias do Bando sem perguntar à Fatinha é sempre uma tarefa incompleta.
Costumamos dizer e dizer-lhe que ela é a enciclopédia viva do Bando. Sabe a origem de cada objecto, conhece a fundo a função e história de cada ferramenta.
E por falar em ferramenta, no final da nossa conversa que aconteceu em Vale dos Barris, a Fatinha quis mostrar-nos o “teste da ferramenta”. E lá fomos nós à oficina terminar a nossa conversa, pondo mãos à obra.
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Esta semana conversamos com Rui Francisco.
Arquitecto e cenógrafo à Bando há mais de 25 anos, assinou diversas cenografias de espectáculos marcantes da história do grupo e fez parte da direcção artística e da direcção da cooperativa.
Conversámos com ele numa manhã solarenga em Lisboa. Marcámos encontro no seu atelier de arquitectura e sentámo-nos à mesa, numa mesa especial que o Rui já tinha preparado. No final olhámos à volta e estávamosrodeados de maquetes dos cenários desenhados por ele.
Nada é por acaso, nada é uma pura coincidência quandofalamos do Rui Francisco.