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É neta de um poeta e de um cantor. O pai tinha uma loja de música e ensinou-a a tocar guitarra aos 13 anos - talvez seja por isso que não percebe como é que os pais a deixaram estudar música. “Não faz ideia” como é que torna as músicas em hits, mas acredita que um artista se faz de tentativas e de “errar demasiadas vezes”. Em 2018, ficou conhecida por causa uma audição num programa de televisão, não foi selecionada, mas o original que cantou (a pedido do júri) colocaram-na no top das rádios. Hoje é jurada do programa que lhe deu esse “não”. Bárbara Tinoco é a primeira convidada do Geração 90, o novo podcast de Júlia Palha.
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Júlia Palha abre as portas à geração que cresceu com a revolução digital e que vive ansiosa em relação ao futuro. No Geração 90, fala-se de forma leve do peso que acarretam os sonhos e as expectativas. Todas as terças-feiras novos episódios.
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Nasceu em Coimbra, em 1973. É a mais nova de dois irmãos, filha do “senhor doutor”, figura respeitada na terra e a quem todos recorriam. Desde pequena que tem uma relação de “amor e ódio” com cidade onde cresceu. Sentia-se “claustrofóbica” porque tudo era campo e distante da realidade de Lisboa ou do Porto. Começou a escrever aos 12 anos. E foi com a escrita que percebeu que lhe faltava mundo e horizontes. O pai era madeirense e a família passava as férias de verão na “ilha”. Desde os 18 anos que não regressa ao Funchal com receio de encontrar outra terra e "apagar" as memórias de uma infância feliz. Em casa falava-se de figuras políticas e menos de política ou partidos. O pai sempre a incentivou a ter espírito crítico e hoje não escolhe partidos, nem clubes de futebol, prefere as pessoas com ideais. Foi ele que homenageou no primeiro livro de memórias da carreira. “Não foi um livro planeado. "Escrevi meia dúzia de linhas para anunciar a morte do meu pai no Facebook e a partir desse momento não parei de escrever na minha cabeça. Escrevi durante dias”. A escritora, romancista e tradutora literária, Tânia Ganho é a convidada de Bernardo Ferrão no Geração 70.
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Nelson é o mais velho dos irmãos Rosado, conhecidos pelo nome artístico "Anjos". Nasceu em fevereiro de 1976 e desde muito novo que tem relação com a música e o mundo do espetáculo. O pai tocava acordeão e a mãe cantava fado em festas. Ele e o irmão pisaram cedo o palco, sempre juntos, a cantar aos fins de semana. Mais tarde integraram a banda "Sétimo Céu", mas foi sol de pouca dura. Bateram com a porta e formaram os "Anjos" com êxitos como "Ficarei", "Perdoa" ou "Quero Voltar". O país passou a conhecê-los através da rádio e da televisão, muitas vezes nos tops, garantem que nunca pararam de lutar, porque, como já explicaram, o artista português se quiser ter sucesso tem de fazer um pouco de tudo. Oiça aqui a conversa com Bernardo Ferrão.
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Nasceu no Porto em outubro de 1971. É um dos mais distinguidos criativos portugueses, com mais de 25 anos de carreira por cá, em Espanha, Brasil e Estados Unidos.
João Coutinho ainda quis ser arquitecto, mas acabou por se licenciar em Publicidade. Montou uma agência com uns amigos e, nos primeiros tempos, o principal cliente era a discoteca Indústria, no Porto, para onde faziam flyers e cartazes.
Há três anos, nos Estados Unidos, cofundou a Atlantic, uma agência criativa. Trabalhou para clientes como a Yahoo, Twitter, Amazon Prime ou TikTok. Foi várias vezes premiado e eleito um dos 10 melhores diretores de arte do mundo. Oiça aqui a conversa com Bernardo Ferrão.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Cresceu em Setúbal, vivia com os pais, os três irmãos e a avó, mas nasceu em Lisboa, em novembro de 1972, porque o pai era "alfacinha de gema". Depois da Revolução, o país ficou “demasiado frágil” e viu a “miséria” à porta de casa. “Tinha amigos que não tinham casa, viviam em barracas. Tinha duas colegas de turma que aos 14 anos prostituíam-se”. Teve uma infância e vida privilegiadas, mas as desigualdades sempre o incomodaram. Desde pequeno que quis ser professor, não gostava de jogar à bola na rua e no Verão ia com a mãe, professora, para a escola ajudá-la a fazer turmas. É escuteiro desde os 9 anos e fez teatro em criança. Hoje é professor catedrático de Linguística, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, mas nos últimos oito anos fez parte do Governo de António Costa. Veio da academia, não tem nenhum "passado político" e não foi para a política por vaidade. "Se quisesse popularidade não tinha sido Ministro da Educação". João Costa é o novo convidado do Geração 70. Esta é uma conversa conduzida por Bernardo Ferrão sobre a infância, vida e carreira do ex-ministro e sobre o papel dos professores, alunos e pais hoje nas escolas. “Ser pai não me dá o direito de negar ao meu filho o acesso à informação. A disciplina de cidadania pode ser comparada ao português ou à matemática: é informação”
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Nasceu em Lisboa, em 1974. Viveu com os pais e os avós em Benfica, mas foi na linha de Cascais que cresceu. Aprendeu a ler e a escrever muito cedo para conseguir comunicar com o avô que tinha problemas de audição. Foi pela mão do avô que entrou no ténis e era com ele que ia ver os jogos do Benfica. Licenciou-se em Administração e Gestão de Empresas e entrou para a Altice Portugal em 2003. Desde pequena que é incentivada pela avó e pela mãe a lutar pelos direitos das mulheres. Não sabe como seria a sua vida se tivesse nascido um homem, mas já sentiu que a sua voz foi "ouvida" por ser mulher. Em 2018 mudou-se para a República Dominicana e tornou-se a primeira mulher a presidir uma operadora de telecomunicações naquele país. Foi nomeada CEO da empresa em 2022 e admite que é um cargo cada vez mais "desgastante e muito físico". Um ano depois de assumir o cargo a empresa viu a sede, em Lisboa, ser alvo de buscas na Operação Picoas, e confessa que foi complicado gerir as equipas: "Expliquei à minha equipa que aquilo não era um problema. Na República Dominicana deixámos 4 milhões sem rede e isso foi um problema". Ana Figueiredo é a convidada no Geração 70 desta semana
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Nasceu em 1970, em Angola, onde viveu seis meses. A família mudou-se para Braga, por causa do trabalho do pai, mas foi na Linha de Cascais, na Parede, que cresceu. O nome Boucherie, de origem belga, vem do lado materno. Em criança visitava os avós muitas vezes na Bélgica e recorda “dois mundos totalmente diferentes” - um com Tulicreme e o outro com Nutella. A infância foi passada na rua a comer nêsperas e a jogar à bola. Nunca votou à esquerda, nunca foi a comícios nem foi “jota”. Entrou para a Universidade no tempo em que os jovens lutavam contra o fim das propinas. Nunca foi a favor, e foi nessa altura que “apanhou” o “vírus anti-esquerda”. Com 21 anos já trabalhava como diretor de programas na rádio Marginal, mas foi em 2009 que ficou conhecido do público com a participação no júri dos “Ídolos”: "No programa tinha de ser exigente, fizemos aquilo muito bem, hoje nos concursos de musica só se interessam se o miúdo tem cancro ou se o pai morreu, é um género, a mim isso não me interessa". Pedro Boucherie Mendes, diretor de Conteúdos Digitais de Entretenimento da SIC, é o novo convidado de Bernardo Ferrão no Geração 70
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Nasceu e cresceu em Benguela, Angola, durante a guerra civil. Os pais proibiram-no de brincar com pistolas, levava o dia a ler e a desenhar com o irmão, que é hoje artista plástico. Viajou pela primeira vez para Portugal aos sete anos, por causa de um acidente no olho esquerdo. Os médicos angolanos disseram que não havia solução, mas a mãe não desistiu. Com 17 anos veio viver para Lisboa e nunca mais quis voltar a Angola. Hoje vive em Berlim e sente na pele a “resistência” com os imigrantes: “Ninguém sai do seu país de livre e espontânea vontade. Há uma razão e normalmente é porque algo de muito mau aconteceu no país onde nasceram”. Nesta conversa com Bernardo Ferrão, regressa à Angola de hoje e mostra-se desiludido com o rumo do país que ficará para sempre marcado pela passagem da família Dos Santos. “Isabel dos Santos é o bode expiatório de algo que é muito mais nocivo e que ainda está presente em Angola. A corrupção é quase cultural". Kalaf é o convidado do novo episódio do Geração 70
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Nasceu em outubro de 1974, em Lisboa, mas não viveu sempre em Portugal. Os pais, um “bocadinho hippies”, decidiram voltar para Angola quando nasceu, numa altura em que muitos faziam o sentido contrário. Da “primeira infância" recorda a farda do MPLA que era obrigada a usar na escola e a professora primária, que só tinha o 4.º ano. Viveu lá até 1981. O regresso foi começar do "zero", os pais com três malas e três filhos. Trouxe de Angola os valores que influenciaram a mulher que é hoje. É casada há 25 anos, tem seis filhas, três delas adotadas. “Não é uma coisa estranha nas nossas famílias. Fomos completamente abertos e não colocámos restrições de doenças, etnia, idades". É licenciada em Economia e trabalha na Unilever há 20 anos. Diz que seria “hipócrita” se não reconhecesse que é uma exceção num mundo ainda muito masculino. O marido abdicou da carreira para que ela pudesse voar mais alto e "não há complexos". "Ele tem um papel super ativo com as nossas filhas e temos uma admiração enorme por ele". Teresa Burnay é responsável pelo Marketing e Media e integra a Comissão Executiva da Unilever. Ouça aqui a entrevista com Bernardo Ferrão
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Nasceu em Lisboa, em 1979. Cresceu rodeado de vizinhos, amigos e de mais de 30 primos. A família vivia “sem grandes dificuldades” em Carcavelos e com 10 anos, Bernardo agarrava na bicicleta e ia para a praia. Os pais casaram um ano depois de nascer e por isso diz ser um “produto do 25 de Abril”. Sempre foi uma criança dona do seu nariz, sem “medo” de assumir as suas posições. O pai e o lado paterno da família eram politicamente mais conservadores. O avô tinha, aliás, ligações ao antigo regime: “Nunca o vi como um alto quadro do Ministério do Interior. Via-o como o meu avô, de quem gostava muito”. É conselheiro político do Presidente da República, analista de Assuntos Internacionais, investigador na Universidade Nova de Lisboa. Pai de três filhos, não esconde que já teve muito dissabores ao longo da vida, mas escolheu sempre ficar ao lado dos moderados: "Nem hesitei um segundo em fazer as ruturas necessárias quando o lado escolhido quer anular o meu ou o futuro dos meus filhos”. Bernardo Pires Lima é o convidado do novo episódio do Geração 70.
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Nasceu em 1971, em Paris, três anos antes do 25 de Abril. O pai fugiu da Guerra Colonial para Paris e casou com a mãe por correspondência. A família regressou a Portugal no verão de 1974, mas um ano antes, com apenas 2 anos, já tinha viajado para Lisboa “sozinha” - "Vim passar o Natal. Mandaram-me num avião com uma etiqueta". Cresceu rodeada de artistas, cantores e pintores. Bebeu as influências dos pais e da avó, pintora, com quem aprendeu a fazer croché. Depois da primeira peça em Serralves, tem somado muitos sucessos e é uma das artistas de renome no país. Acredita que um artista “nunca está a trabalhar” e que o seu papel também é “inquietar”. Quase todas as peças inquietam e confessa que a maior desilusão foi o lustre feito de tampões ter sido censurado em Versalhes. Joana Vasconcelos é a nova convidada do Geração 70
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Nasceu e cresceu a ver os pais a trabalhar de "manhã à noite". O irmão, aos 17 anos, entrou nas famosas “oficinas de Alverca” e foi um "alívio" para os pais - o mais velho já tinha o "futuro garantido". Rui Vitória nunca pensou chegar ao topo. Se não fosse jogador, treinaror e professor, teria sido contabilista. Subiu de clube em clube até que chegou o telefonema de Luís Filipe Vieira: "Pensava que não era o passo que o Benfica queria dar". Nesta conversa conduzida por Bernardo Ferrão, o mister Rui Vitória fala sobre a infância, a carreira, a pressão mediática, os momentos difíceis na Luz e ainda e sobre o que pensa dos jogadores nos dias de hoje. Oiça aqui a entrevista no Geração 70.
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Nasceu em 1976, cresceu e viveu no Estoril. O pai trabalhou em vários sindicatos, nomeadamente no sindicato do metalúrgicos, foi artista gráfico e plástico e desenhou alguns dos autocolantes do PPD que fazem parte da coleção de José Pacheco Pereira. Em criança passava tardes nos centros de congressos do PCP. Depois dos grandes incêndios em Pedrógão, fez parte da equipa responsável pela construção das casas naquele município. Na semana dos 50 anos do 25 de Abril, Bernardo Ferrão recebe no Geração 70 o arquiteto Tiago Mota Saraiva, numa conversa sobre política, sobre o comunismo, o fascismo e sobre o resultado das eleições legislativas. O crescimento do Chega e do ódio e os problemas, como o da Habitação, que se mantém há 5 décadas. E de como esta pode “salvar a democracia”.
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Não é todos os dias que Ana e Nuno Markl se sentam para abrir o livro. São duas figuras incontornáveis da rádio, televisão e redes sociais, mas nem sempre confortáveis com tanta exposição mediática. A “ditadura das audiências” assusta-os, mas pior é a ditadura do ódio que se está instalar no debate político: “o nosso pai, de esquerda, zangava-se muito com os amigos por causa da politica, hoje as pessoas estão a zangar-se outra vez”. Nuno e Ana Markl são os convidados do novo episódio do Geração 70. Esta é uma conversa sobre a juventude marcada por longas emissões de rádio gravadas no quarto e sobre os tempos de hoje, mais “assustadores”: “quando em criança me falavam do fascismo achava que o assunto estava arrumado…"
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Nascido e criado na capital da “revolução vermelha”, Setúbal, foi sempre assumidamente de direita. É um dos comentadores políticos mais combativos da atualidade. Um defensor de Passos Coelho, com quem trabalhou nos anos da troika e com quem teve algumas, mas poucas, “divergências”. Crítico da forma como o PSD geriu o Chega, lembra que avisou no devido tempo que o partido de Ventura era uma "ameaça existencial" - o resultado das eleições deu-lhe razão. Ouça aqui a entrevista com Bernardo Ferrão, no Geração 70. Filho de pais licenciados em farmácia e nascido meses depois do 25 de Abril, fala de um país altamente politizado: “em frente ao prédio dos mais pais havia um grafiti que dizia 'Mário Soares fuzilado já!' e não foram as pessoas do PPD que o fizeram.” Miguel Morgado é o primeiro convidado da 2ª temporada do Geração 70.
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Viveu e cresceu em Espinho. Andou sempre na escola pública. Brincava na rua e com 9 anos ia a pé para as aulas: “até tinha a chave de casa”. foi desde cedo um atleta polivalente, jogou andebol, voleibol e até fez ginástica. Com 16 anos, virou-se para o mar de Espinho e tornou-se nadador-salvador. O pai era mais ligado à política do que a mãe, não esquece a primeira campanha da AD e ainda guarda a sua bandeira e do irmão de um comício. Fez-se militante do PSD aos 18 anos e ganhou visibilidade quando Pedro Passos Coelho o escolheu para líder parlamentar nos tempos da intervenção da Troika. Hoje é candidato a primeiro-ministro e enfrenta a ameaça do crescimento do Chega. E depois de 10 de março, imagina um Governo PSD/Chega? “Não, não imagino”. Luís Montenegro é o convidado de Bernardo Ferrão no Geração 70.
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Nasceu em março de 1973, no Porto. Foi um bebé clandestino. O pai soube do seu nascimento através de um anúncio no jornal “O Século” que dizia: “Perdeu-se um álbum de fotografias no comboio Lisboa-Porto”. Foi uma coisa combinada entre os pais e o sentido da viagem determinava se tinha nascido um menino ou uma menina. Filho de pais comunistas, cresceu no meio da política. A porta grande abriu-se quando foi convidado para trabalhar com António Guterres. Foi o herdeiro de António Costa na Câmara de Lisboa e hoje é um dos seus ministros mais importantes. Afasta a entrada num novo governo e fecha a porta a Lisboa. “A vida anda para a frente” e agora é tempo de regressar aos passeios de bicicleta na Almirante Reis. “Engordei nos últimos tempos. Foram muitas horas fechado no gabinete".
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Sonhou ser carpinteiro, depois arquiteto, mas acabou na cozinha. E com mestria. É trineto do primeiro Conde de Burnay e cresceu na quinta da família reconstruída pelo pai pouco antes de morrer. A mãe ficou viúva aos 34 anos e "nunca mais amou ninguém". Na escola levou “calduços” por se vestir “à betinho”. Quando assumiu a chefia do restaurante Tavares “tudo mudou”. Em poucos anos, construiu um império de restauração com o apoio de uma das famílias mais ricas do país. É o chef português com mais estrelas Michelin. Tem 16 restaurantes e 470 trabalhadores. Nada lhe subiu à cabeça e hoje continua a trabalhar para que os seus sonhos continuem a entrar nos sonhos dos outros. Oiça aqui a entrevista a Bernardo Ferrão.
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Pedro Nuno Santos, líder do PS e que quer ser o próximo primeiro-ministro, nasceu em São João da Madeira em abril de 1977. Deu cedo nas vistas no mundo da política. Começou na associação de estudantes, passou pela JS onde se filiou com 14 anos, foi vereador, deputado e governante. Assumidamente de esquerda, foi crítico da terceira via, herdou aliás do pai, empresário, esse lado mais ideológico e de combate. A mãe era mais conservadora. Faz questão de se apresentar como neto de sapateiro, mas já se passeou de Porsche. Em tempos esteve a marimbar-se para a dívida, mas também está na fotografia do primeiro superavit da democracia. Depois foi a tap, o whatsapp de Alexandra Reis, a habitação e agora os CTT. Cicatrizes que carrega para o seu mais importante desafio: se chegar ao lugar de António Costa diz agora é que é: quer fazer algo decente e de jeito pelo país e pelas pessoas. “Havia sempre muita política em minha casa”. Sobre o passado de José Sócrates e António Costa no PS e os planos de futuro ao lado de Galamba, prefere olhar para o dia de hoje: "cada coisa no seu tempo", diz. Oiça aqui o episódio especial ao vivo no Festival de Podcasts do Expresso
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