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Amaury Cardoso nasceu há mais de 50 anos na Rocinha numa família que está há mais de 120 na favela. Ivanilda Pires, que assumiu o nome artístico Yda nã-dãn, nasceu em Maceió, viveu em São Paulo e é moradora recente do morro da Zona Sul carioca, onde habitam mais de cem mil pessoas. Ambos têm em comum uma prática cultural ampla, com a música à frente. Ele é do samba e da MPB. Ela, das tradições de matriz africana. Neste episódio, os dois compartilham com o ouvinte lembranças, mudanças, impressões e emoções que a Rocinha provoca. "Se chegar de ouvido aberto, vai conseguir ouvir o som da verdadeira Rocinha", convida Amaury. Ele aponta para o caldeirão que é o lugar que considera uma cidade: "Rocinha é o Brasil minimizado". Yda nã-dãn destaca a acolhida que recebeu na favela multifacetada que chama de "Rocinhas": "Eu tinha medo e encontrei pessoas afetuosas". Produção: Instituto Moreira Salles, Universidade Columbia de Nova York, Observatório de Favelas (Maré) e Museu Sankofa - Memória e história da favela da RocinhaEntrevistas e edição: Luiza SilvestriniSonorização: Claudio Antonio
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No conjunto de favelas da Maré, lar de quase 140 mil pessoas, há espaço para o sanfoneiro de forró José Afonso Aguiar, apelido Sabiá, e para a baterista de rock Ruth Rosa. Ele é paraibano de Campina Grande, casado com uma gaúcha, e vive desde 1987 na Maré, onde construiu família e carreira, como conta. Ela nasceu na favela, que considera "mais do que um endereço". "É a minha identidade", afirma a integrante da banda Canto Cego, de letras politizadas. Ruth ressalta que os muitos artistas que atuam na Maré não são "favelados fazendo arte, mas artistas fazendo arte". Produção: Instituto Moreira Salles, Universidade Columbia de Nova York, Observatório de Favelas (Maré) e Museu Sankofa - Memória e história da favela da RocinhaEntrevistas e edição: Luiza SilvestriniSonorização: Claudio Antonio
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Os dois são conhecidos por nomes artísticos e já trilharam caminhos inversos. Pocahontas, paulistana que se radicou na Rocinha, foi para a Itália ensinar capoeira e samba. Nizaj chegou de Luanda com 4 anos e é um dos cerca de cinco mil angolanos estabelecidos na Maré. Ela lamenta que cenas de violência alcancem maior repercussão do que histórias de pessoas que ganham a vida com arte. Ele, nome do hip hop, ressalta como o conjunto de favelas em que vive é rico em arte e afirma que visitantes não devem entrar no bairro como se estivessem num zoológico. Produção: Instituto Moreira Salles, Universidade Columbia de Nova York, Observatório de Favelas (Maré) e Museu Sankofa - Memória e história da favela da RocinhaEntrevistas e edição: Luiza SilvestriniSonorização: Claudio Antonio
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Os personagens e as personagens deste podcast dependem da arte por razões financeiras e existenciais. A pandemia foi um golpe em suas vidas. Perderam shows, empregos e pessoas próximas. Reagiram fazendo lives, trabalhos temporários e buscando forças (individuais e coletivas) para enfrentar as dificuldades. O último episódio, que não estava no projeto original, reúne essas histórias. Produção: Instituto Moreira Salles, Universidade Columbia de Nova York, Observatório de Favelas (Maré) e Museu Sankofa - Memória e história da favela da RocinhaEntrevistas e edição: Luiza SilvestriniSonorização: Claudio Antonio