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  • Com algumas poucas declarações concentradas em poucos dias, o presidente Jair Bolsonaro desencadeou uma sucessão de notícias ruins no mercado financeiro, com repercussão internacional. A Bolsa caiu, o real se desvalorizou, o risco-país aumentou, a taxa de juros no mercado futuro também subiu e cresceu entre os investidores a desconfiança em torno do compromisso do governo com a agenda liberal, a agenda do Posto Ipiranga.

    Essa sequência de notícias negativas, que provocou tumulto no mercado, começou quando o presidente criticou a política de reajustes dos preços dos combustíveis praticado pela Petrobras, incluindo o gás de cozinha, e informou que iria zerar o imposto federal sobre o diesel por dois meses sem dizer onde seriam feitos os cortes orçamentários para compensar a queda de receita.

    Para completar, o Palácio do Planalto anunciou o nome do general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco na Presidência da estatal. Esse foi apenas o primeiro alvo. O segundo foi a Eletrobras, criticada pelo presidente de forma pouco clara. Bolsonaro disse apenas que iria “meter o dedo na energia elétrica”. Como as declarações mais explícitas sobre a Petrobras estavam frescas na memória, pensou-se o pior – que não veio.

    Ao contrário, nessa terça-feira, em um momento político que tinha por objetivo reduzir o mal-estar e fortalecer a agenda econômica, bem como seu ministro Paulo Guedes, Bolsonaro esteve pessoalmente no Congresso para entregar uma Medida Provisória que autoriza o BNDES a estudar a privatização da Eletrobras. A companhia, como se sabe, responde por 37% da geração de energia do Brasil e quase 60% do total das linhas de transmissão existentes.

    Os disparos contra as duas estatais, a de petróleo e a de energia, as joias da coroa do Estado brasileiro, foram o assunto dos últimos dias. Afinal, qual é o estrago desses tipos de declarações na economia? Elas tiram a credibilidade do Brasil? Afugentam mesmo o investidor? Pioram a imagem do país? A retomada da economia se tornou mais difícil? Ou tudo isso não passa de marola, que o tempo tratará de fazer esquecer?

    Para discutir esses assuntos, recebemos o economista da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda; e o cientista político Fernando Schüler, colunista do Grupo Bandeirantes. Ele tem acompanhado de perto as movimentações e declarações do presidente.

    Então, Vamos Discutir? Esse é um podcast do Jornal da Band com Lana Canepa e Eduardo Oinegue.

    Sonorização: Sammy Farah

    Produção: Stéfanie Rigamonti

    Direção: André Basbaum

  • O Brasil aplicou 4 milhões de doses da vacina contra o coronavírus em menos de um mês. Parece muito, né? Mas, nesse ritmo, o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 só vai acabar em 2023! E protegendo só o grupo considerado prioritário pelo governo.

    A gente está falando de 77 milhões de pessoas, entre profissionais de saúde, idosos, pessoas com doenças que podem agravar a covid, profissionais do transporte público e até motoristas de caminhão. 

    Para cobrir todo o grupo prioritário com duas doses, vamos precisar de 154 milhões de vacinas. O Brasil tem, por enquanto, menos de 10% desse total, cerca de 13 milhões prontas e já distribuídas. Daqui pra frente isso deve avançar mais rápido com a redução da burocracia exigida pela Anvisa e com as negociações abertas com fabricantes de outros imunizantes, como a Sputnik V, a Covaxin e a da Pfizer.

    A expectativa agora é superar a soma de erros que geraram atrasos e recuperar o ritmo no segundo semestre, para chegar a 2022 com uma campanha mais organizada e eficiente. Potencial a gente tem: o Brasil é reconhecido internacionalmente pela experiência em vacinar. Temos capacidade para superar e muito essas 200 mil doses por dia da campanha de hoje.

    Já conseguimos aplicar muito mais em outras campanhas: cerca de 1 milhão de doses por dia. Mas o que falta para a nossa campanha decolar? Onde estamos errando? E quando todos nós vamos estar vacinados? 

    Conversamos com a epidemiologista Carla Domingues, que coordenou por oito anos o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde; com o médico infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz; e com a doutora e pós-doutora em epidemiologia Ethel Maciel, professora da universidade federal do Espírito Santo.

    Então, Vamos Discutir? Esse é um podcast do Jornal da Band com Lana Canepa e Eduardo Oinegue. 

    Sonoricação: Sammy Farah

    Produção: Stéfanie Rigamonti

    Direção: Andre Basbaum

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  • A eleição no Congresso Nacional chegou ao fim; temos um novo presidente no Senado, Rodrigo Pacheco, e na Câmara dos Deputados, Artur Lira. E temos a lista dos grandes desafios nos esperando. Com Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, o Congresso aprovou a reforma da Previdência, mas não fomos muito além. E o Brasil precisa que as reformas saiam do atoleiro.

    São as mudanças que permitem o país reduzir muita coisa: a dívida pública, a miséria, a carga tributária, a burocracia, o tamanho do Estado. E melhorar também: na geração de emprego e renda, no crescimento econômico, na entrada de investimento estrangeiro, no apetite empresarial e na vitalidade da economia. A lista é extensa e contém medidas que seriam difíceis de aprovar até mesmo em um ambiente de muita integração. O que, pelo menos até agora, não é o nosso caso.

    A batalha foi dura, deixou ressentimentos, acusações de traição, bate-boca pra todo lado, mas o calor da refrega pouco a pouco vai ficando para trás. Quem perdeu ainda está lambendo as feridas, mas quem ganhou já faz planos. E as prioridades dos novos presidentes da Câmara e do Senado foram detalhadas em uma carta entregue ao presidente Jair Bolsonaro: vacina contra covid, reformas e uma alternativa ao auxílio emergencial.

    O governo Bolsonaro começou de costas para o Parlamento e agora se organiza de maneira a jogar o jogo da política tradicional. Nas entrevistas deste podcast é possível compreender melhor os contornos da disputa deste ano no Congresso, quem venceu, como funciona essa relação entre o Executivo e o Legislativo, que é sempre tensa, e como isso afeta a agenda política daqui pra frente. Conversamos com o ex-ministro e ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo e o diretor de jornalismo de Brasília do Grupo Bandeirantes, Sergio Amaral.

    Então, Vamos Discutir? Esse é um podcast do Jornal da Band, com Lana Canepa e Eduardo Oinegue.

    Produção: Stéfanie Rigamonti

    Direção: Andre Basbaum

  • Até agora não prosperou, pela segunda vez, uma tentativa da iniciativa privada para comprar vacinas contra a Covid-19 por fora, para aplicar em paralelo ao programa nacional de imunização do SUS. Em janeiro, um grupo da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas chegou a visitar uma fábrica na Índia para negociar a compra de cinco milhões de doses da Covaxin, que chegariam ao Brasil em março.

    Mas a Anvisa avisou que só libera o registro emergencial para vacinas que fizeram a fase final de testes por aqui, o que não era o caso. Agora, a tentativa foi um pouco mais elaborada: um grupo de grandes empresas tentou comprar um lote de 33 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca para vacinar funcionários e familiares. Mas assumiu o compromisso de doar metade do que fosse comprado, ou seja, 16,5 milhões de doses, para o SUS.

    E a iniciativa recebeu apoio do governo federal. Mas a farmacêutica AstraZeneca deixou claro que não pretende negociar com empresas por enquanto, vai manter a estratégia de vender as doses apenas para a distribuição pelos governos.

    Quem defende a compra de vacinas por empresas fala que é uma ajuda para desafogar a fila do SUS. E quem discorda aposta que usar o poder econômico para atravessar a baixa oferta de doses é furar a fila da vacina. Então, Vamos Discutir? Esse é um podcast do Jornal da Band, hoje com Lana Canepa e com a nossa produtora e editora Stefanie Rigamonti.

    Sonorização: Gabriel Pereira Gonçalves de Freitas

    Direção: André Basbaum

  • O Ministério da Saúde lançou um aplicativo para orientar profissionais de saúde e pacientes sobre a Covid-19. E mesmo depois de dezenas de entidades médicas negarem veementemente que a cloroquina seja eficaz no tratamento da doença, o remédio continua sendo recomendado.

    O aplicativo TrateCOV funciona assim: depois de preencher um formulário sobre os sintomas e estado de saúde, vem uma orientação. E é na mesma linha do que prevê uma portaria publicada pelo Ministério da Saúde em maio do ano passado; a sugestão de tratamento parece ser sempre a mesma: cloroquina e ivermectina são recomendadas até para bebês com diarreia.

    Em nota, a Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Infectologia recomendaram que, por falta de evidências da eficácia e risco de efeitos colaterais graves em pacientes, a hidroxicloroquina tem que ser abandonada imediatamente como tratamento da covid. E deixaram claro que não existe tratamento precoce com medicamentos. As únicas medidas preventivas hoje são distanciamento social, uso de máscaras, higienização frequente das mãos e, agora, a vacina.

    Infelizmente, a questão, que deveria ficar a cargo somente de cientistas e médicos, transformou-se em um imbróglio político. E meses depois do uso indiscriminado de remédios sem comprovação de eficácia, e em doses cavalares, começam a multiplicar relatos de médicos sobre o agravamento de pacientes que chegam aos hospitais com efeitos colaterais, como falência hepática, problemas cardíacos, intoxicação por medicamentos do tal kit Covid, além do surgimento de bactérias resistentes a antibióticos.

    Mas, no grupo da família, dizem que mal não faz, certo? Será? Sobre esse assunto conversamos com o médico do hospital Sírio-Libanês, Alfredo Salim Helito; com o presidente da Associação Médica Brasileira, César Eduardo Fernandes; com o coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Otsuka; e com a infectologista que está atuando na linha de frente da pandemia Tassiana Galvão.

    Então, Vamos Discutir? Esse é um podcast do Jornal da Band, neste episódio com a apresentadora Lana Canepa e a editora Beatriz Corrêa. 

    Coordenação: Stéfanie Rigamonti

    Direção: André Basbaum

  • Falta menos de um mês para a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado e, com todos os nomes na mesa, agora os candidatos fazem campanha para conseguir o apoio dos colegas deputados e senadores no dia 2 de fevereiro.

    Estão em disputa os dois mais altos cargos do Legislativo, nomes que vão estar na linha sucessória do presidente da República. Ou seja, em caso de ausência do chefe do Executivo, quem assume é o vice e, em seguida, o presidente da Câmara. E, se preciso, o presidente do Senado. 

    Portanto, são os dois cargos mais influentes do Congresso Nacional. E a briga está esquentando; já teve aliança surpreendente do PT com o candidato do governo federal no Senado, cobrança explicita de Bolsonaro pelo apoio da bancada ruralista e muita gente falando em independência dos poderes.

    Será que a vitória de um candidato com o apoio do presidente da República abre espaço para interferência na pauta do Congresso? Desequilibra a balança entre os poderes da República? As alianças fechadas pelos partidos agora podem antecipar ou mudar o cenário da disputa de 2022? O que esperar do Congresso neste ano? 

    Então, Vamos discutir? Esse é um podcast do Jornal da Band, nesta edição com Lana Canepa e o editor chefe do jornal, André Basbaum.

    Produção: Stéfanie Rigamonti

  • Enquanto quase 50 países já começaram a vacinação contra o coronavírus, o Brasil ainda se prepara. Os primeiros pedidos de registro na Anvisa chegam nesta semana; isso inclui as duas principais apostas do governo - a CoronaVac, que vai ser fabricada pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e a vacina de Oxford, que vai ser produzida pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.

    Para acelerar a chegada das primeiras doses, o Brasil negocia a compra de um lote de 2 milhões de vacinas da Oxford já prontas, de um laboratório credenciado na Índia. A previsão de chegada é até o fim deste mês de janeiro. E tanto a Fiocruz quanto o Butantan prometem, depois do registro, produzir mais de um milhão de doses de vacina por dia.

    Mas a pergunta que vale um milhão de reais é: Quando o Brasil vai começar a imunização contra o coronavírus? As novas variantes que estão surgindo são mais resistentes que a vacina? E a vida normal, como a gente tinha antes da pandemia, vai demorar muito para voltar? 

    Para abordar esses assuntos, recebemos a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, o microbiologista pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP e coordenador dos projetos pedagógicos do Instituto Questão de Ciência, Luiz Gustavo de Almeida, além do nosso correspondente na Europa, Felipe Kieling.

    Então, Vamos Discutir? Esse é um podcast do Jornal da Band, com Lana Canepa e Beatriz Correa, editora de internacional.

    Direção: André Basbaum

  • Se tem uma coisa certa na vida é a passagem do tempo. Senhor de tudo, é ele que situa os seres humanos no mundo e rege suas atividades. E ainda que nós não tivéssemos “fatiado” o tempo, a ponto de dividi-lo em segundos, minutos, horas, dias, meses e anos, ele estaria presente nas nossas vidas do mesmo jeito.

    O dia e a noite, as mudanças nas estações climáticas, fenômenos astronômicos, como o eclipse solar ou o alinhamento de Júpiter e Saturno, que presenciamos em 2020 ... tudo isso faz parte de ciclos naturais, que acontecem a cada determinado período de tempo.

    Mas se, por um lado, o tempo é esse elemento único e universal, pelo menos para a física de Newton, a percepção que nós temos dele muda de pessoa para pessoa, e em momentos diferentes das nossas vidas. Por exemplo, é comum ouvirmos que esse ano passou muito rápido. A pandemia e as imposições vindas com ela, como o confinamento e o distanciamento social, trouxeram uma nova forma de notarmos a passagem do tempo.

    Para conversar sobre a diferentes formas de percebermos o tempo, Joana Treptow e Stéfanie Rigamonti recebem o físico Junior Saccon Frezza, mestre e doutor em Educação.

    Um Papo sobre Ciência é o podcast do Jornal da Band que tem a proposta de aprofundar temas e descobertas do universo científico.

    Direção: André Basbaum

  • Um dos principais acontecimentos do ano, uma das lembranças mais vívidas na memória de todo o mundo é o Natal: momento de união e celebração. Desde o ano de 1.100 d.C., é a festa religiosa mais importante do Ocidente. Para os cristãos, é a celebração do nascimento de Jesus.

    A palavra Natal tem origem no termo em latim “natalis”, que significa nascer. Foram os romanos os responsáveis por cravarem a data do nascimento de Jesus em 25 de dezembro, dia de grandes comemorações. Mas historiadores questionam. Em dezembro, os invernos na região do Oriente Médio são rigorosos. Como um menino nasceria em uma estrebaria em condições congelantes?

    Fato é que a tradição de comemorar o Natal nessa data se perpetuou, com novos elementos: casas enfeitadas, luzes, neve, Papai Noel, presentes, presépio... Como surgiram esses símbolos? Quer entender? Então, vem com a gente para um Papo sobre Ciência, podcast do Jornal da Band que tem a proposta de aprofundar temas e descobertas do universo científico.

    Neste episódio, as apresentadoras Joana Treptow e Paloma Tocci entrevistam o historiador e professor Alfredo Moreira da Silva Junior, especialista em História das Religiões.

    Coordenação: Stéfanie Rigamonti

    Direção: André Basbaum e Andressa Guaraná

  • Na corrida contra o coronavírus, elas podem não ter largado na frente. Mas ultrapassaram na reta final dos testes e ganharam posição de destaque. Estamos falando das vacinas produzidas a partir do RNA mensageiro do vírus. Dois imunizantes contra a covid utilizam a tecnologia: o da Pfizer/BioNTech e o da Moderna.

    Já faz um bom tempo que as vacinas genéticas são estudadas: desde a década de 90. A empresa alemã de biotecnologia BioNTech e a farmacêutica norte-americana Moderna, por exemplo, se especializaram apenas na tecnologia. Mas esses imunizantes nunca tinham sido utilizados. O ponta pé de que precisavam para entrar no mercado foi dado na pandemia.

    Com o coronavírus, ambas as empresas conseguiram um investimento sólido para colocar em prática suas pesquisas. Agora, as vacinas genéticas prometem revolucionar a Medicina e marcar uma nova era na produção de imunizantes. Quer entender como funciona a tecnologia e como ela está sendo aplicada contra a Covid-19? Então, vem com a gente para um Papo sobre Ciência, podcast do Jornal da Band que tem a proposta de aprofundar temas e descobertas do universo científico.

    Com apresentação de Joana Treptow e Stéfanie Rigamonti, o entrevistado é o microbiologista pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP Luiz Gustavo de Almeida, coordenador dos projetos pedagógicos do Instituto Questão de Ciência.

    Direção: André Basbaum e Andressa Guaraná

  • O número de pessoas que recorrem à fertilização in vitro no Brasil cresceu 168% em sete anos. Apenas em um ano, esse aumento foi de quase 20%, segundo o último relatório do Sistema de Produções de Embriões, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    Quando a fertilização in vitro foi criada, há mais de 40 anos, casais inférteis não tinham a esperança de poder gerar um filho. Mas muita coisa mudou desde o nascimento do primeiro bebê de proveta, em 1978. Hoje, as várias técnicas disponíveis permitem não só que pais e mães retomem esse sonho, como também oferecem a oportunidade de retardar os planos da maternidade.

    Inclusive, muitos especialistas analisam que as mudanças culturais e sociais em torno da maternidade são um dos responsáveis pelo aumento de embriões congelados e pela procura da fertilização in vitro. Por engravidarem cada vez mais tarde, as mulheres acabam muitas vezes dependendo dos métodos de reprodução assistida.

    E dá pra escolher congelar embriões gerados dos óvulos e espermatozoides dos próprios pais. Ou então, adotar um embrião congelado. Foi essa a opção de um casal dos Estados Unidos, que deu à luz um bebê que já nasceu, no fim deste ano, quebrando um recorde: o embrião de Molly Gibson foi o que permaneceu por mais tempo congelado e que resultou em um nascimento. Estamos falando de 27 anos de congelamento!

    Essa história envolve várias questões importantes, que dizem respeito não apenas ao desenvolvimento científico da Medicina, como também às mudanças da sociedade moderna e até questões éticas. Para abordar o assunto, recebemos o ginecologista obstetra Rodrigo da Rosa Filho, especialista em reprodução humana.

    Um Papo sobre Ciência é o podcast do Jornal da Band que tem a proposta de aprofundar temas e descobertas do universo científico. A apresentação é de Joana Treptow e Sonia Blota.

    Coordenação: Stéfanie Rigamonti

    Direção: André Basbaum

  • Recentemente, viralizou um vídeo de uma ex-bailarina espanhola, com Alzheimer, que se lembrou da coreografia de 'O Lago dos Cisnes', quando tocou a música do ballet, composta por Tchaikovsky. Isso mostra o poder de ativação do cérebro. Apesar de tão debilitada, Marta González respondeu a um estímulo, com informações armazenadas durante toda a vida dela.

    Todo mundo se sente mais feliz quando escuta uma música animada. Ou fica emotivo com uma melancólica. Esses estímulos não são coincidência, são ciência. É fato: a música desperta o cérebro e traz benefícios para a saúde. Acalma, alivia dores, melhora a memória e o humor, estimula movimentos... Isso acontece conosco, seres humanos, desde a gestação.

    Tanto que o neurologista e psiquiatra Oliver Sacks nos considera uma “espécie musical”. O pesquisador acompanhou dezenas de pacientes com doenças cognitivas graves e comprovou que a música evoca memórias supostamente perdidas nos meandros do cérebro. 

    Para entender melhor a relação entre a memória e a música e falar do poder do cérebro, o podcast do Jornal da Band sobre ciência desta semana recebeu o renomado neurocientista Miguel Nicolelis.

    Um Papo sobre Ciência é o podcast do Jornal da Band que trata de temas do universo científico, com Joana Treptow e Stéfanie Rigamonti.

    Direção: André Basbaum 

  • A cada eleição o fenômeno aparece, e aconteceu de novo em 2020. Estamos falando daquele fatiamento partidário, da sopa de letrinhas que mais uma vez surgiu nas prefeituras e nas câmaras dos vereadores. Mais de 5,5 mil municípios elegeram prefeitos e vereadores em 2020 e o resultado das urnas foi ainda mais fragmentado do que em eleições anteriores.

    Há vários aspectos que a gente poderia explorar nessa eleição, como a taxa de reeleição, que foi alta, ou a preferência por parte do eleitor por políticos mais profissionais. O recado foi claro, pelo menos por enquanto: a onda conservadora perdeu força e os discursos de extremos ideológicos também.

    Mas a gente discute neste podcast a fragmentação, porque ela acabou se tornando a materialização do que o nosso sistema político tem de mais frágil. Dos 32 partidos registrados no Brasil, 29 elegeram prefeitos. É muita coisa!

    Mas a reforma política de 2017 não prometia reduzir a quantidade de partidos no Brasil? O que a disputa deste ano nos ensina? Sobre esse assunto, conversamos com o professor e cientista político, colunista do Grupo Bandeirantes, Fernando Schüler.

    Então, Vamos Discutir? Esse é o podcast do Jornal da Band com Eduardo Oinegue e Lana Canepa.

    Coordenação: Stéfanie Rigamonti

    Direção: André Basbaum

  • O Planeta abriga 20 mil espécies de abelhas. Esses pequenos seres são essenciais para a manutenção do ecossistema e cumprem uma função importante nas nossas vidas. Mas já faz alguns anos que os cientistas têm registrado uma diminuição da população de abelhas no mundo. O uso excessivo de pesticidas, a destruição de seu habitat natural e a criação intensiva do inseto pela indústria melífera são algumas das causas. Mas o principal desafio dos pesquisadores que estão interessados na preservação da abelha é a falta de dados sobre a variedade de espécies que vivem nos continentes.

    Para tentar resolver esse problema, cientistas de diferentes países se uniram para publicar o primeiro Mapa Global das Abelhas, com informações importantes sobre a distribuição desses insetos pelo planeta. Embora ainda falte muita pesquisa sobre o assunto, com esse trabalho já foi possível tirar algumas conclusões. E o mais relevante do mapa foi mostrar a importância de se estudar melhor as abelhas, já que 96% das espécies ainda são mal documentadas. 

    Para entender o que a ciência já sabe sobre as abelhas, a importância delas para o planeta e por que precisamos delas, conversamos com o biólogo especialista no inseto e professor da Universidade de São Paulo, Tiago Mauricio Francoy.

    Um Papo sobre Ciência é um podcast do Jornal da Band, neste episódio apresentado por Stéfanie Rigamonti.

    Supervisão: Luciano Dorin

    Direção: André Basbaum

  • A morte por espancamento de um homem negro em uma unidade do supermercado Carrefour, no Rio Grande do Sul, dispensa grandes investigações. O episódio foi integralmente filmado. E não resta a menor dúvida do grau de violência dos dois seguranças contra João Alberto, e do absurdo envolvido na história.

    A agressão aconteceu na véspera do Dia da Consciência Negra e provocou revolta. Protestos foram registrados em várias cidades e milhares de pessoas foram às ruas para impedir que o assassinato de João Alberto seja esquecido. A resposta lembrou o episódio da morte de George Floyd, o homem negro sufocado durante uma abordagem policial nos Estados Unidos.

    É necessário com urgência debater a questão do racismo no Brasil. A fatia dos que se declaram negros e pardos na sociedade brasileira é 56%. Entre os desempregados, no entanto, eles representam 64%. Entre os analfabetos são 75%. Entre os que concluíram a faculdade, 35%. Entre os presos, 66%. Entre os assassinados, 75%. Coincidência? A exclusão da população negra passa ainda pelo salário. E pela presença baixa entre os cargos de chefia e direção nas empresas.

    O episódio lamentável do assassinato de João Alberto jogou luz no grave problema do racismo no Brasil. Para discutir o assunto, conversamos com o jornalista e escritor Laurentino Gomes e com a historiadora, pesquisadora mestre em relações étnico-raciais, professora e consultora de Diversidade, Aline Nascimento.

    Esse é um podcast do Jornal da Band com Lana Canepa e Eduardo Oinegue.

    Coordenação: Stéfanie Rigamonti

    Direção: André Basbaum

  • Em 2021 o mundo inicia uma nova década e, com ela, um compromisso global foi firmado pela Assembleia Geral das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável do Planeta. A chamada Agenda 2030 estabelece 17 objetivos que devem ser alcançados por todos os países para o uso sustentável dos recursos naturais até o fim desta década. O 14° objetivo diz respeito unicamente à Vida na Água e visa conservar os oceanos e mares.

    Por isso, em 2017, foi proclamada a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. Desde então a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) prepara um plano para 2021, com um conjunto de avanços científicos e tecnológicos para que seja possível alcançar alguns resultados até 2030, como oceanos limpos, sustentáveis, produtivos e acessíveis.

    E o Brasil faz parte desse compromisso, por meio do Programa Ciência do Mar, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Mas, afinal, de que forma esse assunto interessa pra gente? Os oceanos ocupam cerca de 71% da superfície do planeta. E eles oferecem respostas a vários desafios postos na atualidade. Não à toa, houve um amplo crescimento nas demandas pelos recursos marinhos nos últimos anos, a ponto de, hoje em dia, os mares representarem a 7ª economia do mundo.

    Se pararmos pra pensar que o Brasil é o segundo país com a maior costa contínua no mundo, dá para entender por que essa questão é importante para nós. Para entender melhor a relevância dos oceanos no nosso dia a dia, recebemos o oceanógrafo Alexandre Pereira Cabral, diretor técnico da Associação Global pela Resiliência, Redução de Risco de Desastre e Meio Ambiente.

    Este é Um Papo sobre Ciência, podcast do Jornal da Band com Luciano Dorin e Joana Treptow.

    Coordenação: Stéfanie Rigamonti

    Direção: Andre Basbaum

  • Uma eleição com menos polarização e menos briga, mas bastante marcada pelo notório cansaço do eleitor com a política e com os políticos. Será que faltou interesse por parte da população? Em meio a uma pandemia, com mais de sete meses de isolamento para alguns, sair de casa nem era uma hipótese para muita gente. Tanto que o pleito deste ano teve a maior abstenção em 20 anos. Mas para além dessa questão, qual foi o peso da pandemia nestas eleições?

    O resultado em sete das 25 prefeituras de capitais em disputa saiu já no primeiro turno; em algumas, como Salvador e Belo Horizonte, o candidato ganhou com bastante folga. Dessas sete prefeituras, em seis houve reeleição, cujo índice foi bem maior que o de quatro anos atrás.

    Entre os partidos, quem ganhou e quem perdeu? Já tem um tempo que os analistas políticos não pintam mais o mapa pós-eleitoral só de azul e vermelho. A fragmentação aumenta a cada nova disputa. O MDB encolheu, mas ainda assim é o partido com mais prefeitos eleitos em 2020. Na sequência vem PP, PSD, PSDB, DEM, PL, PDT, PSB e PTB, a maioria partidos do chamado centrão, que agora compõe, em parte, a base aliada do governo Bolsonaro.

    Pelo menos um avanço foi o número de mulheres e negros eleitos. Houve um aumento tímido, mas foi maior do que na disputa passada. Além disso, em 2020, duas mulheres trans foram escolhidas pelos eleitores.

    Para compreender melhor todo esse cenário, conversamos com o cientista político Paulo Kramer, professor licenciado do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, e o publicitário Fabio Veiga, que tem experiência com marketing político.

    Então, Vamos Discutir? Este é um podcast do Jornal da Band, com Eduardo Oinegue e Lana Canepa.

    Coordenação: Stéfanie Rigamonti

    Direção: André Basbaum

  • Sem as vacinas, talvez nós não estivéssemos aqui hoje. Isso porque, no passado, famílias inteiras teriam morrido de doenças que, atualmente, graças aos imunizantes, já foram erradicadas no Brasil e no mundo. Além disso, antigamente muitas crianças doentes por falta de vacinação sofriam sequelas que eram obrigadas a carregar para a vida inteira.

    Mesmo assim, a relação da sociedade com os imunizantes nem sempre foi amigável e é marcada por desconfianças, medos coletivos e rejeição. Atualmente, campanhas de vacinação no Brasil têm tido baixa adesão, por exemplo, e doenças têm voltado a circular por causa disso – o sarampo é uma delas. Durante a pandemia, embora haja a expectativa por um imunizante, as vacinas não escaparam das dúvidas, politização e polêmicas. 

    Da varíola ao coronavírus, o podcast do Jornal da Band "Um Papo sobre Ciência", dedicado ao jornalismo científico, estreia abordando a história das vacinas. Para isso, a apresentadora Joana Treptow e o editor-executivo do Jornal da Band, Luciano Dorin, recebem o historiador e pesquisador na área de História da Ciência e Tecnologia, Gabriel Kenzo Rodrigues.

    Coordenação: Stéfanie Rigamonti

    Direção: André Basbaum

  • A eleição nos Estados Unidos aconteceu no dia 3 de outubro. Mas, passada uma semana, a apuração dos votos ainda não tinha acabado.  E olha que mais de 100 milhões de eleitores votaram antecipadamente. Um dos motivos para a demora na apuração é o voto em papel! Por outro lado, na eleição brasileira, e vamos ver isso na apuração do resultado da corrida municipal deste ano, o resultado sai quase na hora. Motivo? Voto eletrônico. Os norte-americanos, contudo, não discutem a troca do seu sistema. Tampouco o Brasil.

    Mas repetidas acusações de fraude e desinformações, aqui e lá, estimulam o debate. Afinal, quais são as vantagens do nosso sistema eleitoral? O que aconteceria se voltássemos a ter voto em papel? Dá para confiar na urna eletrônica? Para abordar o assunto, conversamos com o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral, Giuseppe Janino. E para trazer um olhar histórico para a discussão e lembrar como era o país quando tínhamos o voto em papel, recebemos o professor do Departamento de História da USP, Marcos Napolitano, especialista em História do Brasil Republicano.

    Então, Vamos Discutir? Este é um podcast do Jornal da Band com Lana Canepa e Eduardo Oinegue.

    Coordenação: Stéfanie Rigamonti

    Direção: André Basbaum

  • Nos últimos oito anos, Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google, as chamadas “big techs”, multiplicaram seu valor de mercado sete vezes. A economia mundial já viu crescimentos espantosos em outros setores, como o do petróleo. Mas tem algo muito diferente no caso das “big techs” e de seus balanços expressivos.  E que tem colocado todas elas no centro de uma discussão mundial.

    Essas empresas ganham dinheiro lidando com uma matéria-prima muito particular, sue são os dados das pessoas que utilizam os seus serviços. Por um lado, isso facilita a busca nas pesquisas, mostrando na tela do computador ou do celular exatamente aquilo que as pessoas procuram. Mas, por outro lado, dão às empresas uma vantagem competitiva justamente em razão desses dados coletados.

    Como esse gigantismo deve ser enfrentado? De que maneira as pessoas podem se proteger contra o uso de seus dados pessoais? O acesso às informações devem ter limite? E o ganho financeiro que essas empresas têm com base em conteúdos produzidos por terceiros?

    Para entender melhor esse assunto, conversamos com o especialista em Tecnologia e Inovação, Arthur Igreja, e a advogada e professora especializada em Direito Digital, Camilla Jimene. 

    Então, Vamos Discutir? Esse é um podcast do Jornal da Band com Eduardo Oinegue e Lana Canepa.

    Coordenação: Stéfanie Rigamonti

    Direção: André Basbaum