Episódios

  • A Polícia Federal e o Departamento de Polícia Técnica da Bahia começaram nesta quinta-feira (6) a fazer uma perícia na Igreja e Convento de São Francisco. Na véspera, o forro do teto desabou, em um desastre que matou uma pessoa e feriu outras cinco. Os responsáveis disseram que a investigação não deve ter resultado a curto prazo.A rádios da Bahia o presidente Lula (PT) disse “ter bronca” do tombamento de imóveis. "O cidadão não coloca orçamento para que isso seja conservado. Você tomba e a coisa vai envelhecendo, vai caindo. Para que tombar se não há responsabilidade de cuidar?”No caso da chamada “Igreja do Ouro”, desde 2016 o Ministério Público Federal tenta que a Comunidade Franciscana da Bahia e o Iphan façam reformas estruturantes, e o responsável pelo local tinha avisado o órgão de patrimônio que o forro do teto estava com problemas.O desastre não é isolado: em Salvador, um levantamento da Defesa Civil mapeou 444 imóveis com risco alto ou muito alto de desabamento ou incêndio, e em outras partes do país casos semelhantes levaram a grandes desastres, como o do Museu Nacional.O Café da Manhã desta sexta-feira (7) discute o patrimônio brasileiro. O historiador Rafael Dantas, consultor e curador, explica como as responsabilidades são e deveriam ser atribuídas na preservação, fala dos gargalos do país e trata das prioridades para que casos como o da igreja de São Francisco não se repitam. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ignorou críticas vindas de praticamente toda a comunidade internacional e disse nesta quarta-feira (5) que “todo mundo amou” a ideia dele de o país assumir o controle da Faixa de Gaza. A proposta foi citada na véspera, em uma entrevista coletiva ao lado do premiê de Israel, Binyamin Netanyahu.Trump não deu detalhes do plano e nesta quarta afirmou que “não era o momento” de mais perguntas sobre ele; integrantes do governo se contradisseram ao tentar explicá-lo. Líderes do Oriente Médio, membros de grupos palestinos, chancelarias ocidentais e a ONU rechaçaram a fala, citando violações de direitos e o risco de limpeza étnica.Muitas análises também pararam em um ponto ainda anterior, que tem sido recorrente neste segundo mandato do republicano: quanto Donald Trump falou sério, quanto soprou um balão de ensaio e quanto falou sem pensar —e quanto seria normal o presidente dos Estados Unidos fazer isso.O Café da Manhã desta quinta-feira (6) analisa a política de bravatas no segundo mandato de Trump. O doutor em semiótica Paolo Demuru, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pesquisador da PUC-SP, discute a estratégia do americano, como ela mobiliza apoiadores e os desafios para lidar com isso quando ameaças vêm da liderança de uma das maiores economias do mundo. Demuru é autor do livro “Políticas do Encanto: Extrema Direita e Fantasias de Conspiração”. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

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  • A recente eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência da Câmara e do Senado marcou a manutenção do centrão no comando do Congresso. Além dos dois, representantes do grupo vão ocupar cargos-chave nas mesas diretoras das Casas.Pouco depois da vitória aliados já discutiam cenários para a reforma ministerial pretendida pelo governo Lula (PT), com um choque no desenho da gestão, e de retomada do controle sobre as emendas parlamentares —tema que se confunde com a consolidação do centrão e com o aumento do poder do Legislativo sobre o Orçamento público. As pautas podem manter as desconfianças que têm gerado atritos entre os Poderes, ainda que tanto Lula quanto Luís Roberto Barroso (Supremo Tribunal Federal) tenham feito acenos a Motta e Alcolumbre. E indicam a possibilidade de divisões no amplo amálgama do centrão, com o PSD de Gilberto Kassab puxando os estremecimentos com vistas a 2026.O Café da Manhã desta quarta-feira (5) fala do momento atual do centrão, já de olho em 2026. A cientista política Daniela Costanzo, pesquisadora no Cebrap e pesquisadora visitante da Sciences Po, em Paris, discute como a estratégia do grupo mexe no jogo político, que mudanças o bloco viveu nos últimos anos e o que dá para esperar do centrão nas próximas eleições. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Acordos anunciados nesta segunda-feira (3) deixaram em evidência parte dos motivos para o tarifaço que Donald Trump prometeu no fim de semana. As taxas extras de até 25% sobre produtos importados canadenses e mexicanos entrariam em vigor nesta terça (4), mas foram suspensas temporariamente.O premiê Justin Trudeau e a presidente Claudia Sheinbaum conversaram com Trump e viabilizaram planos de proteção das fronteiras com os Estados Unidos. O republicano inicialmente falava em corrigir déficits comerciais, mas mostrou que as tarifas eram mais uma ameaça para forçar negociações em áreas como imigração e tráfico de opioides.Sobrou, de toda forma, a China —sobre os produtos chineses, as taxas de 10% em tese passam a valer nesta terça. Restou também o temor de uma possível nova guerra comercial e do início de ameaças tarifárias em série de Trump. Ele sinalizou ter alvos como a União Europeia e o Brics.O Café da Manhã desta terça discute as intenções e as consequências da política tarifária do governo Donald Trump. O consultor em comércio internacional Welber Barral, sócio da BMJ e ex-secretário de Comércio Exterior do governo brasileiro, explica as medidas anunciadas pelos Estados Unidos e analisa como essa postura mexe nos negócios e nas relações entre países —entre eles, o Brasil. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Uma pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana mostrou que 93% dos brasileiros que vivem de aluguel ou moram em local cedido sonham com a casa própria; 57% dos jovens de 16 a 24 anos têm planos de comprar um imóvel, um índice similar ao registrado na faixa de 25 a 34 anos.Os dados indicam que a casa própria não deixou de ser almejada pelos brasileiros da geração Z (nascidos entre 1997 e 2010). Por outro lado, muitos deles se questionam se conseguirão transformar esse desejo em realidade num cenário econômico potencialmente mais adverso do que o vivenciado por gerações anteriores.Para discutir se vai ser mais difícil para a geração Z ter uma casa própria, o episódio desta segunda-feira (3) do Café da Manhã conversa com Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain Inteligência Estratégica, especializada em mercado imobiliário. Ele explica o que deixa os imóveis menos acessíveis hoje, trata de contextos que facilitaram essa conquista para jovens de outras gerações e discute estratégias viáveis para quem está com ela no radar. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Câmara e Senado voltam do recesso neste sábado (1º), dia pouco usual para uma sessão do Congresso, com chance mínima de surpresas quanto ao que deve acontecer nas eleições para a presidência das Casas. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) são tidos como virtuais eleitos pelo menos desde outubro passado.Os dois até devem ter concorrentes se lançando para marcar posição, mas construíram arcos de aliança que incluem a benção dos antecessores —Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG)— e apoios formais do PT do governo Lula, do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e de siglas do centrão.O bloco pró-Motta soma 488 dos 513 deputados, e o pró-Alcolumbre, 76 dos 81 senadores —sem contar possíveis traições, já que a votação é secreta. A eleição está marcada para as 10h no Senado e para as 16h na Câmara. Há possibilidade de segundo turno, e o nome que receber a maioria simples de votos é eleito para um mandato de dois anos.O Café da Manhã desta sexta-feira (31) discute o que indica a eleição de cartas marcadas para a presidência da Câmara e do Senado neste sábado. O repórter da Folha em Brasília Ranier Bragon conta quem são Hugo Motta e Davi Alcolumbre, trata da força com que eles chegam ao comando das Casas e analisa o que deve dar o tom das gestões deles —inclusive nas relações com o Planalto e o Judiciário. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se prepara para deixar o cargo neste sábado (1º), quando serão realizadas as eleições para o comando das duas Casas do Congresso. O deputado esteve à frente da Câmara por dois mandatos —foi eleito em 2021, no governo de Jair Bolsonaro (PL), e reeleito em 2023, já com Lula (PT) como presidente.Lira mudou de tom, de discurso e de alianças nesse período. Teve o primeiro mandato marcado com uma parceria próxima com Bolsonaro, barrando seguidos pedidos de impeachment; e tomou posse para o segundo mandato, pós-ataques do 8 de Janeiro, falando em defesa da democracia.Alguns elementos, no entanto, não mudaram ao longo dos quatro anos e viraram marcas da gestão Lira. Entre eles, mudanças e dribles no regimento, o estilo centralizador e truculento apontado por adversários e até por alguns aliados, a concentração de poder e o controle sobre o Orçamento, que rendeu disputas com o Executivo e com o Judiciário.O Café da Manhã desta quinta-feira (30) conta quem é Arthur Lira, o que marcou a gestão dele como presidente da Câmara e o que fica para ele e para a Casa Legislativa agora em diante. O podcast ouve a jornalista do UOL Thais Bilenky, autora do podcast Lira: Atalhos do Poder, do UOL Prime. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • As ações de empresas americanas de tecnologia se recuperaram parcialmente nesta terça-feira (28) do tombo registrado na véspera, atribuído aos impactos da notícia sobre os avanços da startup chinesa de inteligência artificial DeepSeek. A empresa anunciou um modelo mais barato do que os atuais e com desempenho muito similar.O app começou a ser desenvolvido em 2023, com mão de obra chinesa e chips americanos —que teriam sido obtidos antes de o governo Joe Biden barrar a exportação de dispositivos. Segundo a empresa, ele teria custado US$ 6 milhões, muito menos do que o especulado para a versão mais recente do ChatGPT, US$ 100 milhões.Junto com questionamentos sobre a confiabilidade dos anúncios, críticos e analistas fazem ressalvas ao app em si —que é vago quando um usuário faz perguntas sobre fragilidades da ditadura chinesa— e ao mercado, ante o risco de bolha no setor. Para os Estados Unidos de Donald Trump, o risco na mesa também é geopolítico.O Café da Manhã desta quarta-feira (29) discute o que a ascensão do DeepSeek representa para o mercado de inteligência artificial. O advogado Ronaldo Lemos, cientista-chefe do Instituto de Tecnologia e Sociedade e colunista da Folha, explica o que o app tem de diferente, trata das reações a ele e analisa os rumos do desenvolvimento da tecnologia a partir de agora. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Os Estados Unidos vão pausar parte das sanções anunciadas contra a Colômbia, depois de os dois países chegarem a um acordo sobre a deportação de imigrantes. No domingo (26), Donald Trump ameaçou impor tarifas sobre mercadorias colombianas depois de o governo de Gustavo Petro se recusar a receber dois voos militares com deportados; segundo a Casa Branca, Petro depois recuou.Na sexta-feira (24), os atritos diplomáticos por causa de deportações foram com o Brasil, depois da chegada do primeiro voo do tipo da gestão Trump. Os brasileiros denunciaram maus-tratos e o uso de algemas durante o voo. O ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) falou em “flagrante desrespeito” aos cidadãos brasileiros. Nesta segunda (27), voltou a pedir dignidade para os migrantes.Desde que assumiu a Presidência, na semana passada, Trump tem decretado medidas que sustentem o plano de deportação em massa prometido na campanha. Em algumas cidades, agentes começaram a fazer busca ativa por pessoas sem documentação regular. O republicano ainda deslocou militares e helicópteros para a área da fronteira com o México.O Café da Manhã desta terça-feira (28) fala das primeiras medidas da política migratória de Donald Trump. O repórter da Folha Victor Lacombe trata das repercussões dos atritos com Brasil e Colômbia e explica como as decisões do presidente americano impactam o cenário da migração no país e afetam o ambiente regional. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Quem repara uma pessoa inocente que foi presa de forma injusta? Esse direito, da indenização do Estado às vítimas do chamado erro judiciário, está na Constituição; mas o padrão visto nos tribunais tem sido outro.Atendidos pelo Innocence Project Brasil que comprovaram a inocência na Justiça estão entre os casos recentes que engrossam a estatística. Um deles, o ex-lutador Silvio Pantera, contou a história de como passou quase seis anos detido de forma injusta, ao Café da Manhã. Ele teve um pedido de indenização negado na primeira instância no ano passado, e um recurso deve ser julgado no começo de fevereiro.O caso dele é simbólico de pontos como problemas no reconhecimento fotográfico de suspeitos. As questões têm aos poucos fomentado um debate, por meio de entidades da sociedade civil e no âmbito do Conselho Nacional de Justiça. Em nota, o CNJ disse que prevê criar um laboratório de justiça criminal com foco no erro judicial, que deve tratar também da questão da reparação.No episódio desta segunda-feira (27), o Café debate a busca de inocentes vítimas de erro judiciário por reparação. São ouvidos o ex-lutador Silvio José da Silva Marques e a mulher dele, Danielle Sousa dos Santos; os advogados Flavia Rahal, cofundadora do Innocence Project, e Fabio Ozi, sócio do escritório Mattos Filho; o professor de direito constitucional Wallace Corbo (FGV e Uerj); e a aposentada Maria Suzana de Queiroz. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Imaginar uma rede social mais saudável é um exercício que pesquisadores, especialistas e usuários têm feito cada vez mais, desde que as plataformas passaram a ganhar abrangência e relevância no debate público. O debate ganha força em um momento de mudança nas diretrizes de big techs que têm redes sociais.A mais recente a mudar a rota foi a Meta, dona do Instagram e do Facebook, que no início do mês anunciou o fim do serviço de checagem de fatos e a alteração nas políticas que definem o que pode ser postado. O X, ao ser comprado pelo bilionário Elon Musk, já tinha passado por medidas semelhantes, com redução na equipe e na moderação de publicações.Quem endossa as mudanças fala em mais liberdade de expressão. De outro lado, usuários veem uma deterioração do ambiente virtual, com potencial para mais desinformação e radicalização nas plataformas –essa é também a avaliação de quem estuda o tema. O Café da Manhã desta sexta-feira (24) discute se há caminhos para construir redes sociais com menos impactos negativos. A diretora do InternetLab Mariana Valente, professora de direito da Universidade St Gallen, na Suíça, e autora do livro “Misoginia na Internet”, trata do que esperar com menos moderação, do choque entre diretrizes e leis e do que se imaginava para a internet quando ela foi criada.O podcast também ouve a professora da FGV Comunicação Rio Anna Bentes, que trata do que move usuários a continuar nas redes (mesmo quando elas fazem mal) e discute por onde passa a construção de plataformas melhores. Ela é autora do livro "Quase um Tique: Economia da Atenção, Vigilância e Espetáculo em uma Rede Social''. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • A votação para a presidência da Câmara e do Senado, marcada para o dia 1º de fevereiro, tem o cenário provável da eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Nessa toada, em que os dois quase não precisam fazer campanha, temas centrais do funcionamento do Congresso passam ao largo do debate público.Organizações da sociedade civil têm buscado dar destaque à discussão sobre o regimento da Câmara —regras que definem a tramitação de projetos e a organização de cargos e comissões. Isso depois de Arthur Lira (PP-AL) ter, na presidência, usado a distribuição de relatorias para ampliar o poder sobre os colegas, pautado votações-relâmpago e modificado o regimento de forma a tirar força de ferramentas da oposição e da minoria.Entre as entidades envolvidas nesse esforço está o Pacto pela Democracia, que elaborou uma agenda que sugere dez alterações no regimento da Casa. Entre eles, estabelecer critérios para o regime de urgência de projetos, revisar regras de votação remota, fortalecer as comissões e divulgar com antecedência a pauta do plenário.O Café da Manhã desta quinta-feira (23) discute a transparência na Câmara, os caminhos para facilitar a participação cidadã no processo legislativo e o que pode mudar com a nova presidência. São entrevistados Arthur Mello, coordenador do Pacto pela Democracia, e a cientista política Beatriz Rey, pós-doutoranda da EACH/USP e pesquisadora associada à Fundação Popvox (EUA). Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • As primeiras medidas de Donald Trump como presidente do Estados Unidos reforçaram as mensagens de que a prioridade será olhar para dentro e que o multilateralismo perderá espaço na agenda americana. Na segunda-feira (20), o republicano retirou o país do Acordo de Paris, da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de um pacto fiscal acordado na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).As medidas, ainda que esperadas, geraram reações de autoridades e países, que veem com preocupação a recusa de Trump em se manter em espaços de diálogo e cooperação. Também há receio de que órgãos como a OMS percam capacidade de atuação diante da saída de um grande financiador —os EUA respondem por 18% do orçamento da agência.No primeiro mandato, o republicano já tinha tomado iniciativas nessa direção, inclusive com a saída do Acordo de Paris, tratado de 2015 para frear o aquecimento global. O republicano também marcou a primeira gestão por críticas às Nações Unidas.O Café da Manhã desta quarta-feira (22) discute a força que organismos, entidades e tratados multilaterais podem ter sem os EUA. A professora Marianna Albuquerque, do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do perfil @onuempauta, conta quais podem ser os próximos alvos do republicano e analisa as consequências para órgãos internacionais e americanos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Um país pobre, fraco, infestado de criminosos e alvo de chacota. Foi esse o país que Donald Trump descreveu ao assumir pela segunda vez a Presidência dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20). O republicano fez fortes críticas ao antecessor, Joe Biden, para dizer que “o declínio” americano acabou e que o novo mandato dispara “uma era de ouro”.O Trump fortalecido e radicalizado que se esperava desde a vitória eleitoral se mostrou em vários dos protocolos cumpridos por ele. Por exemplo, nos trechos grandiloquentes e nas bravatas dos discursos —em que classificou a segunda-feira de dia da libertação e falou em um mandato para reverter traições— e nas primeiras medidas anunciadas.Elas incluem o perdão a envolvidos no ataque ao Capitólio, de 6 de Janeiro de 2021; duas emergências nacionais —na fronteira com o México, para conter a imigração irregular, e na área de energia, para estimular a produção petrolífera; a saída do Acordo de Paris, sobre o clima; e a regra de que o governo passe a reconhecer só duas categorias de gênero: feminino e masculino.O Café da Manhã desta terça-feira (21) fala da posse de Trump e das mensagens do agora presidente ao reassumir a Casa Branca. A repórter da Folha Julia Chaib, correspondente em Washington, conta do clima em torno da cerimônia, trata das primeiras medidas do republicano e discute o que se espera para os primeiros dias de governo. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Donald Trump toma posse nesta segunda-feira (20) nos Estados Unidos levando à Casa Branca pela segunda vez o mesmo slogan. A ideia de “fazer a América grande de novo” acompanhou o republicano na campanha de 2024, ainda que o cenário interno e externo sob o qual ele governará seja diferente daquele de quando deixou o poder, em janeiro de 2021.Primeiro condenado criminalmente na Presidência americana, Trump assume depois de uma campanha centrada em temas como economia, imigração e gênero. Ele montou o gabinete considerado o mais radical da história para ajudá-lo a tirar do papel promessas de campanha e as feitas na transição —marcada por bravatas como a ideia de anexar o Canadá ou de tomar a Groenlândia.O agora ex-presidente Joe Biden deixa a Casa Branca e uma trajetória de 50 anos na política com a aprovação baixa e um legado incerto. O democrata, que assumiu quatro anos atrás falando em defesa da democracia, se despediu do cargo na semana passada no mesmo tom, exaltando feitos de seu mandato e alertando para a formação de uma “oligarquia de riqueza, poder e influência” que ameaça o sistema democrático. O Café da Manhã desta segunda-feira (20) fala das expectativas para um novo governo de Donald Trump. O professor de relações internacionais Carlos Gustavo Poggio discute o que a transição indica sobre a futura gestão, trata dos recados esperados para a posse do republicano e analisa o que deve marcar os próximos quatro anos nos Estados Unidos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • O Ministério da Fazenda pediu à PF (Polícia Federal) que investigue a divulgação indevida do CPF do ministro Fernando Haddad em meio à onda de desinformação envolvendo o Pix. O caso se soma a outros golpes e fake news sobre a mudança que a Receita Federal tinha proposto na fiscalização sobre transações bancárias.A medida, anunciada em setembro do ano passado, previa que operadoras de cartão de crédito e bancos digitais notificassem à Receita operações acima de R$ 5.000 por mês para pessoas físicas e de R$ 15 mil para pessoas jurídicas —a norma já existe para bancos tradicionais e cooperativas de crédito.A campanha de desinformação sobre a medida, que citava uma falsa taxação do Pix, incluiu um vídeo falso feito com inteligência artificial em que Haddad aparecia anunciando impostos até sobre pets e um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em que ele distorce informações e levanta suspeitas sobre o tema.Diante do que o presidente Lula (PT) viu como uma sucessão de erros, a decisão do governo foi recuar. A Fazenda também editou uma medida provisória para reafirmar que pagamentos por Pix não podem ser taxados.No Café da Manhã desta sexta-feira (17), Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, trata das mensagens que o governo tentou mandar nesse caso, da campanha de desinformação da oposição e do saldo do recuo para o Palácio do Planalto. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Depois de 467 dias de guerra, o governo de Israel e o grupo terrorista palestino Hamas acertaram nesta quarta-feira (15) os termos de um cessar-fogo previsto para durar seis semanas. O acordo, que deve começar a valer no domingo (19), é visto como passo importante para encerrar o mais duradouro conflito aberto na região.O anúncio foi confirmado pelo presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump, que toma posse em cinco dias. O atual chefe da Casa Branca, Joe Biden, que já tinha apresentado um plano similar de cessar-fogo no ano passado, também marcou posição sobre o tema. Os detalhes do acordo foram anunciados pelo Qatar, um dos mediadores da negociação.O acordo deve ter três etapas. Na primeira, o Hamas libertará 33 dos 98 reféns israelenses que ainda estão com o grupo desde os ataques de 7 de Outubro de 2023, gatilho do conflito. Em troca, Israel soltará cerca de mil dos 12 mil prisioneiros palestinos no país. O texto prevê ainda a retirada gradual de tropas israelenses de Gaza e o reforço da ajuda humanitária à região.O Café da Manhã desta quinta-feira (16) discute o que significa o cessar-fogo agora e analisa quem ganha e quem perde com o acordo. O jornalista Diogo Bercito, mestre em estudos árabes, trata dos símbolos de um anúncio às vésperas da posse de Trump e do futuro que está no horizonte para palestinos, israelenses e para o Oriente Médio. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • Lula deu posse nesta terça-feira (14) ao novo ministro da Secretaria de Comunicação do governo, Sidônio Palmeira. O marqueteiro baiano, que comandou a campanha do petista em 2022, chega com status de conselheiro do presidente e com carta branca para mexer na estrutura da pasta —que, sob Paulo Pimenta, vinha sendo alvo de críticas internas.Sidônio é engenheiro de formação e migrou para a área de comunicação política nos anos 1990, se aproximando de petistas da Bahia. Mesmo tendo um perfil visto como conciliador e pragmático, ele pode mexer com a correlação de forças dentro do governo por, em tese, fortalecer a ala ligada ao chefe da Casa Civil, Rui Costa.A chegada dele, além de antecipar outras mudanças especuladas para o primeiro escalão da Esplanada, deve dar nova cara à área digital do governo —onde, aliás, há crises em curso, a exemplo da onda de desinformação a respeito das novas regras de fiscalização do Pix. Na posse, ele reclamou de mentiras contra a gestão e citou um “faroeste digital”.O Café da Manhã desta quarta-feira (15) conta quem é Sidônio Palmeira e discute o que pode mudar a partir da chegada dele ao Planalto, em meio aos desafios na área. A entrevistada do podcast é a repórter da Folha em Brasília Marianna Holanda. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • O aumento da verba destinada às emendas parlamentares, que têm consumido parte cada vez maior do Orçamento, levou deputados e senadores a indicarem até 74% da verba de ministérios do governo Lula (PT) em 2024. Um levantamento feito pela Folha mostrou que a pasta do Esporte é a que tem maior proporção de gastos direcionados pelo Congresso.As emendas têm sido tema de uma queda de braço entre o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso, com capítulos que avançaram sobre o recesso de deputados e senadores. Em dezembro, uma decisão do ministro Flávio Dino chegou a forçar uma pausa nas férias de congressistas, depois do bloqueio de mais de R$ 4 bilhões de emendas de comissão por falta de transparência.As emendas são a forma que deputados e senadores têm de enviar dinheiro do Orçamento público para obras e projetos em suas bases eleitorais. Desde 2020, elas movimentaram R$ 148 bilhões. Na Esplanada, o crescimento das emendas tem significado mais restrições para que ministros definam como o orçamento é usado.O Café da Manhã desta terça-feira (14) discute como as emendas impactam o orçamento dos ministérios e o que isso significa para as políticas públicas. O repórter da Folha em Brasília Mateus Vargas explica quais pastas são mais visadas nesse jogo das emendas, trata do caminho do dinheiro até a ponta (onde ele muda a vida das pessoas) e analisa de que forma a cobrança por transparência pode mexer no uso desses recursos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

  • A Meta anunciou grandes mudanças na semana passada, que incluíram novas políticas de moderação e diretrizes de publicação nas plataformas da empresa e a indicação de Dana White ao conselho. A forma e o conteúdo dos anúncios selaram a aproximação entre Mark Zuckerberg e Donald Trump e o adesismo empresarial ao presidente eleito dos EUA.O movimento já tinha sido visto no X —Elon Musk foi aliado de Trump desde a campanha e vai integrar o governo—e acenos recentes partiram de Jeff Bezos, da Amazon, e Sam Altman, da OpenAI. Os dois prometeram doações para a posse do republicano, assim como Google e Microsoft. O CEO do TikTok se encontrou com o políticoA aliança com o futuro governo, no caso das big techs, levou a questionamentos: tanto em relação aos interesses de cada lado quanto sobre os impactos que ela pode ter em algumas das principais plataformas de redes sociais do mundo. União Europeia, Austrália, Canadá e Brasil criticaram as medidas da Meta, por exemplo; o presidente Lula mandou recados a Zuckerberg falando em soberania e em evitar que as redes virem uma “barbárie digital”.O Café da Manhã desta segunda-feira (13) fala dos impactos do alinhamento das big techs ao trumpismo. O professor de jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Marcelo Träsel, que pesquisa desinformação, discute o que as empresas e o governo Trump ganham com a aliança, explica como as diretrizes das plataformas devem se adequar a regras de diferentes países e analisa as consequências dessas mudanças na geopolítica e no ambiente das redes sociais. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices