Episódios
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No quadragésimo quarto episódio do Estudos Medievais, recebemos Renato Rodrigues da Silva, professor da Universidade Federal Fluminense, para discutirmos a Inglaterra Anglo-Saxônica. Ao longo do episódio, discutimos as transformações políticas, econômicas, literárias e religiosas ocorridas na ilha da Grã-Bretanha entre 410, data do fim da ocupação romana, e 1066, data da conquista normanda liderada pelo duque Guilherme, o Conquistador. Também discutimos as implicações contemporâneas da história da Inglaterra na Alta Idade Média, bem como a própria validade do termo "Anglo-Saxão" para nos referirmos ao período em questão.
Participantes
José Fonseca
Renato Rodrigues da SilvaMembros da equipe
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)Sugestões bibliográficas
DA SILVA, Renato Rodrigues. The Anglo-Saxon Elite. Northumbrian Society in the Long Eighth Century. Amsterdã: Amsterdam University Press, 2021.
DA SILVA, Renato Rodrigues. A Idade Média entre historiografia, ocidente e branquitude: o caso do Anglo-Saxonismo. Roda da Fortuna, Vol. 9, p. 48-74, 2021.
NAISMITH, Rory. Early Medieval Britain, c. 500–1000. Cambridge: Cambridge University Press, 2021.
HIGHAM, Nicolas; RYAN, M.J. The Anglo-Saxon World. New Haven: Yale University Press, 2013.
LAPIDGE, Michael; BLAIR, John; KEYNES, Simon; SCRAGG, Donald G. (Org.). The Wiley Blackwell Encyclopedia of Anglo‐Saxon England. Oxford: Wiley Blackwell, 2013.
HAMEROW, Helena; HINTON, David; CRAWFORD, Sally (Org.). The Oxford Handbook of Anglo-Saxon Archaeology. Oxford. Oxford University Press, 2011.
GARRISON, Mary; STORY, Joanna; ORCHARD, Andy. Alcuin. In Our Time, BBC, 2020. https://www.bbc.co.uk/programmes/m000dqy8
GOERES, Erin; TYLER, Elizabeth; VOHRA, Pragya. Cnut. In Our Time, BBC, 2023. https://www.bbc.co.uk/programmes/m001kpty
FOOT, Sarah; HAWKES, Jane; HINES, John. Saint Cuthbert. In Our Time, BBC, 2022. https://www.bbc.co.uk/programmes/m000rll4
STONE, Simon (dir.). The Dig. Netflix, 2021.
ParticipantesMembros da equipeSugestões bibliográficas
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Neste episódio do Estudos Medievais, tratamos das Etimologias do bispo Isidoro de Sevilha (599-636). Nessa enciclopédia, Isidoro apresenta tanto técnicas para a aprendizagem quanto conteúdo sobre domínios específicos, como Geografia, Matemática, Medicina, Gramática, Construção naval, Agricultura, a Igreja, Deus e os seres vivos. Sobreviveram mais de mil manuscritos reproduzindo partes desse texto e versões impressas dele começaram a ser feitas no século XV. Pela abrangência, exaustividade e multidisciplinaridade do trabalho e pelo reconhecimento dado a ele como referencial de conhecimento desde o século VII, Isidoro foi condecorado como o “padroeiro da Internet”. Para discutir essa obra, recebemos a Profª. Drª. Maria Cristina C. L. Pereira da USP. Ela é coordenadora do LATHIMM (Laboratório de Teoria e História das Mídias Medievais) e uma das responsáveis pelo subprojeto As Etimologias em circulação: do manuscrito ao hipertexto, inserido no projeto temático “Uma História Conectada da Idade Média” (21/02912-3).
Participantes
Isabela Silva
Maria Cristina Leandro PereiraMembros da equipe
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)Sugestões bibliográficas
CODOÑER, Carmen; ANDRÉS SANZ, María Adelaida; MARTIN, José Carlos. Isidoro de Sevilla. In: CODOÑER, Carmen (Ed.). La Hispania visigótica y mozárabe. Dos épocas en su literatura. Salamanca: Universidad de Salamanca, 2010, p.139-155.
DÍAZ Y DÍAZ, Manuel (Ed.). Isidoriana. León: Centro de Estudios Isidorianos, 1961.
FEAR, Andrew; WOOD, Jamie (Ed). A Companion to Isidore of Seville. Leiden: Brill, 2020.
FONTAINE, Jacques. Isidore de Séville. Genèse et originalité de la culture hispanique au temps des Wisigoths.Turnhout: Brepols, 2000.
INNOVATING Knowledge. Disponível em: https://innovatingknowledge.nl/. Acesso em: 10 set. 2024.
ISIDORO DE SEVILLA. Etimologías. Trad. José Oroz Reta and Manuel A. Marcos Casquero Madrid: BAC, 2009 (2ª impr.). Com introdução de Manuel C. Díaz y Díaz.
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Estão a faltar episódios?
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No décimo episódio da série Pefil, o Estudos Medievais recebe o Dr. Artur Costrino, professor de Letras Clássicas e Literatura Brasileira da Universidade Federal de Ouro Preto, para discutir a vida e obra de um dos principais intelectuais do período Carolíngio: Alcuíno de York. O convidado trata da trajetória de Alcuíno, de sua educação em York à corte de Carlos Magno, passando pelo impacto de sua obra entre seus contemporâneos, suas influências clássicas e patrísticas, e a qualidade de seu latim. Também discutimos o processo de edição moderna do texto De Rhetorica, produzida por nosso entrevistado durante seu doutorado na University of York, no Reino Unido.
Participantes
José Fonseca
Artur Costrino
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Sugestões bibliográficas
COSTRINO, Artur. Renascimento Carolíngio. Estudos Clássicos em Dia, FFLCH-USP, 2021. https://youtu.be/puZLbyVglE8
COSTRINO, Artur. Alcuíno. In: SOUZA, Guilherme Queiroz de; NASCIMENTO, Renata Cristina de Sousa (Org.). Dicionário. Cem fragmentos biográficos. A idade média em trajetórias. Goiânia: Tempestiva, 2020, p. 153-158.
GARRISON, Mary; STORY, Joanna; ORCHARD, Andy. Alcuin. In Our Time, BBC, 2020. https://www.bbc.co.uk/programmes/m000dqy8
GARRISON, Mary. The Library of Alcuin's York. In: GAMESON, Richard (Org.). The Cambridge History of the Book in Britain. 1: c. 400-1100. Cambridge: Cambridge University Press, 2012, p. 633-664
GARRISON, Mary. Alcuin of York. In: LAPIDGE, Michael; BLAIR, John; KEYNES, Simon; SCRAGG, Donald G. (Org.). The Blackwell Encyclopaedia of Anglo-Saxon England. Oxford: Blackwell, 1999, p. p. 24-25.
NELSON, Janet. King and Emperor: A New Life of Charlemagne. Oakland: University of California Press, 2019.
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No quadragésimo segundo episódio do Estudos Medievais, recebemos o professor Santiago Barreiro, da Universidade Católica da Argentina, para uma entrevista a respeito das sagas. As sagas são um tipo de literatura em prosa produzida majoritariamente nos séculos XIII e XIV, especialmente na Islândia, mas também em outras partes da Escandinávia. Foram escritas na língua nórdica antiga e podem ser divididas em diversos tipos, como sagas de reis, sagas de bispos, sagas lendárias, sagas de islandeses, entre outras. Neste episódio, o convidado aborda as origens e inspirações para essa literatura, das tradições orais às influências escritas, bem como trata do público-alvo, dos autores e de possibilidades e perspectivas de estudo dessas fontes. Por fim, a historicidade das sagas é debatida, assim como as influências deixadas por essa literatura.
Participantes
Sara Hosana Oderdenge
Santiago Barreiro
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Sugestões bibliográficas
BARREIRO, Santiago; BIRRO, Renan (eds.). Vol.I. El mundo nórdico medieval: una introducción. Buenos Aires: Luciana Mabel Cordo Russo, 2017.
CLUNIES ROSS, M. The Cambridge Introduction to the Old Norse-Icelandic Saga. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.
JAKOBSSON, Ármann; JAKOBSSON, Sverrir (Eds.). The Routledge Research Companion to the Medieval Icelandic Sagas. Londres: Routledge, 2017.
KRISTJÁNSSON, Jónas. Eddas and Sagas. Iceland’s Medieval Literature. Reykjavík: Bókmenntafélagið, 1988.
MCTURK, Rory. A Companion to Old Norse-Icelandic Literature and Culture. Oxford: Wiley-Blackwell, 2007
O’DONOGHUE, H.; PARKER, E. (eds). The Cambridge History of Old Norse-Icelandic Literature. Cambridge: Cambridge University Press, 2024.
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No quadragésimo primeiro episódio do Estudos Medievais, recebemos os professores Daniel Carvalho, da Universidade de São Paulo, e Rafael Verdasca, do cursinho Poliedro, para falar a respeito da História Pública. Os convidados relatam as motivações para criar o seu podcast, o História Pirata, e a sua experiência após quatro anos de produção. Além disso, discutem o próprio conceito de "história pública", abordando sua história e suas variadas definições. Por fim, discorrem sobre a possibilidade de levar reflexões surgidas na universidade para a sala de aula.
Participantes
Daniel Gomes de Carvalho
Eric Cyon Rodrigues
Rafael Verdasca
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Recomendações bibliográficas
ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; ROVAI, Marta Gouvenia de Oliveira. Introdução à História Pública. São Paulo: Letra e Voz, 2011.
CAUVIN, Thomas. Public History: A Textbook of Practice. Nova Iorque: Routledge, 2022.
MAUAD, Ana Maria; SANTHIAGO, Ricardo; BORGES, Viviane Trindade (Orgs.). Que história pública queremos? São Paulo: Letra e Voz, 2018.
Links
Café História
Ditadura Recontada
Estação Brasil
História da Ditadura
História em meia hora
HistóriaFM
História Pirata
História Preta
Hora Americana
Mais Teoria da História na Wiki
Medievalíssimo
Na Trilha da História
Nota Bene
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No quadragésimo episódio do Estudos Medievais, recebemos Leandro Duarte Rust, professor da Universidade de Brasília, para uma entrevista sobre a violência no período medieval. Nosso convidado discute como surgiu a imagem da Idade Média como época de brutalidade e de desordem. Ele explica como essa representação foi importante para as elites europeias em meio ao projeto de construção do Estado. O professor também aborda a contribuição que as Ciências Sociais tiveram para que os historiadores revissem as suas considerações sobre a violência medieval. Finalmente, ele partilha as suas próprias experiências de pesquisa, tanto no caso das Cruzadas como no da representação da violência viking em fontes do Império Carolíngio.
Participantes
Isabela Alves Silva
Leandro Duarte Rust
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Sugestões bibliográficas
BROWN, Warren. Violence in Medieval Europe. London: Longman/Pearson, 2011.
BUC, Philippe. Holy War, Martyrdom and Terror: Christianity, Violence and the West. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2015.
CLASTRES, Pierre. Archéologie de la violence: La guerredans les sociétés primitives. Gémenos: Editions de l'Aube, 1999 (1ª ed. 1977).
HORSLEY, Richard. Jesus e a espiral da violência:Resistência Judaica Popular na Palestina Romana. São Paulo: Paulus Editora, 2010.
ZIZEK, Slavoj. Violência: Seis Reflexões Laterais. São Paulo: Boitempo, 2014.
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No trigésimo nono episódio, o Estudos Medievais recebe a professora Thais Fonseca, professora titular aposentada de História da Educação na UFMG, para tratar das formas de divulgação do conhecimento histórico através das mídias. A convidada discute as relações da História entre o espaço acadêmico e o espaço escolar e dos historiadores com a divulgação de seus trabalhos. Aborda também as diversas mídias utilizadas desde o século XX para a divulgação histórica e aponta suas mudanças nas últimas décadas. Por fim, a professora reflete acerca do papel das mídias na produção do conhecimento histórico voltado para a educação.
Participantes
Eric Cyon
Thais Nivia de Lima e Fonseca
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Sugestões bibliográficas
FONSECA, T. N. L. E. Mídias e divulgação do conhecimento histórico. AEDOS: Revista do corpo discente do programa de pós-graduação em História da UFRGS, v. 4, p. 129-140, 2012.
MAUAD, Ana Maria; ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; SANTHIAGO, Ricardo (orgs.). História Pública no Brasil: Sentidos e itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2016.
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No seu trigésimo oitavo episódio, o Estudos Medievais recebe Gabriel Cordeiro, doutorando pela Universidade de São Paulo, para uma conversa sobre a primeira pandemia de peste, também conhecida como Peste Justiniana. O pesquisador aborda questões biológicas da peste, incluindo sua forma de propagação, o agente patogênico e os sintomas associados à doença. Além disso, explora os primeiros relatos da manifestação da doença. Por fim, discute as interpretações mais recentes dos historiadores sobre o impacto dessa pandemia na região do Mediterrâneo.
Participantes
Carolina Santos
Gabriel Cordeiro
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Recomendações bibliográficas
GREEN, Monica H. Climate and Disease in Medieval Eurasia. In: LUDDEN, David. Oxford Research Encyclopedia of Asian History. Nova Iorque: Oxford University Press, 2018.
MORDECHAI, Lee; EISENBERG, Merle; NEWFIELD, Timothy; IZDEBSKI, Adam, KAY, Janet; POINAR, Hendrik. The Justinianic Plague: An Inconsequential Pandemic? Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 116, n. 51, p. 25546-25554, 2019
NEWFIELD, Timothy. Mysterious and Mortiferous Clouds: The Climate Cooling and Disease Burden of Late Antiquity. in: IZDEBSKI, Adam; MULRYAN, Michael (Eds.). Environment and Society in the Long Late Antiquity. Leiden: Brill, p. 89-115, 2018.
SARRIS, Peter. New Approches to the ‘Plague of Justinian’. Past & Present, v. 254, n. 1, p. 315-346, 2022.
WIECHMANN, Ingrid; GRUPE, Gisela. Detection ofYersinia pestis DNA in two early medieval skeletal finds from Aschheim (Upper Bavaria, 6th century A.D.). American Journal of Physical Anthropology, v. 126, n. 1, p. 48–55, 2004.
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Em seu trigésimo sétimo episódio, o Estudos Medievais recebe Marina Duarte Sanchez, doutoranda pela Universidade de São Paulo, para falar sobre as práticas funerárias das sociedades do período medieval. A pesquisadora apresenta as principais fontes disponíveis para o estudo das celebrações mortuárias, assim como debate os cuidados metodológicos necessários em suas análises. Ela discute a relação dos espaços fúnebres com seus contextos históricos e a variedade de informações que as fontes arqueológicas, textuais e iconográficas permitem inferir. Por fim, trata das discussões envolvendo o estudo das identidades e os vestígios arqueológicos.
Participantes
Diego Pereira
Marina Sanchez
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Recomendações bibliográficas
EFFROS, Bonnie. Merovingian Mortuary Archaeology and the Making of the Early Middle Ages. Los Angeles: University of California Press, 2003
LAUWERS, Michel. O nascimento do cemitério. Lugares sagrados e terra dos mortos no Ocidente medieval. Campinas: Editora da Unicamp, 2015.NEVES, Walter A. Um esqueleto incomoda muita gente. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
SANCHEZ, Marina Duarte. As mulheres e seus funerais no Norte da Gália do século VI. 2022. Dissertação (Mestrado em História Social) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022.
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Em seu trigésimo sexto episódio, o Estudos Medievais recebe José Francisco Fonseca, doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo, para discutir as relações entre arqueologia e nacionalismo. Neste episódio, abordamos as implicações que levaram ao surgimento simultâneo do nacionalismo europeu e da arqueologia científica no século XIX. Discutimos como o trabalho de historiadores e arqueólogos serviu para dar legitimidade às afirmações nacionalistas de uma origem longínqua, frequentemente medieval, dos estados modernos. Por fim, expomos como a arqueologia, com dados distorcidos e falsificados, se tornou peça fundamental para confirmar as ideias racistas e expansionistas da ideologia nazista.
Participantes
Cecília Sousa Silva
José Francisco Fonseca
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Recomendações bibliográficas
ARNOLD, Bettina; HAßMANN, Henning. Archaeology in NaziGermany: The legacy of the Faustian bargain. In: KOHL, Philipp; FAWCETT, Clare (Org.). Nationalism, politics and the practice of archaeology. Cambridge: Cambridge University Press, 2004, p. 70–81.
CHAPOUTOT, Johann. Greeks, Romans, Germans: How the NazisUsurped Europe’s Classical Past. Oakland: University of California Press, 2016;
CHAPOUTOT, Johann. Le nazisme et l’Antiquité. Paris: Presses Universitaires de France, 2015.
DÍAZ-ANDREU, Margarita. A World History of Nineteenth-Century Archaeology: Nationalism, Colonialism, and the Past. Oxford: Oxford University Press, 2008.
GEARY, Patrick. O mito das nações: A invenção do nacionalismo. São Paulo: Conrad, 2002.
INGRAO, Christian. Crer e destruir. Os intelectuais na máquina de guerra da SS nazista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2015;
INGRAO, Christian. Croire et détruire: les intellectuels dans la machine de guerre SS. Paris: Fayard, 2010.
OLIVIER, Laurent. Nos ancêtres les Germains. Les archéologuesau service du nazisme. Paris, Tallandier, 2012.
TRIGGER, Bruce. História do Pensamento Arqueológico. São Paulo: Odysseus, 2011;
TRIGGER WOOD, Ian. The Modern Origins of the Early Middle Ages. Oxford: Oxford University Press, 2013.
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No trigésimo quinto episódio do Estudos Medievais, recebemos Isabela Alves Silva e José Francisco Fonseca, doutorandos em História pela USP, para discutir o tema do patrimônio da Igreja. Nossos convidados tratam da organização eclesial no mundo bárbaro. Para isso, eles abordam a importância dos bispos, dos concílios e da redação das regras monásticas. Isabela e José mencionam um processo de enriquecimento eclesial, especialmente a partir do século VII e através das transferências de terras feitas às comunidades eclesiais. Eles discutem como esse patrimônio foi disputado por diversos grupos sociais, podendo ser perdido e recuperado pelas igrejas. Finalmente, eles analisam a aparente contradição entre esse enriquecimento eclesial e a tradição cristã, ilustrada nas mensagens de Jesus no Novo Testamento, que se mostra crítica ao apego e à busca pela riqueza material.
Participantes
Carolina Santos
Isabela Alves Silva
José Francisco Fonseca
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Sugestões bibliográficasBROWN, Peter. Through the Eye of a Needle: Wealth, the Fall of Rome, and the Making of Christianity in the West, 350-550 AD. Princeton: Princeton University Press, 2012.
CALVET-MARCADÉ, Gaëlle. Assassins des pauvres: l’Église etl’inaliénabilité des terres à l’époque carolingienne. Turnhout: Brepols Publishers, 2019.
WICKHAM, Chris. Post-roman attitudes: culture, belief and political etiquette, 550-750. In: The Inheritance of Rome: illuminating the Dark Ages, 400-1000. New York: Penguin Group, 2009, p. 170-203.
WOOD, Ian. Entrusting Western Europe to the Church, 400-750. Transactions of the Royal History Society, Vol. 23, p. 37–73. 2013.
WOOD, Ian. The Christian Economy of the Early Medieval West: Towards a Temple Society. Binghamton: Gracchi Books, 2022.
WOOD, Susan. The Proprietary Church in the Medieval West. Oxford: Oxford University Press, 2006.
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Em seu trigésimo quarto episódio, o Estudos Medievais recebe Carlos Augusto Ribeiro Machado, professor de História Antiga da University of St. Andrews (Escócia) e Pesquisador Associado do Projeto Temático FAPESP "Uma História Conectada da Idade Média", para tratar de um dos mais controversos temas da historiografia: a queda de Roma. Neste episódio, abordamos os principais eventos que marcaram o Império Romano do Ocidente ao longo do século V, incluindo os saques de Roma, as transformações políticas e econômicas, as migrações bárbaras e a deposição do seu último imperador, Rômulo Augusto, em 476. Também discutimos as mais importantes interpretações historiográficas desses eventos, incluindo a visão de declínio civilizacional proposta por Edward Gibbon, a popularização do conceito de Antiguidade Tardia por Peter Brown, bem como as visões mais recentes sobre o assunto.
Participantes
Carlos Augusto Ribeiro Machado
José Fonseca
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Sugestões bibliográficasBROWN, Peter. Corpo e Sociedade: o homem, a mulher e a renúncia sexual no início do cristianismo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990. / BROWN, Peter. The Body and Society: Men, Women, and Sexual Renunciation in Early Christianity. Nova York: Columbia University Press, 1988.
BROWN, Peter. O fim do Mundo clássico. Lisboa: Verbo, 1972 / BROWN, Peter. The World of Late Antiquity: From Marcus Aurelius to Muhammad. Londres: Thames and Hudson, 1971.
MACHADO, Carlos Augusto. A Antiguidade Tardia, a queda do Império Romano e o debate sobre o ‘fim do mundo antigo’. Revista de História, Nº 173, p. 81-114, 2015.
WICKHAM, Chris. O Legado de Roma: iluminando a Idade das Trevas, 400-1000. Campinas: Editora da Unicamp, 2019. / WICKHAM, Chris. The Inheritance of Rome. A History of Europe from 400 to 1000. Londres: Allen Lane, 2009.
WARD-PERKINS, Bryan. A Queda de Roma e o Fim da Civilização. Lisboa: Alêtheia Editores, 2006. / WARD-PERKINS, Bryan. The Fall of Rome and the end of Civilization. Oxford: Oxford University Press, 2005.
Colunas de Hércules: https://open.spotify.com/show/7r4YxmmL7BYshzwqkEuRld?si=8c2852aaca874ab7
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O nono episódio da série Perfil recebe Rafael Bosch, pesquisador de pós-doutorado da Universidade de São Paulo (USP), para tratar da vida, da obra e do mundo de Pedro Abelardo. O convidado apresenta o cenário em que Abelardo estava inserido no século XII e aborda sua trajetória enquanto estudante e enquanto mestre de escola. Rafael discute ainda as duas condenações por heresia sofridas por Pedro Abelardo, o seu conturbado relacionamento com Heloísa de Argentuil e o legado deixado pelas obras do autor, especialmente a respeito de lógica, ética e teologia.
Participantes
Diego Pereira
Rafael Bosch
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Sugestões bibliográficas
BOSCH, Rafael. Hereges dialéticos: um estudo sobre a escolástica nos séculos XIe XII. Tese de Doutorado. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2021.
CLANCHY, Michael T. Abelard: a medieval life. Oxford: Blackwell Publishers Ltd., 2002.
ESTÊVÃO, José Carlos. Abelardo e Heloísa. São Paulo: Discurso/ Paulus, 2015.
MEWS, Constant. Abelard and Heloise. New York: Oxford University Press, 2005.
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In the sixth episode of the Mundus series, Estudos Medievais welcomes Cormac Ó Gráda, professor emeritus of University College Dublin, to talk about his speciality: famines throughout history. Throughout the episode, Prof Ó Gráda talks about how we can define and quantify the famines of the past, what people died of during these periods, their demographic and social impact, as well as some of the main explanations for their occurrence.
Participants
Cormac Ó Gráda
José Francisco Sanches Fonseca
Staff members
Carolina Santos (edition)
Cecília Silva (edition)
Diego Pereira (writer)
Eric Cyon (edition)
Gabriel Cordeiro (illustrator)
Isabela Silva (writer)
José Fonseca (writer)
Marina Sanchez (writer)
Rafael Bosch (writer)
Sara Oderdenge (writer)
Bibliographic recommendations
ALFANI, Guido; Ó GRÁDA, Cormac (Org.). Famine in European History. Cambridge: Cambridge University Press, 2017.
DE ZWARTE, Ingrid. The Hunger Winter. Fighting Famine in the Occupied Netherlands, 1944-1945. Cambridge: Cambridge University Press,2020.
DYSON, Tim; Ó GRÁDA, Cormac (Org.). Famine Demography: Perspectives from the Past and Present. Oxford: Oxford University Press, 2002.
MOKYR, Joel; Ó GRÁDA, Cormac. What do people die of during famines? The Great Irish Famine in comparative perspective. European Review of Economic History, Vol. 6, Nº 3. p. 339-364, 2002.
NEWBY, Andrew. Finland’s Great Famine, 1856-68. Londres: Palgrave Macmillan, 2023.
Ó GRÁDA, Cormac. Eating people is wrong, and other essays on famine, its past, and its future. Princeton: Princeton University Press, 2015.
Ó GRÁDA, Cormac. Famine: a short history. Princeton: Princeton University Press, 2009.
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No oitavo episódio da série Perfil, o Estudos Medievais recebe Renato Viana Boy, professor da Universidade Federal da Fronteira Sul e pesquisador associado do Projeto Temático Uma História Conectada da Idade Média, para falar sobre a vida e o governo do imperador Justiniano. O professor discute a trajetória do imperador até a coroação, a sua atuação na emblemática Revolta de Nika e as guerras que travou para expandir seus territórios. Além disso, outros importantes personagens para a história de Justiniano são discutidos: sua esposa, a imperatriz Teodora, e Procópio de Cesareia, historiador que redigiu as principais fontes a respeito de seu governo.
Participantes
Marina Duarte Sanchez
Renato Viana Boy
Membros da equipe
Carolina Santos (edição)
Cecília Silva (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Sugestões bibliográficas
BOY, Renato Viana. O Império Bizantino entre os séculos IV e X: perspectivas para pesquisa e ensino. In: Luciano José Vianna. (Org.). A História Medieval entre a formação de professores e o ensino na educação básica no século XXI: entre experiências nacionais e internacionais. Rio de Janeiro: Autografia, 2021, p. 718-737.
BOY, Renato Viana; BAPTISTA, Lívia. A Construção de uma narrativa: os olhares de Procópio de Cesareia sobre as guerras de Justiniano. REVISTA DE TEORIA DA HISTÓRIA, v. 12, p. 125-143, 2015.
CAMERON, Averil. Procopius and the Sixth Century. Nova York: Routledge, 1996.
CAMERON, Averil. The Mediterranean World in Late Antiquity: AD 395-700. Nova York: Routledge, 2002.CESARETTI, Paolo. Theodora: Empress of Byzantium.Londres: Vendome Press, 2001.
EVANS, James Allan Stewart. The Age of Justinian. Nova York: Routledge, 1996.
SCOTT, Roger. Byzantine Chronicles and the Sixth Century. Nova York: Routledge, 2012.
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Em seu trigésimo terceiro episódio, o Estudos Medievais recebe Leandro Rust, professor de História Medieval da Universidade de Brasília e pesquisador associado do Projeto Temático Uma História Conectada da Idade Média, para discutir a Reforma Papal. No episódio, tratamos das diversas mudanças políticas e religiosas ocorridas no século XI e XII em torno da Igreja Católica. O professor explica as diferenças entre as denominações de Reforma Papal e Reforma Gregoriana e discute o legado desses conceitos para os historiadores que buscam entender esse período.
Participantes
Leandro Duarte Rust
Rafael Bosch Batista
Membros da equipe
Arthur Gomes (edição)
Beatriz Gritte (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Paulo de Sousa (edição)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Sugestões bibliográficasAUSTIN, Greta. New Narratives for the Gregorian Reform. In: ROLKER,Christof (Ed.). New Discourses in Medieval Canon Law Research:Challenging the Master Narrative. Leiden: Brill, 2019, p. 44-57.CUSHING, Kathleen G. Reform and the Papacy in the Eleventh Century: spirituality and social change. Manchester: Manchester University Press, 2005.MAZEL, Florian. La réforme grégorienne. Un tournant fondateur (milieuXIe-début XIIIe siècle). In: MAZEL, Florian (Dir.). Nouvelle Histoire duMoyen Âge. Paris: Seuil, 2021, p. 291-306.RUST, Leandro Duarte. In: A Reforma Papal (1050-1150): trajetórias e críticas de uma história. Cuiabá: Editora da UFMT, 2013.
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No sétimo episódio da série Perfil, o Estudos Medievais recebe Robson Murilo Grando Della Torre, professor de História Antiga e Medieval da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e pesquisador associado do Projeto Temático Uma História Conectada da Idade Média, para discutir a biografia do imperador Constantino I. No episódio, discutimos a trajetória de Constantino: de seu nascimento e ascensão militar no final do conturbado século III, à sucessão imperial de seu pai, Constâncio I; de seu mais famoso ato, a conversão ao cristianismo, à fundação da capital imperial que receberia seu nome, Constantinopla.
Participantes
José Francisco Sanches Fonseca
Robson Murilo Grando Della Torre
Membros da equipe
Arthur Gomes (edição)
Beatriz Gritte (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Paulo de Sousa (edição)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)
Sugestões bibliográficas
BARNES, Timothy. Constantine: Dynasty, Religion and Power in the Later Roman Empire. Chichester: Wiley-Blackwell, 2011.
_______. Constantine and Eusebius. Cambridge: Harvard University Press, 1981.
DA SILVA, Diogo Pereira. As abordagens historiográficas sobre Constantino I (306-337): uma revisão. Revista de História (UFES), v. 25, p. 32-45, 2010.
DELLA TORRE, Robson. A atuação pública dos bispos no principado de Constantino: as transformações ocorridas no Império e na Igreja no início do século IV através dos textos de Eusébio de Cesaréia. 2011. 484 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1615868.
_______. A Oração à Assembléia dos Santos do imperador Constantino e a construção historiográfica do imperador cristão. SIGNUM - REVISTA DA ABREM, v. 13, p. 1-21, 2012.DRAKE, Harold Allen. Constantine and the bishops : the politics of intolerance. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2000.
DUMÉZIL, Bruno. "Paul Veyne, Quand notre monde est devenu chrétien (312-394)". Labyrinthe, 28, 2007, p. 157-160.MARAVAL, Pierre. Constantin le Grand. Paris: Éditions Tallandier, 2011.
RAMALHO, Jefferson; FUNARI, Pedro Paulo; CARLAN, Claudio Umpierre. Constantino e o triunfo do cristianismo na Antiguidade Tardia. São Paulo: Fonte Editorial, 2016.
STEPHENSON, Paul. Constantine: Roman emperor, Christian victor. Nova York: Overlook Press, 2009.
VEYNE, Paul. Quando nosso mundo se tornou cristão. São Paulo: Civilização Brasileira, 2011.
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No quinto episódio da série Mundus, recebemos a arqueóloga Dominique Castex, diretora de pesquisa da Unité Mixte de Recherches 5199: De la Préhistoire à l’Actuel: Culture, Environnement et Anthropologie, vinculada à Université Bordeaux. Em nossa entrevista, discutimos a peste e como podemos estudá-la e identificá-la empregando métodos oriundos da Arqueologia Funerária, parte da Arqueologia que se ocupa do estudo dos sepultamentos, práticas funerárias etc. A peste é um tema clássico dos estudos medievais, todavia, o desenvolvimento de métodos de identificação do bacilo Yersinia pestis nos sítios arqueológicos através da análise de DNA é algo recente, que renovou a nossa compreensão a respeito do fenômeno e abriu espaço para novas formas de estudo dos registros arqueológicos. Foi assim que pudemos associar, sem sombra de dúvidas, a Peste Justiniana ao mesmo patógeno da Grande Peste.
In the fifth episode of the Mundus series, we welcome archaeologist Dominique Castex, research director of Unité Mixte de Recherches 5199: De la Préhistoire à l’Actuel: Culture, Environnement et Anthropologie, linked to Université Bordeaux. In our interview, we discussed the plague and how we can study and identify it using methods derived from Funerary Archaeology, part of Archeology that deals with the study of burials, funerary practices, etc. The plague is a classic theme of medieval studies, however, the development of methods for identifying the Yersinia pestis bacillus in archaeological sites through DNA analysis is something recent, which renewed our understanding of the phenomenon and opened space for new forms of study of archaeological records. This is how we were able to associate, without a shadow of a doubt, the Justinian Plague with the same pathogen as the Great Plague.
Participantes
Dominique Castex
Gabriel Cordeiro
Membros da equipe
Arthur Gomes (edição)
Beatriz Gritte (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Paulo de Sousa (edição)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)Sugestões bibliográficas
CASTEX, Dominique; KACKI, Sacha. Commémorer les épidémies dans un monde changeant : mémorialisation de la peste et autres fléaux infectieux du Moyen Âge à nos jours. Géopolitiques de la commémoration + Varia, n. 41, v. 2, 2020.
_______. Une histoire plurimillénaire de la peste exhumée par les sciences archéologiques. Les nouvelles de l'archéologie, n. 169, 2022.
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No sexto episódio da série Perfil, o Estudos Medievais recebe Edmar Checon de Freitas, professor na Universidade Federal Fluminense, para falar sobre uma das mais conhecidas figuras da Alta Idade Média: Clóvis, rei dos francos. O professor apresenta as principais fontes textuais sobreviventes da trajetória biográfica de Clóvis e discute as diferentes maneiras que ele foi representado pelos autores dos séculos V e VI. O desenvolvimento do catolicismo na Gália e o papel dos líderes francos nesse processo são discutidos ao longo do episódio, assim como as relações estabelecidas entre Clóvis, os outros reinos bárbaros e o Império Romano Oriental. Por fim, o professor discute as apropriações posteriores da figura de Clóvis, com destaque à historiografia francesa.
Participantes
Edmar Checon de Freitas
Marina Sanchez
Membros da equipe
Arthur Gomes (edição)
Beatriz Gritte (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Paulo de Sousa (edição)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)Sugestões bibliográficas
CÂNDIDO DA SILVA, Marcelo. A Realeza Cristã na Alta Idade Média. Os fundamentos da autoridade pública no período merovíngio (séculos V-VIII). São Paulo: Alameda, 2008.
DUMÉZIL, Bruno. Le Baptême de Clovis. Paris: Gallimard, 2019.
FREITAS, Edmar Checon de. Clóvis. In: NASCIMENTO, Renata Cristina de Sousa; SOUZA, Guilherme Queiroz de (Orgs.). Dicionário: Cem Fragmentos Biográficos. A Idade Média em Trajetórias. Goiânia: Editora Tempestiva, 2020, p. 53 58.
ROUCHE, Michel. Clovis. Paris: Fayard, 1996.
WICKHAM, Chris. O Legado de Roma. Iluminando a idade das trevas, 400-1000. Campinas: Editora da Unicamp, 2019.
WOOD, Ian. The Merovingian kingdoms. London: Langman, 1994.
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Neste episódio da série Mundus, recebemos Régine Le Jan, professora emérita da Université Paris 1 Panthéon Sorbonne, para falar de Duoda, uma aristocrata do século IX do Império carolíngio. Sabemos de Duoda a partir de sua obra, o Liber Manualis. O texto foi produzido para Guilherme, filho da autora, quando ele foi enviado ao séquito armado do rei Carlos, o Calvo. Nossa convidada explica como o Manual revela sobre a formação de Guilherme, mas também sobre os papéis de uma mulher das elites e as transformações políticas do período. Pois em um momento em que a lealdade dos Guilhermidas foi disputada e questionada por diferentes reis, Duoda aconselhou seu filho a manter a sua fidelidade, em primeiro lugar, ao seu pai - mesmo sabendo que Carlos poderia ter conhecimento do texto.
Dans cet épisode de la série Mundus, nous accueillons Régine Le Jan, professeure émérite à l’Université Paris 1 Panthéon Sorbonne, pour parler de Dhuoda, une aristocrate du IXe siècle de l’Empire carolingien. Nous savons de Dhuoda à travers son ouvrage, le Liber Manualis. Ce texte a été rédigé pour Guillaume, fils de l’auteure, quand il a été envoyé à l’entourage armé du roi Charles le Chauve. Notre invitée explique comment le Manuel parle de la formation de Guillaume, mais aussi des rôles d’une femme des élites et des transformations politiques de l’époque. Puisqu’à une période où la loyauté des Wilhelmides était disputée et questionnée par différents rois, Dhuoda a conseillé à son fils de garder sa fidélité avant tout à son père - même en sachant que Charles pourrait être au courant de l’œuvre.
Langue: petite introduction (portugais); longue introduction et entretien (français).
Les participants
Isabela Alves Silva
Régine Le Jan
Les membres de l’équipe
Arthur Gomes (edição)
Beatriz Gritte (edição)
Diego Pereira (roteiro)
Eric Cyon (edição)
Gabriel Cordeiro (ilustração)
Isabela Silva (roteiro)
José Fonseca (roteiro)
Marina Sanchez (roteiro)
Paulo de Sousa (edição)
Rafael Bosch (roteiro)
Sara Oderdenge (roteiro)Les recommandations bibliographiques
BRUBAKER, Leslie; SMITH, Julia. Gender in the Early Medieval World East and West, 300–900. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
DUHAMEL-AMADO, Claudie et al. Dhuoda, belle-fille de saint Guilhem et autres femmes d’exception au Moyen Âge. Saint-Guilhem-le-Désert: Editions Guilhem, 2014.
LE JAN, Régine. Dhuoda ou l’opportunité du discours féminin. In: LA ROCCA, Cristina. (Ed.). Agire da donna. Modelli e pratiche di rappresentazione (secoli VI-X). Turnhout: Brepols, 2007, p. 109-128.
LE JAN, Régine. The multipleidentities of Dhuoda. In: CORRADINI,Richard et al. Ego trouble. Authors and their identities in the early Middle Ages. Wien: Austrian Academy of Sciences Press, 2010, p. 211-220.
MACLEAN, Simon. Ottonian Queenship. Oxford: Oxford University Press, 2017.
MEYERS, Jean. Dhuoda, Manuel pour mon fils, lu par Jean Meyers. Paris: Cerf, 2012.
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