Episódios
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Nesse episódio, vamos fazer algo diferente. Leremos duas correspondências, uma troca entre Tarsila do Amaral e Mario de Andrade, do ano de 1922. A troca acontece quando Tarsila está viajando de volta a Paris, depois de um ano agitado.
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Olá, ouvintes! Sentiram falta? Eu senti!
Esse ano prometo retornar com mais força e, para isso, vou otimizar mais o tempo e focar na leitura das cartas, que é o que a gente quer aqui principalmente, né? Então, com isso, vamos deixar a contextualização histórica de lado nesse momento. Nesse episódio, vamos ler uma carta do grande escritor Jorge Amado para uma leitora, a data é do ano de 1971 e ele fala muito sobre a sua escrita, a Bahia, e alguns personagens de seus romances.
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Estão a faltar episódios?
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Nesse episódio, vamos ler uma carta de uma comissão de alunos endereçada a sociedade e aos jornalistas de modo geral. O motivo era a perseguição que acontecia à ditadura em vários setores da sociedade, e o estopim foi a morte do jornalista e diretor da TV Cultura na época, Vladimir Herzog. Ele foi assassinado o por agentes da ditadura durante uma sessão de tortura. Esse triste acontecimento virou também episódio marcante na derrocada da ditadura militar. Essa semana completou 46 anos.
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Depois de algum tempo, voltamos com uma nova carta, em que Clarice Lispector escreve para João Cabral de Melo Neto, agradecendo pela ajdua que o poeta lhe prometera em relação a leitura de uma obra. Boa escuta!
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Em 1946, Guimarães Rosa lançava Sagarana, livro de contos que introduziu a temática regionalista universalista, pela qual se notabilizaria. A primeira versão da obra data de 1938, quando o escritor, sob o pseudônimo de Viator, inscreveu o livro então intitulado Contos no concurso Humberto de Campos, promovido pela livraria José Olympio. Aqui nessa carta, Rosa explica sobre o processo de escrita de Sagarana para o colunista João Condé.
Guimarães Rosa é um dos meus escritores favoritos! O que você acha dele?
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Você conhece a jornalista e escritora Eneida de Moraes? Ela nasceu na cidade de Belém do Pará e é descrita em relatos de amigos e parentes como uma mulher forte, corajosa, audaciosa e inteligente. Eneida teve onze obras publicadas durante sua vida. Muito influente no meio literário, ela tinha várias amizades com outros grandes escritores modernistas, como Carlos Drummond de Andrade, Dalcídio Jurandir e Graciliano Ramos. Dentre os livros mais famosos estão os de crônicas ‘Aruanda’ e ‘Cão da Madrugada’ e o autobiográfico ‘Banho de Cheiro’. Ela ainda foi a primeira a escrever sobre o carnaval brasileiro no livro ‘História do Carnaval carioca’ (1958), em que ela descreve e classifica, pela primeira vez, as diferentes formas de brincadeiras carnavalescas. Eneida faleceu no Rio de Janeiro em 1971.
Aqui, já perto do fim da sua vida, ela faz uma espécie de carta testamento dolorosa lembrando de momentos de sua vida, e deixando recados para filhos, amigos e outros parentes.
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No vigésimo oitavo episódio do podcast "Quando Chegou Carta, Abri", lemos uma carta da grande atriz Cacilda Becker para a censura militar. O motivo era a busca da liberação do evento Primeira Feira Paulista de Opinião, um espetáculo composto por seis peças escritas pelos mais importantes dramaturgos brasileiros à época, como Augusto Boal e Plínio Marcos. A missiva também é um retrato do seu tempo, e mostra toda a postura forte da atriz em frente a censura, que, com o AI-5 à espreita, só cresceria.
Agradecemos muito aos nossos apoiadores Pedro Palha, Rogério Souza, Iana Chan, Diego Rabatone Oliveira, Maria José e Gustavo Czekster, é bom ver que a turma está aumentando.
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Nesse vigésimo sétimo episódio do podcast "Quando Chegou Carta, Abri", vamos ler uma carta do grande artista Torquato Neto para o artista plástico Hélio Oiticica, datada de maio de 1972. É um desejo antigo trazer o Torquato para esse trabalho, e conseguimos. Aqui ele fala sobre a produção de uma revista especial chamada NAVILOUCA, entre outros vários assuntos.
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É o aniversário de um ano do Quando Chegou Carta, Abri! E eu, Rafael Gloria, só tenho a agradecer a todos vocês que mantém essa ideia viva. O objetivo sempre foi levar as correspondências dos autores da nossa rica literatura brasileira para um público maior. E, com isso, consigo misturar e trabalhar com a minha paixão pela literatura e pela pesquisa histórica.
Um episódio de aniversário pede uma missiva de aniversário. Então, vamos ler uma carta do escritor Paulo Mendes Campos para o grande poeta Mario Quintana, um dos meus favoritos. Uma singela carta e uma bela homenagem a esse que é um dos maiores espíritos literários que o Brasil já conheceu.
Agradecemos muito aos nossos apoiadores Pedro Palha, Rogério Souza, Iana Chan e ao novo apoiador Diego Rabatone Oliveira (Infelizmente só vi da nova colaboração após a gravação desse episódio).
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Nesta semana, vamos ler uma carta da escritora Cidinha da Silva para a grande autora Carolina Maria de Jesus. É importante, cada vez mais, reconhecer o trabalho de Carolina, cujo livro de maior sucesso foi "Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada", publicado em 1960. A publicação reproduz o diário da escritora, em que ela narra o seu dia a dia nas comunidades pobres da cidade de São Paulo. Em seu relato, ela descreve a dor, o sofrimento, a fome e as angústias dos favelados e mudanças pelas quais passavam as favelas neste momento.
Seu texto é considerado um dos marcos da escrita de memória do País. Mais do que isso, seu trabalho influenciou diversas escritores e escritores ao longo dos anos, inclusive Cidinha da Silva, que escreveu essa bela carta espécie de crônica.
Agradecemos muito aos nossos apoiadores Pedro Palha, Rogério Souza e Iana Chan.
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Nessa semana, vamos ler uma carta de Ana Cristina Cesar para sua amiga Heloísa Buarque de Hollanda. Focamos mais na leitura da carta, devido a pandemia e a falta de tempo das últimas semanas. Às vezes a ansiedade vence. Agradecemos muito aos nossos apoiadores Pedro Palha, Thaís Seganfredo, Rogério Souza e Iana Mutsumi.
Para escutar, clique aqui --> https://anchor.fm/rafael-gloria
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Essa semana vamos abordar uma carta na área musical. Lemos correspondência de Jacob do Bandolim para o maestro Radamés Gnattali. Dois grandes músicos e artistas e que, talvez, não sejam tão conhecidos do grande público atualmente. Então, desse modo, acredito que seja importante trazer aqui para o podcast para contar um pouco da história e, quem sabe, despertar a curiosidade. Esse também é um dos meus objetivos por aqui.
A carta é um agradecimento de Jacob à Gnattali por ter dedicado uma suíte à ele. Na carta, ele narra todo o tempo em que se dedicou a estudar e aprender a composição, o que levou anos, até finalmente conseguir tocar.
Para escutar, clique aqui --> https://anchor.fm/rafael-gloria
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Mário de Andrade foi um dos grandes intelectuais e artistas de sua época. Na terceira carta do ano do Quando Chegou Carta, ele envia uma correspondência para o seu grande amigo e igualmente enorme poeta, Manuel Bandeira, pedindo desculpas por não tê-lo visitado na época em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Acontece que era época do Carnaval, e era a primeira vez do paulista Mario na festa carioca. Ele acabou, então, sendo "tragado" pela folia.
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Seja bem-vindo ao segundo episódio de 2021. Nesta carta, o cronista Rubem Braga, que já apareceu antes lá no episódio nove, escreve um texto envolto em lirismo agregado a uma narrativa mística que desperta.
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Esse é o primeiro episódio de 2021! Uma carta especial e deliciosamente escrita pelo grande músico Dorival Caymmi para o seu amigo e grande escritor Jorge Amado. Na época, o autor estava longe da Bahia, terra natal e amada pelos dois. A correspondência é um verdadeiro passeio por Salvador, com diversas observações do cotidiano, deliciosamente contadas por Caymmi.
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Esse é o último episódio do ano! Queria, primeiramente, agradecer a todo mundo que escuta e acredita nesse podcast. Faço com muito carinho e satisfação, sempre com a ideia de difundir ainda mais a nossa rica literatura brasileira!
Vamos ler uma carta curta, mas poderosa, do grande cartunista e escritor Henfil. A época é 1977, e ele passava uma temporada afastado do Brasil procurando tratamento nos Estados Unidos para a hemofilia. De lá, ele escreveu às ‘cartas da mãe”, uma espécie de coluna para a revista Istoé. Na carta que leremos, ele fala sobre Natal, sobre não poder estar com seus familiares, um eco que reverbera os desaparecidos e anistiados da ditadura na época e também, por que não, reverbera atualmente os mortos devido ao coronavírus que serão ausências em diversas mesas de fim de ano de muitas famílias brasileiras
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Em 10 de dezembro, Clarice Lispector faria cem anos de idade. Uma de nossas escritoras mais celebradas e mais prestigiadas, ela era dona de uma voz única em nossa literatura. Aqui no "Quando Chegou Carta", já contamos um pouco da vida dela em episódios anteriores, como o primeiro, em que Fernando Sabino escreve para ela, em uma carta maravilhosa, e no décimo primeiro episódio, em que lemos a correspondência que Clarice responde, também fantasticamente, para Sabino.
Agora, resolvemos fazer algo diferente: focamos nas leituras da cartas apenas, duas correspondências distas e que trazem dois lados de Clarice Lispector. Boa escuta!
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O episódio traz uma correspondência da estilista Zuzu Angel sobre a morte do filho Stuart, que era integrante do grupo MR-8, que travou luta armada contra o regime militar. Ele tinha apenas 25 anos quando foi preso, torturado e assassinado por militares da Aeronáutica no dia 14 de maio de 1971. Três meses depois, Zuzu escreveu esta carta à mulher de um general, Terezinha. Stuart, seu filho, estava morto, mas ainda era tido como desaparecido pela família.
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O episódio traz uma correspondência de Vinicius de Moraes para Tom Jobim, dois grandes nomes da nossa Cultura brasileira. O poeta é o foco aqui, e a carta evidencia a solidão que Vinicius passava, isso no ano de 1964, quando estava voltando para o Brasil após uma temporada de trabalho na Europa. Tom Jobim e Vinicius de Moraes formaram uma das mais famosas parcerias musicais de todos os tempos não só no Brasil, como no mundo.
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Olá, tudo bem?
O episódio novo de "Quando Chegou Carta, Abri" aborda a ideia da tão famosa "Carta Aberta", que parece tão em voga, ainda mais com as redes sociais. Ela tem um interesse, sobretudo, coletivo, e objetivo de expressar normalmente um protesto em relação a algum problema social. A carta aberta, então, pode ser usada para deixar evidente um problema de interesse público, assim como alertar ou conscientizar.
Nesse sentido, vamos ler uma carta de Marielle Franco para o Coletivo "Bastardos da Puc-Rio", do ano de 2017 , em que ela fala sobre sua experiência na instituição e encoraja os alunos do Coletivo, a maioria oriunda da periferia e bolsistas, a seguir seus estudos e resistir às adversidades encontradas pelo caminho.
Quem mandou matar Marielle? E por quê?
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