Episódios
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Fui atingido por uma imagem muito poderosa durante um momento de profunda contemplação. A gravação de um episódio a partir dali foi inevitável. Tentei equilibrar hoje o mórbido e o belo. O tenebroso e o divertido. O horripilante e o suave. O aterrador e o fascinante. Afirmo com tranquilidade: falhei miseravelmente.
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-proposta indecorosa para Júlia
-hidratante na pia da cozinha
-quase quebrei meu joelho
-ficção cientifica HOJE (fim do mundo) lavei o cabelo hoje Arctic Monkeys
-helicópteros
-Aparelho que sopra a mão
-oceano: assustador e belo
-mortes horrorosas
-Aprender o que é cosmologia
-quantidade ideal de cervejas
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Estão a faltar episódios?
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Fantasia. Travessia do divertido deserto da realidade. Ainda mais fantasia.
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Tipo um mesacast só que minha mãe é a mesa.
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This episode is about my relationship with the English language.
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Lendo o manifesto antropófago em voz alta após breve introdução.
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O destino, em termos muitos gerais, é um agente neutro. Entretanto, não é necessária uma imaginação muito fértil nem muito poderosa para vislumbrar o destino como um agente cruel e sádico.
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Saí em busca de ar puro, cachorro quente e inspiração. Nesse episódio eu também percebi que quebrei um pacto comigo mesmo.
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Após um longo e profundo silêncio, algumas conclusões foram concluídas.
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Muito mais progresso do que ordem.
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Esse episódio é sobre o ato de escrever. Também é sobre cozinhar pernil, lavar o cabelo, andarilhos carismáticos e poetas de merda. E eu odeio isso. Isso que acabei de fazer. Esse jeito de listar tópicos aleatórios que faz parecer que estou tentando ser maluquinho e espontâneo. E odeio como o comentário anterior soa profundamente metalinguístico. Eu estou cansado de metalinguagem, não é isso que eu estou tentando fazer. Na verdade, eu estou tentando ficar pelado e fazer cabeças pegarem fogo.
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Uma aranha afogada no ralo. Um gato amarrado num pau mergulhado em merda congelada. Um porco numa jaula tomando antibiótico.
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Quantas toneladas de fezes você estima que irá defecar no total ao longo de todos os anos de sua vida?
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Até que as coisas mudem, sexta-feira é o novo dia oficial do Crônicas de Nada. Gosto de acreditar que isso acrescenta um ar de leveza e libertinagem para o programa. Falei sobre algumas palavras libidinosas, sobre futebol, sobre sonhos destruídos e sobre uma relação parasitária que eu tive com dois mórmons.
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Tem momentos na vida onde nos vemos encarcerados em situações profundamente embaraçosas e horripilantes, onde a certeza de que o momento de vergonha vai eventualmente passar parece minúscula perante a sensação de que esse frio na barriga paralisante, na verdade, jamais terá fim. Enquanto você se pergunta o que fez pra merecer tamanho sofrimento, essa emoção profundamente negativa se expande para além das fronteiras de sua carne e passa a empestear todo o ambiente, e por fim você não mais habita um espaço físico. Você se vê suspenso no tempo, habitando o próprio constrangimento.
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Um vídeo de um papai Noel correndo pela rua de noite me trouxe a gravar esse episódio. Falei sobre vida e morte.
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Geralmente após episódios atribulados e turbulentos, precisamos de programas para nos puxar de volta à normalidade. E o novo normal do Crônicas de Nada é se debruçar sobre o sonho e a memória. Foi o que fizemos.
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Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel João Vitor Panda havia de recordar aquela tarde remota que durou várias vidas. O Parque Bacacheri era uma imensidão de muralhas verdes e nuvens ensolaradas, construído à margem de um rio de merda que se estendia por um leito de grama macia, eterna e enorme como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome.
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Do outro lado da mesa de ping pong há um adversário muito emocionalmente complexo. E o que está em jogo é muito grande: o futuro do Brasil.
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Aquele peixe dentuço que tem uma luz na testa iluminou uma memória das profundezas abissais do oceano da minha cabeça. Tudo a partir de um poderoso e nojento cheiro. Uma fragrância podre que me transportou pra tempos mais simples. Depois de rememorar essa lembrança, narrei também um sonho que tive noite retrasada. Um episódio nebuloso que narra uma memória tão nebulosa quanto um sonho e um sonho tão nebuloso como uma memória.
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