Episódios
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O Miguel trabalha comigo na Rádio Nova Era e é sonoplasta, produtor e músico. Além disso, ele era o único negro na minha escola básica. Falamos de crescer no mesmo meio com eixos culturalmente semelhantes mas tratamentos diferentes. Partimos para a ideia de representação nas artes, política e espaços mediáticos em geral. Falamos ainda do facto dele não ter redes sociais e, por isso, ser esquecido. No fim, ele deu-me, como sempre, boleia para casa.
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Primeiro episódio do ano tem rant sobre o atual e extremado ambiente político, uma opinião pouco meiga sobre Fernando Mendes como circense e, por fim, um momento Black Mirror com o ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho.
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Estão a faltar episódios?
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Um episódio muito honesto em que falo de problemas graves como a programação da TVI e coisas mais leves como viver com uma doença emocional. Falo ainda do meu percurso na comédia. Fica um mood muito deep, aviso já.
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Este episódio contém uma dose recheada de histórias embaraçosas da minha adolescência. Muito por culpa da incrível série Big Mouth. Espaço ainda para rants sobre coisas que não interessam a ninguém como livros de palavras-cruzadas e a voz do Diogo Infante. Preciosas colaborações da Rita e do Faquire.
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Ora então, temos rant sobre vampirismo mediático sobre a morte da Sara Carreira, uma reflexão sobre a vidinha a partir de uma entrevista do valter hugo mãe e, por fim, um olhar curioso sobre o fenómeno ApocaLidl. Isto tudo embrulhado por um alter ego porto-riquenho.
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Nove meses depois da pandemia ter suspendido as conversas do Bom Amigo, voltei em formato unipessoal. Neste episódio, explico porque trouxe um novo formato e explico as razões que me levaram a voltar a comunicar de forma livre, sem medo de ser frágil. Os títulos dos episódios, inspirados no conceito de cadáver esquisito, juntam as três temáticas de cada episódio de forma aleatória. Vai ser sempre soar a um alerta CM. Ou seja: o meu covid, uma entrevista do Herman e a morte do Maradona.
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Este é o episódio mais brutalmente honesto deste podcast. O Slimmy fala da ascensão mediática do artista mas também do tamanho da queda que esta possibilita. O esquecimento, as drogas e a depressão. O testemunho é tão cru que me perguntei várias vezes se era um fiel depositário desta história. Conforto-me na ideia de que é o que se pediria a um bom amigo. No meio da sofreguidão devoradora da atualidade, é um privilégio receber quem se está disposto a sentar e abrir. Obrigado, Slimmy.
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Joel Ricardo Santos é comediante e, nos últimos dois anos, levou o seu solo "Estava Lá e Vi" a todos os cantos do país. Neste episódio falamos de vida na estrada mas também da confusão que vem do ter que parar. Além disso, o Joel conta-nos a incrível história da vez em que quase se tornou selecionador adjunto da Suazilãndia.
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Bom Amigo é isto: curiosidade, inquietação e (muita) inveja. Pelo talento, entenda-se. Gosto de magia, irrita-me ficar à toa por não fazer a mínima de como aquilo acontece, mas gosto. Acho-me sempre pequeno demais. Mas a inquietude é isso: saber que o que não sabemos é maior do que o que alguma vez realmente podemos ser. A magia opera nos erros de processamento da nossa percepção e devolve-nos essa falibilidade. Daí que, mais do que a técnica, valha a história. Aquelas mentiras que não fintam o fim mas dão muito mais pica a isto de estar para aqui a viver. O Mário Daniel é um mestre das histórias. Um apaixonado pela arte e um exemplo de como fazer da vida um passeio de paixões.
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Rui Xará é um dos pioneiros da stand-up comedy - assim, no feminino como ele me ensinou - em Portugal. Com tudo o que de bom e mau isso pode trazer. Bom, pela vida liberta e visceral. Má, pelos excessos boémios e pelas dores de crescimento de uma arte ainda recente cá no burgo. Uma conversa quase análise entre o pessoal e o social. Diletante, profunda, honesta e inconsequente como todas as boas conversas com os bons amigos.
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Descobri a música da Capicua nos efervescentes primeiros anos de faculdade. O caldo confuso dos meus pensamentos encontrou um guia na ideia crua da fragilidade ser uma inevitabilidade e não uma culpa. Fez sentido ouvir falar de (re)construção, feminismo e amor à luta pessoal ou social. Anos depois e ainda faz. Este álbum ecoa-me da mesma forma. Felizmente, agora, posso acrescentar que, além da música, o pensamento da Capicua também me inspira. Fico menos pessimista com este lado solar.
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Guilherme é comediante, argumentista e uma pessoa com podcasts, esposa e gatos. Acima de tudo, é uma boa pessoa. E a conversa recaiu sobre isso mesmo: até que ponto a bondade não choca com a afirmação do ego de um comediante? Não chegamos a nenhuma conclusão porque este programa é para gente que aprecia mais a filosofia da pergunta do que a chatice da resposta. Ou então, vamos para uma fórmula menos absoluta: o Guilherme, sim, move-se a bondade. E esta bondade é-lhe inflexível. No trabalho, na vida e numa ideia de sucesso que é admiravelmente simples (embora difícil): deitar-se realizado. Guilherme, és dos bons.
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Prometido é devido: os prémios mais irrelevantes do panorama cultural do país estão aí! Esta escolha, sem rigor ou critério, foi feita com ajuda da Ana Marta Ferreira. É baseada nos fenómenos que mais marcaram o ano de 2019 e dos quais, por uma razão ou outra, ficamos fãs. Juntem-se à discussão, apreciem os bonitos jingles e easter eggs do episódio e sejam sobretudo, uns bons amigos.
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O primeiro episódio do BOM AMIGO em 2020 é duplo! Decidi atribuir prémios para os artistas que se destacaram no ano passado e para me ajudar chamei a minha linda e boa amiga Ana Marta Ferreira. Ela é produtora na RTP, jornalista, documentarista, ex-boxeur e, acima de tudo, dinamizadora da única página de cobertura e divulgação de humor em Portugal: o Humor Hiena. Nesta primeira parte falamos da glória atual do humor em Portugal, da paixão mútua pela stand-up comedy e ainda houve tempo para um twist. Isto porque a eloquência da Ana Marta me fez repensar raivas e irritações desta vida. Terapêutico. E inspirador na medida grande do talento da Ana Marta. Na próxima semana sai a parte 2 com os vencedores dos prémios mais irrelevantes do panorama cultural português.
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Falámos do peso do Crómio. O triunfo ingrato de um ator na série juvenil mais bem sucedida de sempre: Morangos com Açúcar. A intenção inicial era falar com o Tiago sobre este fardo e a luta constante, entre Portugal e Nova Iorque, para se afirmar como ator. Mas, depois de nos cruzarmos numa atuação, percebi a importãncia da Marine na vida do Tiago. Juntos desafiam as fronteiras do riso. Ele obriga-nos a enfrentar a ideia de que o riso nem sempre é benigno. Ela, depois de enfrentar um cancro, usou o riso como libertação. Da dor, da angústia e do medo.
Multiplicam-se em diferentes projetos, individuais ou conjuntos (se bem que nada neles parece ser verdadeiramente individual pois estão incondicionalmente um para o outro). Sejam quais forem os palcos, impera uma transversal sensação de superação. É uma bonita ideia para este último episódio do ano. -
O regresso de Fernando Alvim aos estúdios da Nova Era serve de pretexto para falar do percurso de um dos nomes cimeiros da comunicação em Portugal. Fala-se de entrevistas, mentalismo e amor. Três artes profundamente comandadas pela capacidade de nos envolvermos com o pensamento do outro. Foi poético, não foi? Uma hora destas serviu para aprender alguma coisa.
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Política, liberdade de expressão e limites do humor. Aqueles temas que levam multidões ao êxtase ou então, como é o caso, interessam a pessoas que ficam mais apoquentadas com um livrito. Bruno Henriques, um dos criadores da personagem Jovem Conservador de Direita, fala sobre a ascensão de movimentos políticos autoritários, dos desafios à liberdade de expressão e as contradições de alguns comediantes nesta discussão.
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Neste episódio, Carlos Coutinho Vilhena fala sobre crescer na comédia e fazer uma gestão de carreira que não choque com a integridade artística. Fala-se de oportunidades e classes sociais porque estes meninos são bastante elevados do ponto de vista da diletãncia. Como nos contos infantis, ou no mundo idealizado pelos Jeovás, pobres e ricos acabam amigos e a protagonizar um número de comédia musical.
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Beatriz Gosta chegou, viu e arrasou. O seu humor assumidamente feminista trouxe desconforto a um meio dominado por homens e histórias masculinas. Mudou o paradigma, criou uma comunidade em redor dos seus vídeos sobre boémia e sexualidade e escolhe, sobretudo, usar o riso como libertação. Acresce, agora, os palcos. E (também) a vontade de fazer regressar M7, o seu alter ego no rap. Acabamos, ainda, a falar sobre séries e filmes.
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Mundo Segundo, nome cimeiro do Hip Hop Tuga, fala do crescimento brutal do meio, da sua ligação ao movimento nas diferentes vertentes e ainda das ligações com os Dealema e Sam the Kid. Não esquecemos a importãncia do Segundo Piso e anunciam-se comemorações.
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