Эпизоды
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Eu tinha acabado de pedir um café preto e um brigadeiro para o garçom, quando comecei a folhear um caderno que guardo no fundo do armário. Lá, eu anoto alguns insights e compreensões que eu cheguei depois de muito tempo. E talvez por ter lido um monte de coisa que eu escrevi, talvez pela vibe fim de ano, talvez pelas duas coisas juntas, naquele dia mais tarde, quando eu girei a chave do carro, eu decidi: ano que vem a minha principal meta é ser melhor para mim. E antes de chegar em casa eu já tinha desenhado cinco outras, que vão funcionar como uma espécie de termômetro para eu saber se to perto ou longe disso. Te conto todas no episódio dessa semana, cê vem?
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Ela dizia que tinha anotado todas as preocupações com o futuro em um papel grande. E com preocupação, ela estava se referindo a coisas que ela estava pensando excessivamente, mas que ainda não tinham acontecido e que, sequer, ela sabia se iam acontecer.
Ela pegou esse papel com todas as preocupações que ela tinha escrito, e foi dividindo em pequenos pedacinhos. Então cada pedacinho de papel tinha uma preocupação. E aí a cada semana, ela pegava uma preocupação do potinho e se perguntava: isso é um problema hoje? Se é, como eu resolvo? Se não é, não há solução para aquilo que não é um problema ainda. E ela voltava pro potinho o papel.
E eu amei essa história que eu ouvi por três motivos. Eu conto eles nesse episódio e algumas coisas mais sobre ansiedade, preocupação e ruminação. Cê vem? Nessa quarta-feira no @spotify
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Citei no episódio:
Thais Godinho
Canal Vida Organizada no Youtube
Trilha Sonora:
Written In Stone - Victor Lundberg -
Quem sou eu quando não estou sobrecarregada? Quem sou eu quando eu não estou ocupada? Quem sou eu quando eu tenho tempo livre?
Essa perguntas me surgiram há algumas semanas, quando eu tava lavando a louça. Eu tinha acabado de entregar um projeto grande e tinha sobrado um tempo livre na minha rotina e na minha vida. E eu finalmente podia fazer qualquer coisa nas horas que tinham sobrado.
A contradição é que eu tinha esperando muito por esse momento e quando ele chegou eu não fazia ideia do que fazer com ele. O que fez me perguntar: se tudo que eu sei sobre mim, é sobre minha versão sobrecarregada, como eu vou lutar por uma vida que não seja guiada por isso?
É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
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texto: @natyopsTrilha sonora: Call Me out Tiger
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Anos atrás eu li uma reportagem sobre uma skatista que tinha conseguido muitos títulos, a @karenjonz. Ela construiu uma carreira admirável e foi percursora em muitos sentidos, mas quando perguntavam para ela, qual conselho daria para quem queria começar, ela dizia: aprenda a cair. Porque a maior parte do tempo, é isso que vai acontecer.
Na época, eu sofria com um perfeccionismo paralisante e a ideia de naturalizar a queda e a falha - inclusive esperando por elas, foi uma janela que se abriu na minha cabeça e nunca mais fechou.
Foi isso uma das primeiras coisas que me lembrei quando, mês passado, meu perfeccionismo deu pane no meu corpo e se transformou em procrastinação.
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texto: @natyopsTrilha sonora: Pangea By Garden Friend
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Autocuidado é insistência, porque é a gente que vai precisar encontrar um novo jeito de organizar a rotina, depois dos últimos três modelos terem dado errado. É insistência, porque tem partes nossas que resistem a fazer mudanças que são necessárias. É insistência porque tem lados nossos que não querem abrir mão do que faz mal.
Autocuidado é insistência porque às vezes você vai ficar um mês sem fazer exercício por falta de tempo e de vontade, e vai precisar aprender a voltar. E é insistência, porque tem um lado nosso crítico e idealista, que vai dizer que o ideal é o único vale, do contrário melhor desistir. E autocuidado é insistir que o bom é, na verdade, o possível. Mais do que isso: é entender rápido quando o plano A fracassou para ir pro plano B.
Autocuidado é, antes de tudo, o compromisso de fazer o melhor para si e a insistência em replanejar a rota, quantas vezes forem necessárias.
É por aí que vai o episódio dessa quarta, no Spotify, cê vem?
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texto: @natyops
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"Você só está demorando porque é para você" - Sofia Oliveira - Instagram: Sofidisse
Thais Godinho - Canal Vida Organizada
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Eu tinha 12 anos quando me perdi no personagem pela primeira vez. A professora tinha passado, como prova de fim de ano, uma peça de teatro. O meu papel era ser uma jogadora de vôlei que era sequestrada, pouco antes de um campeonato importante começar.
Ensaiamos um monte e tava tudo indo bem na cena. Mas no momento da policial entrar pra resolver o sequestro, ela se escondeu atrás da cortina. E eu vendo aquilo, entre desespero e ímpeto de salvadora, entrei em cena de novo pra salvar o rolê.
Sequestrada fui resolver meu próprio sequestro. Haha. Esses dias, lembrei dessa cena de novo. Não a toa. Me perdi completamente no personagem - esse que a gente usa na vida real - e pedi pra Natália criança pegar na minha mão.
É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
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Eu já falei muitas vezes aqui sobre relacionamento. Sobre como eu acho importante a gente entender o que é negociável e inegociável para a gente. Porque o mundo não é um espelho nosso, porque as pessoas com quem a gente se relaciona são diferentes da gente, porque se a gente começar levar muito a sério esse desejo de transformar o outro numa cópia nossa, a gente acaba destruindo quem o outro é. E isso não é bom. Mas se tentar fazer do outro nosso espelho, é ruim. Não ter limite, não ter borda…aceitar tudo e qualquer coisa é péssimo também. Por isso, saber o que é negociável e o que é inegociável para gente é fundamental e intransferível. Mas a pergunta é: como faz isso? Eu li duas histórias esses dias que trazem bons caminhos.
É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
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Quando você passa muito tempo só se adaptando às condições, escolhendo o que é mais fácil, mais simples, mais perto, mais barato, mais disponível você não sabe muito o que fazer quando tem escolha. A sensação é que tem algo de errado, como se você tivesse recebido um presente por engano. Um presente que chegou na sua casa, mas que o destinatário não era você.
Depois de alguns dias, alternando entre o desejo de fechar a viagem e a culpa por desejar fechar a viagem, eu decidi ligar pro meu pai. Falei do quanto aquele lugar era incrível, do quanto ele me parecia o único lugar que eu queria passar as férias e, ao mesmo tempo, do quanto eu tava culpada por gastar tudo aquilo. Foi quando ele me respondeu: “Nat, já teve uma época que você não podia ir pra praia mais próxima, parcelando em 24 vezes. Agora você pode você não vai? Se não for agora, quando?”. E aquilo mudou tudo.
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A família que a gente aprende como a ideal no imaginário popular é aquela que não se diferencia. Um grupo em que um espelha o outro, numa espécie de continuação. A família da propaganda de margarina é mais ou menos isso, né? Todo mundo igual, pensando igual, sendo igual, desejando as mesmas coisas. Não tem um filho que quer ser artista, numa família de médico. Nem uma filha que odeia casamento, numa família conservadora.
E se a gente parte desse ponto - que amor é igual a ser a mesma coisa - é claro que a gente vai morrer de medo de conflito. Porque a mensagem subliminar é: conflito é igual a desamor, a rejeição, a algo errado. Então - quando ele surge - a gente precisa se fingir de morto, fugir ou se redimir. Acontece que se um dos grandes destinos da vida é se tornar quem se é, não vai dar para fazer isso sem conflito.
É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
Livro: "Sim, é possível" (Sextante) do William Ury”
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A real é que descansar tem muito a ver com confiança e, portanto, tem a ver com topar abrir mão do controle. Lembro muitas vezes de ouvir a minha mãe dizer: o parquinho não vai sair do lugar, Natália. Amanhã você brinca mais. E essa frase era precisa porque o medo era um pouco disso também. De eu perder aquilo que eu gostava muito, enquanto eu dormia, enquanto eu descansava.
Como se ficar na autovigilância fosse impedir que as coisas fossem embora ou sumissem ou se perdessem ou acontecessem do jeito que elas precisavam acontecer. Como se uma vez que eu ficasse hipervigilante eu fosse mudar o fluxo da vida, por estar assistindo tudo. Não ia.
Amadurecer é entender as nossas limitações. E aprender a se colocar limite Porque esse cuidado que, antes, vinha exclusivamente de outra pessoa, em algum momento precisa começar a vir, antes de tudo e primeiro de tudo, da gente.
É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem? Nessa quarta-feira no @spotify Tava com saudade, meus amigos.
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Esses dias, eu estava assistindo o documentário da Simone Biles e uma das coisas que mais me impactou foi a segurança dela. A forma com que ela conseguiu sustentar um “não” firme num momento que milhares de pessoas esperavam um “sim” direto e sem curva.
Vendo ela fazer isso, eu só consegui pensar que esse tipo de segurança que ela acessou só pode vir de dentro. Uma espécie de clareza sobre o lugar que ela está, onde ela quer ir, mas principalmente, sobre onde ela não quer mais voltar.
Uma segurança que não é sobre não escutar os outros, mas escutar e validar a si primeiro. E é por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?
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Uma vez eu ouvi uma frase do Villy Fomin que me marcou: ele dizia que nem tudo que dava certo valia a pena. E aí para exemplificar ele falava sobre uma pessoa que tinha subido muitos degraus numa empresa e quando chegava lá em cima, olhava para trás, e via que apesar de ter dado certo na carreira, apesar de ter chegado no lugar que tanto queria na vida profissional, apesar do nome no crachá, apesar da sala no andar mais alto do prédio, não tinha valido a pena. O contrário também era verdadeiro. Tem coisas que valem a pena, apesar do risco de não darem certo. Mas como diferenciar uma de outra? É por aí que vai o episódio dessa semana. Cê vem?
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texto: @natyops -
Vez ou outra eu me pego questionando uma mesma coisa: existem sinais? Coisas que acontecem de forma repetida são coincidência ou uma mensagem disfarçada e insistente da vida para a gente? Situações que parecem um recado objetivo e direto são só um acaso interessante ou realmente tem algo além disso?
Nas últimas semanas, três situações me fizeram pensar nisso. Por mais que elas fossem diferentes, elas pareciam costuradas por uma linha invisível. E todas traziam exatamente a mesma pergunta: isso é realmente seu?
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Citei: @luabarrosf e o livro “a coragem de não
agradar” do ichiro kishimi e fumitake koga
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Há muitos anos eu repito um mesmo comportamento de forma inconsciente. Toda vez que eu chego num novo lugar bom, eu tento sentir aquela experiência com todos os meus sentidos. Toco, olho profundamente, sinto o cheiro, escuto os sons e barulhos.
Sempre fiz isso para tentar aproveitar esse novo lugar bom com todo o meu corpo. Mas essa semana, aconteceu algo diferente. Eu precisei aguçar os meus sentidos não para desfrutar desse novo lugar, mas para me lembrar que eu já estava nele.
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Esses dias, eu me vi numa situação que o melhor caminho era desistir. Mas mesmo que essa fosse, evidentemente, a escolha que fazia mais sentido para aquele momento, uma parte de mim queria - muito - insistir. Queria muito continuar ali. Fiquei curiosa com isso. E me perguntei: o que essa parte que insiste tá defendendo? O que ela quer? Cheguei a 5 respostas. E são elas que divido na mesa de bar dessa semana. Cê vem?
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Vídeo da Fê Neute: https://www.youtube.com/watch?v=FfN7EuVXM6g
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Todo mundo tem uma porção considerável de mudanças para conta -sejam elas grandes ou pequenas. E talvez o que todo mundo tenha percebido em algum momento, também, é que as mudanças, mesmo quando boas, mesmo quando desejáveis, mesmo quando incríveis são antecedidas por uma espécie de cansaço emocional. Eu suspeito que isso acontece porque mudanças exigem abertura. Mas não só. Analisando as minhas mais recentes, eu notei 5 fases pelas quais sempre passo quando mudo. Nesse episódio, te conto quais são essas fases e os sentimentos, emoções e comportamentos que mais percebo em cada uma delas.
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Esses dias, eu vivi uma experiência de presença absoluta. Uma sensação de transbordamento. Foi bom de sentir. Me fez, também, querer mais. O que acabou me levando pruma pergunta, que foi: como eu trago mais dessa coisa boa pra minha vida? Deixando ecoar essa pergunta, cheguei a 5 coisas. Divido elas com vocês nesse episódio que foi escolhido pelos nossos apoiadores do Apoia-se.
Frase citada no ep “Em ferida aberta o olho do outro é álcool” é da Débora Noal
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A idealização é uma gravidez de um futuro que nunca vem. A gente fica esperando que a promessa, o desejo, a expectativa vire a realidade, mas não acontece, porque a idealização é o que é: uma ideia desconectada - em tudo ou em parte da realidade.
Mas há de abrir espaço pra ela também, porque que tem um pouco de idealização em cada desejo e é o desejo que nos movimenta, que nos coloca para buscar outro lugar. Pensei nisso, quando encontrei aquele frasco no meu quarto. Mas essa história te conto amanhã, quarta-feira, em todos os agregadores de podcast. Cê vem?
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Viver não tem controle remoto. Não tem como pausar para gente não perder o nosso programa preferido, nem tem como passar para frente para chegar logo o que a gente quer muito. Viver tem espera. Exige que a gente aprenda sobre paciência, sobre
aguardar, mesmo sem certeza.Mas não é porque tem espera, que tudo que a gente deve fazer, é esperar. Dá para inventar umas brincadeiras no caminho. E às vezes, a gente percebe que a brincadeira que a gente inventou, que era só um passo-tempo, acabou ficando mais importante do que aquilo que a gente queria muito que chegasse.
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Era bem comecinho do ano. Aquele momento em que algumas casas ainda estão com pisca pisca na janela, que ainda tem panetone no armário, que as lojas estão fazendo queima de estoque das roupas brancas e que a maior parte das pessoas tão com a lista de metas de ano novo na cabeça.
Era tipo dez de janeiro e eu tava sentada numa padaria de São Paulo tomando um café com um amigo. A gente tinha acabado de pedir um brigadeiro, quando ele me perguntou quais eram as minhas metas para aquele ano. Eu não lembro exatamente do que eu respondi, mas lembro do que ele me disse, quando eu devolvi a pergunta. Ele falou: “ser eu, o máximo que eu conseguir.”
Lembro de responder: “caramba, bacana, e o que mais?” E ele me falar: Nat, já não é o bastante?”. Meses depois, essa história me voltou, junto com outra.
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