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Uma indústria em vias de consolidação que tentou ser autossuficiente em relação aos seus insumos essenciais, e adotar novas e “científicas” metodologias de fabricação de cervejas, que iriam impactar profundamente o mercado e a cultura do beber entre os brasileiros.
O último episódio do Beber História passa a régua nos desdobramentos do século XIX, reflete sobre os derradeiros movimentos que antecederam os diagnósticos de Luís Pereira Barreto em 1900, citados no início desta série, e, a partir de tudo o que foi apresentado ao longo da temporada, finalmente responde: como e quando o Brasil se apaixonou pela cerveja?
Este podcast foi totalmente concebido, escrito, produzido e editado pela equipe do Comer História (@comerhistoria).
Com patrocínio da Ambev, concedido através da 2ª edição do edital Fermenta! Incentivo a Projetos de Cultura Cervejeira, e com apoio da Academia da Cerveja.
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Sem as pessoas, não tem cerveja. Não tem feitura, não tem oferta, não tem consumo, não tem partilha e não tem produção de sentido sobre ela.
Por isso, neste episódio do Beber História, a gente apresenta figuras fundamentais e pioneiras do ecossistema cervejeiro brasileiro oitocentista, as mais e as menos visíveis: os imigrantes à frente de várias das primeiras fábricas; os africanos e seus descendentes nascidos no Brasil sob o jugo do cativeiro que, ainda assim, tiveram participação ativa e criativa – mas forçada, não podemos esquecer – na produção cervejeira; e as pioneiras, as primeiras mulheres donas de negócios cervejeiros no país.
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“A diferença entre o remédio e o veneno está na dose”; “a dose faz o veneno”; ou ainda “somente a dose correta diferencia o veneno do remédio”. Adágios esses derivados de famosas considerações do médico suíço Theophrastus von Hohenheim, mais conhecido como Paracelso (1493-1541). Um preceito importante para a medicina ocidental, desde a Época Moderna, que também se aplica aos lugares das cervejas nas preocupações e atividades de diversos agentes da saúde.
Neste sexto episódio do Beber História, observando tais bebidas no repertório médico-terapêutico do Brasil dos 1800, conhecemos um pouco mais sobre as aplicações das cervejas, das indicações e restrições dos doutores em relação à sua utilização, em vários casos, para diferentes enfermidades. E ainda nos atentamos a um lado obscuro da indústria no século XIX, o da contrafação, da falsificação e adulteração, que também mobilizou a classe médica e os agentes de Higiene Pública do Império.
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Por muito tempo, as cervejas ocuparam não só lugares reservados às bebidas derivativas, às substâncias do festejo e da embriaguez, mas também aqueles das variedades alimentícias, de nutrimento cotidiano. Seja como elementos constituintes de uma refeição, como produtos de consumo autônomo com finalidade restauradora, ou ainda como ingredientes da própria cozinha.
Neste quinto episódio do Beber História, voltamos o nosso olhar para esses lugares mais específicos da cerveja no Brasil do século XIX, amparados por um tipo de documento riquíssimo, ao lado dos jornais e narrativas da época: o livro de receitas!
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Estabelecidos os primeiros cervejeiros no Brasil independente, o que se passou a produzir por aqui? Onde é que essas cervejas eram vendidas e consumidas? De que maneira? E como é que essa cultura de produção e consumo passou a ser percebida por diversos personagens do país em meados do século XIX?São essas as principais questões que pautam o quarto episódio do Beber História. Voltamos o nosso olhar para esses detalhes da cena cervejeira brasileira, acompanhando sua evolução, que também nos conta muito sobre o desenvolvimento técnico e econômico do próprio Brasil, que começava a se posicionar como ator com pretensões de relevância em alguns palcos e pavilhões pelo mundo.
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1808, a virada. Ano de estabelecimento da família real lusitana no Rio de Janeiro e da abertura comercial do Brasil para outras nações além de Portugal, seguindo um decreto de D. João VI. Movimento decisivo para que novos produtos, novos personagens e novos estrangeirismos influentes chegassem ao país, tudo isso às vésperas da nossa Independência, em 1822.
Não tardou para que a exposição a esses novos elementos levasse à adesão a certos modos e hábitos de consumo, assim como à efetiva elaboração de produtos até então exclusivamente importados ou mesmo inacessíveis. Entre eles, as cervejas tipicamente europeias, que passaram a ser emuladas e adaptadas por aqui, no que foi o início da empreitada cervejeira brasileira.
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É pequena a distância que separa Olinda de Recife. Mas a diferença da paisagem nessas icônicas localidades pernambucanas entre os anos 1585 e 1640 é muito marcante.
Invasão, guerra e uma nova entidade à frente do governo daquelas terras, a Companhia das Índias Ocidentais, organização holandesa, alteraram completamente aquele cenário no início do século XVII. E os tais holandeses também implementaram em Recife aquela que é considerada a primeira iniciativa de produção cervejeira tipicamente europeia no território brasílico. Uma das primeiras nas Américas!
Dessa iniciativa notória a outras não muito numerosas ocorrências de cervejas no nosso período colonial, acompanhando mercenários, religiosos, mercadores e contrabandistas, o segundo episódio do Beber História se debruça sobre o chamado Brasil Holandês (1630-1654) e os 150 anos seguintes, tentando esclarecer os porquês da aparente escassez dessa bebida depois da expulsão dos flamengos, e refletir sobre o que os processos ocorridos nos 1600 e 1700 podem nos dizer para que avancemos até o século XIX, período chave para o fazer cervejeiro nacional.
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Brasil, ano de 1900. Época em que já se falava em uma “indústria exemplar” de cervejas no país. Mas como chegamos a esse patamar?
É a partir desse questionamento que a gente vai recuar milhares de anos no tempo e expandir nossas fronteiras, para além do nosso continente, inclusive, na intenção de conhecer outros jeitos de se fazer e entender cervejas – mas não só –, que foram e ainda são pertinentes para as tradições etílicas brasileiras, as nativas, pindorâmicas, da "terra das palmeiras" anterior aos portugueses, e as construídas a partir de 1500.
Aperta o play e vem beber história com a gente nesta saborosa jornada pelo passado cervejeiro brasileiro!
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"Abrideira, a inicial, primeiro copo, primeira dança, primeiro prato. O inverso de Saideira" - Dicionário do Folclore Brasileiro, Luís da Câmara Cascudo.
Um gostinho do que vem por aí!
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