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O Cerrado foi o bioma brasileiro mais desmatado em 2023, com perda de uma área do tamanho de dois Distritos Federais e aumento de 67,7% da devastação, ultrapassando o ritmo do desmatamento da Amazônia. Este ano o INPE registrou uma desaceleração de 12% em 5 meses. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o coordenador de Políticas Públicas e Advocacy do ISPN (Instituto Sociedade, População e Natureza) Guilherme Eidt, explica que há uma diferença de ênfase de proteção nacional e internacional entre a Amazônia e o Cerrado. Que a lei permite 80% de desmate do bioma e falta regulamentação para evitar a ação ilegal da expansão agrícola e pecuária. Guilherme Eidt diz que o Cerrado já alcançou uma elevação de temperatura de 1,5°C e que é fundamental que o governo federal e os outros entes federados se unam para tomar medidas conjuntas de proteção dos biomas e do clima.
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O presidente Lula começou a semana reunido com a articulação política do governo no Congresso, após sofrer derrotas nas votações de vetos. Lula disse que a partir de agora fará reunião semanal com os articulistas, incluindo os líderes na Câmara e no Senado. Ele pediu aos ministros Rui Costa e Alexandre Padilha que cobrem dos dirigentes dos partidos, que integram a base, fidelidade nas votações. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o jornalista e editor-chefe do jornal Correio da Manhã, em Brasília, Rudolfo Lago disse que surpreende o presidente não ter tomado essa atitude antes e não sabe se vai funcionar dada a autonomia do Congresso hoje e a dissonância de ideias e posições entre o governo de esquerda e a maioria dos parlamentares de direita. O jornalista considera que hoje o Executivo está mais frágil do que o Parlamento e o STF, contrariando a tradição presidencialista do país.
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Um seminário organizado pela Assembleia estimula a discussão participativa sobre um estatuto estadual que deve orientar políticas públicas voltadas para população negra, povos indígenas e comunidades tradicionais, que promovam maior equidade racial em Minas. Uma das autoras do projeto que dará origem ao estatuto, a deputada Leninha, do PT, 1ª vice-presidenta da Casa conversa com Marco Antonio Soalheiro no Mundo Político. A parlamentar fala sobre a estratégia de interiorizar a discussão e envolver municípios e seus gestores, sobre a importância de direcionar políticas públicas para mulheres negras e criar programas com orçamento que ofereçam mais oportunidades de trabalho e creches. A deputada também reflete sobre uma escalada de violência policial contra os negros que reafirma o racismo no Brasil que, na visão dela, não tem recuado. O seminário segue até agosto colhendo sugestões para o estatuto.
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Os ataques mais recentes de Israel à Faixa de Gaza, entre eles o que matou 45 pessoas em um acampamento de refugiados em Rafah, elevou as pressões internacionais ao governo de Benjamim Netanyahu. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, o professor Danny Zahredine, diretor do Instituto de Ciências Sociais da PUC Minas avalia que o governo israelense tenta se perpetuar no poder e resistir às pressões, enquanto busca exterminar o Hamas e recuperar os reféns, o que considera uma missão impossível. Ele comenta a repercussão internacional crítica à ofensiva israelense, o isolamento do governo de Netanyahu, o desrespeito ao direito internacional por parte de Israel e do Hamas, que vitima a população palestina, e o debate sobre a criação do Estado Palestino.
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No programa de hoje, o aumento dos servidores do Executivo em Minas já está pronto para ser votado em plenário. O percentual de revisão é alvo de protestos de parlamentares e de categorias. No quadro nacional, Vivian Menezes, Marco Antonio Soalheiro e Heitor Peixoto comentam a participação do presidente Lula na Marcha dos Prefeitos em Brasília e as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na Câmara dos Deputados. E tem ainda a absolvição, no TSE, do senador Sérgio Moro e anulação, no STF, de investigações da Lava Jato.
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Policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários intensificaram as manifestações nas últimas semanas em defesa da recomposição salarial de perdas acumuladas e contra a proposta que prevê aumento de contribuição aos institutos previdenciários. As insatisfações com o Executivo, que se arrastam a anos, podem escalar. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o presidente do Sindpol, Wemerson Oliveira acusou o governador de descumprir acordo e dar “calote” nas forças de segurança do Estado. Afirmou que a Polícia Civil está em condições de trabalho tão precárias que em breve vão ter de parar de trabalhar. Denunciou a falta de investimento para equipamentos básicos que permitem a principal função da corporação: investigar crimes. E alertou que se a Polícia Civil suspender as investigações, o crime organizado vai se instalar em definitivo em Minas.
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Um imenso fosso de renda, qualidade de vida, longevidade e oportunidades separa o topo e a base da pirâmide social do país. O livro "Extremos - um mapa para entender as desigualdades no Brasil" é assinado por Pedro Fernando Nery, doutor em economia e consultor legislativo do Senado Federal que conversou com Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político. Pedro reflete que o país não é só desigual, mas profundamente injusto. Diz que a manifestação mais grave e concentrada ocorre entre mulheres e negros. E os beneficiários dos programas sociais espelham esse recorte. O economista conta que a pesquisa de campo o levou a diversos lugares do país e subsidiou o livro. E cita como exemplo lugares díspares como o bairro de Pinheiros, em São Paulo e a cidade de Ipixuna, na Amazônia. O bairro tem padrão de países como a Suíça e a cidade possui 30 mil habitantes e apenas 50 deles tem carteira assinada. Pedro Nery defende que o debate da reforma tributária é fundamental e que é indispensável a tributação sobre os mais ricos. E argumenta que é preciso combater privilégios e defende que “a questão não é os ricos pagarem mais que os outros e sim, pagarem a sua parte”.
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O enfrentamento da catástrofe no Estado é iminentemente política. Os desafios exigem a intervenção dos que governam. Não se trata de fulanizar a atuação dos governantes, mas de cobrar responsabilidade neste momento. A análise é da cientista política gaúcha e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Silvana Krause, em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político. Silvana diz que a sociedade civil, os poderes e o capital precisam caminhar na mesma direção e não de forma excludente. A professora lembra o histórico movimento separatista do Rio Grande em relação ao poder central e aventa a possibilidade de que a solidariedade de outros estados altere a percepção dos gaúchos. Krause defende a escolha do secretário extraordinário Paulo Pimenta para ser o representante do governo Lula no Estado. A cientista política diz que as críticas à atuação e às escolhas do governo federal partem de um PSDB fragilizado e da extrema-direita e estão relacionadas à disputa por protagonismo político.
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No programa de hoje, repercussões da demissão do presidente da Petrobras no mercado e no meio político. As novas medidas anunciadas pelo Governo Federal de socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Em Minas, Vivian Menezes, Marco Antonio Soalheiro e Heitor Peixoto comentam a suspensão, no STF, do julgamento do prazo para pagamento da dívida do Estado com a União e as movimentações do governador Zema e do PT para as eleições municipais em BH.
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A deputada Bella Gonçalves (PSOL) conversa com Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político sobre a disputa eleitoral em BH. Na condição de pré-candidata à prefeitura da capital, Bella diz que o PSOL sonha com uma cidade que garanta os direitos de todos os cidadãos. Afirma que tem projeto melhor do que o atual prefeito Fuad Noman e cita prioridades como moradia, transporte e meio ambiente. A federação PSOL/ REDE no momento tem duas pré-candidaturas. A deputada Ana Paula também se coloca no páreo. Bella afirma não há disputa interna, mas um projeto de confluência. Para ela, o desafio é a unidade de partidos de esquerda para enfrentar a extrema-direita que não tem projeto para a cidade. Ao responder sobre a influência das lideranças de Lula e Zema em BH, Bella menciona a possibilidade de alinhamento político da esquerda inclusive com o PSD, do prefeito Noman e do senador Rodrigo Pacheco para vencer o campo da direita radical.
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O partido está no comando do país e quer recuperar em 2024 espaço nas prefeituras de Minas Gerais após o baixo desempenho nos pleitos anteriores. Em entrevista da série com presidentes de legendas no Estado, esteve com Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o deputado Cristiano Silveira. O deputado diz que o PT vai investir na reeleição em Contagem e em Juiz de fora e terá candidaturas “competitivas” em diversas cidades-pólo ou fará alianças em consonância com a orientação nacional. Sobre BH, Silveira diz que a candidatura de Rogério Correia à prefeitura está consolidada e tem chance de ir até o final. Nega que o presidente Lula tenha pedido ao PT mineiro para abrir mão em favor do apoio ao atual prefeito Fuad Noman. Ele avalia a possibilidade de alianças na capital e no interior e a influência da polarização nas eleições. Silveira fala também sobre as posições do PT na Assembleia, as pautas do governo relacionadas aos servidores, a negociação da dívida de Minas com a União.
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Um estudo recém-publicado pelo Observatório do Clima aponta que há 25 projetos de lei em discussão no Parlamento que afetam direitos socioambientais e têm potencial de acelerar as mudanças climáticas no país. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o géografo, ambientalista e diretor de relações institucionais da Anamma, Mário Mantovani, diz que os projetos compõem a agenda de interesses do agronegócio e das mineradoras e é conhecida como “pacote da destruição”. Mantovani afirma que todas as propostas são profundamente danosas ao país. E exemplifica com a redução da reserva legal da Amazônia que, se aprovada, vai impactar o volume de chuvas no centro-oeste, sul e sudeste do país. prejudicando diretamente a produção agrícola. O geógrafo diz que o problema do Brasil é fundiário e a exploração tem acabado com as matas ciliares e assoreado os rios. Que a legislação ambiental é avançada, mas não é devidamente aplicada. E avisa: as mudanças climáticas vieram para ficar.
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Um livro reflete sobre os motivos que levaram à sobrevivência da democracia nos últimos anos. O cientista político e professor da FGV-SP, Carlos Pereira, assina a obra em parceira com Marcus André Melo “Por que a democracia brasileira não morreu”. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o professor diz que o título é um contraponto ao best-seller "Como as democracias morrem". E explica que a ideia central descrita pelos autores Steven Levitsky e Daniel Ziblatt não se confirmou no Brasil. Carlos Pereira diz que o país resistiu a um presidente de perfil ileberal eleito, que tentou acumular poderes e enfraquecer as instituições. Ele argumenta que não foi um ato heróico de alguns generais ou atores políticos que impediu Jair Bolsonaro de fazer um caminho autocrático. Que a resiliência da democracia brasileira se deu pela configuração institucional muito fragmentada: Poderes constituídos, Congresso bicameral, federação complexa, Ministério Público e sociedade civil organizada capazes de dizer não a um populista de plantão.
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Na Resenha desta semana, Vivian Menezes, Marco Soalheiro e Andréa Zagury recuperam os principais fatos da crônica política. Entre eles, relatam as medidas do poderes, instituições, empresas e cidadãos comuns para acudir as vítimas do Rio Grande do Sul. Também a prisão do homem que ameaçava pelas redes as deputadas Bella Gonçalves, Lohana e Batriz Cerqueira e o movimento dos servidores estaduais contra propostas do governo Zema
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Em mais uma entrevista com líderes partidários, Marco Antonio Soalheiro recebe no Mundo Político, o presidente do PL de Minas, deputado federal Domingos Sávio. O deputado conta como a legenda pretende disputar as eleições em Belo Horizonte e considera que o pré-candidato e deputado estadual Bruno Engler está preparado para a disputa. Diz esperar que Romeu Zema ainda ofereça apoio a Engler. Afirma que o PL é um partido que tem lado, é ideológico e isso é o que as pessoas hoje querem. Também que o PL tem 40 prefeituras e pretende triplicar esse número, incluindo as cidades-polo. Sobre 2026, Domingos Sávio defende que o STF reveja a inelegibilidade de Jair Bolsonaro. O presidente do PL mineiro ainda comenta a renegociação da dívida de Minas e pautas do governo Lula que a bancada do partido deve fazer oposição.
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A Frente Mineira do Serviço Público, que representa mais de 20 sindicatos, organizou nesta quarta-feira paralisação e manifestação na capital. Os servidores protestaram contra propostas do governo Zema enviadas a Assembleia, que afetam o funcionalismo. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, a coordenadora geral do Sind-Ute e da Frente, Denise Romano, critica o reajuste salarial abaixo da inflação de 2023 e a correção da contribuição ao Ipsemg. Ela argumenta que com salários muito baixos não é possível melhorar a contribuição e nega que os sindicatos tenham concordado com a proposta salarial. Denise também aponta a inclusão da venda do prédio do Ipsemg no projeto como desmonte do patrimônio. Comenta ainda o projeto que aumenta alíquota de assistência médica dos policiais civis e militares. E considera que o governo Zema não dialoga com os servidores, não cumpre acordos com deputados e “o tempo todo” transfere os conflitos para a Assembleia.
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Há mais de uma semana, os gaúchos enfrentam graves consequências de temporais e uma enchente histórica. Dos 496 municípios do estado, 68% decretaram estado de calamidade pública. 95 pessoas morreram, mais de 100 estão desaparecidas e milhares desabrigadas, em meio a um rastro de destruição e prejuízos incalculáveis. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o climatologista José Marengo, coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Cemaden- Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, explica que as tempestades que atingem o Rio Grande do Sul não tem interferência humana, mas afirma que a intensidade do fenômeno é uma tendência das mudanças climáticas. O climatologista considera que o Brasil é reativo, só age depois dos desastres, porque os governantes não tem percepção de riscos e não investem em prevenção.
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Acaba de ser lançado o livro “A política como ela é” que busca traduzir de forma simples diversos conceitos, entre eles, presidencialismo, parlamentarismo, democracia e legitimidade do voto. Os autores conversam no Mundo Político com Marco Antonio Soalheiro. O cientista político Alberto Carlos Almeida do Instituto Brasilis e o professor de ética e filosofia da USP Renato Janine Ribeiro refletem que a única forma de melhorar a qualidade da política é fazendo política, conhecendo o caminho das pedras. Eles respondem sobre esquerda, direita tradicional e direita radical e a visão desses campos ideológicos quanto à desigualdade, fazem considerações sobre o desempenho de Lula a frente do governo e ainda sobre o funcionamento das instituições e a relação entre os Poderes.
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Os jornalistas Vivian Menezes, Heitor Peixoto e Marco Antonio Soalheiro recuperam os principais fatos políticos da semana. Em Brasília, o jantar no Palácio da Alvorada que o presidente Lula ofereceu ao presidente do Senado Rodrigo Pacheco para aparar arestas. Em Minas, a proposta de aumento dos servidores menor que a inflação, que o governo Zema encaminhou a Assembleia. E a defesa de mudança no Marco Civil da Internet pelo advogado Alexandre Atheniense.
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Em 2014, o Marco Civil foi considerado avançado, trazendo a institucionalização de garantias como o respeito à liberdade de expressão na internet. Mas de lá pra cá muita coisa mudou, especialmente com a popularização das redes sociais. Um dos pontos centrais de debate é o artigo 19 da legislação. O dispositivo legal diz que as empresas de tecnologia só podem ser responsabilizadas pelo conteúdo publicado por terceiros em casos de descumprimento de decisão judicial para remoção de postagens. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro no Mundo Político, o advogado especialista em Direito Digital Alexandre Atheniense considera o artigo inconstitucional e defende que a lei seja alterada. O advogado comenta o comportamento das big techs pautado pela legislação dos EUA, considera a atuação do ministro Alexandre de Moraes no inquérito das Fake News necessária e acredita que, ao final, serão referendadas pelo plenário do STF. Alexandre Atheniense lembra que a desinformação foi considerada o maior risco global em 2024 pelo Fórum Mundial de Davos e é importante que uma regulação avance no Congresso.
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