Episodi

  • O Programa Analisa discutiu a saúde privada brasileira, a concentração econômica do mercado de planos de saúde, a precarização dos serviços para usuários e os desafios para a regulação desse setor.

    De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é crescente o número de processos judiciais movidos por usuários contra as operadoras de planos de saúde. A judicialização aumentou 60% ao longo da série histórica avaliada pelo CNJ, passando de 145.695 mil processos em 2020 para 234 mil em 2023.

    Para Lenir Santos, doutora em saúde coletiva e professora colaboradora da Faculdade de Ciência Médicas (FCM) da Unicamp, os números da judicialização são assustadores e demonstram a precarização dos serviços. “A regulação da saúde privada brasileira é extremamente precária, tanto que temos essas clínicas populares sem nenhuma regulação”, critica.

    A professora observa que a saúde privada é definida pela Constituição Federal como um setor de relevância pública, não podendo ser tratada como mera exploração econômica. No entanto, de acordo com Santos, há uma concentração econômica do mercado privado de saúde praticamente sem regulação. A especialista também critica a abertura do capital estrangeiro para este setor no país. “Temos hoje um grande crescimento do mercado privado de saúde, fundamentalmente a partir de 2015, quando se deu a abertura do capital estrangeiro na saúde ao arrepio da Constituição”.

    Ficha técnica

    Produção e apresentação: Silvio Anunciação

    Edição: Kleber Casabllanca

    Versão áudio: Octávio Silva

    Capa: Alex Calixto

  • O programa Analisa aborda a proposta do Ministério da Educação (MEC) para proibir o uso de celulares em escolas públicas e privadas do país. De acordo com o MEC, a utilização de eletrônicos é prejudicial aos alunos. A pasta deverá apresentar em breve um projeto de lei para vetar os aparelhos em sala de aula.

    Para discutir o tema, o programa convidou a pesquisadora Ana Lúcia Pinto de Camargo Meneghel, doutora em psicologia da educação pela Faculdade de Educação da Unicamp. Meneghel é autora de uma pesquisa que alerta para a importância de as crianças interagirem com o mundo real. O trabalho dela apontou que o uso excessivo de eletrônicos pode atrasar o desenvolvimento infantil. 

    Ficha técnica 

    Produção e apresentação: Silvio Anunciação 

    Edição: Kleber Casabllanca 

    Fotografia: Antoninho Perri

    Edição de capa: Paulo Cavalheri

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  • O programa Analisa discutiu o conflito no Oriente Médio e sua tragédia humanitária. Os pesquisadores Gustavo Blum e Edilson Adão Cândido da Silva, do Laboratório de Geografia Regional e de Geografia das Relações Internacionais do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, debateram o confronto entre Israel e o grupo palestino Hamas, os ataques de Israel ao sul do Líbano e a participação do Irã. 

    Os pesquisadores denominaram o conflito como uma “guerra de devastação”. “Estamos vendo um retrocesso de algumas das leis da guerra que a comunidade internacional estabeleceu depois da Segunda Guerra Mundial. Essa própria lógica de devastação, a lógica de considerar civis como potenciais inimigos justos, a eliminação da capacidade de manutenção da vida e a recusa de envio de assistência humanitária para aquela região por parte do governo de Netanyahu tem trazido o terror da guerra”, afirmou Blum. 

    Nesse aspecto, Cândido da Silva explica o conceito de terrorismo e questiona as narrativas em torno dessa definição. “É claro que o ato do Hamas é um ato terrorista, mas o que faz Benjamin Netanyahu não é menos terrorismo. Terrorismo é ataque a civis sem prévio aviso, a surpresa do ataque a alvo civil. E o que está acontecendo na Faixa de Gaza? 41 mil mortes. O que aconteceu repentinamente no Líbano em que, do dia para a noite, 1 milhão de pessoas foram deslocadas?”

    Ficha técnica 

    Produção e apresentação: Silvio Anunciação 

    Direção de imagens: João Ricardo - Boi 

    Imagens: Marcos Botelhos Jr.

    Edição: Kleber Casabllanca 

    Fotografia: Alex Calixto

    Edição de capa: Paulo Cavalheri

    Apoio: Ronei Thezolin

  • A violência na campanha para as eleições municipais da cidade de São Paulo vem chamando a atenção de todo o país, com baixo nível generalizado, em episódios envolvendo cadeiradas, socos e xingamentos. Embora preocupante, o fenômeno não é novo, segundo a pesquisadora Nara Oliveira Salles, do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop) da Unicamp.

    Salles discutiu o tema durante o Programa Analisa, da TV Unicamp. “O que mais me preocupa é o eleitorado que apoia esse tipo de candidato, porque em muitos desses casos estamos falando de candidatos com muitos votos”, observou. 

    “Nós temos um histórico de violência muito recente de políticos que foram eleitos. Vamos lembrar do [Jair] Bolsonaro votando no impeachment da Dilma e homenageando o [Carlos Brilhante] Ustra, o torturador dela. Isso quando ele era deputado, porque ele voltou a chamar o Ustra de herói nacional em 2019, quando ele já era presidente. Vamos lembrar do Rodrigo Amorim no palanque com o Witzel e no palanque com o Daniel Silveira rasgando a placa da vereadora Marielle [Franco], assassinada de forma brutal, a mando de duas pessoas também ligadas à política, os irmãos Brasão”, afirmou.

    Um levantamento do Observatório da Violência Política e Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) identificou que foram registrados 455 casos de violência envolvendo lideranças políticas no Brasil no período de 1º de janeiro a 16 de setembro de 2024. 

    Durante o Programa Analisa, a pesquisadora também discutiu o papel da imprensa nos debates, o comportamento dos eleitores e as eleições em outros municípios do país. Além de pesquisadora do Cesop, Salles colabora com o Doxa - Laboratório de Estudos Eleitorais, de Comunicação Política e de Opinião Pública do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e também com o Núcleo de Estudos sobre Política Local da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

    Ficha técnica 

    Produção: Patrícia Lauretti

    Apresentação: Silvio Anunciação

    Imagens: Jorge Calhau

    Direção de imagens: João Ricardo - Boi

    Edição: Kleber Casabllanca

    Fotografia: Lúcio Camargo

    Capa: Paulo Cavalhieri

  • Há 70 anos, o então presidente Getúlio Vargas, uma das figuras mais influentes e controversas da política brasileira, tirava a própria vida. O suícidio aconteceu no dia 24 de agosto de 1954. 

    No programa Analisa, o professor Pedro Paulo Zahluth Bastos, do Instituto de Economia (IE) da Unicamp, discutiu a história, o projeto econômico e a atualidade de Getúlio Vargas. O docente é um dos organizadores do livro "A era Vargas: desenvolvimentismo, economia e sociedade". 

    De acordo com Bastos, o legado da era Vargas, baseado no desenvolvimentismo econômico e nos direitos trabalhistas, vem sendo silenciado. “A direita neoliberal prefere que a era Vargas não seja conhecida ou que, então, seja conhecida de acordo com determinados clichês simplificadores, como a ideia de um populismo irresponsável.”

     

    Ainda segundo o docente, esse legado está em disputa com o neoliberalismo. “Inclusive, no governo atual, não está muito clara a importância do desenvolvimentismo em relação ao neoliberalismo. Essa memória do Getúlio e dos temas que ele levantou não é tão lembrada como nos decênios anteriores ao suicídio”, revela. 

    Ficha técnica 

    Produção: Patrícia Lauretti

    Apresentação: Silvio Anunciação

    Edição: Kleber Casabllanca

    Versão Podcast: Octávio Silva e Matheus Mota

    Capa: Paulo Cavalhieri

  • No último dia 17 de setembro, foi protocolado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) o Projeto de Lei (PL) nº 672, que autoriza a cobrança de mensalidade pelas universidades públicas do estado de São Paulo. A iniciativa, de autoria do deputado estadual Leonardo Siqueira (Partido Novo), ainda será discutida e analisada pelas comissões da ALESP.

    Para o professor Lalo Watanabe Minto, da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, o projeto é inconstitucional, pois contraria o princípio da gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais, conforme inciso IV do artigo 206 da Constituição Federal.

    O docente aponta que a principal contradição do PL é indicar a cobrança de mensalidade como um fator de democratização do acesso ao ensino superior e de benefício da população mais pobre. Para o especialista da Unicamp, a cobrança de mensalidade está sendo proposta como um benefício justamente para quem teria mais dificuldade de pagar.

    “Nesse caso, os defensores do projeto poderiam recorrer às experiências internacionais, de países que cobram mensalidades, que são todas de endividamento sistemático e permanente desse público na sua grande maioria. Temos os exemplos de Estados Unidos, do Reino Unido e, para não ter que ir muito longe, poderíamos olhar o FIES [Fundo de Financiamento Estudantil]”, complementa.

    Ficha técnica

    Produção: Patrícia Lauretti

    Apresentação: Silvio Anunciação

    Direção de imagens: João Ricardo - Boi

    Edição: Kleber Casabllanca

    Versão áudio: Octávio Silva

  • Este programa apresenta a análise sobre as causas do bullying, do racismo e da homofobia nas escolas, a partir do projeto neoliberal de ensino. A professora Heloísa Andreia de Matos Lins é livre docente da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp e líder do grupo de pesquisa Infâncias, Diferenças e Direitos Humanos (INDDHU). Como as escolas, a imprensa e a sociedade devem enfrentar o problema, que tem provocado o sofrimento de crianças e adolescentes, levando a mortes no ambiente escolar? 

    Ficha técnica 

    Produção - Silvio Anunciação 

    Apresentação - Hebe Rios 

    Versão Áudio: Octávio Silva

    Edição - Kleber Casabllanca 

    Edição de capa - Paulo Cavalheri

  • Você conhece o termo “financeirização da velhice”? Pode-se descrevê-lo da seguinte forma: uma pessoa envelhece, passa a viver de aposentadoria, mas o dinheiro não é suficiente para comprar remédios e custear despesas com cuidados básicos. Diante dessa situação, esse idoso recebe uma proposta de empréstimo consignado e o seu salário, que já é baixo, fica cada vez mais comprometido.

    Já as empresas que oferecem empréstimos e demais serviços de cuidado, como os planos de saúde, lucram cada vez mais. Considerar a população idosa como um segmento a ser explorado financeiramente pode ser conceituado como financeirização da velhice.

    O termo foi lançado em um artigo científico publicado pela antropóloga e professora da Unicamp Guita Grin Debert e pelo pesquisador Jorge Félix, pós-doutorando junto ao Pagu - Núcleo de Estudos de Gênero da Unicamp. Félix é o convidado do programa Analisa. Ele atua como professor no curso de pós-graduação em gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP).

    Nesta edição do programa, o pesquisador discutiu a criação de instituições de longa permanência para idosos, o avanço descontrolado do crédito consignado para os aposentados e a importância de criar uma política nacional do cuidado.

    “O crédito consignado tem risco praticamente zero porque 99% das pessoas pagam. Esse crédito, que é descontado do salário, deveria ter um juro simbólico, o que não ocorre. Os juros praticados, atualmente, ainda são muito altos. O crédito consignado é uma financeirização porque, uma vez que a pessoa toma o primeiro empréstimo, ela tem uma grande tendência a emendar em outro e a renegociar”, explicou Félix.

    Ficha técnica

    Produção: Silvio Anunciação

    Apresentação: Patrícia Lauretti

    Versão Podcast: Octávio Silva

    Edição: Kleber Casabllanca

  • A proposta de regulamentação da reforma tributária, aprovada pela Câmara dos Deputados e que segue para apreciação do Senado, foi o tema do programa Analisa. O governo brasileiro adotou como modelo o Imposto Sobre Valor Agregado (IVA), que unifica tributos, buscando simplificação no sistema tributário brasileiro. 

    O IVA substitui seis tributos: PIS, Cofins, IOF-Seguros, IPI, ICMS e ISS. Trata-se de um imposto de padrão internacional, que será composto pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), federal, e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), subnacional (de Estados e municípios). A proposta ainda cria o Imposto Seletivo, também chamado de “imposto do pecado”, de caráter regulatório, para desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. 

    Apesar dos avanços, a reforma tributária está deixando de lado a discussão fundamental sobre a federação brasileira, na opinião do professor Francisco Lopreato, do Instituto de Economia (IE) da Unicamp. Lopreato cita o exemplo das alterações relativas à atual arrecadação dos entes federativos, que terá uma transição de 50 anos, entre 2027 e 2077.

    “E por que fizeram uma transição de 50 anos? Porque isso altera a distribuição de recursos tributários entre os entes federativos, entre os Estados e municípios. É para não mexer!”, critica. 

    O professor reconhece, no entanto, que a reforma traz avanços relevantes. Em sua opinião, o sistema tributário atual tem uma série de problemas relativos à cumulatividade e à competitividade. “A reforma é necessária a longo tempo. Só que, como ela atinge diferentes interesses, não só de Estados, União e municípios, mas também interesses de setores econômicos, o desafio torna-se muito complexo”, acrescenta. 

    Ficha técnica 

    Produção: Silvio Anunciação

    Apresentação: Patrícia Lauretti e Silvio Anunciação

    Edição: Kleber Casabllanca 

    Versão podcast: Octávio Silva e Matheus Motta.

    Apoio: Ronei Thezolin

    Coordenação: Patrícia Lauretti

  • O programa Analisa discute as eleições da Venezuela, seus últimos desdobramentos e a repercussão internacional em torno do caso. O convidado é José Alves de Freitas Neto, professor do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. 

    Para Freitas Neto, sem a divulgação das atas eleitorais, parece menos crível dizer que o presidente Nicolás Maduro conseguiu reeleger-se. “A materialidade dos resultados eleitorais que nós temos até agora é a materialidade do que a oposição apresentou a partir dos seus fiscais e das pessoas que acompanharam o processo”, afirmou.

    O docente da Unicamp alerta para o risco de uma guerra civil no país. “O regime tem sido muito bruto. São mais de 2 mil pessoas presas e dezenas de mortos, segundo as notícias.” Ainda de acordo com ele, a Venezuela não vive uma democracia. “Se as pessoas têm alguma dúvida sobre se o regime venezuelano é uma ditadura, eu perguntaria o oposto: é uma democracia? Certamente não.”

    Ficha técnica 

    Produção: Patrícia Lauretti

    Apresentação: Silvio Anunciação

    Edição: Kleber Casabllanca 

    Versão áudio: Octávio Silva

    Coordenação: Patrícia Lauretti

  • O Analisa convida o professor emérito da Unicamp Carlos Alfredo Joly, aposentado do Departamento de Biologia Vegetal do Instituto de Biologia e idealizador do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade, o Biota Fapesp. Joly analisa as ameaças aos biomas do Brasil e especialmente os impactos da tragédia ambiental ocorrida entre 7 e 15/07 no rio Piracicaba e na Área de Proteção Ambiental (APA) do Tanquã, conhecida como pantanal paulista ou mini pantanal, localizada em uma área de várzea do rio, entre as cidades de Piracicaba e São Pedro.

    Toneladas de peixes, de todos os tamanhos e idades, foram mortas depois do despejo de resíduos tóxicos, cuja origem, segundo a Cetesb, está na Usina São José, em Rio das Pedras. A Usina nega a acusação e alega que o problema foi ocasionado pela má gestão do sistema de esgoto da cidade de Rio das Pedras.

    Joly também coordena a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), que acaba de lançar (16/07) o “Sumário para Tomadores de Decisão (STD) do Relatório Temático sobre Agricultura, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, que aborda os desafios associados ao modelo de uso da terra predominante no país e as soluções para tornar a agropecuária uma prática mais sustentável e inclusiva. A intenção é influenciar gestores e lideranças das esferas pública e privada na tomada de decisões, com foco na sustentabilidade e no equilíbrio da tríade agricultura, biodiversidade e serviços ecossistêmicos” (www.bpbes.net.br).

    Ficha técnica 

    Produção - Patrícia Lauretti e Silvio Anunciação 

    Apresentação - Hebe Rios 

    Edição - Kleber Casabllanca 

    Edição de capa - Paulo Cavalheri 

    Coordenação - Patrícia Lauretti

  • Por lei, o aborto é permitido no Brasil nos casos de estupro, risco de vida para a mãe ou feto anencéfalo. Apesar disso, 3,6% dos municípios brasileiros oferecem a possibilidade de aborto legal via Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e mulheres nessas condições. Pela falta de uma rede de atendimento, essas meninas e mulheres acabam, muitas vezes, não conseguindo interromper a gravidez antes das 22 semanas de gestação. 

    Recentemente, o Projeto de Lei Antiaborto por Estupro (PL 1.904/24), de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), entrou em regime de urgência na Câmara dos Deputados. Após a repercussão negativa e a mobilização da sociedade, o presidente do órgão, Arthur Lira, adiou a urgência. Caso aprovado, o PL alterará o Código Penal, criminalizando as mulheres, incluindo as vítimas de estupro, com pena de reclusão equiparada à prevista em casos de homicídio, que pode chegar a 20 anos. 

    O projeto foi criticado pelo obstetra José Paulo de Siqueira Guida, docente da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e um dos coordenadores do Ambulatório de Atendimento Especial do Hospital da Mulher J. A. Pinotti (Caism). “Mulheres pretas e indígenas apresentam risco duas a três vezes maior de morrer durante um aborto inseguro do que uma mulher branca. Quem vai querer abortar vai abortar ao final do processo. Esse é um dado da realidade. A diferença é pensar como o Estado vai responder a isso: se vai responder punindo essa mulher, impondo a ela risco de morrer, ou se vai responder dando garantias de que, ao final desse processo, essa mulher estará viva”, questionou. 

    Para a socióloga Maria José Rosado, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero (Pagu) da Unicamp e uma das fundadoras da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, o PL é uma “proposição de morte, especialmente para a população mais vulnerável”. Rosado afirmou que a proposta é a manifestação de um Poder Legislativo retrógrado e que não representa a sociedade brasileira. 

    Leia artigo publicado no Jornal da Unicamp: Precisamos falar sobre violência sexual, aborto, sofrimento e esperança

    Ficha técnica 

    Apresentação: Patrícia Lauretti

    Edição: Kleber Casabllanca

    Capa: Paulo Cavalheri

    Foto de capa: Antoninho Perri

    Apoio: Ronei Thezolin

  • Este episódio do programa Analisa convida a professora Larissa Galatti, da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), e a pesquisadora Tatiana Freire, da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp, que trabalha no Comitê Olímpico do Brasil (COB). Elas falam sobre a participação das mulheres como treinadoras de esportes olímpicos, que, no Brasil, chega a menos de 7%, tendo atingido apenas 13% nas Olimpíadas de Tóquio. A Unicamp mantém um convênio de cooperação com o Comitê Olímpico do Brasil, por meio do curso de Ciências do Esporte, da FCA. A cooperação se dá no programa de formação de Coach Developers, com ênfase no desenvolvimento de treinadoras. 

    Informações sobre a formação oferecida pela Unicamp em parceria com o COB:

    Documento de desenvolvimento esportivo do COB - 

    https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/modelo-desenvolvimento-esportivo  

    Formatura -

    https://www.cob.org.br/pt/galerias/noticias/cob-realiza-encerramento-do-programa-de-formacao-de-coach-developer-com-enfase-no-desenvolvimento-de-treinadoras/  

    @lepeunicamp - LEPE - Laboratório de Estudos em Pedagogia do Esporte.

    Ficha técnica 

    Produção - Silvio Anunciação 

    Apresentação - Hebe Rios 

    Versão podcast: Matheus Motta (SAE/Unicamp)

    Edição - Kleber Casabllanca 

    Edição de capa - Alex Calixto 

  • Este episódio do programa Analisa convida a professora da Faculdade de Educação (FE) Cristiane Machado, para falar sobre a política educacional do estado de São Paulo. Entre as ações recentes, está a aprovação pela Assembleia Legislativa (ALESP) da lei que restabelece o Programa das Escolas Cívico Militares (Pecim). O programa havia sido revogado no ano passado (2023). A Congregação da FE realizou, no dia 29 de maio de 2024, uma reunião ordinária em que foi aprovada uma Moção de Repúdio à decisão dos Poderes Executivo e Legislativo do estado de São Paulo. A professora aponta as contradições e os prejuízos que esta e outras políticas educacionais do estado vão provocar para o ensino público. 

    Ficha técnica 

    Produção - Patrícia Lauretti

    Apresentação - Hebe Rios 

    Imagens - João Ricardo - Boi e Jorge Calhau

    Edição - Kleber Casabllanca 

    Edição de capa - Alex Calixto e Paulo Cavalheri

    Fotos - Antoninho Perri

  • O Programa Analisa discute a relação entre o governo brasileiro e as forças armadas, marcada por tensões desde o processo de redemocratização do país. A piora na relação aumentou após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando apurações revelaram o envolvimento de militares na organização dos atos. Por outro lado, alegando a necessidade de apaziguamento, o presidente Lula vetou eventos alusivos ao aniversário de 60 anos do golpe militar de 1964, o que gerou críticas por setores da sociedade civil. Para discutir o tema, o programa convidou a pesquisadora Ana Amélia Penido Oliveira, pós-doutoranda em Ciência Política na Unicamp. Ana Penido estuda questões relacionadas à defesa, às forças armadas, à formação e à profissionalização dos militares. Para a pesquisadora, historicamente, os militares sempre participaram da política nacional e, por este motivo, são uma variável relevante no cálculo político de qualquer civil que está no governo democrático. O programa também abordou o papel das forças armadas em uma sociedade democrática, a formação dos militares e sua participação em postos da administração pública. 

    Ficha técnica

    Produção: Silvio Anunciação

    Apresentação: Felipe Mateus

    Edição: Kleber Casabllanca

    Versão Podcast: Octávio Augusto B. F. Silva e Matheus Mota Brandão

    Foto de capa: Alex Calixto

    Coordenação: Patrícia Lauretti

  • O Analisa apresenta o pesquisador João Pedro Magro, do Instituto Fome Zero, que é doutorando no Instituto de Economia da Unicamp. Magro discute os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD Contínua do IBGE, referentes ao último trimestre de 2023. Os dados apontam que a insegurança alimentar atinge 7,4 milhões de famílias brasileiras. Em comparação, porém, com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada em 2017 e 2018, houve melhora na segurança alimentar, que passou de 63% para 72,4%. O pesquisador aponta as condições determinantes tanto para a queda quanto para o aumento da segurança alimentar no Brasil e faz uma análise específica do estado de São Paulo, onde houve aumento de 37% na insegurança alimentar nos últimos 5 anos.

    Ficha técnica

    Produção - Patrícia Lauretti e Silvio Anunciação

    Apresentação - Hebe Rios

    Edição - Kleber Casabllanca 

    Versão Podcast: Matheus Mota Brandão

  • O programa Analisa convida a pedagoga e professora da Faculdade de Educação Maria Teresa Mantoan, que coordena o Laboratório de estudos e pesquisas em Ensino e Diferença (Leped) e participou da formulação da Política Nacional de Educação Especial lançada em 2008. Mantoan comenta os retrocessos na política de educação inclusiva, a partir do decreto estadual que autoriza a presença de atendente pessoal para alunos com deficiência dentro das escolas estaduais paulistas. O programa também aborda o Projeto de Lei 3035, que institui a política para educação especial e inclusiva para atendimento às pessoas com transtorno do espectro do autismo, além do parecer 50 2023 do Conselho Nacional de Educação, que propõe uma série de indicações para o atendimento ao estudante com transtornos do espectro do autismo.

    Ficha técnica

    Produção e apresentação - Patrícia Lauretti

    Edição - Kleber Casabllanca

    Versão podcast: Octávio Augusto B. F. Silva

    Capa - Paulo Cavalheri

  • Este episódio do programa Analisa apresenta o doutor em políticas públicas e formação humana Lucas Barbosa Pelissari, do Departamento de Políticas, Administração e Sistemas Educacionais (DEPASE) da Faculdade de Educação (FE). O professor repercute o recente anúncio sobre a oferta de refinanciamento de dívidas dos estados, em troca da geração de vagas no Ensino Técnico. Para Pelissari, a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) precisa de investimento e incentivo, mas o atual formato do Ensino Médio acaba sendo um grande empecilho para a obtenção de resultados significativos no processo de formação profissional qualificada.

    Ficha técnica

    Produção - Patrícia Lauretti

    Apresentação - Hebe Rios

    Edição - Kleber Casabllanca

    Edição de capa - Alex Calixto

    Versão Podcast: Octávio Augusto B. F. Silva

  • O programa Analisa discute os interesses das grandes empresas de tecnologia em mais uma confusão envolvendo a regulação das redes sociais. O engavetamento do projeto de lei que previa a responsabilização das plataformas, em caso de difusão de conteúdos criminosos por parte dos usuários das redes, acontece em meio a um embate entre o empresário da plataforma X, Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Nós convidamos para a entrevista a professora e historiadora Josianne Cerasoli, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, o IFCH, e Rafael de Almeida Evangelista, pesquisador do Labjor, Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo e professor do programa de pós-graduação em divulgação científica da Unicamp. 

    Ficha técnica 

    Produção - Patrícia Lauretti e Ronei Thezolin

    Apresentação - Hebe Rios 

    Imagens - João Ricardo - Boi, Marcos Botelho

    Fotos - Antônio Scarpinetti 

    Edição - Kleber Casabllanca 

    Edição de capa - Alex Calixto

  • Neste episódio do Analisa, os convidados são o antropólogo Omar Ribeiro Thomaz, professor do Departamento de Antropologia da Unicamp, que desenvolve pesquisas nas áreas de antropologia da guerra e do conflito e da história social da África e do Caribe (estudos de campo em Moçambique e no Haiti), e o aluno de graduação em Letras, Sudly Saintil, que atua no Grupo de Acolhimento em Línguas (GAL) do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). O graduando faz tradução e interpretação comunitária de crioulo haitiano para o português e vice-versa, para atender imigrantes e refugiados da região de Campinas. 

    O professor Omar explica como os processos de ocupação do Haiti, um deles liderado pelo Brasil, sob o aval das Nações Unidas (ONU), excluíram a participação dos haitianos, impondo soluções que não deram resultado e pioraram a instabilidade política. Sudly, que chegou ao Brasil em 2011, conta o que testemunhou no Haiti e fala sobre os relatos de haitianos que buscam se estabelecer no Brasil, mas enfrentam dificuldades impostas pela legislação. 

    Ficha técnica

    Produção - Patrícia Lauretti

    Apresentação - Hebe Rios 

    Imagem - Marcos Botelho Jr. e João Ricardo - Boi

    Edição - Kleber Casabllanca 

    Edição de capa - Alex Calixto