Episodi
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Neste episódio, celebro as abelhas, heroínas discretas da biodiversidade, a propósito do seu dia mundial a 20 de maio. Muito além do mel, a sua importância ecológica é imensa — e hoje elas enfrentam sérias ameaças como pesticidas, poluição e perda de flora. Viajamos até à Pré-História para descobrir como o ser humano sempre valorizou o mel, com provas desde a arte rupestre até resíduos arqueológicos de cera de abelha. Exploramos práticas com as dos povos Hadza da Tanzânia, que arriscam escalar baobás em busca de mel, usando técnicas ancestrais e ferramentas adquiridas através de trocas com outros povos, como os Datoga. Este episódio mistura ciência, Pré-História e etnoarqueologia para mostrar como, desde a Pré-História, fomos seduzidos pela doçura do mel e pela utilidade da cera produzida pelas abelhas.
Para saber mais:
Alyssa N. Crittenden (2011): The Importance of Honey Consumption in Human Evolution, Foodand Foodways, 19:4, 257-273
Chasan R, Rosenberg D, Klimscha F, Beeri R, Golan D, Dayan A, Galili E, Spiteri C. 2021 Bee products in the prehistoric southern levant: evidence from the lipid organic record. R. Soc. Open Sci. 8: 210950. https://doi.org/10.1098/rsos.210950
Dunne, J., Höhn, A., Franke, G. et al. Honey-collecting in prehistoric West Africa from 3500 years ago. Nat Commun 12, 2227 (2021). https://doi.org/10.1038/s41467-021-22425-4
Frank W. Marlowe, J. Colette Berbesque, Brian Wood, Alyssa Crittenden, Claire Porter, Audax Mabulla, Honey, Hadza, hunter-gatherers, and human evolution, Journal ofHuman Evolution, Volume 71, 2014, Pages 119-128, ISSN 0047-2484, https://doi.org/10.1016/j.jhevol.2014.03.006.
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Neste episódio fui ao encontro do Miguel Serra, arqueólogo e investigador, para uma conversa centrada no Projeto Arqueológico do Outeiro do Circo – um extenso povoado da Idade do Bronze Final localizado no Baixo Alentejo. Conversamos sobre o percurso profissional do Miguel, os desafios de desenvolver um projeto de escavação e investigação e os seus contributos para o conhecimento da Idade do Bronze nesta região. Mas sobretudo falamos sobre a forte componente comunitária e educativa do projeto, com destaque para a relação com a aldeia de Mombeja e as múltiplas iniciativas de educaçãopatrimonial que têm sido desenvolvidas desde 2008. Uma reflexão profunda sobre o papel social e cultural da Arqueologia.
Para saber mais: https://outeirodocirco.blogspot.com/
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Episodi mancanti?
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Sabias que as armas mais antigas da humanidade eram feitas de madeira? Sim, esse material frágil que tão raramente sobrevive ao tempo. E no entanto, há cerca de 300 mil anos, o sítio arqueológico de Schöningen revela que já se faziam lanças tão bem desenhadas que podiam matar um cavalo a vinte metros de distância. Este podcasté da Idade da Pedra, mas neste episódio vamos falar de madeira. Como eram feitas estas lanças tão antigas e como eram utilizadas?
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Neste episódio, viajamos até ao Paleolítico Inferior com oarqueólogo Carlos Ferreira, investigador da UNIARQ e especialista no tecno-complexo Acheulense com foco especial no seu estudo no território atualmente português. A partir de Madrid, onde está a estudar coleções arqueológicas, o Carlos ajuda-nos a compreender o que é o Acheulense, a importância dos seus icónicos bifaces e o que estes nos dizem sobre a cognição humana e a possível emergência de sentido estético. Conversamos ainda sobre as rotas migratórias entre África e a Europa, sobre as características do Acheulense ibérico e os desafios de investigar sítios muito antigos em contextos fluviais. Um episódio essencial para quem se interessa pelas dinâmicas das primeiras ocupações humanas em Portugal.
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Neste episódio especial do Let’s Rock – um podcast da Idade da Pedra, celebramos um evento que, desde 2009, se tornou um verdadeiro ponto de encontro entre arqueólogos/as e os públicos: a Festa da Arqueologia, organizada pela Associação dos Arqueólogos Portugueses, que acontece de 25 a 27 de abril, no Convento do Carmo entre as 10h e as 18h.
Para conhecer melhor a história da Festa e o que está a ser preparado para esta 7ª edição, convidei o César Neves, arqueólogo do Museu Arqueológico do Carmo, e a CéliaPereira, conservadora do mesmo museu.
Ao longo da conversa, recuamos até à origem da iniciativa — e percebemos o que motivou a sua criação, como tem evoluído ao longo das edições e que impacto tem tido naforma como o público se aproxima da Arqueologia. Falámos sobre o envolvimento das instituições participantes, o feedback dos visitantes, e como a Festa tem conseguido manter-se relevante e cativante ao longo dos anos.
E claro, mergulhámos no tema de 2025: a alimentação. Porquê falar de comida na Arqueologia? O César e a Célia respondem a esta questão e guiam-nos pelo programa deste ano, destacando as atividades interativas, oficinas, jogos, visitas e conferências — tudo pensado para envolver miúdos, graúdos, curiosos e apaixonados pela arqueologia.
Consultem o site da Festa para preparar a vossa visita:
https://www.arqueologos.pt/festa_arqueologia/index.html
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Cenas da vida de um/a arqueólogo/a:
🦖 “Então… já escavaste muitos ovos de dinossauro?”
💰 “E o pote das libras, já apareceu?”
Pois é… cansada de ouvir estes (e outros) equívocos, a Susana Nunes decidiu responder com humor, conhecimento e muita criatividade nas redes sociais através do projeto «Arqueólogos Não Escavam Dinossauros».
A Susana Nunes é arqueóloga e mediadora patrimonial com uma sólida trajetória na preservação e divulgação do património cultural. Ao longo do seu percurso combinou a investigação e a arqueologia preventiva com um forte compromisso na área educativa, tendo sido coordenadora e formadora do Curso Profissional de Assistente de Arqueólogo na Escola Profissional de Arqueologia. Atualmente, lidera a área de educação patrimonial na empresa Palimpsesto, dinamizando projetos que aproximam a arqueologia da sociedade.
Neste episódio, conversamos sobre:
🔍 O que realmente fazem os/as arqueólogos/as
🛠️ Comunicação e mediação do património
🏛️ A importância de trazer a arqueologia para o espaço público
🎓 O ensino profissional da arqueologia
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Porque é que os humanos são o único animal que pode naturalmente deixar crescer o cabelo na cabeça – e deixá-lo crescer muito– tornando isso uma questão cultural e identitária? Neste episódio, exploramos como a perda de pelo corporal e o desenvolvimento do cabelo na cabeça estão ligados à evolução do bipedalismo e à termorregulação. Desde os primeiros hominínios até ao Homo sapiens, o cabelo cumpriu funções essenciais para a sobrevivência e adaptação. Mas será que sempre teve apenas um papel biológico?
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Neste episódio converso com a arqueóloga Ana Vale. A Ana é investigadora e gestora de ciência aqui na FLUP e integra o Centro de Investigação CITCEM. Fez o doutoramento na Universidade do Porto, mas nesse período passou muito tempo em Manchester e teve a oportunidade de participar no projeto de Stonehenge, algo que marcou a sua forma de fazer e pensar a Arqueologia. Ao longo da sua carreira tem publicado dezenas de artigos em revistas científicas, mas também capítulos de livros e dois livros. O seu percurso inclui a coordenação de vários projetos de investigação e também a orientação de trabalhos académicos. O trabalho da Ana é uma referência incontornável no estudo das arquiteturas Pré-Históricas e também nos estudos dearqueologia de género e foram esses os grandes temas da nossa conversa.
Discutimos os olhares que se projetam no passado acerca das mulheres e de como se têm vindo a transformar lá fora,mas também em Portugal. A Ana, falando do seu trabalho e não só, explica-nos como se desconstroem discursos que colocam a mulher Pré-Histórica num lugar estático e numa cristalização em torno da esfera doméstica e da fertilidade. A mesma desconstrução e enorme atenção ao detalhe é feita pela Ana Vale no estudo das arquiteturas da Pré-História Recente que assim ganham vida como espaços habitados e onde se desenrolaram quotidianos muito mais diversos e complexos do se poderia pensar.
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Neste episódio conversei com Rita Dias, arqueóloga e zooarqueóloga com uma carreira muito multifacetada que cruza a investigação académica, o ensino e grande experiência profissional em arqueologia empresarial. A Rita é doutorada em Zooarqueologia pela Universidade do Algarve e especialista no estudo da sazonalidade através de restos de peixes, usando a esclerocronologia e a análise de isótopos estáveis. Pode parecer complicado, mas a Rita explica-nos tudo isso mostrando como a investigação focada em pequenos restos de peixes é uma janela para a compreensão dos comportamentos de subsistência e sazonalidade dos caçadores-recolectores do Holoceno. A Rita também nos fala do seu percurso desenvolvido na empresa Era Arqueologia, nomeadamente como gestora e piloto de drones do projeto Odyssey, que utiliza tecnologias de ponta como a deteção remota e inteligência artificial para registar, inventariar e proteger o património arqueológico. A sua experiência diversificada coloca-a numa posição única para entendermos como se faz a transição de uma carreira da académica para o mundo das empresas, os desafios que isso coloca, mas também como se criam oportunidades de fazer pontes entre a investigação científica e a arqueologia mais profissional que se desenvolve em contexto empresarial.
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O Natal que agora vivemos termina no dia 6 de janeiro, com o dia de Reis. Conta o evangelho de S. Mateus que uma estrela, a estrela de Belém, brilhava intensamente no céu anunciando o nascimento de Jesus. O astro terá guiado os reis Magos até este outro rei, recém-nascido algures na TerraSagrada, não muito longe de Jerusalém. Mas será que essa estrela existiu mesmo? Ou terá sido outro fenómeno astronómico?
Estas são questões que há muito ocupam estudiosos, desde uma perspetiva religiosa , mas também histórica e científica.
Contudo, a relação entre nós e as estrelas é bem mais antiga do que a época do relato do nascimento de Jesus Cristo.
Podemos dizer com bastante certeza que a nossa vontade de dialogar com os céus através das estrelas, próximas de divindades detentoras de poderes que não controlamos, mas que queremos favoráveis, remonta à Pré-História. A que momento preciso da Pré-História? Não é possível afirmar com certeza.
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O que é a Geofísica e a Detecção Remota em Arqueologia? E como entra a Inteligência Artificial na identificação de sítios arqueológicos? E como podemos melhor proteger o nosso património arqueológico?
Neste episódio converso com Tiago Pereiro, arqueólogo que nos últimos anos se especializou na deteção remota de sítios arqueológicos e cujo trabalho tem contribuído para grandes mudanças na forma como olhamos para os monumentos megalíticos, para os recintos pré-Históricos e para as suas paisagens circundantes. O Tiago tem um percurso muito diversificado que o levou, numa pausa na profissão que tanto ama, ao Reino Unido e o trouxe de volta a Portugal para regressar de forma inovadora ao trabalho de campo em arqueologia. Umaconversa que não é só sobre técnicas, é também sobre a proteção dos sítios arqueológicos e as suas paisagens e, sobretudo, sobre mudanças nos territórios, nas metodologias e na vida de quem se dedica à arqueologia.
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Quando foi a última vez que beijou alguém? Um beijo rápido na face? Um beijo suave nos lábios? É algo que nos parece tão familiar, mas, se pensarmos sobre por que o fazemos, torna-se um pouco intrigante e misterioso. Será apenas um gesto de afeto, ou há algo mais profundo — algo antigo e universal — neste gesto tão habitual? Desde beijos românticos a simples saudações com um toque de face, o beijo é algofamiliar para muitos de nós. Mas como terá ele começado? E qual o propósito deste gesto e porque assumiu tantas formas diferentes? Para o saber temos de recuar milhões de anos.
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Imagine uma época onde cada saída de espaços protegidos poderia fazer a diferença entre a vida e a morte—não só devido a predadores, mas também devido ao frio que podia ser implacável. Há cerca de 25 mil anos, no chamado último glaciar máximo, o frio na Europa, coberta por gelo em muitas áreas, era intenso e os nossos antepassados não podiam enfrentá-lo sem aproteção extra de vestuário que, graças a uma pequena grande invenção – a agulha com buraco, podiam coser com eficácia e em camadas, assegurando uma proteçãoadequada do corpo.
Mas a história da roupa começa muito antes deste pequeno objeto e, também, antes deste último e rigoroso período glaciar.
Na Pré-História Antiga não havia pret a porter, nem tãopouco tecidos confortáveis. Em vez disso, os nossos antepassados tiveram de contar com o seu engenho, transformando lentamente as peles dos animais quecaçavam em algo que pudesse garantir a proteção dos seus corpos e assim aumentar as hipóteses de sobrevivência.
Mas como descobriram este processo? Equais eram as ferramentas que utilizavam para o fazer antes da invenção da agulha com buraco, objeto pequenino, mas bastante revolucionário.
A agulha é daqueles casos que passa despercebido, um objeto a que não damos grande valor, mas marcou um ponto de viragem na história da humanidade. Com este objecto já não se tratava apenas de costurar roupas paramanter o corpo quente, estas eram também uma forma de expressão cultural.Então, como passámos de peles de animais lançadas sobre os ombros a roupas costuradas e decoradas com precisão?
Para saber mais
Ian Gilligan et al. ,Paleolithic eyed needles and the evolution of dress.Sci. Adv.10,eadp2887(2024).DOI:10.1126/sciadv.adp2887
Nicole Leoni Sherwood, Tim Forssman, Identifying use-wear distributions on sewing needles: Possible Later Stone Age sewing needle made from a tooth root at Little Muck Shelter, South Africa, Journal of Archaeological Science: Reports, Volume 53, 2024, 104347, ISSN 2352-409X, https://doi.org/10.1016/j.jasrep.2023.104347.
Toups MA, Kitchen A, Light JE, Reed DL. Origin of clothing lice indicates early clothing use by anatomically modern humans in Africa. Mol Biol Evol. 2011 Jan;28(1):29-32. doi: 10.1093/molbev/msq234.
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Neste episódio da nova rubrica Let’s Rock Stories falo-vos das origens nossa relação com os gatos. Ao contrário de cabras, ovelhas, porcos ou vacas, e até mesmo os cães, os gatos pouco contribuem para a nossa sobrevivência. Então como e porque é que se aproximaram de nós e porque é que nós os acolhemos? E já agora, há quanto tempo é que isso aconteceu? A nossa história com os gatos não tem sido a mais fácil dedesvendar. Tem lógica, porque haveria de ser fácil se o bicho é tão enigmático e sofisticado? Tinha de se fazer difícil, claro.
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O que são o desenho e a ilustração científica? E quais as suas especificidades em Arqueologia? Podemos todos desenhar? E como é contar as histórias dos cientistas através de desenhos?
Neste episódio converso com Guida Casella que respondendo a estas e outras questões também nos fala do seu percurso na ilustração científica especialmente dedicado à Arqueologia.
A Guida é formada em Belas Artes, tendo descoberto o desenho científico no último ano da licenciatura, o que determinou o rumo da sua carreira. Atrás do desenho científico, viajou e viaja muito. Andou pelo Canadá, Inglaterra e Estados Unidos e desenvolveu um olhar muito crítico e informado sobre a divulgação de arqueologia através de desenhos e ilustrações.Os seus trabalhos podem ser encontrados de norte a sul de Portugal. Colaborou e colabora com institutos e centros de investigação, arqueológos, museus e autarquias. Em 2019 concluiu, na Universidade Nova, o doutoramento em Medias Digitais com um trabalho intitulado “Digital Storytelling para Arqueologia”, focando a comunicação feita a partir do Castro de Zambujal durante 50 anos. Desde 2019 que dá aulas de Desenho de Arqueologia e de Património na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e em 2023 criou a Pós Graduação de Aperfeiçoamento Ilustração Científica.
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O que são as Grutas Artificiais? Como eram feitas eutilizadas? E como é que do estudo das rochas se retiram tantas informações sobre hábitos e comportamentos dos nossos antepassados Pré-Históricos?
Neste episódio converso com Patrícia Jordão, arqueóloga e doutorada em Geologia, atualmente investigadora em Geoarqueologia na UNIARQ –Centro de Arqueologia da Universidade.
A Patrícia responde a estas perguntas e mostra-nos como através das rochas e do seu estudo detalhado, por vezes envolvendo técnicas laboratoriais bastante complexas, conseguimos saber sobre a mobilidade das populações, adimensão dos seus territórios e até trocas que se faziam entre regiões e populações diferentes. Também nos conta sobre um detalhado estudo sobre as Grutas Artificiais da Estremadura e que revelou novos dados sobre os comportamentos funerários do Neolítico e Calcolítico desta região, numa época em que além dosanimais e das plantas, domesticámos também a morte.
Nota Importante: Por lapso referem-se as Grutas do Poço Velho em Cascais como grutas artificiais visitáveis, mas é incorrecto. Tratam-se de necrópoles Pré-Históricas que se podem visitar.
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O que são as Grutas Artificiais? Como eram feitas eutilizadas? E como é que do estudo das rochas se retiram tantas informações sobre hábitos e comportamentos dos nossos antepassados Pré-Históricos?
Neste episódio converso com Patrícia Jordão, arqueóloga e doutorada em Geologia, atualmente investigadora em Geoarqueologia na UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa.
A Patrícia responde a estas perguntas e mostra-nos como das rochas e do seu estudo detalhado, por vezes envolvendo técnicas laboratoriais bastante complexas, conseguimos saber mais sobre a mobilidade das populações, a dimensão dos seus territórios e até trocas que se faziam entre regiões e populações diferentes. Também nos conta sobre um detalhado estudo sobre as GrutasArtificiais da Estremadura e que revelou novos dados sobre os comportamentos funerários do Neolítico e Calcolítico desta região, numa época em que, além dos animais e das plantas, domesticámos também a morte.
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Como se estuda o nosso passado mais remoto?
Quanto mais recuamos, menos são as pistas, mas mais desafiante é recontruir a nossa história!
Neste episódio do Let's Rock - um podcast da Idade da Pedra, converso com Alexandre Varanda, arqueólogo e investigador da UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, que se dedica a estudar os vestígios das mais antigas ocupações humanas do nosso território e da Península Ibérica.
O Alexandre faz-nos uma síntese de um longo período no tempo, representado pelo tecno-complexo Acheulense, com origem em África e que se expandiu para vários locais no planeta. Deste período temos sobretudo utensílios em pedra, sendo os bifaces os mais conhecidos, e cujo estudo detalhado pode revelar muito acerca da variabilidade do comportamento dos nossos antepassados há centena de milhares anos.
Nos seus trabalhos o Alexandre olha para a Península Ibérica, mas também para o Médio Oriente e aplica novas metodologias e técnicas, como a morfometria 3D, que permitem destrinçar diferenças e padrões nos utensílios em pedra com maior rigor. -
Neste episódio converso com Patrícia Monteiro, arqueóloga especializada em Arqueobotânica, investigadora no LARC – Laboratório de Arqueociências do Património Cultural, I.P. e no ICArEHB - Centro Interdisciplinar de Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano. A Patrícia explica-nos o tanto que podemos aprender sobre o comportamento humano e sobre as paisagens Pré-Históricas, analisando os restos de plantas. Ficámos a saber como se faz o estudo arqueobotânico, desde a recolha dos vestígios na escavação até à sua análise em laboratório. Também conversámos sobre as origens do uso, controlo e produção do fogo e sobre as estratégias de utilização da madeira pelos últimos caçadores recolectores do território atualmente português.
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Neste episódio converso com Pedro Cura, destacado investigador em Arqueologia Experimental, mas também um prolífico divulgador de Pré-História através de atividades que têm por base a sua investigação. Desde a utilização de ferramentas em pedra à construção de Parques Arqueológicos representando várias épocas da nossa história, o trabalho do Pedro tem dado diversos contributos à ciência e tem aproximado inúmeros públicos ao contacto vivo com a Pré-História. Entre estes incluem-se renomados Chefs de cozinha com os quais tem trabalhado, oferecendo inovadores cruzamentos disciplinares e gastronómicos.
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