Episodi
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Uma das figuras incontornáveis da democracia portuguesa, Mário Soares esteve em todos os momentos-chave da construção de um Portugal moderno e democrático. Assinou a adesão à CEE, foi primeiro-ministro e Presidente da República e deixou um legado incontornável. Oiça a sua biografia neste último episódio do podcast especial Retratos de Abril
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Fundado em janeiro de 1973, o jornal Expresso, de Francisco Pinto Balsemão, foi um dos jornais de referência que, à altura, tentava contornar a censura. Em 1973, os órgãos de comunicação independentes do poder político eram poucos, por isso a imprensa livre foi (e será sempre) um dos pilares das sociedades democráticas. Oiça este episódio do podcast especial Retratos de Abril dedicado à imprensa
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Episodi mancanti?
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A 29 de janeiro de 1963 saiu o primeiro número de uma revista que viria a marcar a década de 1960: chamava-se “O Tempo e o Modo” e era dirigida pelo escritor António Alçada Baptista, que assinava um dos artigos de fundo do número inaugural. Na sua secção “Artes e Letras”, a revista deu voz a escritores e artistas que, simultaneamente, não era alinhados com o regime ditatorial mas, também, não se reviam na estética neorealista, na altura professada sobretudo pelos intelectuais de esquerda. Descubra a vida deste escritor e humanista neste episódio do podcast Retratos de Abril,
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A luta de Maria Antónia Palla vai além do jornalismo. Mulher de causas, bateu-se especialmente pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Autora, escritora e feminista, oiça a sua história neste podcast especial Retratos de Abril.
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Passou grande parte da sua vida preso ou na clandestinidade e depois do 25 de Abril afirmou-se como uma figura de relevo na política portuguesa. Álvaro Cunhal era um homem de ideais, firme e convicto, que deixou uma marca muito profunda no país. Um homem do seu tempo para descobrir neste episódio do podcast Retratos de Abril
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A 5 de junho de 1974, poucos dias depois de ter tomado posse como subsecretário de estado do ambiente, Gonçalo Ribeiro Telles deu uma entrevista ao jornalista da RTP Luís Filipe Costa e identificou os seus objectivos no governo: aposta no saneamento básico e na defesa dos solos agrícolas de exceção. Á época, eram poucos os que falavam de ecologia e o ambiente não era prioridade. Conheça a biografia de um dos maiores vultos da arquitetura paisagista neste podcast Retratos de Abril,
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Quartel da Pontinha, Regimento de engenharia 1, noite de 24 de abril de 1974. O posto de comando do Movimento das Forças Armadas aguardava com ansiedade que “Grândola vila Morena”, canção de José Afonso, tocasse no programa “Limite” da Rádio Renascença. Era a senha para o inicio da operação “derrube do regime”, planeada pelo major Otelo Saraiva de Carvalho. Oiça a biografia desta figura ímpar e polémica no podcast narrativo Retratos de Abril
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José Ferreira de Castro nasceu no longínquo ano de 1898 e emigrou, como tantos outros, para o Brasil quando tinha 12 anos. Foi seringueiro, um duro trabalho, quase escravo, de extrair borracha por horas a fio sob um calor abrasador. A sua sorte foi saber ler, escrever e fazer contas. Autor de obras incontornáveis como “A Selva”, candidato ao Prémio Nobel, contestador do Estado Novo e jornalista: oiça aqui a imensa vida de Ferreira de Castro no podcast Retratos de Abril
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Cidade Universitária de Lisboa, 10 de maio de 1962. Cerca de 90 estudantes estavam em greve de fome na Cantina da universidade após decretar luto académico em protesto contra a revogação da autonomia universitária e a suspensão do dia do estudante. O senado da Universidade deu então uma hora para que a cantina fosse evacuada. Caso contrário, o assunto passaria para as mãos da polícia. Os estudantes não cederam e a PSP entrou na cantina. Foram presos quase 100 estudantes, entre eles Jorge Sampaio, que esteve preso em Caxias durante 3 dias. Oiça a biografia desta figura incontornável do panorama político português neste podcast especial Retratos de Abril
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Lisboa, capela do Rato, 31 de dezembro de 1972. Centenas de pessoas concentraram-se em reflexão e protesto contra a continuação da guerra colonial: Nuno Teotónio Pereira, Fernando Pereira de Moura, e o estudante liceal Francisco Louçã, então com 16 anos, eram alguns dos participantes. A polícia cercou o local e, como ninguém arredou pé, entrou na capela e fez inúmeras prisões. Foi a quarta vez que o arquiteto Nuno Teotónio Pereira foi preso, só libertado após o 25 de Abril. Esta é a sua biografia no podcast especial Retratos de Abril
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Leiria, 2 de dezembro de 1939. O médico Adolfo Correia da Rocha foi preso no seu consultório pela PSP e enviado para Lisboa, para ser interrogado pela PVDE (antiga PIDE). Este médico era o poeta e escritor Miguel Torga. O motivo da prisão: a queixa de Nicolás Franco, embaixador de Espanha em Portugal a propósito do livro “A Criação do Mundo”, onde o escritor denunciou os horrores da guerra civil de Espanha. Oiça a biografia de um dos principais escritores do século XX português no podcast Retratos de Abril
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A 4 de outubro de 1965, um grupo de católicos oposicionistas publicou um manifesto a criticar o regime ditatorial, a guerra e a falta de liberdades cívicas. Helena Cidade Moura estava neste grupo, tal como esteve com a oposição nas eleições de 1969, apoiando a CDE. Para Helena Cidade Moura a prioridade era lutar pelas liberdades cívicas e pelo acesso de todos à educação e cultura. Já depois do 25 de abril, como dirigente do MDP/CDE, foi uma das principais responsáveis pelas campanhas de alfabetização, num país que, no início da década de 1970, tinha cerca de 25% de pessoas que não sabiam ler. Oiça este episódio do podcast Retratos de Abril
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A 29 de março de 1974, o Coliseu dos Recreios encheu-se para assistir ao primeiro encontro da canção portuguesa. Estavam anunciados nomes como Carlos Paredes, Adriano Correia de Oliveira, Fernando Tordo e José Afonso, quase todos eles com músicas proibidas pela censura. No final, entoaram em conjunto “Grândola vila morena”, música de Zeca Afonso editada em 1971 e que escapou milagrosamente à censura. Dias depois, esta seria uma das senhas do 25 de Abril.
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A 4 de dezembro de 1970, a SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, foi fundada como uma entidade independente do poder político e com o objectivo de refletir sobre os problemas do país e propor soluções para o seu desenvolvimento. Encarada com desconfiança pelo regime ditatorial, a SEDES revelou-se na plenitude em democracia. Os seus estudos têm dado contributos válidos em áreas setoriais decisivas, desde os transportes à agricultura, e vários dos seus associados integraram os governos provisórios e constitucionais. Oiça este episódio do podcast Retratos de Abril dedicado ao associativismo da SEDES
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28 de abril de 1974, estúdios da RTP. Ainda espantada com o que o país vivera nos últimos dias, Maria Lamas mostrava-se esperançada numa nova vida, mais justa, sobretudo para as mulheres. Direitos iguais para as mulheres foi o combate de vida desta mulher singular, que divorciou-se duas vezes, numa época em que tal era estigma, foi das primeiras jornalistas profissionais, presidiu ao conselho nacional das mulheres portuguesas, esteve presa e exilada por opor-se ao regime ditatorial. Oiça a sua biografia neste episódio do podcast Retratos de Abril
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A 25 de janeiro de 1973, o deputado Francisco Sá Carneiro endereçou uma carta de renúncia ao presidente da Assembleia Nacional. Na carta, lembrou que fora eleito como independente e denunciou a obstrução sistemática a todas as suas iniciativas legislativas. Durante cerca de quatro anos, Sá Carneiro procurou em vão reformas que permitissem a liberdade de imprensa, o fim dos presos políticos e eleições livres para a presidência da República. Quando bateu com a porta, exclamou: “é o fim!”. Recorde a sua vida neste episódio do podcast Retratos de Abril
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Casa do Povo de Óbidos, 1 de dezembro de 1973. Cerca de 180 militares do quadro dos oficiais das Forças Armadas reuniram-se sob um pretexto trivial: fazer um magusto. Na verdade, esta foi uma importante reunião clandestina do então chamado “movimento dos capitães”. Em Óbidos, os oficiais presentes tomaram a decisão de avançar para um golpe de estado e elegeram uma comissão coordenadora do movimento. Oiça este episódio do podcast narrativo Retratos de Abril
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Em 1964, “Livro Sexto”, de Sophia de Mello Breyner, recebeu o grande prémio de poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores. Este foi um livro marcante na obra da poetisa, evidenciando o seu compromisso com a liberdade e a justiça social.
Este episódio narra o percurso da poetisa que se opôs ao regime ditatorial e que um dia escreveu “Eu posso dizer que escrevo para transformar o mundo. Eu penso que a poesia deve transformar o mundo”.
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6 de maio de 1974: Sá Carneiro, Magalhães Mota e Pinto Balsemão fundaram o PPD, Partido Popular Democrático, um dos primeiros a surgir depois do 25 de Abril. Já existiam o PCP, fundado em 1921, e o PS, sucessor da Ação Socialista Portuguesa, fundado em 1973. Pouco tempo depois, em julho, foi fundado o CDS: Centro Democrático e Social.
Por circunstâncias várias, estes foram os quatro partidos estruturantes do regime democrático. Este episódio relembra os seus fundadores e principais figuras da época, sublinhando a importância dos partidos políticos para uma democracia representativa.
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Em março de 1970, a poeta Natália Correia foi condenada a pena de prisão suspensa pela publicação do livro “Antologia da Poesia Satírica e Erótica Portuguesa”. Chegou a pensar defender-se em verso, como o fez, anos mais tarde, em plena Assembleia da República, com o célebre poema que dedicou ao deputado do CDS João Morgado, quando este defendeu que “o ato sexual é para fazer filhos”. Natália Correia era assim: original, insubmissa, provocadora e livre, sobretudo livre.
Quem foi esta mulher que gostava de se dizer “poeta” e não “poetisa”, que organizou salões literários onde se reunia a oposição ao Estado Novo e que nos deixou o seu original conceito de “Mátria”?
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