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Jornalista e cineasta, Olinda Tupinambá fala da importância da presença indígena nos espaços artísticos nacionais, não só como um instrumento de luta de preservação da cultura ancestral, mas também para que diferentes povos possam se ver e se reconhecer nesse processo de representatividade.
“Às vezes fica pesado pensarmos em outras coisas, porque nós precisamos sobreviver. Quando precisa sobreviver, você esquece de muitas coisas relacionadas à cultura”, comenta durante o episódio.
Este depoimento foi gravado remotamente em 2021.
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Professor e escritor, Marcelo Manhuari Munduruku fala como a literatura indígena pode ser instrumento para a criação de uma nova mentalidade sobre o que é ser indígena no Brasil. Fala também sobre a importância de começar essa mudança na infância, para que as crianças já cresçam livres de preconceitos.
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“Queremos que a sociedade não indígena reconheça a riqueza e a contribuição que os povos indígenas dão para o fortalecimento da democracia do país.”
Advogado e doutor em antropologia social, Eloy Terena fala sobre a situação atual da luta dos direitos dos povos indígenas e da importância da memória política e histórica dessa resistência para a manutenção dos direitos constitucionais e para o impedimento de novos retrocessos.
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O criador de conteúdo digital Cristian Wariu, nascido Xavante e Guarani Nhandewa, fala sobre a importância de se ouvir indígenas falando de sua própria realidade e produzindo conteúdo para quebrar estereótipos que ainda perduram no imaginário dos não indígenas. Cristian é o criador do canal de YouTube Wariu, no qual fala da cultura indígena contemporânea, e apresentador do primeiro podcast feito para povos indígenas e da floresta no país, o Copiô, parente.
Este depoimento foi gravado remotamente em 2021. -
“Nós estamos nos tornando como se fôssemos animais para a sociedade não indígena, estamos nos tornando como se não tivéssemos vida. O povo da floresta não tem vida.”
Dário Kopenawa, liderança yanomami, relata como era a vida de seu povo antes do contato com a sociedade não indígena e fala sobre os problemas advindos desse contato. Ele também aborda a luta por seus direitos, que, apesar de serem garantidos pela Constituição, são constantemente violados.
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Os educadores, autores e lideranças Dona Liça e Kanatyo Pataxoop falam sobre a conexão que têm com a natureza, o conhecimento obtido com ela e a importância das tradições de seu povo na transmissão desses conhecimentos. Falam também das pedagogias que criaram para a educação das crianças e dos jovens. “Nós temos que usar as tecnologias que estão neste mundo a nosso favor”, comentam durante o episódio. Este depoimento foi gravado remotamente em 2021.
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De origem Tupinambá, Cacique Babau é um dos principais nomes na luta pelas causas indígenas, tendo recebido em 2021 o título de doutor honoris causa da Universidade do Estado da Bahia. Neste programa, ele relata como nos últimos 500 anos a história indígena tem sido ocultada e afirma que a luta pelos direitos desses povos, além de ser uma necessidade perene e urgente, deveria ser um interesse nacional.
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“Eu vejo a literatura como esse lugar de cura também, esse lugar de identificação, permissão, possibilidade para o pertencimento e essa conexão com nossas identidades indígenas que é cortada o tempo todo das nossas relações”.
Doutora em letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e escritora, Julie Dorrico fala sobre a importância da literatura indígena como uma ferramenta que mostra a diversidade dos povos, quebrando estereótipos e valorizando as culturas indígenas brasileiras. Julie é autora de "Eu sou macuxi e outras histórias", publicado pela Caos e Letras em 2019, e é idealizadora do canal Literatura Indígena Contemporânea no YouTube.
Este depoimento foi gravado remotamente em 2021.
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“Quem nasce em cima desta terra tem que se preparar para não ser apenas coletor de comida. Ele também tem que ser plantador. Ele também tem que cuidar daquilo que a natureza oferece para nós.” Referência no Brasil e no exterior, e um dos principais líderes do povo Ashaninka, Benki Piãko Ashaninka fala a respeito dos ensinamentos de seus ancestrais e de como essa cultura milenar é essencial para não só entender o mundo como ele é hoje, como também preservá-lo para que possamos ter, de fato, um futuro. Este depoimento foi gravado remotamente em 2021.
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O podcast Mekukradjá, que reúne vozes e saberes indígenas do Brasil, abre sua sétima temporada com uma fala de Alessandra Korap, da etnia Munduruku. Estudante de direito e ativista pelo meio ambiente, a líder indígena fala sobre a luta cotidiana para a manutenção da vida e dos direitos do seu povo. O depoimento foi gravado remotamente em 2021.
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Coordenadora-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Kerexu Yxapyry contextualiza os vários embates pelos direitos dos povos indígenas, a partir do movimento das mulheres, e fala das várias ações que articula. “O mundo precisa reconhecer que não houve descobrimento do Brasil, houve uma invasão”, diz.
Este depoimento foi gravado remotamente em 2020.
Apresentado por Daniel Munduruku, o podcast Mekukradjá é produzido pelo núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural.
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Coordenador do Coletivo de Acadêmicos Indígenas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Arlindo Baré fala sobre a importância da autonomia dos povos originários relacionada à educação indígena. Ele também explica a diferença entre os conhecimentos não indígenas e indígenas e o trabalho que faz para criar uma ponte entre esses dois universos. Este depoimento foi gravado remotamente em 2020.
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O cineasta e educador Gilmar Galache fala sobre a criação e os preceitos da Associação Cultural de Realizadores Indígenas (Ascuri), que valoriza o processo mais que o produto final. Ele comenta também o encontro das produções cinematográficas indígena e não indígena, as referências trocadas entre elas e a importância de narrar sua própria história.
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A artesã e escritora Telma Pacheco Tremembé fala sobre a sua trajetória e os ensinamentos que recebeu de sua família e do povo Tremembé, do litoral do Ceará. No depoimento, gravado remotamente em 2020, ela também comenta a urgência de nos retratarmos com o meio ambiente.
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O professor e escritor Ytanajé Cardoso conta sobre a importância de seu trabalho de documentar a língua, o discurso e a memória dos últimos falantes da língua do povo Munduruku do Amazonas, e sobre a escrita de seu romance Canumã: a travessia.
Este depoimento foi gravado remotamente em 2020. -
O líder indígena Almir Suruí fala sobre a cultura e a transmissão de conhecimentos do seu povo, o Paiter Suruí (RO). Coordenador da Associação Metareilá, fundada para defender os patrimônios cultural, ambiental, social e econômico dos Paiter Suruí, ele também comenta a criação de uma universidade indígena – em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – e a importância da sabedoria dos povos indígenas no enfrentamento de diversos desafios da atualidade. Depoimento foi gravado remotamente em 2020.
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A professora e cineasta Takiwara Pataxó fala de sua trajetória profissional e do trabalho que faz de valorização de sua cultura com enfoque no papel das mulheres para o povo Pataxó. Este depoimento foi gravado remotamente em 2020. Apresentado por Daniel Munduruku, o programa Mekukradjá é produzido pelo núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural.
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“Para nós, povos do Alto Rio Negro, o corpo é a síntese dos elementos que estão em nosso entorno: água, terra, luz, ar, animal, árvore. Portanto, é uma outra lógica de entender e agir sobre o corpo.” O pesquisador, professor e consultor João Paulo Tukano fala sobre o trabalho de manutenção e valorização dos conhecimentos milenares, da medicina e da tecnologia de seu povo. Este depoimento foi gravado remotamente em 2020.
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Na estreia da sexta temporada do podcast Mekukradjá, Telma Taurepang, antropóloga e coordenadora das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (Umiab), fala sobre o contexto atual de resistência e sobre o papel das mulheres na luta pelos direitos dos povos indígenas.
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O professor e antropólogo Irineu Nje'a fala sobre o trabalho que realizou de escrita sobre a cosmologia do povo Terena, importante para a manutenção da memória do povo e no combate ao preconceito sofrido pela comunidade. Ele comenta também sobre outras iniciativas para a preservação e divulgação da memória do povo Terena.
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