Folgen
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As consequências da guerra na Ucrânia, desde a escalada em 2022, têm um enorme alcance.
O acesso a cuidados de saúde é difícil, perigoso ou simplesmente impossível. Os combates
nas linhas da frente permanecem tão devastadores como sempre, e muitas pessoas sofrem
ferimentos físicos e de saúde mental com impactos profundos. As equipas da Médicos Sem
Fronteiras continuam a prestar apoio à população em várias partes do país, como nos conta a
coordenadora de farmácia Filipa Pereira, que viu no terreno o desenrolar desta guerra que
aparenta ser interminável. -
Já não restam muitas palavras para descrever o sofrimento dos palestinianos encurralados na Faixa de Gaza, mas vamos tentar fazê-lo. Temos neste novo episódio do Primeira Linha, gravado no início de abril, a enfermeira Rita Costa, especialista em saúde materna e obstetrícia, que esteve a trabalhar nas equipas da MSF em Rafah, no Sul do enclave, entre 16 de dezembro e 16 de janeiro. O que viu foi que não há nenhuns lugares nem dias seguros em Gaza, e só a esperança e a resiliência aliviam um pouco o peso insuportável da incerteza.
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Fehlende Folgen?
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Tudo parece jogar contra a sobrevivência dos bebés e crianças no Afeganistão. As dificuldades no sistema de saúde são de longa data e de monta: escassez de pessoal médico, falta de financiamento e resposta inadequada às necessidades da população. Nas províncias do Norte do país, as taxas de mortalidade pediátrica e neonatal são elevadas, e as novas mães e bebés enfrentam duros desafios para aceder a cuidados médicos. Mas há também muita determinação, enorme dedicação e profunda compaixão, como conta a pediatra Mónica Costeira, que esteve a trabalhar no projecto da Médicos Sem Fronteiras no Hospital Regional de Mazar-i-Sharif.
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Nos ciclos de intensa violência vividos ao longo de décadas na República Centro-Africana, há feridas visíveis e feridas invisíveis. E uma crise na saúde, em que falta o acesso aos mais básicos cuidados médicos, escasseiam os profissionais e os recursos são muito limitados. A psiquiatra Filipa Coelho, que esteve a trabalhar em diversos projetos da Médicos Sem Fronteiras neste país – de cuidados cirúrgicos, de acompanhamento a pacientes com VIH e tuberculose e de apoio a sobreviventes de violência sexual –, explica neste episódio o papel crucial que cabe às estratégias de saúde mental.
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Quem foge de países da América Central em direção a Norte, na busca de segurança e uma vida melhor, muitas vezes para sobreviver, acaba por deparar-se com ainda mais violência ao atravessar o México. E as políticas migratórias do país deixam-as em situações de enorme vulnerabilidade. Neste episódio temos connosco Mariana Rodo, que foi responsável médica num dos projetos da MSF que prestam assistência a migrantes ao longo das rotas migratórias no México. Com ela vamos conhecer melhor a realidade do que se passa junto à fronteira mexicana no Sul, onde os sonhos e muita esperança acalentam as pessoas a seguirem rumo a Norte.
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Nos últimos meses, foram declarados surtos de cólera nas províncias moçambicanas do Niassa e da Zambézia, afetando dezenas de milhares de pessoas. A doença é endémica em Moçambique, altamente contagiosa, mas também prevenível – e uma resposta pronta salva vidas. Connosco temos a coordenadora de emergências da Médicos Sem Fronteiras Cristina Graziani, que integrou as equipas de resposta a estes surtos, e nos descreve a incidência da cólera no país, as causas de fundo, e também o que fazer no tratamento e na prevenção, desde a vacinação às práticas de higiene e às condições de água e de saneamento que são fundamentais para travar a propagação desta doença.
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Migrantes oriundos da Venezuela chegam ao Brasil, todos os dias, após fazerem jornadas muito difíceis e perigosas, muitas vezes com não mais do que uma mala, e esperança em encontrar um local mais seguro e estável, uma vida melhor. No estado de Roraima, bem na fronteira, equipas da Médicos Sem Fronteiras prestam ajuda médica e humanitária a migrantes, requerentes de asilo e às comunidades locais. Alison Antunes, que teve a seu cargo a gestão da promoção de saúde neste projeto, fala-nos dos muitos desafios que estas pessoas enfrentam ao chegarem ao Brasil.
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Há mais de cinco décadas que o povo palestiniano vive continuados e repetidos traumas, desde que Israel ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. As necessidades humanitárias em toda a Palestina são enormes e não cessam de aumentar, e os impactos do bloqueio e do ciclo de violência são profundos na saúde e no bem-estar físico e psicológico dos palestinianos. Neste episódio, Ana Marques, referente em saúde mental da Médicos Sem Fronteiras, descreve o ciclo de violência que assola os Territórios Palestinianos Ocupados e as formas como a organização médico-humanitária contribui para aliviar o sofrimento.
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São enormes as necessidades de saúde mental e os traumas graves que as pessoas enfrentam na guerra na Ucrânia. Em muitas partes do país, as equipas da Médicos Sem Fronteiras veem que as pessoas estão destroçadas pelo que passaram e continuam a passar, e pela incerteza e pavor que esta guerra criou. Ansiedade, ataques de pânico e dificuldades em dormir são sintomas comuns, tanto em quem fugiu dos combates como em quem ficou nas áreas sob ataque. Para nos falar sobre os desafios psicológicos existentes neste contexto, temos neste episódio o psiquiatra Miguel Palma, coordenador de atividades de saúde mental na resposta da MSF na guerra na Ucrânia.
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Assolado por mais de sete anos de guerra, o Iémen vive uma crise sobre crise: além do conflito, que causou já dezenas de milhares de feridos e mortos e que força milhares de pessoas a fugir e deslocar-se, o país enfrenta grandes necessidades de saúde negligenciadas, com vastos impactos, em particular, na saúde materna e reprodutiva, na saúde infantil e nos elevadíssimos níveis de desnutrição, especialmente entre as crianças menores de cinco anos. Neste episódio falamos com o médico João Cabo, que foi coordenador das atividades médicas no hospital gerido pela Médicos Sem Fronteiras em Abs, uma cidade no deserto no Nordeste do Iémen.
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A violência sexual despedaça as vidas de mulheres, homens e crianças e nenhumas estatísticas dão a imagem completa do problema e dos impactos físicos e psicológicos, assim como das consequências sócioeconómicas e frequente falta de cuidados de saúde, para quem sobrevive a estes ataques. Conversamos neste episódio sobre a incidência desta emergência médica com Francisca Baptista da Silva, coordenadora de projeto e responsável de assuntos humanitários num programa de resposta da Médicos Sem Fronteiras à violência sexual, desenvolvido na província do Kasai, na República Democrática do Congo.
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Longe do fim e a gerar um ambiente muito volátil, o conflito armado na província moçambicana de Cabo Delgado continua a forçar comunidades inteiras a deslocarem-se constantemente de um lado para outro à procura de lugar seguro: são famílias a quem falta tudo porque tiveram de partir sem nada, carregando o trauma da violência e da perda de pessoas amadas, crianças que na fuga se perderam dos pais. O desejo que mais acalentam é o de paz para puderem regressar a casa. “Casa é casa”, ouviu no terreno Paulo Milanesio, coordenador de emergências da Médicos Sem Fronteiras em Mueda, que conta neste episódio o que se está a passar nesta região do Norte de Moçambique.
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Em 2021, a Médicos Sem Fronteiras faz 50 anos: são cinco décadas de história de ação médico- humanitária e de testemunho no terreno do que se faz, do que se vê, do que se ouve e do que se sente junto de populações e comunidades vulneráveis, numa determinação permanente em fazer chegar assistência a quem mais precisa. Neste último episódio da série 50 ANOS DE HUMANIDADE do Primeira Linha percorremos o caminho já feito, os grandes marcos e os momentos mais decisivos, e olhamos para o futuro e para os desafios em constante mudança, com o representante da MSF em Portugal, João Antunes, e a vice-diretora executiva da MSF Brasil, Renata Reis.
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Falamos neste episódio sobre os impactos dos conflitos armados e o quão vital é a assistência médica e humanitária para as populações cujas vidas são devastadas pelas guerras, até mesmo depois das linhas de combate se moverem ou as armas se silenciarem. Ouvimos João Godinho Martins, chefe de missão da MSF no Líbano, sobre alguns dos contextos de conflito em que já trabalhou, no Médio Oriente e em África, sobre o peso acrescido do antiterrorismo, os riscos, dificuldades e soluções para chegar às pessoas que mais precisam de assistência numa guerra. E a pediatra Mónica Costeira conta como é o dia-a-dia no hospital para mães e crianças que é apoiado pela MSF em Al-Qanawis, no Iémen.
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Em poucos minutos, os desastres naturais podem afetar a vida de dezenas de milhares de pessoas: causam mortos e feridos, arrasam modos de subsistência, e os acessos a água potável, transportes e a serviços de saúde podem também ser interrompidos. Neste episódio, ouvimos o coordenador-adjunto da Médicos Sem Fronteiras na Beira, Moçambique, José Carlos Beirão, recordar o impacto devastador que o ciclone Idai teve na região, em 2019, e descrever como as equipas no terreno se preparam para novas potenciais emergências. E descobrimos ainda, com a diretora de operações da MSF Christine Jamet, o que é a Saúde Planetária e que necessidades humanitárias devemos já antecipar devido aos cada vez mais frequentes e mais intensos eventos climáticos extremos.
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São mais de 82 milhões de pessoas que no mundo inteiro vivem atualmente numa situação em
que tiveram de fugir de casa: por causa de guerra, perseguição, desastres naturais, miséria ou
repressão. Cada uma tem uma história única. Neste episódio conhecemos algumas delas, com
enfoque na fatal travessia do Mediterrâneo central, nos centros onde refugiados e migrantes
ficam retidos anos a fio nas ilhas gregas e nas populações deslocadas pelo conflito em Tigré, na
Etiópia. Vamos estar à conversa com Avra Fialas, da equipa MSF no navio de buscas e
salvamento Geo Barents, e com a referente MSF de saúde mental Ana Marques. -
Neste episódio falamos sobre alguns dos mais dramáticos contextos de epidemias e pandemias em que a MSF trabalha pelo mundo fora, com especial enfoque na resposta à COVID-19 em Portugal e no Brasil, e recordando o combate ao ébola na República Democrática do Congo e à cólera em Moçambique. Vamos estar à conversa com a coordenadora médica de emergências da MSF Cecília Hirata Terra e com o coordenador de logística Luís Medina.
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Primeira Linha é o podcast da Médicos Sem Fronteiras. Aqui ouvimos histórias na primeira pessoa que são vividas pelas equipas da organização e populações em alguns dos locais do mundo onde os cuidados de saúde mais são precisos.
Vamos estar com quem vê a face humana e humanitária de conflitos armados, migrações, epidemias e desastres naturais. Estes são testemunhos da humanidade