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Um episódio pequeno no tempo de duração. Com poemas gigantes. José Tolentino Mendonça e a sua escrita magnânime. A temática da Casa é-me muito especial e quero voltar a ela novamente. Mas não consegui encontrar espaço para mais do que estes três poemas. São poemas que, se lhes dermos a calma, nos retribuem em grandeza.
O corredor na penumbra
Bicicletas
Amazigh
Do livro O Viajante sem Sono, José Tolentino Mendonça, Assírio & Alvim
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Segunda-feira é dia de regresso ao trabalho, depois de uma pequena pausa para respirar, tantas vezes só para organizar. Por isso hoje o tema é o do trabalho. Boa semana a todos.
Leituras:
António Gedeão, Calçada de Carriche;
Cecília Meireles, Horário de Trabalho;
António Ramos Rosa, Poema dum Funcionário Cansado;
João Luís Barreto Guimarães, As Empregadas Fabris;
Vinicius de Moraes, O Operário em Construção;
António Lobo Antunes, Teoria e Prática dos Domingos.
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Fehlende Folgen?
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“Sacristão do surrealismo" chamou-lhe João Gaspar Simões, crítico literário. Libertino, chamaram-lhe outros. Vagabundo, os menos literatos. Fascinante, sensível. Tem muitos nomes e diferentes. Luiz Pacheco é controverso. Mas o inegável, para lá da sua vida desregrada, é a balança de precisão que tem para as palavras, a forma como as faz dançar, a fluidez de tudo isso.
A comunidade é um dos seus textos mais admirados. Mais admiráveis.
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Um dos maiores poemas da literatura. Persegue-me há décadas. A mim, escrava cardíaca das estrelas.
A Tabacaria, Álvaro de Campos
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Chegamos ao décimo episódio deste podcast e é tempo de homenagear os amigos. O facto de serem imprescindíveis, únicos, alicerce e confiança. Em tudo aquilo com que temos de nos desenvencilhar nesta sopa de letras chamada cosmos.
Apesar de o Miguel Esteves Cardoso dizer que os amigos nunca são para as ocasiões, o ‘Se as Palavras Tivessem Decote’ só existe porque há amigos bons que ajudaram no parto. O Guilherme, sempre, o Gama com a voz da intro e o TóPé, amigo/ amor, com os separadores e o trabalho de montagem. Hoje este episódio é vosso.
Leituras:
Os Amigos, Al Berto
Mal nos Conhecemos, Alexandre O’Neill
Convite Triste, Carlos Drummond de Andrade
Os Amigos, Sophia de Mello Breyner Andresen
Os Amigos Nunca São para as Ocasiões, Miguel Esteves Cardoso
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Este episódio é sobre a personificação do amor. As mães. As lutadoras, que sacrificam, sustentam, alicerçam. As que partiram e as que estão, frágeis ou firmes. A minha, sobretudo, que celebra hoje mais um aniversário da sua vida cheia de alegria e otimismo, risos e motivação. À minha mãe que sempre encurtou as distâncias.
Parabéns mãe!
Leituras
Mãe, António Ramos Rosa
Pequeno Poema, Sebastião da Gama
Quando eu for pequeno, José Jorge Letria
Tenho Saudades do Calor ó Mãe, Daniel Faria
No Sorriso Louco das Mães, Herberto Helder
Mãezinha, António Gedeão
Mil Estrelas no Colo, José Luís Peixoto
Mãe, António Lobo Antunes
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Setembro é tempo de regressar. De desfazer as malas e voltar ao que é nosso todos os dias. À beleza do quotidiano, quando tem beleza que baste, ou à beleza da tentativa de mudança, quando é o que procuramos. À batalha dos dias, portanto. Regressar às viagens curtas no trajeto mas grandes nos sonhos.
Bom regresso às rotinas.
Leituras
Ofício do Viajante, Al Berto
Os Portões que dão para Onde?, José Saramago
Viagem, Miguel Torga
A Secreta Viagem, David Mourão-Ferreira
Na Véspera de Não Partir Nunca, Álvaro de Campos
Para além da Curva da Estrada, Alberto Caeiro
Na Terra do Nunca, Nuno Júdice
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O mar, lugar de lonjura e de conquista, traz a vontade de conquista. E esta conquista transporta o errado, o vil, o monstruoso. Por isso uma ode marítima, e uma ode do Engenheiro Campos só podia ter esse apontar de dedo. No episódio anterior o tema do mar, da leveza, do balançar. Mas a Ode Marítima ficou a martelar-me na mente. Hoje liguei o microfone e li de uma assentada. A boca seca, tantas vezes, mas a ideia de que se parasse não retomaria a leitura. O desacerto de algumas palavras, a hesitação, mas o ímpeto que uma leitura de Álvaro de Campos me toma. O mar, mais que todos nós, saberá contar uma História grandiosa cheia de vileza e sangue.
Leitura:
Álvaro de Campos, Ode Marítima
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Tempo de sol, areia e mar, muito mar. Tempo de mergulhos. E de poesia também. De mergulhar nas palavras, escolher as mais leves, as mais frescas.
Leituras:
Sophia de Mello Breyner Andresen, Mar
Fernando Pessoa, Mar Português
António Botto, Passei o Dia Ouvindo o que o Mar Dizia
Ricardo Reis, Uma Após Uma as Ondas Apressadas
Frederico de Brito, Canção do Mar
Mário Quintana, Obsessão do Mar Oceano
Mário Cesariny, Radiograma
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Ninguém duvida da importância nem do poder das palavras. Precisamos delas em cada omento, por mais quotidiano ou ímpar que seja. Os poetas reconhecem-lhe a sua magia, o seu peso. O decote que têm, que deixam antever algo sensual, que fica levemente escondido, velado. E este quinto episódio do Se as Palavras tivessem Decote recolhe alguns dos (muitos) poemas sobre a palavra. Seleção difícil, mas acabou por ser esta.
Leituras:
Mário Cesariny, You are Welcome to Elsinore
Eugénio de Andrade, As Palavras
Cecília Meireles, Não Digas Onde Acaba o Dia
José Saramago, Poema à Boca Fechada
Alexandre O’Neill, Há Palavras que nos Beijam
Júlio Pomar, Segunda Nota Explicativa
Manoel de Barros, O Apanhador de Desperdícios
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Inspiração divina, desordem da alma, construção social, conflito inconsciente, a perdição do amor... o que quer que seja a loucura, nós identificamo-la, falamos sobre ela, seja uma loucura clínica ou não. Deixamos a parte clínica para quem a entende. E escolhemos tratar da loucura da coragem, do amor, do absurdo, da criatividade.
Leituras:
António Osório, Os Loucos
Fernando Pessoa, D. Sebastião, Rei de Portugal
Raul Seixas, Maluco Beleza
Álvaro de Campos, Ora até que enfim, perfeitamente
Clarice Lispector, A Descoberta do Mundo
António Aleixo, Ser Doido-Alegre, que Maior Ventura
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O tema do Amor teria de surgir, eventualmente. Não esperamos mais e neste terceiro episódio do “Se as Palavras Tivessem Decote” trazemos poemas sobre a nossa condição de amantes, a dificuldade da grandeza do amor, a praticidade quotidiana, que o apequena, e a fruição desinteressada. Visões diferentes, amores diferentes dentro e fora de um Amor maior.
Leituras:
Amar e Malamar, Carlos Drummond de Andrade
Não é fácil o amor, canção de Janita Salomé
Só um Mundo de Amor Pode Durar a Vida Inteira, Miguel Esteves Cardoso
Amar, Florbela Espanca
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A pequenez e a grandeza. Nossa e dos outros. Os disfarces de todos os dias para esconder uma e aumentar outra. São poucos os que hoje usam sandálias de vento e permitem a quem os vê, sentados, julgar o que quiser.
Este episódio, em que tomámos emprestadas as palavras de Ruy Belo para o título, tem um pequeno conjunto de poemas que sempre me fez refletir sobre esta grandeza tão pobre que queremos exibir e também, no seu reverso, uma pureza tão singela que todos tentamos esconder.
Leituras:
Grandeza do Homem, Ruy Belo
Poema em Linha Reta, Álvaro de Campos
Da Observação, Mário Quintana
Meu Pai Tinha Sandálias de Vento, Fernando Namora
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Poemas deste episódio:
- Fui para os bosques, Henry David Thoreau;
- Não posso adiar o amor, António Ramos Rosa;
- Se um dia destes parar; Herberto Helder;
- Vivam, apenas, José Gomes Ferreira;
- O CoraçãoRisonho, Charles Bukowski.